Chamada Lilypad, a sua construção foi inspirada num nenúfar gigante descoberto na Amazónia por Thaddeaus Haenke, no início do século XIX. O botânico alemão baptizou-o de Vitória régia, em homenagem à rainha Vitória de Inglaterra...
Pânico ecológico - Humanidade precisará de dois planetas em 2030.
Com o actual ritmo de consumo dos recursos naturais do nosso planeta, segundo o relatório Planeta Vivo de há dois anos - responsabilidade da organização WWF, Sociedade Zoológica de Londres e da Global Footprint Network - precisaríamos de um segundo planeta por volta do ano 2050...
A China vista dos Céus.
A China não cessa de nos surpreender; a fotografia aérea também, ao revelar-nos formas, cores e texturas improváveis que nos dão uma outra noção do espaço. Este conjunto de fotografias aéreas da China põe em evidência o contraste entre a dimensão humana e a vastidão do imenso território chinês...
O Natal, o Papai Noel e a Coca-Cola.
A lenda do Papai Noel (Pai Natal em Portugal) é inspirada no arcebispo São Nicolau Taumaturgo, que viveu na Turquia no século IV. Ele tinha o costume de ajudar os necessitados depositando um pequeno saco com moedas de ouro, entrando nas casas pela lareira...
Publicidade - Os direitos dos animais.
Criatividade e consciencialização são palavras de ordem na nova campanha publicitária realizada pela agência WCRS, que assina Born Free “Keep wildlife in the Wild”. Qualquer um de nós tem consciência da quantidade de pessoas, que por falta de recursos ou alternativas, vivem nas ruas. A última campanha da Born Free, pega nesta ideia e coloca animais selvagens, sem lar, em cenários urbanos...
Até os que não entendem nada de cozinha já ouviram isso. Mas não está certo.
A explicação - falsa - seria que as moléculas de gordura desse tipo de azeite queimam a uma temperatura inferior à dos demais e, por isso, ele produziria aldeídos e outros compostos químicos que poderiam ser tóxicos e dariam um sabor ácido para os alimentos.
No entanto, diversos estudos indicam que o azeite de oliva - tanto o comum, quanto o extra-virgem - permanece sem se decompor a temperaturas elevadas e produz menos aditivos químicos do que os outro óleos.
Martin Grootveld, professor da Universidade de Montfort, no Reino Unido, recomenda o azeite de oliva tanto para fritar, quanto para cozinhar.
"Primeiro, porque ele gera níveis menores dessas substâncias tóxicas, e segundo porque as substâncias que se formam são menos danosos para o corpo humano", garante Grootveld.
2 - Cozinhe o macarrão em uma panela grande quando a água estiver fervendo
Esta é uma recomendação de muitos chefs de cozinha, inclusive italianos, e uma orientação que também figura até em pacotes de macarrão.
Em um recipiente grande, dizem, a água começa a ferver mais rapidamente e, além disso, há mais espaço para que o macarrão não fique grudado.
Falso. Primeiramente, porque a mesma quantidade de macarrão baixará a temperatura da água tanto em uma panela pequena, quanto em uma grande, então as duas vão recuperar seu ponto de ebulição em um tempo similar. E a panela menor precisa de menos energia por ter uma superfície menor para aquecer, segundo um artigo publicado na revista New Scientist.
Para evitar que os fios do macarrão grudem, a tática não deve ser utilizar uma panela grande. O principal aí seria ficar atento à massa logo no primeiro minuto em que ela é jogada na panela.
Isso porque o macarrão só consegue se colar nos primeiros 60 segundos - porque é nessa hora que o amido da superfície dele incham e explodem.
Outra prática conhecida para cozinhar massa é a de colocar gotas de azeite na água. No entanto, isso também não vale a pena. Segundo a Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês), não faz diferença alguma.
3 - Cozinhar a carne no fogo alto para selá-la e garantir que ela fique suculenta
Esse é outro conselho que você já deve ter escutado até de cozinheiros profissionais. No entanto, fritar a carne no fogo alto para criar aquela "crosta" na superfície antes de levá-la ao forno - o que, supostamente, protegeria sua parte suculenta - não é a melhor forma de manter o sabor e a textura do alimento.
Isso pode ser comprovado com um experimento simples.
Se você pegar duas peças iguais e assar a primeira, e depois selá-la, e fizer exatamente o contrário com a segunda, você vai perceber que a primeira ficará mais suculenta.
Por quê? Porque a temperatura mais elevada faz as fibras e os músculos da carne se contraírem e, como consequência disso, a carne perderá mais líquido.
Além disso, quando está fria, a carne demora mais tempo para ser selada (e, também por isso, perde mais líquido), em comparação com a carne assada previamente.
Para manter a carne suculenta, o melhor é deixar que ela descanse um pouco depois de assada - porque assim, à medida que as fibras musculares se esfriam, elas se dilatam e conseguem reter mais o "suco" da carne.
Mas ainda que selar a carne não ajude a conservar a suculência, uma coisa é certa: a prática realça o sabor da carne - e de outros alimentos também, graças à reação de Maillard.
Esse é o nome que se dá ao processo pelo qual os açúcares e os aminoácidos reagem ao calor, produzindo diversos sabores.
4 - Marinar a carne para ressaltar o sabor
Ainda sobre carnes, outra dica popular é deixá-la marinar de um dia para outro para realçar o seu sabor.
A boa notícia para os desorganizados - ou impacientes para fazer isso - é que somente sal, algumas moléculas muito pequenas de açúcar e alguns ácidos podem penetrar a carne mais do que poucos milímetros.
Os condimentos ficam só na superfície, então não vale a pena deixar a carne marinando por hora
No entanto, se você suspeita que a carne que vai cozinhar é dura, mariná-la faz algum sentido - não porque você vá dar mais sabor a ela, mas porque se você utilizar uma mistura ácida, evitará que a superfície se decomponha e, ao mesmo tempo, ajudará a "amadurecer" o resto da carne.
O Instagram foi considerada a pior rede social no que concerne seu impacto sobre a saúde mental dos jovens, segundo uma pesquisa do Reino Unido.
Na enquete, 1.479 pessoas com idades entre 14 e 24 anos avaliaram aplicativos populares em quesitos como ansiedade, depressão, solidão, bullying e imagem corporal.
Organizações de saúde mental pediram às empresas que mantém os aplicativos a aumentar a segurança dos usuários.
Em resposta, o Instagram disse que uma de suas maiores prioridades é manter a plataforma como um lugar "seguro e solidário" para os jovens.
O estudo, da Sociedade Real para Saúde Pública (RSPH, na sigla em inglês) na Grã-Bretanha, sugere que as plataformas avisem, através de um pop-up, toda vez que houver uso excessivamente intenso das redes sociais, e que identifiquem usuários com problemas de saúde mental.
O Instagram diz que oferece ferramentas e informações sobre como lidar com bullying e avisa os usuários sobre conteúdos específicos de algumas páginas.
A pesquisa afirmou que "as redes sociais podem estar alimentando uma crise de saúde mental" entre jovens.
No entanto, ela também pode ser usada para o bem, segundo o estudo. O Instagram, por exemplo, teve um efeito positivo em termos de autoexpressão e autoidentidade, segundo a pesquisa.
Cerca de 90% dos jovens usam redes sociais - mais do que qualquer outra faixa etária -, o que os torna especialmente vulneráveis a seus efeitos, apesar de não estar exatamente claro quais seriam estes no momento.
'Depressão profunda'
Isla é uma jovem de 20 e poucos anos. Ela ficou "viciada" em redes sociais durante a adolescência quando estava passando por um momento difícil de sua vida.
"As comunidades online me fizeram sentir incluída, como se a minha existência valesse a pena", diz. "Mas eu comecei a negligenciar minhas amizades na 'vida real' e passava todo o meu tempo online conversando com meus amigos lá".
"Eu passei por uma depressão profunda quando tinha 16 anos, ela durou meses e foi terrível. Durante esse período, as redes sociais me fizeram sentir pior, eu constantemente me comparava com outras pessoas e isso fazia eu me sentir mal", conta a jovem.
"Quando eu tinha 19 anos, tive outro episódio de depressão profunda. Eu entrava nas redes sociais, via meus amigos fazendo várias coisas e me odiava por não conseguir fazê-las ou me sentia mal por não ser uma pessoa tão boa quanto eles".
As redes sociais também tiveram um efeito positivo na vida de Isla. "Eu bloguei muito sobre saúde mental, sou bem aberta em relação a isso e tive boas conversas com as pessoas sobre o assunto."
"Eu acho que me dá uma plataforma pra falar sobre isso. Conversar com as pessoas é algo imperativo para a minha saúde. Eu ainda sou amiga de pessoas que conheci na internet há cinco, seis anos e até encontrei algumas delas pessoalmente", diz.
A pesquisa online fez uma série de perguntas sobre o impacto das redes YouTube, Instagram, Snapchat, Facebook e Twitter em termos de saúde e bem-estar. Os participantes da pesquisa deveriam avaliar cada plataforma em 14 tópicos relacionados aos temas.
Com base nessas avaliações, o YouTube foi a rede com o impacto mais positivo em termos de saúde mental, seguido por Twitter e Facebook. Snapchat e Instagram tiveram as piores pontuações.
'Faroeste'
"É interessante ver Instagram e Snapchat nas piores posições para saúde mental e bem-estar - ambas as plataformas são bastante focadas em imagem e parecem causar sentimentos de inadequação e ansiedade nos jovens", diz Shirley Cramer, executiva-chefe da RSPH.
Com base nessas descobertas, especialistas em saúde pública estão pedindo para que as plataformas de redes sociais introduzam uma série de checagens e medidas para melhorar a saúde mental, incluindo:
Avisos de que as pessoas estão fazendo uso excessivo das redes sociais (apoiada por 70% dos jovens que participaram da pesquisa);
A identificação, por parte das plataformas, de usuários com problemas de saúde mental (pelo conteúdo de postagens) seguida de "indicações discretas sobre como eles podem conseguir apoio";
Sinalização de quando as fotos foram digitalmente manipuladas - por exemplo, marcas de roupa, celebridades e outras organizações publicitárias poderiam utilizar um pequeno ícone nas fotos alteradas digitalmente.
Tom Madders, da organização de saúde mental YoungMinds, disse que as recomendações podem ajudar muitos jovens. "Aumentar a segurança nas redes sociais é um passo importante que pedimos para Instagram e outras redes tomarem", disse.
"Mas também é importante reconhecer que simplesmente 'proteger' jovens de alguns conteúdos jamais será a solução total".
Ele disse que os jovens precisam entender os riscos de como eles se comportam na internet e devem aprender como reagir a "conteúdos nocivos que escapam dos filtros".
Michelle Napchan, chefe das políticas do Instagram, disse que "manter a solidariedade e segurança do Instagram como um local onde as pessoas se sintam à vontade para se expressar é a nossa maior prioridade - especialmente em relação aos jovens".
"Todos os dias, pessoas em todas as partes do mundo usam o Instagram para compartilhar sua própria jornada de saúde mental e conseguir apoio no Instagram quando e onde eles precisarem".
"É por isso que trabalhamos em parceria com especialistas para dar às pessoas as informações e ferramentas que elas precisam para usar o aplicativo, inclusive sobre como denunciar conteúdo, conseguir apoio para um amigo que lhes preocupa ou contatar diretamente um especialista para pedir conselhos sobre como lidar com um problema".
Pergunte
a Daniel Mills, professor de Veterinária comportamental na Universidade
de Lincoln (Reino Unido). Em um estudo recente, Mills e sua colega
Alice Potter comprovaram de modo científico o que já se sabia na
prática: gatos são mais autônomos e solitários do que os cachorros.
Apesar de envolver a já famosa reputação dos gatos, executar essa pesquisa foi mais difícil do que poderia parecer.
"Eles são complicados se você quer que façam algo de uma certa maneira", diz Mills. "Eles tendem a fazer o que querem."
Donos
de gatos do mundo inteiro irão concordar. Mas por que exatamente os
gatos são tão relutantes em cooperar, seja entre si ou com humanos? Ou,
perguntando de outra forma, por que tantos outros animais - domésticos
ou selvagens - têm espírito de equipe?
A vida em grupo é comum na
natureza. Pássaros formam bandos e peixes, cardumes. Predadores
frequentemente caçam juntos. Até mesmo o leão, parente do gato
doméstico, vive em grupo.
Para as espécies que são caçadas por
outras, obviamente há uma estratégia de maior segurança em um bando.
"Chama-se efeito de diluição", diz o biólogo Craig Packer, da
Universidade de Minnesota (EUA).
"Um predador só consegue matar
um, e se há cem da mesma espécie isso reduz as chances de cada um deles
ser pego para 1%. Mas se você estiver sozinho você será escolhido 100%
das vezes."
Animais em bando também se beneficiam do efeito
"muitos olhos atentos": quanto maior o grupo, é mais provável que alguém
perceba um predador se aproximando. "E quanto mais cedo você detectar o
predador, mais tempo tem para iniciar a fuga", diz Jens Krause, da
Universidade de Humboldt em Berlim, Alemanha.
Essa vigilância
coletiva traz outras vantagens. Cada um pode gastar mais tempo e energia
procurando por comida. E não se trata apenas de evitar predadores.
Animais que socializam em grupos não precisam perambular em busca de
companheiros, o que é um problema para espécies solitárias que vivem em
territórios amplos.
Uma
vez que se reproduzem, muitos animais que vivem em grupo adotam a
máxima "é necessária uma aldeia inteira para criar uma criança", com os
adultos trabalhando em equipe para proteger ou alimentar os mais novos.
Em
várias espécies de pássaros, como a zaragateiro-árabe de Israel, os
pequenos permanecem em grupos de familiares até que eles estejam prontos
para procriar. Eles dançam em grupo, tomam banho juntos e até trocam
presentes entre si.
Princípio 'Volta da França'
Viver
em grupo também poupa energia. Os pássaros que migram juntos ou os
peixes que vivem em cardumes se movimentam com mais eficiência do que os
mais solitários.
É o mesmo princípio que os ciclistas da Volta da
França utilizam quando formam um pelotão. "Os que estão mais atrás não
precisam investir tanta energia para atingir a mesma velocidade de
locomoção", diz Krause.
Como pinguins e morcegos podem atestar, a vida pode ser mais calorosa quando se vive cercado de amigos.
Com tantos benefícios, pode parecer surpreendente
que qualquer animal rejeite seus companheiros. Mas, como os gatos
domésticos demonstram, a vida em grupo não é para todos. Para alguns
animais, os benefícios da coletividade não compensam ter que dividir
comida.
"Chega a um ponto em que se alimentar com outros
indivíduos com grande proximidade reduz a sua quantidade de alimento",
diz John Fryxell, biólogo da Universidade de Guelph, no Canadá.
Um
fator-chave para essa decisão é ter alimentação suficiente, o que
depende de quanta comida cada animal precisa. E os gatos têm um gosto
caro. Por exemplo, um leopardo come cerca de 23 kg de carne em poucos
dias. Para gatos selvagens, a competição por alimentos é cruel, e por
isso leopardos vivem e caçam sozinhos.
Há
uma exceção à regra de felinos solitários: leões. Para eles, é uma
questão territorial, diz Packer, que passou 50 anos de sua vida
estudando os leões africanos. Alguns locais da savana têm emboscadas
perfeitas para a caça, então controlar esse lugar resulta em uma
vantagem significativa em termos de sobrevivência.
"Isso impõe
sociabilidade porque você precisa de equipes para dominar seu bairro
local e excluir outros times. Assim, o maior time vence", diz Packer.
O
que torna essa vida em grupo possível é que a presa de um único leão -
um gnu ou uma zebra - é grande o bastante para alimentar várias fêmeas
de uma vez só. "O tamanho da caça permite que eles vivam em grupos mas é
a geografia o que realmente os leva a viver em grupos", diz Packer.
Não
é a mesma situação dos gatos domésticos, já que eles caçam animais
pequenos. "Eles vão comê-lo inteiro", diz Packer. "Não há comida o
suficiente para dividir."
Domesticação
Essa
lógica econômica está tão integrada ao comportamento dos gatos que
parece improvável que até mesmo a domesticação tenha alterado essa
preferência fundamental por solidão.
Isso é duplamente verdade
quando você leva em consideração o fato de que os humanos não
domesticaram os gatos. Em vez disso, em seu próprio estilo, os gatos
domesticaram a si mesmos.
Todos os gatos domésticos são descendentes dos gatos selvagens do Oriente Médio (Felis silvestris),
o "gato-do-mato". Os humanos não coagiram esses gatos a deixar as
florestas: eles mesmos se convidaram a entrar nos alojamentos de
humanos, onde havia uma quantidade ilimitada de ratos ao seu dispor.
A
invasão a essa festa de ratos foi o início de uma relação simbiótica.
Os gatos adoraram a abundância de ratos nos alojamentos e depósitos e os
humanos gostaram do controle grátis da infestação de ratos.
Os
gatos domésticos não são completamente antissociais. Mas sua
sociabilidade - em relação a outro humano ou entre eles - é determinada
inteiramente por eles, em seus próprios termos.
"Eles mantêm um
nível alto de independência e se aproximam de nós apenas quando querem",
diz Dennis Turner, especialista em comportamento animal no Instituto de
Etologia Aplicada e Psicologia Animal em Horgen, Suíça.
"Os
gatos desenvolveram muitos mecanismos para se manter à parte, o que não
os conduz para a vida em bando", diz Mills. Os gatos marcam seu
território para evitar encontros constrangedores entre si. Se eles
acidentalmente se toparem, os pêlos são levantados e as garras saltam
para fora.
Em determinadas circunstâncias pode parecer que os
gatos domésticos adotaram a vida coletiva, como quando um grupo vive
junto em um galpão. Mas não se engane. "Eles têm laços muito frouxos e
não têm uma identidade real como grupo", diz Fryxell. "Eles só gostam de
ter um lugar comum para deixar seus filhotes."
Aliás, mesmo
diante de um grande perigo, quando eles se unem para se defender, é
pouco provável que os gatos colaborem entre si. "Não é que algo que eles
tipicamente façam quando se sentem ameaçados", diz Monique Udell,
bióloga da Universidade de Oregon (EUA).
Os
gatos simplesmente não acreditam na força de um grupo. Tudo isso ajuda a
explicar por que os gatos têm a reputação de dominação impossível.
Ainda assim, há evidências de que o desprezo dos gatos pela vida em
grupo possa ser uma fraqueza.
Caixa-preta da menta felina
Um estudo publicado em 2014 no periódico científico Journal of Comparative Psychology
investigou os traços de personalidade dos gatos domésticos. A conclusão
foi que manter-se solitário e desinteressado torna os gatos neuróticos,
impulsivos e resistentes a ordens.
Curiosamente, no entanto, os
gatos domésticos parecem capazes de cooperar um pouco mais que seus
parentes selvagens. Quando os pesquisadores compararam o gato doméstico a
quatro selvagens - o gato selvagem escocês, o leopardo-nebuloso, o
leopardo-da-neve e os leões africanos -, os gatos domésticos foram os
que mais se aproximaram dos leões em termos de personalidade.
de seus ancestrais até aqui em termos de tolerar
a companhia um do outro. Mesmo que gatos morando em galpões formem
laços frouxos, eles ainda demonstram um nível impressionante de
aceitação da presença do outro nesses espaços confinados.
Em Roma,
cerca de 200 gatos vivem lado a lado no Coliseu, enquanto na ilha de
Aoshima, no Japão, o número de gatos supera o de pessoas em uma
proporção de seis para um. Essas colônias podem não ter tanta
cooperação, mas estão bem avançadas em relação ao passado solitário dos
gatos domésticos.
Enquanto isso, pode ser mais fácil para
pesquisadores encontrar os gatos "no meio do caminho" ao realizar seus
experimentos, fazendo certas concessões.
Quando Udell fez suas
primeiras experiências com gatos, enfrentou uma série de dificuldades ao
tentar motivar suas cobaias a participar de certa atividade. Ela já
havia trabalhado com cachorros, que estariam dispostos a fazer qualquer
coisa em troca de um petisco.
Os
gatos, contudo, eram mais exigentes. Com o passar do tempo, Udell
percebeu que teria mais sucesso se desse aos gatos a opção de escolher
sua recompensa.
"Acho que parte do desafio é o quanto sabemos
sobre os gatos", diz. Se os cientistas começarem a entrar na caixa-preta
que é a mente felina, a domesticação à força pode ser substituída por
uma coerção mais astuta.
"Muito do comportamento animal -
incluindo uma afinidade ou resistência à domesticação - é profundamente
ligado ao circuito neural. Portanto, parece pouco possível deixar para
trás anos de seleção natural", diz Fryxell.
"Mas quem sabe?
Obviamente, leões conseguiram essa proeza, então deve ser possível que
mutações ocorram", diz ele. "E se eles conseguiram fazer isso, talvez
domesticar gatos não seja uma ideia tão maluca, afinal de contas."
Um novo estudo
sugere uma ligação entre o consumo de altas doses de analgésicos
anti-inflamatórios - como ibuprofeno - e ataques cardíacos.
A pesquisa, publicada no British Medical Journal,
baseia-se em um estudo anterior, que já havia identificado uma possível
ligação no consumo desses medicamentos e riscos de doenças cardíacas.
Esse
estudo mais recente sugere que o risco pode ser maior nos primeiros 30
dias de uso. Mas cientistas afirmam que são necessários mais testes para
identificar o tamanho do risco e de que forma essa relação se dá.
Nesse estudo, um time internacional de cientistas analisou dados
de 446.763 pessoas para tentar entender a ocorrência de problemas
cardíacos.
Os cientistas, contudo, focaram apenas em pessoas que
consumiram anti-inflamatórios não esteroides (como ibuprofeno, aspirina,
diclofenaco, celecoxibe e naproxeno) adquiridos com receita médica - e
não em pessoas que compraram os analgésicos sem receita.
Ao se
debruçar nos dados do Canadá, Finlândia e Reino Unido, pesquisadores
identificaram o risco de ataque cardíaco já na primeira semana de
consumo. O risco foi destacado ao longo do primeiro mês quando as
pessoas estavam tomando doses altas - por exemplo, 1200 mg de ibuprofeno
por dia.
Mas cientistas admitem que há outros fatores que
dificultam estabelecer com precisão de que forma se dá a relação direta
de causa e efeito entre analgésicos e ataques cardíacos.
Dá para culpar os analgésicos?
Kevin
McConway, professor emérito de estatística da Open University, no Reino
Unido, questionou aspectos do estudo. Ele cita o exemplo de alguém que
sofre com dor intensa e é medicado com altas doses de analgésico, e,
então, tem um ataque do coração na semana seguinte ao início do uso do
medicamento.
"Vai ser bem difícil dizer se o ataque cardíaco foi
causado pelo analgésico ou pelo o que quer que tenha levado à prescrição
do medicamento. Pode até ser uma outra coisa completamente diferente",
afirma.
O professor McConway salienta que fatores como fumo e
obesidade também podem estar por trás do risco de ataques do coração nas
pessoas focadas no estudo.
O que os pacientes devem fazer?
Médicos
estão cientes de que estudos anteriores já indicavam que
anti-inflamatórios não esteroides podem aumentar o risco de problemas do
coração e de derrames.
Atualmente no Reino Unido, por exemplo, há
a recomendação de usar com cautela esses medicamentos em pacientes com
problemas cardíacos. Em alguns casos, como em pacientes com falência
cardíaca, esses remédios não podem ser receitados sob hipótese alguma.
Mike
Knapton, da British Heart Foundation, sugere que pacientes e médicos
avaliem riscos e benefícios relacionados ao uso de elevadas doses desses
analgésicos convencionais, em especial nos casos dos que já tiveram um
ataque cardíaco ou que têm risco em potencial.
A médica e
professora Helen Stokes-Lampard, por sua vez, afirma que qualquer
decisão de prescrever esse tipo de medicamento precisa se basear no
prontuário do paciente e em circunstâncias individuais, que precisam ser
revisadas periodicamente.
Ela diz que o uso deles em pessoas com
dores crônicas já está sendo reduzido e que alguns dos medicamentos
testados na pesquisa (como celecoxibe) já não mais são prescritos no
Reino Unido. "Sabe-se que o uso prolongado pode provocar efeitos
colaterais sérios em alguns pacientes", afirma Stokes-Lampard.
e o uso desses remédios sem receita médica?
A
pesquisa analisou somente casos de quem usa analgésico com receita
médica. Não avaliou, portanto, a situação de pacientes que compram esse
tipo de medicamento sem prescrição, nas farmácias.
Mas a
professora Helen Stokes-Lampard disse que o estudo deveria também chamar
atenção para os pacientes que se automedicam com anti-inflamatórios não
esteroides para se livrar de dores.
O sistema de saúde público do
Reino Unido, por exemplo, orienta as pessoas a tomar sempre as menores
doses possíveis por um curto período de tempo. E se as pessoas acham que
precisam de doses mais altas, tem sempre de consultar um médico.
Quão alto é o risco de ter um ataque cardíaco?
Pesquisadores
independentes dizem que uma das principais armadilhas do estudo é que
ele não especifica claramente qual é o risco absoluto - ou o risco
básico de pessoas terem ataques cardíacos ao usarem os
anti-inflamatórios não esteroides.
Sem compreender o tamanho do
risco, afirmam esses pesquisadores, é difícil avaliar o impacto de um
possível aumento nas chances de se ter um ataque cardíaco.
Enquanto
isso, o professor Stephen Evans, da escola britânica de Higiene e
Medicina Tropical, em Londres, disse que, apesar de o estudo ter
indicado que mesmo o uso por alguns dias pode estar associado a um risco
aumentado de ataque cardíaco, essa relação pode não ser tão clara
quanto os autores sugerem.
"As duas questões principais são que os
riscos são relativamente pequenos e, para a maioria das pessoas que não
tem alto risco de um ataque cardíaco, essas descobertas têm implicações
mínimas".
ormir de sete a oito horas por dia é
a média considerada ideal por organizações mundiais de saúde. Mas boa
parte da população não consegue.
Dados do Centro de Controle e
Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) mostram, por exemplo, que um em cada
três adultos americanos não dorme o suficiente.
Um estudo publicado na revista Science Advances
mostrou ainda que os brasileiros estão entre aqueles com as noites mais
curtas de sono do mundo: dormimos uma média de 7h36m por noite - mais
horas apenas do que japoneses e cingapurianos.
O especialista em sono Nathaniel Kleitman, da Universidade de
Chicago (EUA), criou um teste simples que qualquer um pode tentar em
casa para saber se tem déficit de sono.
Kleitman apresentou a técnica no documentário The Truth About Sleep (A verdade sobre o sono, em tradução livre), apresentado pelo médico britânico Michael Mosley, do programa da BBC Trust me, I'm a doctor.
Como fazer o teste
O
teste ajuda a medir a duração do período de latência - o intervalo
entre estar acordado e cair no sono. Ele deve ser feito nas primeiras
horas da tarde, com a ajuda de uma colher e uma bandeja de metal.
Você
deve se deitar num quarto silencioso e escuro e segurar uma colher na
mão na beira da cama. Logo abaixo, no chão, deve colocar uma bandeja de
metal.
Então, marque o horário antes de fechar os olhos. Ao dormir, a
colher deve cair e bater na bandeja, provocando um ruído que irá
despertá-lo.
Quando isso acontecer, você deve voltar a olhar para o relógio e ver quanto tempo se passou.
Se você dormir antes de cinco minutos depois de fechar os olhos, isso quer dizer que você tem um sério déficit de sono.
Se ocorrer em dez minutos, é um sinal de "certa falta de sono".
Se ficar acordado por ao menos 15 minutos, significa estar dormindo o suficiente.
Uma versão mais simples do teste seria programar um alarme de 15 minutos e notar se você dorme nesse período.
A importância de dormir bem
O sono afeta nossa memória e como lidamos como nossas emoções.
Durante
a etapa de sono profundo, o cérebro se ocupa de transformar a memória
de curto prazo em lembranças de longo prazo, explica Mosley. Assim,
cria-se mais espaço para a memória de curto prazo do dia seguinte.
E
a fase do sono REM (sigla em inglês para a expressão "movimento rápido
dos olhos"), explica o médico, é o único momento em que eliminamos do
cérebro uma substância relacionada com o estresse, a noradrenalina.
Isso
nos permite manter a calma enquanto nosso cérebro processa as
atividades do dia, ajudando-nos a assimilar as experiências emocionais
que vivemos.
Se não conseguir ter horas suficientes de sono REM, seu cérebro
não terá tempo suficiente para processar as emoções, diz Mosley, o que
explicaria por que nos sentimos estressados e ansiosos quando temos
falta de sono.
A falta de sono, além disso, tem um efeito devastador sobre o controle de açúcar no sangue.
Há
estudos que mostram que os adultos que dormem em média menos de sete
horas por dia duplicam o risco de desenvolver diabetes tipo 2, enquanto o
risco é cinco vezes maior para quem dorme menos de cinco horas.
Bióloga, apaixonada por ensino. Fascinada por ciências forenses, meio ambiente ,leis, design, psicologia e medicina legal. Cada dia aprendendo um pouco e compartilhando com você.
Obrigada por estar aqui.