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14 de mai. de 2010

Crustáceos





Os crustáceos incluem as cracas, lagostins, camarões, caranguejos e seus afins. A maioria é marinha, mas muitos vivem em água doce ou salobra e poucos, como o tatuzinho-de-quintal, encontram-se em lugares úmidos na terra. Espécies aquáticas habitam diversamente a praia, rochas, plantas submersas ou mares abertos; muitas larvas e alguns adultos cavam, outros são pelágicos e poucos vivem em mar profundo. A grande maioria é de vida livre e algumas espécies gregárias ocorrem em grandes grupos. Os cirripédios são sésseis ou parasitas e certos outros crustáceos são comensais ou parasitas de vários animais aquáticos, de hidróides até baleias. Algumas espécies parasitas são de tal forma modificadas que sua posição de crustáceo é mostrada somente em seus estágios larvais.

Relações com o homem
A carne de certos crustáceos é muito apreciada como alimento humano. Camarões são capturados com arrastões, mas caranguejos, lagostas e lagostins são presos em armadilhas de arame, madeira ou rede, com iscas. O siri da costa atlântica é capturado e mantido em cativeiro até que mude e então é vendido na condição de casca mole.

Os pequenos crustáceos que abundam na água salgada e doce são importantes elos no ciclo alimentar de muitos peixes e outros animais aquáticos úteis. Alguns copépodos são hospedeiros intermediários de vermes parasitas do homem e de vários vertebrados.

CRUSTÁCEOS
Crustáceos são os artrópodes que possuem uma crosta protegendo o corpo. Os principais representantes dessa classe são os camarões, as lagostas, os caranguejos e os siris, todos com 5 pares de patas. São decápodes ( deca= dez; podes= patas, pés).

Na maioria dos decápodes, as 2 patas dianteiras são modificadas e bem desenvolvidas como adaptação à preensão de alimentos. Inclui animais tipicamente aquáticos, sendo a maioria marinhos, outros vivem em água doce e poucos, como os tatuzinhos de quintal (jardim) são encontrados em lugares úmidos porem em terra.

A importância da maioria das espécies está no fato de servirem como alimentos para animais maiores, sendo assim um importante elo nas cadeias alimentares que conduzem à peixes e outros animais aquáticos maiores.

MORFOLOGIA EXTERNA DOS CRUSTÁCEOS

Se usarmos o camarão ou a lagosta como exemplo, notaremos que seu corpo se divide em duas regiões:

Cefalotórax: apresenta-se como uma rígida estrutura, não articulada, resultante da fusão da cabeça e tórax, sendo que a região cefálica é constituída de 5 ou 6 segmentos e a região torácica de 8.

Na região da cabeça um par de olhos penduculados e móveis, dois pares de antenas, o par mais curto é chamado de antênulas birremes e o longo de antenas; ambos são receptores de estímulos do meio ambiente. Ocorre também um par de mandíbulas para mastigação e dois pares de maxilas.


Na região torácica encontramos cinco pares de apêndices (pernas torácicas), denominados PERIÓPODOS, são usados para andar sobre o fundo.

ABDOME
É formado por diversos segmentos distintos e articulados. Seus apêndices (pernas abdominais) são denominado PLEÓPODOS, ajudam na respiração e carregam os ovos das fêmeas. Os últimos segmentos são estruturas achatadas; os dois laterais são denominados urópodos e o central, telso. Em conjunto eles formam um remo para natação.

Obs - cada segmento do corpo é formado como nos insetos por 4 peças:

Um tergo
Um esterno
Duas pleuras
MORFOLOGIA INTERNA DOS CRUSTÁCEOS
Aparelho digestivo
É formado pela boca, esôfago, estômago dividido em duas partes: 1º- anterior, denominada câmara cardíaca e a 2º- posterior chamada de câmara pilórica; Intestino médio, intestino tubular e ânus. Na câmara cardíaca existem dentes calcificados formando um moinho gástrico que ajuda na trituração dos alimentos.

Aparelho circulatório
Formado por um coração dorsal curto e irregular de onde saem seis artérias que se distribuem por todo o corpo. O sangue (hemolinfa) possui coloração azulada devido ao pigmento hemocianina, e volta ao coração pelos ostíolos. Este sistema circulatório é denominado aberto ou lacunar, porque o sangue não está sempre no interior dos vasos.

Aparelho excretor
Formado por um par de glândulas verdes, situadas na face ventral da cabeça, que se abre no meio exterior de um orifício próximo a base das antenas. As glândulas retiram restos orgânicos e sais da hemolinfa. São os únicos órgãos excretores dos crustáceos. Invertebrados aquáticos eliminam o nitrogênio como amônia, composto este altamente tóxico, porém rapidamente eliminado porque há sempre excesso de água.

Aparelho respiratório
Formado por vários pares de brânquias situadas nos dois lados de todos os segmentos torácicos.

Sistema nervoso
Consta de gânglios supraesofágico (cérebro, gânglio subesofágico e cordão nervoso ventral duplo. O gânglio subesofágico é resultante de fusão de 5 ou 6 pares de gânglios.

Órgãos sensitivos
São estruturas que colocam o animal em contacto com o meio ambiente, são sensíveis ao tato, gosto, olfato e visão.

A visão e dada pelos olhos compostos que são pedunculados e móveis. O tato é percebido pelos pêlos tácteis que se distribuem pelo corpo. O sentido químico, gosto mais olfato, reside em pêlos localizados nas extremidade das antenas, peças bucais e extremidade daquelas.

Equilíbrio e orientação à gravidade é dado pelo estatocisto que é uma estrutura em forma de saco que se abre dorsalmente sob pêlos finos, no artículo basal de cada antênula.

Muda
Como o esqueleto é rígido, deve ser mudado periodicamente para permitir o crescimento do tamanho do corpo.

Órgão X, uma pequena glândula, produz hormônios que inibe a muda, enquanto que os hormônios do órgão Y induz a muda.

Antes da muda um novo esqueleto mole cresce embaixo e separe-se do mais velho, músculo e outras estruturas dentro das extremidades amolecem e diminuem de volume. A velha cutícula então abre-se dorsalmente, e o animal lentamente se retira deixando o revestimento aumentando o volume do corpo e distendendo a nova cutícula.

Em camarão por exemplo, ocorre várias mudas que determina estágios larvais, onde os jovens são muito diferente dos animais adultos. Estágios larvais do camarão : Nauplius, Protozoea, Zoea, Mysis e Adulto.

Regeneração
Os crustáceos como os artrópodes em geral tem boa capacidade de regenerar partes perdidas. Quando perde-se uma parte ela começa a ser regenerada na muda seguinte e cresce a cada muda, até ficar completa.

Se arrancarmos o pedúnculo todo do olho, a regeneração pode ser defeituosa e não originar um novo olho, e sim um apêndice em forma de antena. Regeneração de uma parte diferente daquela que foi removida é chamada heteromorfose. A regeneração é tanto maior quanto mais jovem for o animal.

CLASSIFICAÇÃO DOS CRUSTÁCEOS
O número de patas é um bom critério, que permite dividir a classe dos crustáceos em duas ordens:

Decápodes
Isópodes
Os decápodes são crustáceos de dez patas.
Os isópodes são crustáceos que possuem numerosas patas, todas semelhantes. O exemplo mais conhecido é um isópodes encontrado em toda a costa litorânea do Brasil, conhecido por Tatuí, tatuíra ou tatuzinho de de praia.

Revestimento do corpo dos crustáceos
O esqueleto é um sistema encarregado da sustentação do corpo, tanto em vertebrados como em invertebrados; nos vertebrados, o esqueleto fica dentro do corpo, e nos invertebrados fica fora, revestindo o corpo. Dizemos, então, que os vertebrados tem endoesqueleto (esqueleto interno) e que os invertebrados tem exoesqueleto (esqueleto externo).

Dentre os artrópodes, os crustáceos são os que possuem exoesqueleto mais volumoso e mais desenvolvido; Ele forma a crosta, que deu nome aos crustáceos, e que reveste e protege o corpo desses animais. Essa crosta é constituída por quitina e carbonato de cálcio.

Externamente, podemos reconhecer duas partes no corpo dos crustáceos: o cefalotórax e abdômen (comentário acima).

Subclasse Branchiopoda
Ordem Cladocera
São conhecidos como pulgas d"água, devido a semelhança com aqueles insetos. Locomovem-se através das antenas transformadas em vigorosos órgãos de propulsão.

Podemos encontra-las em concentrações que variam de 100 a 100.000 por metros cúbicos de água. São de suma importância sob o aspecto ecológico, uma vez que representam a dieta principal dos peixes de água doce.

Ex. Daphnia pulex.

Subclasse Cirripédia
Ordem Thoracica
São animais sésseis que se apresentam bem diferentes de outros crustáceos, sendo dificilmente reconhecidos como tais. Eles fixam-se pela região pré-oral, e tem seu corpo protegido por uma carapaça constituída por várias placas às vezes fundidas umas às outras. Dois tipos são encontrados nas águas litorâneas: as que possuem pedúnculo, conhecidas como Lepas, e as que não possuem conhecidas como Balanus (cracas).são vivíparas.

Subclasse Malacóstraca
Ordem Isopoda
São representados pelos tatuzinhos de jardim (Porcellio e Armadillidium) e as baratinhas da praia (Ligia exotica).São crustáceos terrestres que apresentam sete segmentos torácicos distintos, cada um com um par de pernas.A respiração nos isópodos é feita através de apêndices abdominais modificados para esse fim.

Ordem Decapoda
Caracterizam-se por apresentarem 5 pares de extremidades locomotoras. Nesta ordem estão os principais crustáceos, os mais evoluídos que entram na alimentação humana.

Basicamente podemos diferenciar nos adultos o desenvolvimento do apêndice abdominal, nas fêmeas é bem mais largo com relação ao dos machos.

Esse desenvolvimento é justificado com a função de proteção aos ovos que darão origem aos descendentes.

Fonte: www.biomania.com.br

Tricuríase



A Tricuríase ou Tricuriose é uma parasitose intestinal causada pelo nemátode Trichuris trichiura.

Trichuris trichiura
O Trichuris é um verme fusiforme nemátode, e como todos tem sistema digestivo completo. As fêmeas são maiores que os machos, com quase cinco centímetros. Os ovos têm forma de limões com cerca de 50 micrómetros.

Ciclo de Vida
Os ovos são expelidos com as fezes e permanecem viáveis durante vários meses ou anos em solo húmido e quente, e são infecciosos assim que se desenvolve a larva no seu interior, o que demora algumas semanas. Se ingeridas, as larvas saiem dos ovos no lúmen do intestino, migram para o ceco e penetram na mucosa intestinal. Aí se desenvolvem, maturando em formas adultas depois de alguns meses, que permanecem com a cauda no lúmen do intestino e a cabeça penetrando a mucosa. Se houver um macho e uma fêmea, pelo menos, no mesmo individuo, acasalam e a fêmea põe mais de 3000 ovos por dia, excretados nas fezes. As formas adultas podem sobreviver durante vários anos. Alimentam-se do bolo intestinal mas também de sangue.

Epidemiologia
Haverá segundo a OMS mil milhões de pessoas infectadas em todo o mundo (um quinto da humanidade), principalmente em países tropicais em locais com condições pouco higiénicas. Este parasita só afecta primatas.

Progressão e Sintomas
Se a carga de parasitas é baixa, a doença é assintomática, porém se for elevada pode ocorrer extensa necrose da mucosa intestinal com hemorragias e diarreia sanguinolenta, podendo progredir para anemia por défice de ferro. Outros sintomas são a dor abdominal, perda de peso em individuos já desnutridos, flatulência e fadiga. Em casos incomuns pode ocorrer apendicite (se o verme entrar no apêndice e não conseguir sair) e prolapso rectal com hemorróidas.

Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é feito pela obervação ao microscópio dos ovos do parasita em amostras fecais.

Fármacos como mebendazol e oxantel matam as formas adutas.

Fonte: pt.wikipedia.org

Álcool no organismo

O álcool é absorvido principalmente no intestino delgado, e em menores quantidades no estômago e no cólon. A concentração do álcool que chega ao sangue depende de fatores como: quantidade de álcool consumida em um determinado tempo, massa corporal, e metabolismo de quem bebe, quantidade de comida no estômago. Quando o álcool já está no sangue, não há comida ou bebida que interfira em seus efeitos. Os efeitos do álcool dependem de fatores como: a quantidade de álcool ingerido em determinado período, uso anterior de álcool e a concentração de álcool no sangue. O uso do álcool causa desde uma sensação de calor até o coma e a morte dependendo da concentração que o álcool atinge no sangue.

Os sintomas que se observam são:
- Doses até 99mg/dl: sensação de calor/rubor facial, prejuízo de julgamento, diminuição da inibição, coordenação reduzida e euforia;

- Doses entre 100 e 199mg/dl: aumento do prejuízo do julgamento, humor instável, diminuição da atenção, diminuição dos reflexos e incoordenação motora;

- Doses entre 200 e 299mg/dl: fala arrastada, visão dupla, prejuízo de memória e da capacidade de concentração, diminuição de resposta a estímulos, vômitos;

- Doses entre 300 e 399mg/dl: anestesia, lapsos de memória, sonolência;

- Doses maiores de 400mg/dl: insuficiência respiratória, coma, morte.

Um curto período (8 a 12 horas) após a ingestão de grande quantidade de álcool pode ocorrer a "ressaca", que caracteriza-se por: dor de cabeça, náusea, tremores e vômitos. Isso ocorre tanto devido ao efeito direto do álcool ou outros componentes da bebida. Ou pode ser resultado de uma reação de adaptação do organismo aos efeitos do álcool.

A combinação do álcool com outras drogas (cocaína, tranqüilizantes, barbituratos, antihistamínicos) pode levar ao aumento do efeito, e até mesmo à morte.

O efeitos do uso prolongado do álcool são diversos. Dentre os problemas causados diretamente pelo álcool pode-se destacar doenças do fígado, coração e do sistema digestivo. Secundariamente ao uso crônico abusivo do álcool, observa-se: perda de apetite, deficiências vitamínicas, impotência sexual ou irregularidades do ciclo menstrual.

Intoxicação alcoólica e hipoglicemia
Como já foi visto antes o álcool etílico, principal componente das bebidas alcoólicas, é metabolizado no fígado por duas reações de oxidação. Em cada reação, elétrons são transferidos ao NAD+, resultando e um aumento maciço na concentração de NADH citosólico. A abundância de NADH favorece a redução de piruvato em lactato e oxalacetato em malato, ambos são intermediários na síntese de glicose pela gliconeogênese. Assim, o aumento no NADH mediado pelo etanol faz com que os intermediários da gliconeogênese sejam desviados para rotas alternativas de reação, resultando em síntese diminuída de glicose. Isto pode acarretar hipoglicemia , particularmente em indivíduos com depósitos exauridos de glicogênio hepático. A mobilização de glicogênio hepático é a primeira defesa do corpo contra a hipoglicemia, assim, os indivíduos em jejum ou desnutridas apresentam depósitos de glicogênio exauridos, e devem basear-se na gliconeogênese para manter sua glicemia. A hipoglicemiaprde produzir muitos dos comportamentos associados à intoxicação alcoólica – agitação, julgamento dinimuído e agressividade. Assim, o consumo de álcool em indivíduos vulneráveis – aqueles em jejum ou que fizeram exercícios prolongado e extenuante – podem prodizir hipoglicemia, que podem contribuir para os efeitos comportamentais do álcool.

Alcoolismo agudo
Exerce os seus efeitos principalmente sobre o sistema nervoso central, mas ele pode também rapidamente induzir alterações hepáticas e gástricas que são reversíveis na ausência do consumo continuado de álcool. As alterações gástricas constituem gastrite aguda e ulceração. No sistema nervoso central, o álcool por si é um agente depressivo que afeta primeiramente as estruturas subcorticais (provavelmente a formação reticular do tronco cerebelar superior) que modulam a atividade cortical cerebral. Em conseqüência, há um estímulo e comportamentos cortical., motor e intelectual desordenados. A níveis sanguíneos progressivamente maiores, os neurônios corticais e, depois, os centros medulares inferiores são deprimidos, incluindo aqueles que regulam a respiração. Pode advir parada respiratória. Efeitos neuronais podem relacionar-se com uma função mitocondrial danificada; alterações estruturais não são em geral evidentes no alcoolismo agudo. Os teores sanguíneos de álcool e o grau de desarranjo da função do SNC em bebedores não habituais estão intimamente realcionados.

Alcoolismo crônico
É responsável pelas alterações morfológicas em praticamente todos os órgãos e tecidos do corpo, particularmente no fígado e no estômago. Somente as alterações gástricas que surgem imediatamente após a exposição pode ser relacionadas com os efeitos diretos do etanol sobre a vascularização da mucosa. A origem das outras alterações crônicas é menos clara. O acetaldeído, um metabólico oxidativo importante do etanol, é um composto bastante reativo e tem sido proposto como mediador da lesão tissular e orgânica disseminada. Embora o catabolismo do acetaldeído seja mais rápido do que o do álcool, o consumo crônico de etanol reduz a capacidade oxidativa do fígado, elevando os teores sanguíneos de acetaldeído, os quais são aumentados pelo maior ritmo de metabolismo do etanol no bebedor habitual. O aumento da atividade dos radicais livres em alcoólatras crônicos também tem sido sugerido como um mecanismo de lesão. Mais recentemente, foi acrescentado o metabolismo não-oxidativo do álcool, com a elaboração do ácido graxo etil éster, bem como mecanismos imunológicos pouco compreendidos iniciados por antígenos dos hepatócitos na lesão aguda.

Seja qual for a base, os alcoólatras crônicos têm sobrevida bastante encurtada, relacionada principalmente com lesão do fígado, estômago, cérebro e coração. O álcool é a causa bastante conhecida de lesão hepática que termina em cirrose, sangramento maciço proveniente de gastrite ou de úlcera gástrica pode ser fatal. Ademais, os alcoólatras crônicos sofrem de várias agressões ao sistema nervoso. Algumas podem ser nuticionais, como a deficiencia em vitamina B1, comum em alcoólatras crônicos. As principais lesões de origem nutricional são neuropatias periféricas e a síndrome de Wernicke-Korsakoff. Pode surgir a degeneração cerebelar e a neuropatia óptica, possivelmente relacionadas com o álcool e seus produtos, e, incomumente, pode surgir atrofia cerebral.

As conseqüências cardiovasculares também são amplas. Por outro lado, embora ainda sem consenso, quantidades moderadas de álcool podem diminuir a incidência da cardiopatia coronária e aumentar os níveis do colesterol HDL. Entretanto, o alto consumo que leva à lesão hepática resulta em níveis menores da fração HDL das lipoproteínas.

O alcoolismo crônico possui várias conseqüências adicionais, incluindo uma maior tendência para hipertensão, uma maior incidência de pancreatite aguda e crônica, e alterações regressivas dos músculos esqueléticos.

Doença hepática alcoólica (DHA) e Cirrose:
O consumo crônico de álcool resulta com frequência em três formas distintas, embora superpostas , de doenças hepáticas: (1) esteatose hepática, (2) hepatíte alcoólica e (3) cirrose, denominadas coletivamente de doença hepática alcólica. A maioria dos casos o alcoólico que continua bebendo evolui da degeneração gordurasa para ceises de hepatite alcoólicaa e para cirrose alcoólica no transcorrer de 10 a 15 anos.

(1)ESTEATOSE ALCOÓLICA (fígado gorduroso)
Dentro de poucos dias após a administração de álcool a gordura aparece dentro das células hepáticaas, representa principalmente aumento na síntese de triglicerídios em virtude do maior fornecimento de ácidos graxos ao fígado, menor oxidação dos ácidos graxos, e menor formação e liberação de lipoproteínas. Ela pode surgir sem evidências clínica ou bioquímica de doença hepática.. Por outro lado, quando o acometido é intenso, pode estar associado com mal-estar, anorexia, náuseas, distenção abdominal, hepatomegalia hipersensível, às vezes icterícia e níveis elevados de aminotransferase.

(2)HEPATITE ALCOÓLICA
Caracteriza-se principalmente por necrose aguda daas células hepáticas. Em alguns pacientes, apesar da abstinência , a hepatite perciste e progride para cirrose. Ela representa a perda relativamente brusca de reserva hepática e pode desencadear um quadro de insuficiência hepática ou, às vezes, a síndrome hepatorrenal.

(3)CIRROSE ALCOÓLICA
apesar do álcool ser a causa mais comum de cirrose no mundo ocidental, sendo responsável aí por 60 a 70% de todos os casos, é enegmático que apenas 10 a 15% dos "devotos do alambique" acabam contraindo cirrose. Existe em geral uma relação inversa entre a quantidade de gordura e a quantidade de cicatrização fibrosa. No início da evolução cirróticaa os septos fibrosos são delicados e estendem-se da veia central para as regiões portais assim como de um espaço-porta para outro. A medida que o processo de cicatrização aumenta com o passar do tempo, a nodularidade torna-se mais proeminente e os nódulos esparsos aumentam em virtude da atividade regenerativa, criando na superfície o denominado aspecto de cravo de ferradura.

A quantidade de gordura é reduzida, o fígado diminui progressivamente de tamanho, tornado-se mais fibrótico, sendo transformado em um padrão macronodular à medida que as ilhotas paraenquimatosas são envoltas por tiras cada vez mais largas de tecido fibroso. Nos casos típicos, após certos sintomas tipo mal-estar, fraqueza, redução ponderal e perda de apetite, o paciente desenvolve icterícia, ascite e edema periférico, com o último sendo devido à deterioração na síntese da albumina. A menos que o paciente evite o álçool e adote um adieta nutritiva, a evolução habitual durante um período de anos é progressivamente descendente, com a deterioração da função hepática e surgimento de hipertensão porta com suas sequelas como, por exemplo, ascite, varizes gastroesofágicas e hemorróidas.

Problemas clínicos do alcoolismo:
A ingestão contínua do álcool desgasta o organismo ao mesmo tempo em que altera a ente. Surgem, então, sintomas que comprometem a disposição para trabalhar e viver com bem estar. Essa indisposição prejudica o relacionamento com a família e diminui a produtividade no trabalho, podendo levar à desagregação familiar e ao desemprego.

Alguns dos problemas mais comuns da doença sâo:
No estômago e intestino
Gases: Sensação de "estufamento", nem sempre valorizada pelo médico. Pode ser causada por gastrite, doenças do fígado, do pâncreas, etc.

Azia: Muito comum em alcoolistas devido a problemas no esôfago.

Náuseas: São matinais e ás vezes estão associadas a tremores. Podem ser consideradas sinal precoce da dependência do álcool.

Dores abdominais: Muito comum nos alcoolistas que têm lesões no pâncreas e no estômago.

Diarréais: Nas intoxicações alcoólicas agudas (porre). Este sintoma é sinal de má absorção dos alimentos e causa desnutrição no indivíduo.

Fígado grande: Lesões no fígado decorrentes do abuso do álcool. Podem causar doenças como hepatite, cirrose, fibrose, etc.

No Sistema Cárdio Vascular
O uso sistemático do álcool pode ser danoso ao tecido do coração e elevar a pressão sangüínea causando palpitações, falta de ar e dor no tórax.

Glândulas
As glândulas são muito sensíveis aos efeitos do álcool, causando sensíveis problemas no seu funcionamento.

Impotência e perda da libido. O indivíduo alcoolista pode ter atrofiados testículos, queda de pêlos além de gincomastias(mamas crescidas).

Sangue
O álcool torna o individuo propício às infecções, alterando o quadro de leucócitos e plaquetas, o que torna freqüente as hemorragias.

A anemia é bastante comum nos alcoolistas que têm alterações na série de glóbulos vermelhos, o que pode ser causado por desnutrição (carência de ácido fólico).

Alcoolismo é doença (OMS)
É o que a medicina afirma, mas a maior dificuldade das pessoas é entender como isso funciona. Alguns acham que &Seacute; falta de vergonha; outros, que é falta de força de vontade, personalidades desajustadas, problemas sexuais, brigas familiares, etc.; outros, até, que é coisa do "capeta", outros acham que leva algum tempo para desenvolver tal "vício". A verdade é que algumas pessoas nascem com o organismo predisposto a reagir de determinada maneira quando ingerem o álcool. Aproximadamente dez em cada cem pessoas nascem com essa predisposição, mas só desenvolverão esta doença se entrarem em contato com o álcool.

O alcoolimo não é hereditátio
Apesar do alcoolismo não ser hereditário existe uma predisposição orgânica para o seu desenvolvimento, sendo, então, o alcoolismo transmissível de pais para os filhos. O desenvolvimento do alcoolismo envolve três características: a base genética, o meio e o indivíduo. Filhos de pais alcoólatras são geneticamente diferentes, porém, só desenvolverão a doença se estiverem em um meio propício e/ou características psicológicas favoráveis.

Fonte: www.virtual.epm.br

Álcool e comportamento


Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois ele atua no sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento de quem consome, além de ter potencial para desenvolver dependência. O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade. Por esse motivos ele é encarado de forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas, sendo uma condição frequente, atingindo cerca de 5 a 10% da população adulta brasileira.

O alcoolismo não difere psicologicamente da dependência de outras drogas. Assim, tanto as fases como o desenvolvimento emocional do dependente e a recuperação são idênticas, não importando qual a droga de escolha, seja ela o álcool, cocaína, crack, maconha ou qualquer outra droga alteradora de humor.

Com toda essa carga negativa sobre a dependência química, como um dependente químico (dependente de álcool e outras drogas), em sã consciência poderia admitir que é um dependente? Assim, conforme a dependência química vai evoluindo), tanto o dependente quanto os familiares vão desenvolvendo uma "MURALHA PSICOLÓGICA" que impede que o indivíduo entre em contato com a realidade da dependência. Por isso, devemos lembrar que é uma DOENÇA, não uma falta de caráter. O alcoólatra e o dependente de outras drogas, realmente se tornam o mito, se tornam tudo aquilo que sempre tiveram medo de ser, através do que a psicologia chama de "profecia auto-realizadora". Isso ocorre por não conseguirem entrar em contato com determinados sentimentos. Esses sentimentos são totalmente normais em nós, seres humanos e devem ser desenvolvidos para que não assumam o controle da situação.

Fatores que levam ao primeiro uso do álcool:
Espírito de grupo: (Principalmente na adolescência, onde não queremos ser tratados como "diferentes" ou como "babacas").

Curiosidade: (Fala-se tanto no assunto, como será que é?). Cultura (em algumas sociedades começa-se a beber ainda criança).

Incentivo dos pais: (Que bebem e dão aos filhos para que provem).

Orientação médica: (Biotônico Fontoura é um bom exemplo).

Outros fatores sociais: (Anúncio de TV, entre outros).

Fatores que levam à continuidade do consumo alcóolico:
Predisposição Orgânica: caracterizada principalmente pela tolerância.

Benefícios: fatores sociais que reforçam o uso.

As quatro fases do alcoolismo:
Fase 1 : (Fase social, sem dependência física, apenas dependência Emocional). Inicia-se na primeira vez que se bebe (lembrando-se que dois fatores são fundamentais: Predisposição Orgânica e Benefícios, do contrário a doença não se desenvolve). O primeiro sintoma é a dependência Emocional. O desenvolvimento emocional pára e a pessoa torna-se pouco tolerante. Como geralmente isso acontece na infância ou na adolescência, a mudança emocional geralmente não é percebida, pois confunde-se com malcriação, infantilidade ou temperamento forte. A partir daí, a doença desenvolve-se mais ou menos devagar, dependendo da predisposição orgânica. Bebe-se pouco e socialmente, não há perdas em virtude do uso. Não há problemas físicos.

Fase 2: (Fase social, sem dependência física, apenas dependência emocional). O organismo modifica-se: tem-se a tolerância aumentada (bebe-se mais que na fase 1) . Não há problemas em conseqüência da ingestão de álcool. Não há problemas físicos. Não há dependência física, apenas emocional.

Fase 3: (Fase problemática, com dependência física e emocional). Bebe-se muito (altíssima tolerância).O beber torna-se um problema. Muitos problemas emocionais, ressacas constantes, problemas em decorrência da bebida , problemas familiares, problemas de relacionamento. Há o inicio da síndrome de abstinência, começam as "PARADAS ESTRATÉGICAS", pode-se haver internações. Há boas expectativas de recuperação física. Há muitas perdas. Perda de controle.

Fase 4: (Fase problemática, com dependência física e emocional). Bebe-se muito pouco, menos que na fase 1. Inicia-se a atrofia do cérebro. Pode-se ter delírios. Pode-se ter as mãos trêmulas por períodos excessivamente longos. Problemas físicos e emocionais extremos. Pode-se ter Esquizofrenia. Muitas vezes confunde-se com PMD (psicose maníaco-depressiva). Há poucas expectativas de recuperação física. Perdas extremas.

Mecanismos de defesa:
As 4 fases do alcoolismo apresentam determinados sintomas semelhantes, que são os MECANISMOS DE DEFESA, decorrentes do preconceito em relação ao alcoólatra. Na realidade os mecanismos de defesa são mentiras que o alcoólatra ou dependente químico usa para tentar encobrir o aspecto doentio da própria vida, tais como:

Negação : (O mais comum). "Não sou alcoólatra, sou compulsivo. Nunca fiquei bêbado. Não tenho problemas em decorrência da bebida. Bebo muito pouco".

Justificativa: "Bebo porque gosto, paro na hora que quiser. Bebo para relaxar. Bebo para comemorar. Bebo para esquecer. Bebo para ouvir música. Bebo devido a problemas emocionais. Bebo para me divertir".

Projeção: Todos os sentimentos e a própria vida são vistos apenas no outro.) "O outro é quem bebe muito. O vizinho que é alcoólatra, coitado".

Autopiedade: O mundo não me entende. Nada dá certo pra mim. (Faz com que as pessoas sintam pena )

Minimização: "Só bebo vinho. Só bebo final de semana. Só bebo à noite; todo mundo bebe. Não bebo pinga". (Tenta minimizar os prejuízos)

Intelectualização: Encontram-se justificativas científicas: "Beber faz bem ao coração".

Racionalização: (raciocina-se errado) "Se eu beber só vinho vai estar tudo bem. Se eu parar por um tempo vai ficar tudo bem".

Fuga Geográfica: Muda-se de cidade, de emprego.

Mecanismos de defesa fazem parte da personalidade de todos os seres humanos, porém são mais pronunciados no alcoólatra.

O Alcoólatra pode encontrar mais justificativas para beber, numa semana, do que o não alcoólatra encontraria para fazer todas as outras coisas, durante a vida inteira.

O alcoolismo é uma doença de família:
A família também apresenta mecanismos de defesa. Há poucas expectativas em relação à recuperação, pois todos da família devem se tratar, não só o alcoólatra. Um alcoólatra dificilmente pára de beber. De cada 100 alcoólatras, apenas 1 consegue entrar num programa de recuperação. Os outros 99 morrerão sem querer parar de beber. Um dos fatores que levam o alcoólatra a continuar bebendo é a interferência de familiares que procuram apagar "o ontem à noite", procurando minimizar as perdas que a bebida traz. A falta de informação da população, a falta de profissionais preparados para esse tipo de atendimento, a falta de cursos sobre a dependência química em faculdades de medicina levam à ignorância em relação ao que poderia ser uma ajuda real.

A recuperação é difícil e depende da disposição do indivíduo em aceitar a ajuda necessária (ele só vai entrar num programa de recuperação se assim o quiser). Há vários programas de recuperação: religioso, de mútua ajuda, ajuda psicológica, programas místicos, etc. O importante é que o indivíduo se sinta bem com aquele que escolher. O maior inimigo da recuperação são as recaídas, que podem inclusive levar à morte.

A recuperação é um trabalho para anos e consiste em transformar uma vida até então marcada por brigas, egocentrismo, perdas, pensamentos obsessivos, etc, em uma vida produtiva. O processo de recuperação consiste, dentre muitas outras coisas, na identificação desses mecanismos de defesa, e no reconhecimento da verdadeira intenção por detrás destes. Por exemplo: muda-se de cidade para ver se as coisas melhoram. Assim há a falsa idéia de que mudando de cidade os problemas ficarão em outro lugar bem distante. Só que ele não admite a própria maneira doentia de usar drogas, e que os problemas são conseqüência do uso.

O dependente tem uma dificuldade incomum de identificar os próprios sentimentos, os quais são "projetados" no mundo exterior. Isso é dito para que se tenha uma melhor compreensão de como é impossível para um dependente químico lidar com todas essas mentiras que a sociedade nos ensina sobre a dependência, porque ele só consegue ver a própria realidade e os próprios sentimentos em outras pessoas. Ele realmente acredita que usa drogas ou bebe compulsivamente devido a algum motivo, um fator externo.

Por não conseguir desenvolver determinados sentimentos que não são "ruins" como ele pensa, esses sentimentos acabam transformando-se numa personalidade separada, desconhecida, chamada de "sombra" que só vem à tona em determinados momentos. Muitos a chamam de "demônio", mas na realidade é uma personalidade infantil, egocêntrica como toda criança. Essa personalidade desconhecida e temida pelo dependente e pelos familiares é justamente o MITO que tornou-se realidade através de uma profecia "auto-realizadora."



A Anatomia Vegetal constitui um capítulo da Botânica de grande importância para a compreensão da vida das plantas, em geral. Neste documento apresentam-se aspectos de estruturas anatómicas de diversos órgãos de Espermatófitas, de plantas da Divisão Magnoliophyta (angiospérmicas), das classes Liliopsida (monocotilédoneas) e Magnoliopsida (dicotilédoneas).

A apresentação de cada estrutura refere as respectivas zonas anatómicas e as características histológicas correspondentes. De modo simplificado é feito um estudo da raíz, do caule e da folha.

I. RAÍZ
1. Raíz - Estrutura Primária
Na estrutura anatómica da raíz de uma monocotilédonea - fig. 1, 2, 3 e 4 - como é o caso do milho (Zea mays L.) podemos distinguir: a epiderme (epd) constituída por uma camada de células vivas que reveste a raíz com crescimento primário (sistema dérmico); no sistema fundamental, a zona cortical ou córtex (ctx) constituída geralmente por células de parênquima e cuja camada mais interna é designada endoderme (end), formada por células cuja parede contém algumas zonas suberificadas; a parte externa da zona cortical pode designar-se de exoderme (exd) podendo apresentar várias camadas de células compactadas; o cilindro central (cc) que inclui o sistema vascular apresenta uma camada exterior de células em geral parenquimatosas, formando o periciclo (per), tecidos vasculares (feixes de xilema (xil) e de floema (flo) e, nas raízes desenvolvidas, observa-se a medula (med) zona central da estrutura, preenchida por células parenquimatosas.

Na estrutura primária da raíz de monocotilédoneas os feixes vasculares são simples alternos, apresentando as células mais precoces do protoxilema e de protofloema numa posição mais periférica do feixe, e células tardias de metaxilema e de metafloema na parte interna. No seu conjunto, pela existência de vários feixes numa posição circular, pode designar-se essa disposição de estrutura poliarca.

Os feixes lenhosos (xilema) são constituídos por : elementos condutores, traqueídos e elementos de vaso (evl) - fig.3 - dispostas estas últimas células em séries longitudinais formando vasos lenhosos; por células de parênquima; e, por vezes, células de suporte, fibras. As paredes das extremidades de cada elemento de vaso apresentam placas de perfuração (ppf) - fig. 3 - que permitem a movimentação livre da água de célula para célula.

O floema (feixes liberinos) é, tal como o xilema, um tecido complexo constituído por: elementos de tubo crivoso dispostos em séries verticais formando os tubos crivosos; por células companheiras; por células de parênquima e, por vezes, fibras.

A estrutura anatómica da raíz do trigo (Triticum sp.) - fig. 5 - apresenta igualmente o crescimento primário característico das monocotilédoneas, observando-se a formação de uma raíz lateral (rzl) originada de células do periciclo, cuja multiplicação permite a formação de uma ramificação crescendo perpendicularmente ao eixo da raíz principal.

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