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24 de fev. de 2016

Vida sedentária a partir dos 40 'reduz tamanho do cérebro', diz estudo

 

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Image caption Sedentários mostraram envelhecimento mais rápido do cérebro
Um estudo americano sugere que o sedentarismo a partir dos 40 anos tem correlação com o envelhecimento do cérebro e mesmo sua redução de tamanho na casa dos 60 anos.
Pesquisadores da Universidade de Boston acompanharam 1.583 pessoas, com média de idade de 40 anos, todas elas sem demência ou doenças cardíacas. Elas fizeram testes de esforço em uma esteira e também se submeteram a tomografias do cérebro. Vinte anos depois, repetiram os procedimentos.
As pessoas que tinham registrado resultados ruins no primeiro exame tinham cérebros menores na medição de duas décadas depois.
As pessoas que não desenvolveram problemas cardíacos e não estavam usando medicamentos para pressão alta apresentaram o equivalente a um ano de envelhecimento acelerado do cérebro. Aqueles que tiveram problemas ou usaram medicação - na primeira medição - apresentaram o equivalente a dois anos de envelhecimento acelerado do cérebro.
Os resultados foram publicados na revista da Sociedade Americana de Neurologia.
"Encontramos uma correlação direta entre má forma física e o volume do cérebro nas décadas seguintes, o que indica envelhecimento acelerado", disse Nicole Spartano, da Escola de Medicina da Universidade de Boston, pesquisadora-chefe do estudo.
"Esses resultados, ainda não que não analisados em larga escala, sugerem que a condição física na meia-idade pode ser particularmente importante para milhões de pessoas ao redor do mundo que já têm alguma evidência de doenças cardíacas".
O encolhimento do cérebro é um processo natural do envelhecimento humano e a atrofia do órgão está ligada ao declínio cognitivo e ao aumento do risco de demência. Cientistas argumentam que o exercício reverte essa deterioração.
"A mensagem é que escolhas de saúde estilo de vida que você faz ao longo da vida poderão ter consequências muitos anos depois", completa Spartano.

lista de zoologia

01. (UNIFESP) Cobras, em geral, ingerem uma grande quantidade de alimento, mas apenas de tempos em tempos. Gaviões, comparativamente, ingerem alimento em pequenas quantidades, porém diariamente e várias vezes ao dia. Conhecendo as principais características dos grupos a que esses animais pertencem, pode-se afirmar corretamente que isso ocorre porque:
a) A digestão nas cobras é mais lenta e isso fornece energia aos poucos para seu corpo. Nos gaviões, a necessidade de fornecimento maior e mais rápido de energia condicionou o comportamento de tomada mais frequente de alimento.
b) As cobras, por ingerirem as presas inteiras, demoram mais tempo digerindo pelos e penas. Os gaviões, por ingerirem as presas aos pedaços, já começam a digestão a partir do tecido muscular da presa.
c) Os órgãos sensoriais das cobras são bem menos desenvolvidos que os dos gaviões. Por isso, ao conseguirem alimento, ingerem a maior quantidade possível como forma de otimizar o recurso energético.
d) Sendo ectotérmicas (pecilotérmicas), as cobras possuem um período de busca de alimento restrito aos horários mais quentes do dia e, por isso, ingerem tudo o que encontram. Já os gaviões, que são endotérmicos (homeotérmicos), são ativos tanto de dia quanto à noite.
e) As escamas e placas epidérmicas do corpo das cobras dificultam sua locomoção rápida, o que influencia o comportamento de caça e tomada de alimento. Os gaviões, nesse sentido, são mais ágeis e eficientes, por isso caçam e comem mais.
02. (UPE) Quando se fazem referências a peixes, erroneamente se pode achar que a única diferença encontrada entre eles é o habitat, uma vez que alguns habitam águas doces e outros, águas salgadas. No entanto, são muitas as características que os diferenciam. Observe as afirmativas a seguir:
I. O peixe-bruxa é um representante atual de peixes primitivos, que, por não possuírem mandíbulas, não podem se alimentar de presas maiores nem mastigar partes duras dessas presas.
II. O tubarão representa uma classe de peixes, o qual possui um esqueleto firme, porém adaptável, denominado cartilaginoso, e nadadeiras articuladas de amplo movimento.
III. Os peixes ósseos primitivos desenvolveram bolsas de gás, que suplementaram a ação das brânquias e aperfeiçoaram o controle da flutuação, encontradas, atualmente, apenas, nos peixes pulmonados.
IV. Descendentes de peixes com nadadeiras articuladas tornaram-se, com o tempo, mais adaptados à vida na terra, o que deu origem aos tetrápodes.
Estão corretas, apenas:
a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.
03. (UECE) Os animais possuem estruturas locomotoras, característica que lhes possibilita procurar alimentação. Estas estruturas estão adaptadas ao seu nicho ecológico e recebem variadas denominações. A esse respeito, é correto afirmar-se que parapódios e pés ambulacrais são encontrados, respectivamente, em:
a) Platelmintos e nematelmintos.
b) Anelídeos e equinodermos.
c) Nematelmintos e anelídeos.
d) Equinodermos e platelmintos.
04. Metameria é uma característica de espécies de alguns filos animais. Ela representa a divisão do corpo em segmentos e está relacionada à repetição de estruturas internas, incluindo órgãos excretores e sistema nervoso. A metameria está associada a especializações de partes do corpo, através de um processo conhecido como tagmatização, que pode representar a especialização ou a fusão de segmentos de uma região corporal para a realização de funções específicas. Sobre metameria e tagmatização, considere as seguintes afirmativas:
1. Cordados apresentam metameria especialmente visível na musculatura corporal.
2. Nos anelídeos, a segmentação é bastante evidente, formando anéis do corpo, e a tagmatização pode existir, como no caso do clitelo em minhocas.
3. Nos artrópodes, a segmentação existe, mas a tagmatização é observada apenas nos insetos (ex. tórax).
4.  Moluscos apresentam segmentação e tagmatização limitadas às regiões localizadas no interior de suas conchas.
Assinale a alternativa correta.
a) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
05. Observe o esquema abaixo que mostra os principais grupos animais.
05
Associe as características gerais na coluna 1, com os grupos animais na coluna 2.
COLUNA 1
I. Apresentam o corpo crivado de numerosos e pequeninos poros. São animais aquáticos, em sua maioria marinhos, cuja forma lembra um vaso ou um saco. Vivem fixos em rochas, na areia e em outros objetos encontrados no ambiente aquático.
II. Triblásticos, celomados, simetria bilateral. Corpo segmentado e dividido em três partes: cabeça, tórax e abdome; pode ocorrer fusão da cabeça com o tórax e, no caso, o corpo apresenta-se dividido em duas partes: cefalotórax e abdome ou cabeça e tronco. Dotados de exoesqueleto resistente que contém quitina.
III. O crânio protege a extremidade anterior do tubo neural, que, nesses animais, desenvolve-se muito, originando um encéfalo. A esse encéfalo estão associados órgãos dos sentidos especializados, representados pelos olhos, ouvidos e narinas.
IV. Corpo alongado, cilíndrico e segmentado. Triblástico e celomados. Sistema circulatório fechado pelo qual corre sangue portador de hemoglobina. Em sua maioria apresentam respiração cutânea; em alguns a respiração é branquial.
V. Corpo achatado dorsoventralmente. Vida livre, em água doce, salgada ou em terras úmidas. Alguns são parasitas.
VI. Corpo cilíndrico e afilado nas extremidades. Vida livre, habitando a terra úmida, a areia e a água estagnada. Parasitas de plantas e animais. Corpo revestido por uma cutícula resistente. Abaixo dessa cutícula, presença de musculatura. Apresentam tubo digestivo completo com boca e ânus.
COLUNA 2
A. Grupo 1
B. Grupo 2
C. Grupo 3
D. Grupo 4
E. Grupo 5
F. Grupo 6
G. Grupo 7
H. Grupo 8
I. Grupo 9
a) I-A; II-E; III-G; IV-D; V-B; VI-H.
b) I-A; II-G; III-F; IV-D; V-B; VI-C.
c) I-A; II-E; III-F; IV-H; V-D; VI-C.
d) I-C; II-H; III-F; IV-D; V-B; VI-A.
e) I-A; II-E; III-F; IV-D; V-B; VI-C.
06. (COVEST) Um estudante de Biologia recebeu a incumbência de identificar os filos aos quais pertencem os animais mostrados na figura. Após a devida análise, apresentou a tabela a seguir:
06
Estão corretas apenas:
a) 1, 2 e 3.
b) 2, 3 e 4.
c) 3, 4 e 5.
d) 1, 2 e 4.
e) 1, 2, 4 e 5.
07. (UNICAMP) O estudo do desenvolvimento embrionário é importante para se entender a evolução dos animais. Observe as imagens abaixo.
07
Assinale a alternativa correta.
a) O animal A apresenta simetria bilateral e é celomado.
b) O animal B apresenta simetria radial e é celomado.
c) O animal A apresenta simetria radial e é acelomado.
d) O animal B apresenta simetria bilateral e é acelomado.
08. Os animais são comumente divididos em dois grupos: vertebrados e invertebrados. Os invertebrados representam cerca de 97% de todas as espécies de animais, no entanto costumam ser menos conhecidos do que os vertebrados. Sobre os animais vertebrados e invertebrados, é correto afirmar que:
a) Com frequência as águas-vivas causam acidentes aos banhistas durante o verão. Os tentáculos desses animais possuem células urticantes que causam a sensação de queimaduras e podem desencadear reações alérgicas graves.
b) Os artrópodes apresentam um esqueleto externo que não acompanha o crescimento do animal. Para crescer o indivíduo troca seu exoesqueleto de tempos em tempos buscando a “casca” abandonada por um indivíduo maior procarionte.
c) Os equinodermos, como as estrelas-do-mar, possuem esqueleto calcário e apesar de não possuírem vértebras podem ser considerados animais vertebrados.
d) Mexilhões, ostras e mariscos são muito utilizados como fonte de alimento em regiões litorâneas. Estes moluscos possuem o corpo segmentado com uma concha protetora espiralada.
e) As aranhas e escorpiões estão entre os principais representantes dos insetos. Estes animais podem produzir veneno para caçar e, eventualmente, causam acidentes ao homem.
09. (UFSJ) A quitina é um polissacarídeo formado por várias moléculas de glicose e por grupo amina. Ela pode ser encontrada na natureza na parede celular dos fungos e em alguns animais. Dentre os animais dos quais podemos encontrar quitina, estão os:
a) Crustáceos, esponjas e peixes.
b) Artrópodes, equinodermos e nematoides.
c) Insetos, nematoides e anfioxos.
d) Aracnídeos, moluscos e anelídeos.
10. (UDESC) Assinale a alternativa correta, quanto aos poríferos, cnidários, platelmintos e nematelmintos.
a) As esponjas pertencem ao filo dos poríferos. Possuem constante movimentação através de cílios e apresentam digestão exclusivamente extracelular.
b) As águas vivas e as anêmonas pertencem ao filo dos cnidários. Apresentam digestão intracelular (células digestivas) da gastroderme e extracelular no tubo digestório incompleto, pois não têm ânus.
c) Os Ascaris lumbricoides são vermes que pertencem ao filo dos platelmintos. Possuem corpos achatados com simetria bilateral e sua digestão é incompleta, pois não têm ânus.
d) A Taenia saginata é um verme pertencente ao filo dos nematelmintos, pois seu corpo é achatado com simetria bilateral. Sua digestão é completa, pois tem ânus.
e) Os corais pertencem ao filo dos poríferos. Possuem corpos com esqueleto calcário e sua digestão é completa, pois têm ânus.
11. (UFPR) Existe uma regra geral em fisiologia animal que define como sendo de 1 mm a espessura máxima de um tecido capaz de sustentar suas células se o mecanismo de transporte é realizado apenas por difusão. Células, tecidos e organismos precisam ter acesso a oxigênio e nutrientes e remover compostos nitrogenados e gás carbônico para poderem realizar suas funções vitais adequadamente. O principal sistema que provê essas condições nos cordados vertebrados é o sistema circulatório. Inegável reconhecer que, graças a esse sistema (entre outros), vertebrados podem atingir tamanhos tão grandes como o de baleias ou elefantes. Entretanto, mesmo não apresentando um sistema circulatório completo, com coração e vasos, alguns animais com estrutura corporal mais simples podem atingir tamanhos consideravelmente grandes. Sob essa perspectiva, considere as seguintes afirmativas:
1. Poríferos não apresentam tecidos verdadeiros e, portanto, não são capazes de desenvolver órgãos ou sistemas que possam resolver o problema das trocas internas de gases, nutrientes e excretas. Assim, poríferos são animais para os quais a regra do 1 mm é efetivamente aplicável, e por isso nenhuma espécie desse grupo atinge esse tamanho.
2. Alguns cnidários (celenterados) podem atingir grandes dimensões. As soluções para o problema do 1 mm são variáveis e geralmente baseadas em duas características: a) esses animais são diblásticos (apresentam duas monocamadas corporais, que geralmente se encontram diretamente em contato com a água externa ou com a água da gastroderme); b) o aumento corporal está associado ao aumento de uma camada acelular ou com poucas células, denominada mesogleia.
3. Animais pseudocelomados (também denominados de blastocelomados) podem realizar as trocas internas utilizando o fluido do pseudoceloma em si. O transporte pode, ainda, ser auxiliado por um sistema de canais como os encontrados em acantocéfalos e rotíferos, denominado em alguns desses grupos de sistema lacunar de canais.
4. Apesar de serem acelomados e de não apresentarem um sistema circulatório, muitos platelmintos podem atingir grandes tamanhos. É o caso das planárias terrestres, que atingem mais de 30 cm de comprimento, e das tênias (algumas com dezenas de metros de comprimento). Nesses casos específicos, as trocas de gases, nutrientes e excretas ocorrem através do trato digestivo e pela superfície corporal desses animais, com um processo de difusão eficiente.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
12. (UEPB) As características morfológicas: I) nadadeiras caudal do tipo heterocerca, clásper e escamas placoides, e II) escamas ctenoides, cicloides e ganoides, além de bexiga natatória, opérculo, nadadeiras homocercas e dificercas, pertencem, respectivamente, aos grupos:
a) Osteictes e Condrictes.
b) Lampreias, Actnopeterygii.
c) Condrictes e Osteíctite
d) Feiticeiras e Sarcoperygii.
e) Lampreias e Feiticeras.
13. (UEL) Nematódeos são animais vermiformes de vida livre ou parasitária, encontrados em plantas e animais, inclusive no homem. Sobre as características presentes em nematódeos, considere as afirmativas a seguir.
I. Corpo não segmentado coberto por cutícula.
II. Trato digestório completo.
III. Órgãos especializados para circulação.
IV. Pseudoceloma.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
14. (UFPB) Os poríferos são considerados os representantes mais simples entre todos do reino Animalia. Sobre os representantes desse grupo, é correto afirmar que possuem:
a) Um estádio larval durante seu desenvolvimento.
b) Sistema nervoso simples e difuso pelo corpo.
c) Representantes protostômios.
d) Representantes diploblásticos.
e) Digestão extracelular.
15. (UFRGS) A restrição do tamanho e da forma em planárias está diretamente relacionada:
a) À ausência de um sistema circulatório.
b) Ao sistema nervoso difuso.
c) À presença de protonefrídeos.
d) Ao hermafroditismo.
e) À possibilidade de regeneração.
16. (UFF) Os platelmintos pertencem ao primeiro grupo de animais a possuir um sistema excretor. Este é bastante primitivo, formado por células-flama. A principal função destas células é:
a) Remover o excesso de água e os resíduos nitrogenados do sangue e lançá-los para o intestino.
b) Remover o excesso de água e os resíduos nitrogenados do sistema circulatório e lançá-los para o exterior.
c) Remover o excesso de água e os resíduos nitrogenados do tecido epitelial e lançá-los para o intestino.
d) Remover o excesso de água e os resíduos nitrogenados do ectoderma e lançá-los para os túbulos de Malpighi.
e) Remover o excesso de água e os resíduos nitrogenados do mesoderma e lançá-los para o exterior.
17. (UECE) Diversos caracteres mais aproximam aves de crocodilos do que de mamíferos. Portanto, os mamíferos possuem um ancestral comum mais distante, com esses dois táxons. A estrutura que une os três táxons considerados em um único ancestral comum é o(a):
a) Âmnio.
b) Homeotermia.
c) Apodismo.
d) Osso pneumático.
18. (UPE) A piranha, a preguiça e a capivara são animais registrados no Guiness Book (Livro do Recordes), respectivamente, como o peixe mais feroz, o mamífero mais lento e o maior roedor do mundo. Sobre essas espécies da fauna brasileira, assinale a alternativa correta.
a) A piranha pertence à classe Osteicties, apresentando bexiga natatória, boca ventral e intestino longo com válvula em espiral.
b) A preguiça e a capivara são, respectivamente, mamíferos pertencentes às ordens Edentata ou Xenartra e Rodentia.
c) Esses animais são classificados como Eutheria e Methateria em função da reprodução.
d) As três espécies mencionadas distribuem-se na Região Neotrópica, em florestas tropicais, como a Mata Atlântica e a Mata de Araucária.
e) A dentição desses animais é bem desenvolvida e adaptada ao hábito alimentar.
19. (PUC-PR) Em relação ao Phylum Cnidária, foram feitas as seguintes proposições:
I. Os cnidários são aquáticos, diblásticos e com simetria radial, sendo encontrados em duas formas: pólipos (fixos) e medusa (livres).
II. A digestão nos cnidários é extra e intracelular e não há aparelho respiratório, circulatório ou excretor e o sistema nervoso é difuso.
III. Nos cnidários, a reprodução sexuada ocorre por brotamento ou estrobilização.
IV. Os corais e a anêmona-do-mar são exemplos da classe dos cifozoários.
Assinale a alternativa correta:
a) Todas estão incorretas.
b) Apenas III e IV estão corretas.
c) Apenas I está correta.
d) Todas estão corretas.
e) Apenas I e II estão corretas.
20. (PUCCAMP) Considere o texto a seguir.
“Talvez a maior de todas as inovações surgidas durante a história evolutiva dos vertebrados tenha sido o desenvolvimento da mandíbula que, manipulada por músculos e associada a dentes, permitiu aos peixes primitivos arrancar com eficiência grandes pedaços de algas e de animais, tornando disponível para si uma nova fonte de alimento. Os cordados sem mandíbula estavam restritos à filtração, à sucção do alimento ou à captura de pequenos animais. Os primeiros vertebrados mandibulados tornaram-se predadores, permitindo-lhes grande aumento no tamanho.”
(Sônia Lopes. BIO. v.2. São Paulo: Saraiva, 1997. p.361-2)
Analisando o texto e aplicando seus conhecimentos sobre os animais relacionados com o fato descrito, um estudante apresentou os seguintes comentários:
I. Lampreias são ectoparasitas de peixes e baleias, e feiticeiras alimentam-se de vermes marinhos ou de peixes moribundos.
II. Os agnatos têm desvantagens em relação aos gnatostomados quanto à obtenção de alimento.
III. Atualmente, o número de espécies de agnatos é muito menor do que o dos peixes gnatostomados, fato provavelmente ocasionado pela ausência de mandíbula.
IV. As mandíbulas não se limitam à captura de alimento, mas também podem manipular objetos e cavar buracos.
São corretos os comentários
a) I, II, III e IV.
b) II, III e IV, somente.
c) I, III e IV, somente.
d) I, II e IV, somente.
e) I, II e III, somente.
21. (UPE) O professor de Biologia levou para a sala de aula quatro exemplares de animais aquáticos, com a finalidade de os estudantes conhecerem mais sobre esses animais. Para isso, distribuiu entre as equipes informações sobre os filos desses animais e solicitou que elas lessem e anotassem as características deles. Na elaboração, os estudantes descreveram os seguintes aspectos:
Exemplar 1: Eumetazoário, prostostômio, triploblástico, esquizocelomado, bilatério. Pode ser de vida livre (errante) e séssil (fixado); carnívoro ou filtrador. Apresenta tubo digestivo completo e digestão extracelular. Corpo alongado e cilíndrico com segmentações externa e interna bem nítidas. Apresenta reprodução sexuada e reprodução assexuada. Apresenta desenvolvimento indireto, é dioico e de fecundação externa.
Exemplar 2: Eumetazoário, deuterostômio, triploblástico, enterocelomado, bilatério. De vida livre, pelágico e nectônico. Apresenta tubo digestivo completo e digestão extracelular. É predador ativo, alimentando-se, sobretudo, de invertebrados e pequenos peixes ósseos. É vivíparo, apresenta sexo separado, desenvolvimento direto e fecundação interna.
Exemplar 3: Parazoário, diploblástico, radiado ou assimétrico. É animal séssil e pode viver isoladamente ou em colônia. Não apresenta sistema digestivo, entretanto, digestão intracelular. É animal filtrador, embora existam espécies carnívoras. Apresenta reprodução sexuada e assexuada. Há espécies monoicas (a maioria) e dioicas. Apresenta fertilização interna ou externa.
Exemplar 4: Eumetazoário, prostostômio, diploblástico, esquizocelomado, radiado. Algumas espécies estão aderidas a um suporte, ao passo que outras são de natação livre. É carnívoro, alimenta-se de pequenos peixes e zooplâncton. A reprodução pode ser tanto sexuada como assexuada, dependendo da espécie. Há espécies dioicas e monoicas. Apresenta fertilização interna ou externa, com ou sem incubação (dentro ou fora do corpo).
Com base na descrição dos exemplares 1, 2, 3 e 4, assinale a alternativa que identifica, correta e respectivamente, os animais.
a) Anfioxo, tubarão, anêmona-do-mar e esponja.
b) Poliqueta, tubarão, esponja e anêmona-do-mar.
c) Anêmona-do-mar, tubarão, ostra e esponja.
d) Anêmona-do-mar, tubarão, ostra e anfioxo.
e) Ouriço-do-mar, tubarão, coral, anêmona-do-mar.
22. (UNIOESTE) Quanto ao processo de desenvolvimento, os insetos que evoluem através dos estágios ovo, larva, pupa e imago são:
01. Gafanhotos, libélulas, cupins.
02. Moscas, formigas, pulgas.
04. Barbeiros, pulgões, efêmeras.
08. Borboletas, abelhas, besouros.
16. Cigarras, grilos, percevejos.
32. Vagalumes, mosquitos, mariposas.
Soma das alternativas corretas:
23. (UNIMONTES) Categorias Taxonômicas são agrupamentos de seres vivos segundo a filogenia entre eles. O quadro a seguir apresenta características de seres vivos pertencentes a diferentes filos. Analise-o.
23
Considerando o quadro e o assunto abordado, analise as alternativas abaixo e assinale a que representa um exemplo do filo indicado em IV.
a) Aedes aegypti.
b) Taenia saginata.
c) Biomphalaria glabrata.
d) Giraffa camelopardalis.
24. (FEI) Na evolução dos mamíferos, ocorreu grande diversificação das estruturas envolvidas na apreensão de alimentos e digestão. Os mamíferos (I) possuem dentes com formatos diferentes e funções distintas, como o (II). Após a apreensão do alimento na boca, o alimento caminha pelo (III), sofrendo sucessivas alterações químicas até ser eliminado na forma de fezes. Exceto no grupo dos (IV), o trato digestório dos mamíferos termina no ânus. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas I, II, III e IV, respectivamente:
a) Heterodontes, gato, trato digestório, monotremados.
b) Homodontes, tatu, intestino, marsupiais.
c) Heterodontes, golfinho, esôfago, marsupiais.
d) Homodontes, homem, estômago, placentários.
e) Heterodontes, cão, reto, monotremados.
25. (FEI) Um animal pseudocelomado, triblástico, protostômio e hematófago intestinal pode ser um:
a) Turbelário, como por exemplo, planária.
b) Tremátoda, como por exemplo, Schistosoma mansoni.
c) Cestódeo, como por exemplo, Taenia solium.
d) Nematódeo, como por exemplo, Ancylostoma duodenale.
e) Hirudíneo, como por exemplo, sanguessuga.
26. (UNICENTRO) Um estudante, em uma aula de campo, encontrou um artrópode com as seguintes características: cabeça, tórax, abdômen, um par de antenas e três pares de pernas unirremes. Com base nessa morfologia externa, o estudante concluiu que esse artrópode possui:
a) Cérebro bipartite.
b) Excreção por túbulos de Malpighi.
c) Cordão nervoso dorsal.
d) Sistema circulatório fechado.
27. (UEM) Considerando a morfologia e a fisiologia dos animais, assinale a alternativa correta.
a) O saco visceral dos moluscos, que aloja os órgãos internos, é revestido pelo manto, que produz a concha.
b) A função realizada pelos metanefrídios nos aracnídeos é de responsabilidade das glândulas coxais nos anelídeos.
c) As pedicelárias dos equinodermatas servem para capturar o alimento.
d) Anfíbios e répteis reproduzem-se da mesma forma, com fecundação externa e desenvolvimento direto.
e) Os mamíferos, a depender do hábitat aquático ou terrestre, variam o tipo de sistema respiratório e a forma de reprodução.
28. Observando-se abelhas, gafanhotos, formigas e pulgas, verifica-se que são animais:
a) Tetrápodes, com o corpo dividido em duas partes.
b) Hexápodes, com o corpo dividido em duas partes.
c) Hexápodes, com o corpo dividido em três partes.
d) Octópodes, com o corpo dividido em duas partes.
e) Decápodes, com o corpo dividido em três partes.
29. (IFSul) O filo Arthropoda está distribuído praticamente em todos os ambientes, formando um dos mais numerosos e diversificados filos do reino Animalia, com mais de um milhão de espécies descritas. De acordo com as características embrionárias presentes nesse filo, esses animais são considerados:
a) Diploblásticos, acelomados, protostômios e ametaméricos.
b) Diploblásticos, pseudocelomados, deuterostômios e metaméricos.
c) Triploblásticos, celomados, protostômios e ametaméricos.
d) Triploblásticos, celomados, deuterostômios e ametaméricos.
30. (UEPG) Com relação às características anatômicas dos artrópodes, assinale o que for correto:
01. A muda ou ecdise ocorre uma única vez durante toda a vida do animal, a qual consiste da substituição do exoesqueleto de queratina.
02. O tagma denominado cefalotórax, que ocorre em alguns crustáceos, é resultante da fusão dos metâmeros anteriores e intermediários.
04. Os apêndices articulados dos artrópodes estão ancorados ao abdome do animal e são organizados sempre em dois pares.
08. Os artrópodes são animais triblásticos, celomados, com simetria bilateral, sistema digestório completo e corpo segmentado.
Soma das alternativas corretas:
gab
 

19 de fev. de 2016

Entenda a tecnologia radioativa que promete conter o Aedes aegypti

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ReutersImage copyright Reuters
Image caption Nos laboratórios de órgão da ONU, mosquitos são esterelizados com radiação
Uma tecnologia que esteriliza mosquitos por meio da exposição à radioatividade é uma nova arma dentro dos esforços para combater o Aedes aegypti, vetor de transmissão dos vírus da dengue, chikungunya e zika no Brasil.
A proposta vêm do órgão das Nações Unidas que coordena energia nuclear, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), e deverá ser debatida em um encontro em Brasília nos dias 22 e 23 deste mês.
A agência da ONU está oferecendo a transferência de conhecimento e espera ver a aplicação da técnica dar resultado dentro de um ano após sua adoção, explicou à BBC Brasil o vice-diretor da organização e chefe do departamento de Ciências Nucleares e Aplicações, o brasileiro Aldo Malavasi.
Na esterilização proposta pela AIEA, os mosquitos machos do Aedes aegypti são expostos à radiação eletromagnética ionizante de raios gama. A radiação danifica aleatoriamente o material genético contido no sêmen do inseto, gerando infertilidade. Quando os machos irradiados acasalam com as fêmeas, os filhotes gerados são ovos que não vingam.
"Você solta insetos são normais no seu comportamento, só que o esperma não é normal, ele tem pedaços quebrados. Quando o óvulo da fêmea recebe o esperma, o embrião não consegue se desenvolver e esses óvulos são maculados", explicou Jorge Hendrichs, chefe do departamento de controle de pestes da AIEA.
A tecnologia está sendo testada em Fernando de Noronha pela Fiocruz Pernambuco e pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Já foram liberados 27 mil mosquitos na ilha. Com o uso da técnica em testes de laboratório, apenas 30% dos ovos dos mosquitos se tornaram larvas. Os pesquisadores, agora, querem saber se esta diminuição se repetirá na natureza.
Uma pesquisa do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP também iniciou testes com a tecnologia em 2012, mas foi interrompida por falta de verbas. Segundo o pesquisador Valter Arthur, coordenador da pesquisa, ela será retomada neste ano, após aumento do interesse no tema devido à associação apontada entre zika e malformações em bebês.
O método é uma alternativa que faz parte do conceito SIT (Sterile Insect Technique, ou Técnica dos Insetos Estéreis). O SIT é uma definição abrangente, que engloba várias técnicas de esterilização, que em comum empregam a estratégia de combater uma população "inundando" o meio ambiente com indivíduos estéreis.
A AIEA possui há anos um programa em conjunto com a FAO, agência da ONU para alimentação, para desenvolver aplicações de radioatividade contra pragas rurais.

Segurança

ReutersImage copyright Reuters
Image caption Aedes aegypti está no centro das epidemias de zika e dengue
Malavasi afirma que a técnica é inofensiva às pessoas, apesar de lidar com radiação. Segundo ele, não se trata de uma radiação com risco de contaminação, mas sim de algo semelhante a uma onda eletromagnética.
"Se você faz um raio-X no dentista, você volta para casa radioativo? O raio passou por você e foi embora. (…) Quando você cozinha com o micro-ondas a comida fica com radiação? Não. Aqui é a mesma coisa. É totalmente seguro", afirma Malavasi.
Existem diversas formas de radiação eletromagnética. Eles apenas diferem em frequência e comprimento de onda. Entre essas formas estão ondas de calor, ondas de rádio, luz infravermelha, luz, luz ultravioleta, raios-X e raios gama.
Somente a alta frequência do espectro eletromagnético é considerada ionizante. É nessa parte da escala que estão os raios gama e "X", capazes de gerar alterações genéticas.
Mas, para o pesquisador Marcelo Firpo, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz, a nova técnica demanda atenção.
"Eu não conheço a técnica profundamente, mas em princípio todo uso de tecnologia envolvendo radiação ionizante é problemática, porque toda radiação ionizante é potencialmente cancerígena", diz ele.
Firpo, que é coordenador do Grupo de Saúde e Ambiente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), defende que o foco não deve ser a "eliminação do mosquito, mas sim a eliminação contínua dos criadouros do mosquito".
Isso, afirma, passa por medidas de saneamento básico, melhoria de fornecimento de água e redução da pobreza.
Outras críticas ao método passam pela quantidade de mosquitos que devem ser liberados para que a medida seja eficiente.
A técnica SIT requer que o número de machos modificados liberados no meio ambiente seja muito superior à de selvagens. Só com a "inundação" de 20 machos estéreis para cada selvagem é que as fêmeas têm boas chances de copular com o inseto maculado.
Malavasi reconhece que o uso da SIT é um complemento às técnicas de controle de vetor tradicional e sozinho não pode acabar com o Aedes aegypti. Por isso, a AIEA recomenda que ela seja utilizada em comunidades pequenas e em conjunto com os métodos tradicionais de controle sanitário.

Solução limpa

De acordo com Hendrichs, o emprego da SIT é uma solução limpa porque não deixa marcas no meio ambiente, em comparação ao fumacê a aos mosquitos geneticamente modificados.
"Não há persistência no meio ambiente. É o método mais amigável porque na hora em que você quer interromper, (o impacto) acaba. Em algumas outras abordagens, algo permanece na população. Nós, enquanto Nações Unidas, não promovemos isso", disse Hendrichs à BBC Brasil.
Segundo os pesquisadores, outra vantagem em comparação aos pesticidas é que a SIT só impacta uma espécie específica. Com a fumigação, os produtos químicos exterminam diversas espécies ao mesmo tempo.
Malavasi reforçou que os mosquitos transgênicos se diferem da técnica SIT por terem genes externos inseridos no seu código.
Além disso, a aplicação de transgênicos é mais complexa porque envolve legislação e controle. No caso do Brasil, mosquitos geneticamente modificados estão sendo produzidos na Bahia em uma fábrica das empresas Moscamed e Oxitec. Antes de servir nas ONU, Malavasi era diretor dessa operação.

História

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Image caption Transmisssão de zika por mosquito deixou Ministério da Saúde em alerta
A técnica SIT vem sendo estudada há mais de 60 anos e já foi testada em diversas espécies de moscas, borboletas, mosquitos e outros insetos.
Foi aplicada em larga escala pela primeira vez no sul dos EUA em 1950, no combate à Cochliomyia hominivorax, mosca parasitária cuja larva ataca animais vivos de sangue quente, o que gera grandes perdas em rebanhos de gado.
Testes anteriores com o Aedes aegypti ocorreram na Índia, em 1975, e no Quênia, na mesma década.
Em Nova Délhi os mosquitos foram esterilizados por meio da exposição a Thiotepa, um agente alcalino utilizado em quimioterapia, segundo o livro Sterile Insect Tecnique: Principles and Practice in Area-Wide Integrated Pest Management, editado por V.A.Dyck, J.Hendrichs e A.S.Robinson.
À BBC Brasil, a IAEA afirmou que testes com o Aedes aegypti por meio de radiação por raios gama já ocorreram na Indonésia e os resultados foram "encorajadores". Testes com uma espécie semelhante, o Aedes albopictus, e os mesmos raios estão ocorrendo na Itália e nas ilhas Maurício.

Conheça as outras complicações em bebês ligadas a microcefalia e zika


  • 17 fevereiro 2016
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Bebês com problemas na visão e na audição, atraso no desenvolvimento, crises epiléticas e alterações musculares. Bebês com o perímetro cefálico normal, mas com vários tipos de alterações cerebrais.
Essas são algumas das complicações que vêm sendo investigadas por médicos e pesquisadores diante do surto de zika e microcefalia que atinge o país.
A maioria desses problemas já é conhecida dos profissionais porque costumam aparecer em crianças com microcefalia causada por outros motivos que não o zika vírus - como, por exemplo, rubéola, sífilis ou toxoplasmose contraídas pela mãe durante a gravidez.
Outras complicações, como determinadas lesões oculares e determinadas atrofias cerebrais, estão sendo pesquisadas especificamente nos bebês com microcefalia associada ao zika vírus ou mesmo em bebês com perímetro cefálico normal nascidos em área de grande incidência de zika.
Por esse motivo, especialistas estão inclusive defendendo que é preciso passar a usar termos como "síndrome congênita do zika".

'Nunca é só microcefalia'

"Nunca é só a microcefalia sozinha, ao menos nos casos que eu vi até agora", disse a ginecologista e especialista em medicina fetal, Adriana Melo, ligada ao IPESQ ( Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto) e à Maternidade Instituto Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande (PB).
"A microcefalia é o sinal mais evidente. Porque você vê, você mede com a fita métrica. Mas quando a gente faz um ultrassom ou uma ressonância, há outros danos, que podem variar de calcificações (no cérebro) a artrogripose (doença que provoca a contração das articulações ou deformações das das mãos, punhos e joelhos).
Adriana integra um grupo de pesquisadores, ligados também à UFRJ e à Fiocruz, que acompanhou as gestações de 10 mulheres infectadas pelo zika nos estágios iniciais da gravidez e cujos fetos tinham complicações.
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Segundo a médica, uma dessas complicações é a ventriculomegalia, em que a cabeça do bebê pode ter o tamanho normal, mas na realidade, seus ventrículos cerebrais são ampliados por estarem preenchidos de líquido - o que faz o cérebro não se desenvolver da maneira correta.
"As crianças começaram com a microcefalia, mas ela foi compensada pela ventriculomegalia", explica.
Amílcar Tanuri, virologista do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, que também colaborou com a pesquisa, diz que é preciso sistematizar as complicações nesses bebês.
 
"A gente quis sistematizar os problemas que encontramos e descrevê-los como se fosse uma síndrome. É uma tentativa até para ajudar outros médicos, que também poderão acrescentar as características que observarem. Porque há outras complicações, problemas no nervo ótico, no globo ocular, na retina."
Segundo o Ministério da Saúde, na maioria dos casos, a microcefalia é acompanhada de alterações motoras e cognitivas, que variam de acordo com o grau de acometimento cerebral.
"Em geral, as crianças apresentam convulsões, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, e, em alguns casos, as funções sensitivas, como audição e visão, também são afetadas. O comprometimento cognitivo, por exemplo, ocorre em cerca de 90% dos casos", afirmou o Ministério em nota, complementando que todos os casos suspeitos devem ser notificados para que seja possível também identificar causas e alterações neuropsicomotoras associadas.

Crises epilépticas

Entre as complicações que já eram conhecidas pelos médicos estão as crises epiléticas. "Elas são comuns em crianças com qualquer tipo de microcefalia, ocorrendo em até 50% dos casos, em qualquer momento da vida, especialmente nos primeiros anos", explica a neuropediatra Ana Carolina Coan, da Unicamp.
"Mas nas microcefalias mais graves - onde há vários tipos de malformações no cérebro, que pode ter calcificações ou a chamada lisencefalia (transtorno em que cérebro, sem pregas e sulcos, fica "liso") - a criança fica mais debilitada e o risco de crises epiléticas é maior."
Esse dado é relevante visto que um estudo recente de pesquisadores brasileiros que acompanhou 35 bebês com microcefalia mostrou que 71% deles tinham um grau severo da condição.
 
Publicada pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a pesquisa foi coordenada por uma força-tarefa da Sociedade Brasileira de Genética Médica e assinada por pesquisadores de diversas instituições brasileiras, como Universidade Federal do Rio Grande do Sul, USP, Fundação Oswaldo Cruz, Hospital Infantil Albert Sabin (Fortaleza).
O estudo mostrou ainda que 49% dos bebês tinham pelo menos um tipo de anormalidade neurológica. E entre os 27 bebês que passaram por exames de diagnóstico por imagem (ultrassom ou tomografia), todos apresentaram algum problema, como calcificação ou lisencefalia.

Capacidade muscular

O problema neurológico mais comum encontrado nas crianças analisadas nesse levantamento foi a alteração de tônus muscular, ou seja, redução da capacidade de contrair ou relaxar o músculo (em 37% dos casos).

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"Tônus diminuído é um problema que pode fazer com que o bebê tenha dificuldade, por exemplo, de sugar o peito da mãe e que pode causar atrasos nos primeiros marcos (do desenvolvimento), como sustentar a cabeça e deglutir", afirma o neurologista Tarso Adoni, coordenador do departamento de Neuroepidemiologia da Academia Brasileira de Neurologia.
Segundo o estudo publicado pelo CDC, os bebês também apresentavam problemas elevados de reflexos (20%), irritabilidade (20%), tremores (11%) e convulsões (9%).
Fora os problemas neurológicos, foram detectados complicações como artrogripose, pé-torto (má formação em que o pé se encontra torcido em maior ou menor grau) e excesso de pele no crânio, o que indica que o feto sofreu um estresse ainda no útero da mãe, interrompendo seu desenvolvimento normal.

Visão e audição

O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, também já informou que há registros de surdez e cegueira congênitas, além de malformação do globo ocular em bebês que nasceram com microcefalia causada pelo zika.
No protocolo para orientar profissionais de saúde a lidar com bebês com suspeita de microcefalia e com sua família, o Ministério da Saúde retira a necessidade de se fazer os testes do pezinho, orelhinha e olhinho, para detectar complicações precocemente.
"No caso da microcefalia, a mesma está relacionada a alterações do desenvolvimento neuropsicomotor e do comportamento que podem ser acompanhadas por problemas auditivos e visuais", afirma o protocolo, que indica que a triagem auditiva deve ser feita nos primeiros dias de vida, e completa dizendo que "a presença da microcefalia é um indicador de risco para perda auditiva."
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No caso das lesões oculares, um estudo brasileiro publicado na revista científica The Lancet detalha as lesões oculares encontradas em bebês com microcefalia cujas mães presumidamente tiveram zika na gravidez. Outras possíveis causas de microcefalia, como rubéola, foram descartadas.
Dos 29 bebês examinados, 10 deles (34,5%) tinham anormalidades oculares graves. As mais comuns foram alteração pigmentar (espécie de mancha na retina) e atrofia da retina, além de anormalidades no nervo óptico. Esses são distúrbios que podem causar perda parcial ou total da visão.
"É importante notar que nenhuma dessas mães teve doença ocular", afirma um dos co-responsáveis pelo o estudo, o oftalmologista Rubens Belfort, professor da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), indicando que eles não herdaram esses problemas.
"Ainda não sabemos como essas lesões podem evoluir no futuro, mas sabemos que algumas lesões podem se agravar com o passar do tempo, até muitos anos depois."
Rubens afirma ainda que a pesquisa agora inclui mais de 100 casos nos locais mais afetados pelo surto no Nordeste e confirma que alguns deles demonstram que "há sim a possibilidade de se ter essas lesões oculares sem microcefalia".
Para o oftalmologista, o correto seria examinar todos os bebês nascidos onde há maior incidência de zika.

Uganda: Por que o berço do zika nunca teve nenhum surto?


  • 18 fevereiro 2016
   
(BBC)
Image caption Segundo virologista Julius Lutwama, tipo de Aedes encontrado no país prefere animais a humanos; mutação pode estar relacionada a desmatamento
Apesar de ter sido isolado pela primeira vez por cientistas no final da década de 40, o zika vírus ─ transmitido pelo mosquito Aedes aegypti ─ nunca se tornou uma epidemia em Uganda, onde foi descoberto no sangue de macacos.
Ali, na floresta de Zika, na região central do país, o vírus adquiriu contornos diferentes do que no Brasil, que vive atualmente um surto da doença.
Segundo o Ministério da Saúde, já são mais de 70 mil notificações em 19 Estados brasileiros. O vírus também vem sendo associado ao aumento do número de casos de microcefalia ─ uma má-formação cerebral em fetos ─ com 508 casos confirmados e outros 3.935 suspeitos sendo investigados.
Mas, em Uganda, tampouco houve registros de má-formações congênitas.
Além disso, entre 1947 a 2007, quando foi registrado o primeiro surto de zika fora da Ásia e da África (nas Ilhas Yap, na Micronésia), foram apenas 14 casos confirmados no mundo.
O que explica então a ausência de um surto de zika no país africano?
 

Motivos

Segundo Julius Lutwama, principal virologista do Instituto de Uganda de Pesquisa de Vírus (Urvi, na sigla em inglês), o motivo se deve, em grande parte, ao tipo de Aedes aegypti encontrado em Uganda.
"Em Uganda, a subespécie de Aedes aegypti que temos ─ o Aedes aegypti formosus ─ é diferente da daquela encontrada na América do Sul, o Aedes aegypti aegypti. O mosquito daqui pica mais animais do que humanos", explica ele à BBC Brasil.
"Esse mosquito vive na floresta e costuma se alimentar à noite. Mesmo que um ser humano seja picado e venha a desenvolver a doença, a probabilidade de ela se alastrar é baixa, por causa da ausência do vetor nas áreas urbanas. Ou seja, se não há mosquitos para espalhar o vírus, dificilmente haverá uma epidemia", acrescenta.
Outro fator, destaca Lutwama, envolve características geográficas e climáticas de Uganda.
Segundo ele, diferentemente de outros locais que enfrentaram surtos de zika, o país manteve suas florestas razoavelmente intactas, preservando o habitat natural do mosquito.
(Getty)Image copyright Getty
Image caption Já são mais de 70 notificações de zika no Brasil
"Esse mosquito vive predominantemente nas florestas. Com o desmatamento, acreditamos que ele tenha migrado para as zonas urbanas e evoluído, passando a se alimentar do sangue de seres humanos", diz ele.
Nesse sentido, a forte predominância de chuvas, típicas do clima de Uganda, também teria contribuído para evitar uma epidemia da doença.
"Aqui em Uganda chove muito e, por isso, a população não costuma armazenar água em casa", argumenta.
"Mas nos países africanos que desmataram suas florestas, como no oeste da África, por exemplo, o mosquito migrou para as áreas urbanas e acabou encontrando um ambiente perfeito, pois precisa de água parada para se reproduzir".
Lutwama diz acreditar ainda que a população ugandense teria desenvolvido imunidade à doença, devido a "diferentes flavivírus" (vírus transmitidos por carrapatos e mosquitos) encontrados na região, como dengue, chikungunya e O'nyong'nyong, todos transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti.
"Como temos outras doenças muito semelhantes ao zika, como dengue, chikungunya e O'nyong'nyong, acredito que possa ter havido algum tipo de imunidade cruzada. Dessa forma, quem já contraiu algum desses vírus, teria menor vulnerabilidade a uma nova infecção", observa.
E devido ao baixo número de casos da doença em Uganda, acrescenta Lutwama, não foi possível estabelecer nenhuma relação entre o vírus e a microcefalia.
"Diferentemente do Brasil, não temos um número suficiente de casos de zika para comprovar qualquer associação entre o vírus e essa má-formação congênita em fetos", afirma.

Brasil

BBC
Image caption Julius Lutwama é principal pesquisador do Instituto de Uganda de Pesquisa de Vírus (Urvi, na sigla em inglês)
Principal pesquisador do Uvri, instituto criado em 1936 com financiamento da Fundação Rockefeller, dos Estados Unidos, Lutwama diz que ele e sua equipe vêm realizando um trabalho de prevenção para evitar que a subespécie latino-americana se espalhe em Uganda.
"Coletamos e monitoramos amostras de sangue de pacientes de todo o país. São medidas preventivas importantes", assinala ele.
Lutwama cita o caso dos Estados Unidos, onde o Aedes aegypti ─ virtualmente inexistente há alguns anos ─ já é encontrado em regiões com temperaturas mais amenas, como o Estado da Flórida.

Institutos do Rio montam ‘exército’ contra síndrome neurológica ligada ao zika

  • 18 fevereiro 2016
Paciente - El Salvador GettyImage copyright AFP
Image caption Paciente com a Síndrome de Guillain-Barré em El Salvador, um dos países atingidos pela doença na América Latina
O Instituto Oswaldo Cruz e a Universidade Federal Fluminense (UFF) trabalharão a partir desta semana num grande esforço conjunto unindo laboratórios e pesquisadores das duas instituições com o objetivo de estudar a síndrome Guillain-Barré.
Reação do sistema imune a agentes externos que pode levar a paralisia e até à morte, a doença tem registrado aumento em diferentes Estados e, segundo especialistas e o Ministério da Saúde, a elevação pode estar relacionada ao zika vírus.
Entre seus sintomas estão fraqueza muscular e a paralisia dos músculos, que começam pelas pernas e podem progredir ao tronco, braços e face. Em alguns casos, há a paralisia total dos membros ou efeitos graves sobre os músculos respiratórios.
A notificação de casos de Guillain-Barré ainda não é obrigatória no Brasil, o que torna difícil obter dados nacionais. No entanto, números isolados que têm sido divulgados dão uma ideia da crescente gravidade do problema.
O Hospital Universitário Antônio Pedro, da UFF, em Niterói (RJ), não costumava receber mais de cinco casos da doença por ano, mas somente em janeiro já recebeu 16. Na Bahia, a Secretaria de Saúde estadual divulgou no final do ano passado um boletim registrando 35 casos apenas entre julho e novembro de 2015.
E no Estado de Alagoas, um hospital de Maceió, a Santa Casa do Farol, tem atendido um número crescente de pessoas com a doença. "Em 2014 atendemos somente 14 casos em todo o ano. Já em 2015 foram mais de 50, e desde o início de 2016 já foram mais 14 casos", diz o hematologista Wellington Galvão.
Diante disso e da preocupação em torno das complicações causadas pela doença, entre elas danos neurológicos e diferentes graus de paralisia muscular, o Instituto Oswaldo Cruz e o Neuro UPC, Unidade de Pesquisa Clínica em Neurologia da UFF, trabalharão em parceria em um novo projeto de pesquisa focado na síndrome.
"O estudo envolvendo os departamentos de imunologia e genômica do Oswaldo Cruz é uma cooperação de pesquisa para que possamos entender melhor por que surgem essas complicações, como melhor tratá-las e, principalmente, preveni-las", diz o neurologista Osvaldo Nascimento, coordenador do Neuro UPC e responsável pelo atendimento dos pacientes de Guillain-Barré no Hospital Universitário Antônio Pedro, da UFF, referência nacional em neuropatias periféricas.
Com 44 anos de carreira, Nascimento é um dos principais nomes do tratamento de Guillain-Barré no Brasil. Ele diz que a cooperação deve contar ainda com colaborações da equipe do laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, chefiado pelo virologista Amílcar Tanuri, e um centro de referência em Guillain-Barré da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Para ele, a iniciativa deve reunir um "verdadeiro exército" de pesquisadores, no que classifica como "um esforço inédito de pesquisa focado na Guillain-Barré no Brasil".
"O que vamos fazer a partir de agora é montar um verdadeiro ‘exército’ de pesquisa contra a Guillain-Barré no país. Sem dúvida nenhuma é algo que nunca foi feito antes", explica.
O Instituto Oswaldo Cruz confirmou à BBC Brasil a cooperação, que ocorrerá por intermédio do seu Laboratório de Pesquisas sobre o Timo (IOC/Fiocruz).

Financiamento e objetivos

Para Nascimento, ainda não é possível estimar o número exato de pesquisadores que estará envolvido no trabalho nem o montante de recursos necessários para que a iniciativa atinja os objetivos a contento.
"Agora vamos dar início aos trabalhos e correr atrás do financiamento com o Governo Federal", diz.
O especialista afirma que além das verbas e recursos para financiar os esforços de pesquisa, é preciso investir no aumento do número de leitos do CTI do Hospital Antônio Pedro, que é federal, além da contratação de neurologistas clínicos para dar suporte à demanda crescente de pacientes e elevação da capacidade da emergência do hospital para lidar com pessoas com complicações do zika vírus.
Zika ReutersImage copyright Reuters
Image caption Especialistas querem entender melhor relação entre zika vírus e aumento de casos da Síndrome de Guillain-Barré
"Nos Estados Unidos investem-se bilhões. Aqui falta investimento em equipamentos e insumos, e vamos ter que pleitear isso. Teremos que contar com verbas e condições suficientes para tornar o Antônio Pedro, que abriga o centro de referência em neuropatias periféricas, um hospital sentinela capaz de atender essa nova demanda", explica.
Nascimento diz que o Núcleo UPC compreende 16 laboratórios e 18 neurologistas especializados e que as áreas estudadas incluirão imunologia e genômica, com o objetivo de mapear melhor as manifestações neurológicas da Guillain-Barré e outras neuropatias.
Um dos atuais desafios dos médicos que deve ter avanços com os futuros resultados do estudo é o diagnóstico da doença, tido como complexo e difícil, e que costuma levar pacientes de hospital a hospital até que se conclua que o quadro é de Guillain-Barré, o que atrasa o início do tratamento.
"Um dos principais problemas é o diagnóstico. Os médicos confundem muito, o que torna mais difícil tratar essas pessoas. Há mais de 30 doenças que podem ser confundidas com a Guillain-Barré", explica Nascimento.

Notificação, zika e tratamento

A ausência de notificação obrigatória no Brasil dificulta o mapeamento de casos por todo o país.
Consultado pela BBC Brasil, o Ministério da Saúde confirmou uma elevação do número de internações por Guillain-Barré de 29,8% de 2014 para 2015, um aumento de 1.439 para 1.868 casos.
Os Estados de Alagoas, Rio Grande do Norte, Piauí, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro registram o maior número de casos.
Sobre a relação com o zika vírus, algo que os especialistas querem entender melhor, o Ministério da Saúde se posicionou em nota confirmando que a infecção pelo pelo zika pode provocar também a Guillain-Barré.
"No Brasil, a ocorrência de síndromes neurológicas relacionadas ao zika foi confirmada após investigações conduzidas em Pernambuco, a partir da identificação do vírus em amostras, de seis pacientes com sintomas neurológicos com histórico de doença exantemática. Deste total, quatro foram confirmadas com doença de Guillain-Barré", diz o documento.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) reconhece a coincidência "espaço-temporal" entre surtos de zika e a incidência da síndrome, mas, diante da escassez de dados, ainda não estabelece um vínculo direto entre as doenças.
Segundo o comunicado do Ministério da Saúde, o principal risco provocado pela Guillain-Barré é quando ocorre o acometimento dos músculos respiratórios, devido à dificuldade para respirar. "Nesse último caso, a síndrome pode levar à morte, caso não sejam adotadas as medidas de suporte respiratório", diz a nota.
A doença não tem uma cura específica, e os tratamentos são voltados a reduzir a gravidade dos sintomas.
Procedimentos usados na fase mais aguda da doença são a imunoterapia com troca de plasma – para bloquear os anticorpos que atacam as células nervosas – e a administração de imunoglobulina, um anticorpo.
A maior parte das pessoas sobrevive e se recupera por completo. Esse processo, contudo, pode levar semanas ou meses, e a síndrome pode provocar deficiências que demandam reabilitação.

17 de fev. de 2016

Slides - INTERAÇÕES ESCOLÓGICAS

Queridos alunos no CEI MIRASSOL, aqui está o link para os slides da aula de hoje,Forte abraço!
Katia Queiroz




http://pt.slideshare.net/profkatiaqueiroz/aularelaesecolgicas-120313120118-phpapp01-1http://pt.slideshare.net/profkatiaqueiroz/aularelaesecolgicas-120313120118-phpapp01-1

15 de fev. de 2016

Por que algumas pessoas ficam carecas?


  • 14 fevereiro 2016
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Image captionOs cientistas japoneses descobriram a causa, mas ainda não há cura para a calvície
A situação é conhecida por muitos: a quantidade de cabelos que fica na escova ou no pente começa a ficar maior do que a que está na cabeça e aí a pessoa começa a temer a calvície.
Não há uma cura e talvez o mais injusto é que este é um sinal de envelhecimento que não atinge a todos.
Mas a ciência parece estar mais próxima de uma solução pois pela primeira vez foi detectado o mecanismo desencadeado pelo envelhecimento e que faz com que o cabelo fique mais fino e, com o passar do tempo, caia.
As pesquisas sugerem que as culpadas são as células-tronco dos folículos capilares. Quando estas células ficam danificadas devido ao envelhecimento, elas se transformam em pele.
Com o tempo cada vez mais células-tronco se transformam até que os folículos capilares se encolhem e desaparecem.
Ao contrário das células-tronco de outras partes do corpo, as do cabelo se regeneram em ciclos: uma fase de crescimento é seguida por uma latente, na qual deixam de produzir cabelo.

DNA e colágeno

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Image captionPesquisadores japoneses descobriram a causa nas células-tronco dos folículos capilares
A descoberta foi feita por Emi Nishimura e sua equipe na Faculdade de Medicina da Universidade de Tóquio, no Japão.
De acordo com o estudo o DNA danificado pela idade desencadeia a destruição da proteína colágeno 17A1 o que, por sua vez, gera a transformação das células em queratinócitos, células predominantes na pele.
Para chegar a estes resultados, publicados na revista especializada Science, os cientistas primeiro estudaram o comportamento do cabelo em ratos e depois em humanos de idades entre 22 e 70 anos.
Os pesquisadores descobriram que os folículos das pessoas com mais de 55 anos de idade eram menores e tinham menos colágeno 17A1.
"Assumimos que estes processos e mecanismo explicam a perda de cabelo em humanos pelo envelhecimento", disse Nishimura.
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Image captionAntes da calvície vem o enfraquecimento do cabelo
A especialista acrescenta que o colágeno 17A1 pode ser usado para desenvolver tratamentos contra a calvície. Mas também afirmou que a transformação das células-tronco pode ser apenas um dos fatores que leva uma pessoa a ficar careca.
O estudo se concentrou na calvície que ocorre com o envelhecimento. Mas existem outras razões para a perda dos cabelos como infecções no couro cabeludo, traumas ou doenças autoimunes.
Comentando a pesquisa japonesa, o biólogo Maksim Plikus, da Universidade da Califórnia, afirmou na revista Science que os resultados do trabalho são "interessantes" pois mostram como estas células danificadas "mudam seu destino" ao invés de serem destruídas.

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