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8 de mai. de 2011

Chimpanzés usam o dobro de gestos do que se conhecia, diz estudo




Chimpanzés selvagens usam pelo menos 66 gestos diferentes para se comunicar entre si, o dobro do que se conhecia anteriormente, de acordo com cientistas.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de St. Andrews, na Escócia, gravou em vídeo um grupo de animais com o objetivo de decifrar seu "repertório gestual".
O time estudou 120 horas de gravações dos chimpanzés interagindo, investigando sinais de que os macacos estavam intencionalmente sinalizando uns para os outros. A descobertas foram publicadas na revista científica Animal Cognition.
Estudos anteriores com chimpanzés em cativeiro indicavam que os animais tinham cerca de 30 gestos diferentes.
"Isto mostra um repertório bastante grande", disse à BBC a chefe da pesquisa, Catherine Hobaiter.
"Achamos que as pessoas anteriormente estavam vendo somente frações disto, porque, quando você estuda os animais em cativeiro, você não vê todo o seu comportamento", diz a cientista.
"Você não os vê caçando, levando as fêmeas embora durante a 'corte' ou encontrando grupos vizinhos de chimpanzés".
Hobaiter passou 266 dias observando e filmando um grupo de chimpanzés em uma estação de conservação em Budongo (Uganda).
"Passei dois anos estudando estes animais, então eles me conhecem", afirma. "Eu os segui pela floresta e eles simplesmente me ignoraram por completo, levando suas vidas cotidianas".
Ela e seu colega Richard Byrne escrutinaram as gravações e separaram cada gesto distinto em categorias.
Eles procuraram sinais claros de que os animais estavam fazendo movimentos deliberados que pretendiam gerar uma resposta do outro animal.
"Nós tentamos ver se o animal que fazia o gesto estava olhando para o seu público", disse Byrne. "E nós prestamos atenção na persistência; se a sua ação não produzia um resultado, ele então a repetia".
A equipe ainda está estudando os vídeos para a próxima etapa de seu projeto - tentar descobrir o que cada gesto significa.
Para alguns destes gestos, o significado parece óbvio, talvez porque, como grandes primatas, nós fazemos movimentos parecidos. Um chimpanzé acena para outro membro do grupo, ou um jovem macaco cumprimenta o outro para convencê-lo a brincar.
Dicionário de gestos
Em um trecho dos vídeos feitos por Hobaiter, uma mãe estende seu braço esquerdo na direção de sua filha.
"A mãe quer sair dali e faz o gesto para pedir que sua filha 'monte' nela", explica Hobaiter. "Ela poderia somente agarrar a sua filha, mas ela não o faz. Ela estende o braço e mantém o gesto enquanto espera uma resposta."
Quando a jovem começa a se aproximar, a mãe repete o gesto e acrescenta uma expressão facial - um "sorriso" bem aberto, a partir do que a filha "monta" e elas então deixam o local.
"Mas as ações muitas vezes têm efeitos que o seu autor não pretende", diz Byrne.
"Assim, para entender o significado pretendido, não adianta somente descobrir o efeito típico de um gesto. Nós temos que investigar que efeito faz o agente parar de gesticular e parecer satisfeito e contente com o resultado, para estar certo de que era aquilo que ele pretendia."
Os resultados forneceram dicas sobre as origens dos gestos dos chimpanzés, indicando que eles são um sistema comum de comunicação que permeia a espécie, em vez de cada movimento ser um hábito adquirido ou um ritual dentro de um grupo social.
Na verdade, ao comparar estas observações com as feitas com o gestos dos gorilas ou dos orangotangos, os pesquisadores mostraram que havia uma sobreposição significativa dos sinais usados pela família dos grandes primatas.
"Isto sustenta a nossa crença de que os gestos usados pelos macacos (e talvez alguns gestos humanos também) são derivados da antiga linhagem compartilhada por todas as espécies de grandes primatas existentes hoje", diz Hobaiter.
bbc

5 de mai. de 2011

VITAMINAS


A
Atua sobre a pele, a retina dos olhos e as mucosas; aumenta a resistência aos agentes infecciosos
Fortalecimento de dentes, unhas e cabelos; prevenção de doenças respiratórias
Manteiga, leite, gema de ovo, fígado, espinafre, chicória, tomate, mamão, batata, cará, abóbora
B1 ou tiamina
Auxilia no metabolismo dos carboidratos; favorece a absorção de oxigênio pelo cérebro; equilibra o sistema nervoso e assegura o crescimento normal
Alívio de dores musculares e cólicas da menstruação; pele saudável
Carne de porco, cereais integrais, nozes, lentilha, soja, gema de ovo
B2 ou riboflavina
Conserva os tecidos, principalmente os do globo ocular
Benefícios para a visão e diminuição do cansaço ocular; bom estado da pele, unhas, cabelos e mucosas
Fígado, rim, lêvedo de cerveja, espinafre, berinjela
B6 ou piridoxina
Permite a assimilação das proteínas e das gorduras
Melhora de sintomas da tensão pré-menstrual; prevenção de doenças nervosas e de afecções da pele
Carnes de boi e de porco, fígado, cereais integrais, batata, banana
B12 ou cobalamina
Colabora na formação dos glóbulos vermelhos e na síntese do ácido nucléico
Melhora na concentração e memória; alívio da irritabilidade
Fígado e rim de boi, ostra, ovo, peixe, aveia
C ou ácido ascórbico
Conserva os vasos sangüíneos e os tecidos; ajuda na absorção do ferro; aumenta a resistência a infecções; favorece a cicatrização e o crescimento normal dos ossos
Produção de colágeno; redução do efeito de substâncias que causam alergia; previne o resfriado
Limão, laranja, abacaxi, mamão, goiaba, caju, alface, agrião, tomate, cenoura, pimentão, nabo, espinafre
D
fixa o cálcio e o fósforo em dentes e ossos e é muito importante para crianças, gestantes e mães que amamentam
Prevenção da osteoporose
Óleo de fígado de peixes, leite, manteiga, gema de ovo, raios de sol
E
Antioxidante; favorece o metabolismo muscular e auxilia a fertilidade
Alívio da fadiga; retardamento do envelhecimento; prevenção de abortos espontâneos e cãibras nas pernas
Germe de trigo, nozes, carnes, amendoim, óleo, gema de ovo
H ou biotina
Funciona no metabolismo das proteínas e dos carboidratos
Prevenção da calvície; alívio de dores musculares e do eczema e dermatite
Fígado e rim de boi, gema de ovo, batata, banana, amendoim
K
Essencial para que o organismo produza protombrina, uma substância indispensável para a coagulação do sangue
Formação de determinadas proteínas
Fígado, verduras, ovo
Ácido fólico
Atua na formação dos glóbulos vermelhos
Prevenção de defeitos congênitos graves na gravidez; prevenção do câncer
Carnes, fígado, leguminosas, vegetais de folhas escuras, banana, melão
B3, PP ou niacina (ácido nicotínico)
Possibilita o metabolismo das gorduras e carboidratos
Produção de hormônios sexuais; auxílio no processo digestivo
Lêvedo, fígado, rim, coração, ovo, cereais integrais
B5 ou Ácido pantotênico
Auxilia o metabolismo em geral
Prevenção da fadiga; produção do colesterol, gorduras e glóbulos vermelhos
Fígado, rim, carnes, gema de ovo, brócolis, trigo integral, batata
Ácido paramino-benzóico
Estimula o crescimento dos cabelos
Além do crescimento, manutenção da cor e suavidade dos cabelos
Carnes, fígado, leguminosas, vegetais de folhas escuras
B7 ou Colina
Auxilia no crescimento
Diminuição do excesso de gordura no fígado; produção de hormônios
Gema de ovo, soja, miolo, fígado, rim
Inositol
Age no metabolismo do colesterol
Auxílio na remoção de gorduras e redução de colesterol no sangue
Existe em todas as células animais e vegetais
Fonte: Enciclopédia Conhecer 2000, Nova Cultural, 1995
Tabela de Sais Minerais
Sal mineral
Função
Sua presença possibilita
Fontes
Cálcio
Atua na formação de tecidos, ossos e dentes; age na coagulação do sangue e na oxigenação dos tecidos; combate as infecções e mantém o equilíbrio de ferro no organismo
Contração de músculos; absorção e secreção intestinal; liberação de hormônios
Queijo, leite, nozes, uva, cereais integrais, nabo, couve, chicória, feijão, lentilha, amendoim, castanha de caju
Cobalto
Age junto com a vitamina B12, estimulando o crescimento e combatendo as afecções cutâneas
Produção de glóbulos vermelhos e formação da mielina
Está contido na vitamina B12 e no tomate
Fósforo
Atua na formação de ossos e dentes; indispensável para o sistema nervoso e o sistema muscular; junto com o cálcio e a vitamina D, combate o raquitismo
Prevenção de pedras nos rins; tratamento de diabetes
Carnes, miúdos, aves, peixes, ovo, leguminosas, queijo, cereais integrais
Ferro
Indispensável na formação do sangue; atua como veiculador do oxigênio para todo o organismo
Tratamento de anemia e cólicas menstruais
Fígado, rim, coração, gema de ovo, leguminosas, verduras, nozes, frutas secas, azeitona
Iodo
Faz funcionar a glândula tireóide; ativa o funcionamento cerebral; permite que os músculos armazenem oxigênio e evita que a gordura se deposite nos tecidos
Alívio de dores nos seios; redução de risco de câncer de mama
Agrião, alcachofra, alface, alho, cebola, cenoura, ervilha, aspargo, rabanete, tomate, peixes, frutos do mar vegetais
Cloro
Constitui os sucos gástricos e pancreáticos
É difícil haver carência e cloro, pois existe em quase todos os vegetais; o excesso de cloro destrói a vitamina E e reduz a produção de iodo

Potássio
Atua associado ao sódio, regularizando as batidas do coração e o sistema muscular; contribui para a formação as células
Aumento da atividade dos rins; armazenamento de carboidratos; manutenção da pressão arterial
Azeitona verde, ameixa seca, ervilha, figo, lentilha, espinafre, banana, laranja, tomate, carnes, vinagre de maçã, arroz integral
Magnésio
Atua na formação dos tecidos, ossos e dentes; ajuda a metabolizar os carboidratos; controla a excitabilidade neuromuscular
Contração e relaxamento muscular; transporte de O2
Frutas cítricas, leguminosas, gema de ovo, salsinha, agrião, espinafre, cebola, tomate, mel
Manganês
Importante para o crescimento; intervém no aproveitamento do cálcio, fósforo e vitamina B1
Desenvolvimento de recém-nascidos; coagulação do sangue; cicatrização de feridas
Cereais integrais, amendoim, nozes, feijão, arroz integral, banana, alface, beterraba, milho
Silício
Age na formação dos vasos e artérias e é responsável pela sua elasticidade; atua na formação da pele, das membranas, das unhas e dos cabelos; combate as doenças da pele e o raquitismo
Prevenção de problemas cardíacos; redução da queda de cabelo; tratamento de unhas quebradiças; aumento da elasticidade da pele
Amora, aveia, escarola, alface, abóbora, azeitona, cebola
Flúor
Forma ossos e dentes; previne dilatação das veias, cálculos da vesícula e paralisia
Prevenção de cáries dentárias e osteoporose
Agrião, alho, aveia, brócolis, beterraba, cebola, couve-flor, maçã, trigo integral
Cobre
Age na formação da hemoglobina (pigmento vermelho do sangue)
Desenvolvimento de ossos e tendões; redução da dor em caso de artrite
Centeio, lentilha, figo eco, banana, damasco, passas, ameixa, batata, espinafre
Sódio
Impede o endurecimento do cálcio e do magnésio, o que pode formar cálculos biliares ou nefríticos; previne a coagulação sangüínea
Alívio de dores e cãibras musculares; auxílio no processo digestivo
Todos os vegetais (principalmente salsão, cenoura, agrião e cebolinha verde), queijo, nozes, aveia
Enxofre
Facilita a digestão; é desinfetante e participa do metabolismo das proteínas
Produção de colágeno; manutenção de pele, unhas e cabelo saudáveis
Nozes, alho, cebola, batata, rabanete, repolho, couve-flor, agrião, laranja, abacaxi
Zinco
Atua no controle cerebral dos músculos; ajuda na respiração dos tecidos; participa no metabolismo das proteínas e carboidratos
Crescimento e desenvolvimento sexual; formação de insulina; alívio de alergias; estímulo para formação de anticorpos
Carnes, fígado, peixe, ovo, leguminosas, nozes
Fonte: Enciclopédia Conhecer 2000, Nova Cultural, 1995

Países mais 'felizes' têm maiores taxas de suicídio, diz estudo


Países em que as pessoas se sentem mais felizes tendem a apresentar índices mais altos de suicídio, segundo pesquisadores britânicos e americanos.
Os especialistas sugerem que a explicação para o fenômeno estaria na tendência dos seres humanos de se comparar uns aos outros.
Sentir-se infeliz em um ambiente onde a maioria das pessoas se sente feliz aumenta a sensação de infelicidade e a probabilidade de que a pessoa infeliz recorra ao suicídio, a equipe concluiu.
O estudo foi feito por especialistas da University of Warwick, na Grã-Bretanha, Hamilton College, em Nova York e do Federal Reserve Bank em San Francisco, Califórnia, e será publicado na revista científica Journal of Economic Behavior & Organization.
Ele se baseia em dados internacionais e em informações coletadas nos Estados Unidos.
Nos EUA, os pesquisadores compararam dados obtidos a partir de depoimentos de 1,3 milhão de americanos selecionados de forma aleatória com depoimentos sobre suicídio obtidos a partir de uma outra amostra, também aleatória, com um milhão de americanos.
Paradoxo
Os resultados foram desconcertantes: muitos países com altos índices de felicidade felizes têm índices de suicídio altos.
Isso já foi observado anteriormente, mas em estudos feitos de forma isolada, como, por exemplo, na Dinamarca.
A nova pesquisa concluiu que várias nações - entre elas, Canadá, Estados Unidos, Islândia, Irlanda e Suíça - apresentam índices de felicidade relativamente altos e, também, altos índices de suicídio.
Variações culturais e na forma como as sociedades registram casos de suicídio dificultam a comparação de dados entre países diferentes.
Levando isso em conta, os cientistas optaram por comparar dados dentro de uma região geográfica: os Estados Unidos.
Do ponto de vista científico, segundo os pesquisadores, a vantagem de se comparar felicidade e índices de suicídio entre os diferentes Estados americanos é que fatores como formação cultural, instituições nacionais, linguagem e religião são relativamente constantes dentro de um único país.
A equipe disse que, embora haja diferenças entre os Estados, a população americana é mais homogênea do que amostras de nações diferentes.
Utah e Nova York
Os resultados observados nas comparações mais amplas entre os países se repetiram nas comparações entre diferentes Estados americanos.
Estados onde a população se declarou mais satisfeita com a vida apresentaram maior tendência a registrar índices mais altos de suicídio do que aqueles com médias menores de satisfação com a vida.
Por exemplo, os dados mostraram que Utah é o primeiro colocado no ranking dos Estados americanos em que as pessoas estão mais satisfeitos com a vida. Porém, ocupa o nono lugar na lista de Estados com maior índice de suicídios.
Já Nova York ficou em 45º no ranking da satisfação, mas tem o menor índice de suicídios no país.
Ajustes
Para tornar mais justas e homogêneas as comparações entre os Estados, os pesquisadores levaram em consideração fatores como idade, sexo, raça, nível educacional, renda, estado civil e situação profissional.
Após esses ajustes, a relação entre índice de felicidade e de suicídios se manteve, embora as posições de alguns países tenham se alterado levemente.
O Havaí, por exemplo, ficou em segundo lugar no ranking ajustado de satisfação com a vida, mas possui o quinto maior índice de suicídios no país.
Nova Jersey, por outro lado, ocupa a posição 47 no ranking de satisfação com a vida e tem um dos índices mais baixos de suicídio - coincidentemente, ocupa a posição 47 na lista.
"Pessoas descontentes em um lugar feliz podem sentir-se particularmente maltratadas pela vida", disse Andrew Oswald, da University of Warwick, um dos responsáveis pelo estudo.
"Esses contrastes sombrios podem aumentar o risco de suicídio. Se seres humanos sofrem mudanças de humor, os períodos de depressão podem ser mais toleráveis em um ambiente no qual outros humanos estão infelizes".
Outro autor do estudo, Stephen Wu, do Hamilton College, acrescentou:
"Este resultado é consistente com outras pesquisas que mostram que as pessoas julgam seu bem estar em comparação com outras à sua volta".
"Esse mesmo efeito foi demonstrado em relação a renda, desemprego, crime e obesidade".

Cientistas criam 'nariz eletrônico' que pode ajudar a diagnosticar câncer



Pesquisadores israelenses dizem ter desenvolvido um “nariz eletrônico” que foi capaz de identificar sinais químicos de câncer no hálito de pacientes que sofrem de tumores no pulmão e em regiões do pescoço e da cabeça.
A expectativa é de que o aparelho seja desenvolvido para, no futuro, ajudar a diagnosticar a doença, por meio de testes semelhantes aos de bafômetros, segundo um estudo preliminar publicado no periódico British Journal of Cancer.
No entanto, uma organização britânica de estudos do câncer afirma que ainda serão necessários anos de estudo até que a novidade possa ser usada em clínicas.
O estudo israelense envolvendo o “nariz eletrônico”, chamado de Nano Artificial NOSE, contou com cerca de 80 voluntários, dos quais 22 sofriam de câncer nas áreas da cabeça e do pescoço (incluindo nos olhos e na boca) e 24 tinham câncer no pulmão – todos esses tipos de câncer geralmente são identificados tarde, em estágio avançado.
Também participaram 36 voluntários saudáveis. Um protótipo do “teste do bafômetro” usou um método químico para identificar resíduos do câncer presentes no hálito dos pacientes.
Segundo o estudo, o aparelho conseguiu distinguir as moléculas encontradas nos hálitos de pessoas saudáveis das presentes no hálito de pacientes com tumores.
‘Necessidade urgente’
O líder da equipe de pesquisas, professor Hossam Haick, do Technion – Israel Institute of Technology, disse que há “uma necessidade urgente de desenvolver novas formas de identificar cânceres na região da cabeça e do pescoço porque seu diagnóstico é complicado e requer exames especializados”.
“Em um estudo pequeno e preliminar, mostramos que simples testes de hálito podem perceber padrões de moléculas que são encontradas em pacientes com certos cânceres”, agregou Haick. “Agora, precisamos testar esses resultados em estudos maiores, para descobrir se isso pode levar para um potencial método de diagnóstico.”
A médica Lesley Walker, do grupo de pesquisa Cancer Research UK, disse que é extremamente importante o esforço de identificar tumores o mais cedo possível, quando as chances de tratamento são maiores.
“Esses resultados iniciais interessantes (do estudo israelense) mostram potencial para o desenvolvimento de um teste de hálito capaz de detectar cânceres geralmente percebidos em um estágio avançado”, agregou.
“Mas é importante deixar claro que esse é um estudo pequeno, em um estágio inicial, e que muitos anos de pesquisa serão necessários para descobrir se um teste de hálito poderá ser usado em clínicas.”

24 de abr. de 2011

Humanidade está perdendo batalha contra superbactérias, dizem especialistas



A incidência de infecções resistentes a drogas atingiu níveis sem precedentes e supera nossa capacidade atual de combatê-las com as drogas existentes, alertam especialistas europeus.
A cada ano, mais de 25 mil pessoas morrem na União Europeia em decorrência de infecções de bactérias que driblam até mesmo antibióticos recém-lançados.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a situação chegou a um ponto crítico e é necessário um esforço conjunto urgente para produzir novos medicamentos.
Sem esse esforço, a humanidade pode ter que enfrentar um “cenário de pesadelo” global, de proliferação de infecções incuráveis, de acordo com a OMS.
Um exemplo é a superbactéria NDM-1, que chegou à Grã-Bretanha vinda de Nova Délhi em meados de 2010, trazida por britânicos que fizeram tratamentos médicos na Índia ou no Paquistão.
Em outubro passado, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou o controle sobre receitas médicas de antibióticos, na tentativa de conter o avanço da superbactéria KPC, que atacou principalmente em hospitais.
Água contaminada
A resistência das superbactérias a antibióticos mais fortes causa preocupação entre os especialistas. Pesquisadores da Universidade de Cardiff, no País de Gales, que identificaram a NDM-1 no ano passado, dizem que as bactérias resistentes contaminaram reservatórios de água de Nova Délhi, o que significa que milhões de pessoas podem ter se tornado portadoras do micro-organismo.
A equipe do médico Timothy Walsh coletou 171 amostras de água filtrada e 50 de água de torneiras em um raio de 12 km do centro de Nova Déli, entre setembro e outubro de 2010.
O gene da NDM-1 foi encontrado em duas das amostras de torneira e em 51 das amostras de água filtrada.
Isso se torna mais preocupante porque, segundo a equipe de Walsh, o gene se espalhou para bactérias que causam diarreia e cólera, doenças facilmente transmissíveis através de água contaminada.
“A transmissão oral-fecal de bactérias é um problema global, mas seu risco potencial varia de acordo com os padrões sanitários”, disseram os pesquisadores em artigo no periódico científico Lancet Infectious Diseases. “Na Índia, essa transmissão representa um problema sério (porque) 650 milhões de cidadãos não têm acesso a vasos sanitários, e um número provavelmente maior não tem acesso a água limpa.”
Descoberta ‘preciosa’
Os cientistas pedem ação urgente das autoridades globais para atacar as novas variedades de bactérias e para prevenir epidemias globais.
A diretora regional da OMS para a Europa, Zsuzsanna Jakab, disse que “os antibióticos são uma descoberta preciosa, mas não lhes damos valor, os usamos em excesso e os usamos mal. (Por isso), agora há superbactérias que não respondem a nenhuma droga”.
Segundo ela, ante o crescimento no número de viagens internacionais e de trocas comerciais no mundo, “as pessoas precisam estar cientes de que, até que todos os países enfrentem (o problema das superbactérias), nenhum país por si só estará seguro”.
Autoridades sanitárias britânicas dizem estar monitorando a NDM-1, que, segundo registros oficiais, já contaminou 70 pessoas no país.



BBC

13 de abr. de 2011

Entenda os desafios para alimentar a população mundial


José Renato Salatiel* Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação Qualquer dona-de-casa sabe que os alimentos estão mais caros. Mas o que os gastos do brasileiro no supermercado têm a ver com protestos no Oriente Médio, a indústria de biocombustível nos Estados Unidos e o aquecimento global? Direto ao ponto: Ficha-resumo Todos estes fatores estão ligados à crise dos alimentos, um fenômeno mundial que foi parar no topo da lista de preocupações dos países desenvolvidos. O motivo é que, neste começo de 2011, o preço dos gêneros alimentícios atingiu o pico pela segunda vez em menos de quatro anos. Na outra vez, entre 2007 e 2008, milhares de pessoas atravessaram a linha que separa a pobreza da miséria. Houve protestos em países da África e da Ásia. As causas foram praticamente as mesmas da crise atual: aumento do número de consumidores, alta do barril de petróleo, queda do dólar (os alimentos são cotados no mercado internacional em dólar) e mudanças climáticas. Na verdade, a crise dos alimentos é fruto do desequilíbrio na relação econômica entre oferta e procura. Há uma diminuição na oferta de produtos e uma maior procura, o que encarece a mercadoria. Imagine que uma safra de tomates seja perdida devido a enchentes. E que a demanda pelo produto tenha crescido. Com menos tomates no mercado e mais gente querendo comprar, os comerciantes irão cobrar mais caro pelos estoques. Mas quais são as causas desse desequilíbrio na economia mundial dos alimentos? Carros x pessoas Do lado da demanda, há um constante aumento do consumo de alimentos. Isso ocorre por dois fatores principais. Primeiro, o crescimento da população mundial, que hoje é de 6,9 bilhões. Apesar do número de habitantes do planeta ter registrado uma queda de 1,2% no ano passado, ele quase dobrou desde os anos 1970. E, para as próximas quatro décadas, estima-se 80 milhões de bocas a mais para alimentar a cada ano. Em segundo lugar, aumentou também o consumo de alimentos – grãos, carnes, leite e ovos – em países em desenvolvimento, como a Índia e o Brasil. Na China, por exemplo, o consumo de carne é quase o dobro dos Estados Unidos. E, para produzir carne, são necessários grãos (oito quilos de grãos para cada quilo de carne bovina). Além disso, a elevação do preço do barril de petróleo estimulou os investimentos em biocombustíveis. Nos Estados Unidos, da colheita de 416 milhões de toneladas grãos em 2009, 119 milhões de toneladas foram destinados a destilarias de etanol, para produzir combustível para carros. A quantia seria o suficiente para alimentar 350 milhões de pessoas durante um ano. No Brasil, o etanol é produzido com cana-de-açúcar. Com isso, aumentaram os preços do milho e da ração e, consequentemente, dos produtos bovinos e suínos, uma vez que os animais também comem ração a base de milho. E o efeito dominó atinge outros alimentos, como a soja, já que os agricultores plantam milho no lugar da soja, para atender as indústrias. A demanda por combustível alternativo, a base de milho ou vegetais, vem ainda reduzindo ano após ano as terras destinadas à plantação de alimentos na Europa, além de incentivar a devastação de florestas tropicais na Ásia. Oriente Médio No lado da oferta, há duas razões principais para a crise: os limites dos recursos naturais e as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. Estima-se que até um terço da área cultivável da Terra esteja sendo perdida pela erosão do solo, que não consegue se recuperar naturalmente a tempo da próxima colheita. Por isso, países como o Haiti e Coreia do Norte, com problemas sérios de erosão de solo cultivável, dependem de ajuda externa para alimentar a população. Por outro lado, há o esgotamento dos recursos hídricos do planeta. A situação é crítica no Oriente Médio, cuja escassez de fontes de água deve levar, nos próximos anos, à dependência da importação de grãos em países como a Arábia Saudita. A água mais escassa e mais cara vai aumentar os custos da produção de alimentos. Por último, as mudanças no clima no planeta acarretaram ondas de calor, seca e inundações que prejudicaram a colheita em países como Rússia, Ucrânia, Austrália e Paquistão em 2010. Agora, a seca ameaça destruir a safra de trigo da China, a maior do mundo. Nove bilhões As consequências do aumento do preço dos alimentos já são sentidas em todo o mundo. Segundo o Banco Mundial, no segundo semestre do ano passado 44 milhões de pessoas caíram abaixo do limite da pobreza (pessoas que vivem com US$ 1,25 dólar por dia). A crise afeta principalmente países pobres e dependentes da exportação de alimentos. Mas também está por trás da maior onda de manifestações ocorridas no Oriente Médio, que derrubou ditadores da Tunísia e Egito e que agora, ameaça o regime na Líbia. O fim da comida barata vai coincidir com a explosão populacional. Entre 2011 e 2012, a população mundial deve atingir 7 bilhões. Para 2050, serão 9 bilhões de pessoas na Terra. Por conta disso, as potências incluíram a alta dos alimentos na lista de suas preocupações, junto com as finanças mundiais. O assunto foi parar no topo da agenda do G20 (grupo formado pelas 19 maiores economias mais a União Europeia). Os líderes discutem medidas como pacotes de estímulo à agricultura. O desafio de alimentar a população nas próximas quatro décadas vai exigir política, tecnologia e, sobretudo, mudanças de hábitos das sociedades modernas. Direto ao ponto Neste começo de 2011, os preços dos gêneros alimentícios atingiram o pico pela segunda vez em menos de quatro anos. Na outra crise, entre 2007 e 2008, milhares de pessoas atravessaram a linha que separa a pobreza da miséria. A crise dos alimentos é fruto do desequilíbrio na relação econômica entre oferta e procura. Há uma redução na oferta de produtos e uma maior procura, o que encarece as mercadorias. Os principais fatores que geraram este desequilíbrio, do lado da demanda, são: --Crescimento da população mundial, que hoje é de 6,9 bilhões. --Aumento do consumo de alimentos em países em desenvolvimento. --Elevação do preço do barril de petróleo, que estimulou os investimentos em biocombustíveis a base de grãos. E, no lado da oferta: --Limites de recursos naturais (terra e água). --Mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. Como consequência, a crise dos alimentos provocou: --A queda de 44 milhões de pessoas abaixo do limite da pobreza (US$ 1,25 dólar por dia). --Protestos no Oriente Médio e Norte da África, que já derrubaram dois ditadores. Por isso, as potências mundiais discutem soluções como pacotes de estímulo à agricultura e implementação tecnológica.

Como organizar o tempo de estudos para o vestibular? Veja dicas


Não existe fórmula mágica de estudos para passar no vestibular, mas são variadas as estratégias, roteiros, planos e pequenas dicas valiosas que orientam o estudante neste momento decisivo da vida. Organizar o tempo é um dos primeiros passos do processo. Qual o número de horas ideal para se estudar? Professores de cursinhos afirmam que o ideal é estudar de três a seis horas por dia, fora as aulas. "Para quem vai prestar medicina ou algumas instituições especiais, como ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), é diferente: oito horas de estudos em casa, depois do cursinho pela manha", recomenda Edmilson Motta, coordenador do Curso e Colégio Etapa. Em geral, os especialistas orientam os alunos a manter este ritmo durante a semana. Aos sábados, estuda-se até o meio da tarde e o domingo é dia de descanso. Devo estudar todas as disciplinas na preparação para o vestibular? Confira É preciso, também, considerar a situação do vestibulando. Existem aqueles que estão no último ano do ensino médio, outros fazem só cursinhos pré-vestibular (ou ambos ao mesmo tempo). Há os que trabalham e os que não podem fazer o preparativo. Veja roteiro de estudos do UOL VestibularEscolher a profissão ajuda a motivar estudos; especialista dá dicas para decidirTreinar com provas baixa a ansiedade no dia do exameFuvest e Unicamp mantêm lista de leituras de 2011 para vestibular 2012 Os alunos que estão terminando o ensino médio, na maioria dos casos, precisam dedicar parte do tempo à escola. O presidente do Instituto Henfil, Mateus Prado, diz que, neste caso, o estudante pode concentrar no primeiro semestre a dedicação ao terceiro ano. Outra opção é dividir o tempo que destinaria ao estudo para o vestibular, segundo o coordenador do vestibular do Anglo, Alberto Francisco do Nascimento. Para o candidato trabalhador, os professores recomendam aproveitar todo o tempo livre possível. “Neste caso, é preciso estudar sábados e domingos e aproveitar todos os momentos para ler, quando estiver no transporte público, por exemplo,”, afirma Motta, do Etapa. O candidato que vai estudar por conta própria terá mais trabalho já na disposição do tempo. Segundo Nascimento, do Anglo, esta pessoa deve dividir o calendário de segunda a sexta-feira, sábado e domingo, estabelecendo dias e horários em que vai estudar cada matéria. Nesta organização, é preciso considerar o peso entre as disciplinas e quais são as mais difíceis para ele. Uma boa maneira de identificar seus pontos fracos e fortes é tentar resolver as provas de vestibulares dos anos anteriores, sugere Prado, do cursinho Henfil. Os conteúdos das disciplinas podem ser obtidos com livros emprestados, em bibliotecas e pela internet. Como distribuir as horas de estudos em casa A melhor maneira apontada pelos professores especializados para dividir o tempo de estudos realizados por conta própria é seguir o roteiro das aulas do cursinho. "No período em que for estudar em casa, o ideal é fazer exercícios relativos às aulas que teve anteriormente, para verificar os conhecimentos adquiridos, consolidá-los, e marcar dúvidas”, afirma Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora do curso e colégio Objetivo. “Geralmente, cada aula do cursinho dura 50 minutos. É raro o estudante ser tão organizado a ponto de conseguir repetir os mesmos 50 minutos em casa", afirma Motta, do Etapa. O professor alerta para que se evite gastar mais tempo e dedicação a algumas disciplinas, em detrimento das outras. "Existe uma tendência de estudar mais a área de exatas, por conta dos exercícios". A orientação para estudar em casa os mesmos conteúdos das aulas daquele dia é válida para o momento de apresentação dos conteúdos. "Depois, no período de revisão (que pode ser maior ou menor, dependendo do cursinho ou escola), é melhor estudar as matérias em que os alunos têm mais dificuldade", recomenda Motta. Outro ponto importante é a pausa para descanso. "Quando cansar, o estudante deve parar um pouco, de 30 minutos a uma hora de descanso", afirma Vera, do Objetivo. Este tempo pode ser aproveitado para uma atividade física ou artística, que proporcione prazer, contribuindo para a recuperação do cansaço. http://www.uol.com.br/

Rankings de universidades serão auditados para ganhar selo

MARINA MESQUITA DE SÃO PAULO Os rankings que classificam instituições de ensino superior também passarão a ser avaliados. A iniciativa do Ireg Observatory on Ranking and Academic Excelence (ireg-observatory.org) pretende auditar as listagens. "Os rankings devem estar preparados para ser avaliados se querem ser confiáveis", diz o diretor do observatório Kazimierz Bilanow. A participação das instituições será voluntária e custará 2.000 euros para membros do grupo e 4.000 euros para os não membros, além dos participantes terem de arcar com as despesas de viagens dos auditores. A auditoria dirá se a listagem seguiu os "Princípios de Berlim sobre Rankings de Instituições de Ensino Superior" --lançados em 2006-- que estabelecem diretrizes, como transparência na finalidade e nos objetivos e na coleta e no processamento dos dados, o que garante a qualidade dos resultados. "Os rankings não são puramente científicos, sempre haverá elementos subjetivos", diz o diretor. O resultado positivo das avaliações será afirmado com um selo de qualidade, a ser lançado nos próximos meses. Para a organização, o selo vai mostrar quais classificações são as mais confiáveis porque seguem os princípios de transparência. "Um bom ranking deve ajudar o estudante a fazer escolhas inteligentes", afirma Bilanow

Por que a água é importante para os seres vivos?


Todos os seres vivos que habitam o planeta Terra são formados por células. Estas, por sua vez, possuem organelas, partículas que mantêm as células vivas utilizando inúmeros tipos de substâncias. Uma dessas substâncias é a água. Nosso planeta é o único no Sistema Solar a apresentar 71% de sua superfície coberta por água. Essa substância é a mais abundante na constituição da maioria dos seres vivos, podendo ser encontrada em porcentagens que variam de 70% a 95%. Capacidade de dissolução Em termos moleculares, a água é constituída de um átomo de oxigênio e dois átomos de hidrogênio - e sua fórmula molecular é simbolizada por H2O. Usualmente, a água é chamada de "solvente universal", pois é capaz de dissolver uma grande variedade de substâncias químicas que constituem as células vivas, tais como sais minerais, proteínas, carboidratos, gases, ácidos nucléicos e aminoácidos. Essa capacidade de dissolução da água está diretamente ligada à sua polaridade, já que em uma molécula de água há um pólo positivo e um pólo negativo. A maioria das substâncias que compõem as células vivas também é polar. Portanto, essas substâncias possuem uma boa afinidade química com a água, sendo então denominadas hidrofílicas (do grego, hydro = água; e phylos =amigo). Do ponto de vista químico, dissolver uma substância é separar seus átomos por meio de um solvente de propriedades semelhantes, para que eles possam ser utilizados pelas células vivas. Por exemplo, quando ingerimos sal de cozinha (NaCl), a água que está em nosso organismo separa o Sódio (Na) do Cloro (Cl), formando íons que podem ser aproveitados por nossas células em atividades celulares. Se as moléculas de água não ativassem esse processo, jamais poderíamos utilizar tais átomos sob a forma de cristais de sal, como os conhecemos. Portanto, a água e o sal de cozinha passam a constituir uma solução aquosa, na qual a água atua como solvente - e o sal, como soluto. No interior das células encontramos outro exemplo dessa relação solvente-soluto: o citosol. Nesse caso, a água é o solvente - e os aminoácidos, proteínas e carboidratos, o soluto. Juntos, formam uma solução aquosa. O sangue é também, em parte, uma solução aquosa formada por água e uma gama enorme de solutos (glicose, íons de sais minerais, gases respiratórios, etc.). Quebra de proteínas e carboidratos A água também pode ser encontrada reservada em tecidos vivos. Em alguns vegetais superiores, que vivem em ambientes áridos, a água é armazenada nas folhas, raízes e caules para manutenção do metabolismo do vegetal. Em nosso organismo encontramos água armazenada em nossos músculos e ossos, sendo que ela é utilizada em atividades celulares como a quebra de proteínas e carboidratos. Nos animais, a tensão superficial que as moléculas de água formam sobre os alvéolos pulmonares e nas brânquias dos peixes permite que ocorram trocas gasosas e a consequente sobrevivência dos tecidos. Existem substâncias que, ao contrário das polares, não possuem cargas elétricas como a água. Essas substâncias são denominadas apolares. Gorduras e outras substâncias possuem essa propriedade, não desenvolvendo uma boa afinidade química com a água, sendo então denominadas hidrofóbicas (do grego, hydros = água; fobos = medo, aversão). Essas substâncias, quando em contato com água, formam misturas heterogêneas, como, por exemplo, o óleo de soja e a água. Hidrólises e síntese por desidratação Além das aplicações descritas até agora, a água é utilizada em reações químicas no interior das células de organismos vivos. Nas hidrólises, a molécula de água é quebrada e seus átomos de hidrogênio e oxigênio são adicionados a outras substâncias. As reações de digestão de proteínas que ocorrem em nosso tubo digestório são hidrólises sucessivas. Existem também reações de síntese por desidratação, nas quais as moléculas de água são formadas a partir da união de outras moléculas. Esse tipo de reação ocorre no citosol das células glandulares da parede interna do estômago, quando são formadas enzimas digestórias para a degradação dos alimentos ingeridos por nós. Como vimos, a água é um solvente universal, participa de reações químicas e atua na absorção de nutrientes, sendo, portanto, considerada uma substância multifuncional. Nossa atuação, enquanto seres vivos, é decisiva e fundamental no que diz respeito ao destino e ao uso da água. E, consequentemente, da vida no planeta Terra. *Rodrigo Luís Rahal é bacharel e licenciado em biologia, mestre em Biologia Celular e Estrutural pela UNICAMP e professor do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo.

IMC

Queridos alunos, a pedidos, coloquei uma calculadora para medida do IMC.

Nada de Ortorexia!!!!!


Através do índice de massa corporal(IMC), pode-se estimar a adiposidade e conseqüentemente, se uma pessoa está acima do peso ideal(obesa). A vantagem do uso do IMC é que seu cálculo é simples, rápido e não requer nenhum equipamento especial, porém, devido a sua simplicidade e por não levar em conta o porte da pessoa entre outros, não pode ser considerado um meio livre de erros. O IMC também não pode distingüir as proporções de músculos, gordura, ossos e água no corpo. Portanto, seu uso não é recomendado para atletas e crianças, por exemplo.

Apesar dessas desvantagens, o índice de massa corporal vem sendo usado pela Organização Mundial de Saúde como ferramenta para estatísticas sobre obesidade no mundo.

Utilize a calculadora abaixo para calcular seu IMC:

Tabela para Classificação - Adultos
IMC Classificação
abaixo de 20 Abaixo do Peso
20 a 25 Peso Ideal
25 a 30 Sobrepeso
30 a 35 Obesidade Moderada
35 a 40 Obesidade Severa
40 a 50 Obesidade Mórbida
acima de 50 Super Obesidade

Com distúrbio raro, mulher devora colchões há 21 anos



A norte-americana Adele Edwards, mãe de cinco filhos, foi diagnosticada com uma síndrome rara, chamada PICA, que a leva a comer espuma de sofás e colchões compulsivamente há, pelo menos, 21 anos. "Ano passado comi sete sofás", disse ao jornal inglês Daily Mail, "e os médicos disseram que se eu não parar com essa mania, poderei morrer". A desordem alimentar da qual sofre Adele pode ser causada por uma deficiência em minerais e acomete mais frequentemente bebês e gestantes. Ao estudar o vício da norte-americana, os médicos constataram que ela sofre de uma deficiência de ferro e acham que esta pode ser a raiz do problema. Mas, eles também acreditam que o mal possa surgir após um estresse muito grande. Adele disse crer que este seja o seu caso, pois o distúrbio começou após o divórcio de seus pais: "minha vida perdeu o controle e comer espuma era algo que eu podia controlar. Uma prima resolveu brincar de mastigar espuma quando tínhamos 10 anos e eu gostei do sabor que sentia na minha boca". Adele tem passado por sessões de hipnose e terapia para se livrar do vício, que coloca em risco sua vida. Há dois anos, a norte-americana foi parar no hospital com o estômago bloqueado por uma bola de espuma. "Foi uma dor terrível e os médicos têm me explicado que se eu insistir em comer espuma, poderei ter outro bloqueio no estômago ou no intestino, que poderá ser fatal", contou.


Comer três bananas por dia pode diminuir risco de AVC


Patricia Zwipp A fruta mais popular do Brasil pode prevenir acidente vascular cerebral (AVC). Cientistas britânicos e italianos sugerem três bananas por dia para obter o benefício. Os pesquisadores analisaram dados de 11 estudos diferentes e constataram que uma ingestão diária de cerca de 1,6 mil miligramas de potássio por dia (cada banana oferece por volta de 500 miligramas) reduz as chances de derrame cerebral em 21%. O consumo de outros alimentos ricos no elemento, como espinafre e nozes, também é benéfico. Vale acrescentar que a hipertensão é um fator de risco para o AVC e o potássio ajuda a diminuir a pressão arterial. Segundo o jornal Daily Mail, baixas quantidades do nutriente podem levar a batimento cardíaco irregular, irritabilidade, náuseas e diarreia. A equipe da Universidade de Warwick, na Inglaterra, e da Universidade de Nápoles, na Itália, disse que comer produtos fonte de potássio e diminuir o sal do cardápio abriria espaço para diminuir em mais de um milhão o número de mortes globais por ano devido ao AVC. A publicação Journal of American College of Cardiology divulgou esses dados.

Estudo mostra que mães jovens tendem a descuidar da saúde


Um estudo divulgado pela CNN nesta segunda-feira (11) sugeriu que mães jovens acabam descuidando da própria saúde para dedicarem-se com mais afinco ao bebê. A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Minnesota, acompanhou 1500 jovens de até 25 anos, de etnias e grupos socioeconômicos variados, e concluiu que aqueles que não têm filhos se exercitam mais do que os que já são pais. As mães ainda apresentaram Índice de Massa Corpórea (IMC) muito acima do que as colegas sem filhos, devido aos hábitos pouco saudáveis que adotaram após o nascimento da criança, com aumento no consumo de gorduras saturadas e bebidas açucaradas (refrigerantes e energéticos) e decréscimo na ingestão de verduras como brócolis e espinafre. De acordo com o estudo, esta diferença não foi tão significativa entre os homens. Jesica Berge, líder da pesquisa, nos Estados Unidos, disse que as mães acabam tendo pouco tempo para preparar refeições saudáveis para si por priorizarem a criança, optando, assim, por pratos rápidos e processados: "a demanda de coisas a fazer é tão grande que elas sacrificam a alimentação saudável para ganhar tempo e acabam preparando alimentos ricos em gordura", explicou. A pesquisadora descobriu ainda que as mães jovens tentam se alimentar de maneira adequada e consomem tantas frutas, grãos, fibras e cálcio quanto as mulheres da mesma idade que ainda não têm filhos e os primeiros meses na companhia do bebê são os que mais apresentam riscos à saúde dos jovens adultos, pois "é uma fase nova, na qual eles estão aprendendo a ser pais e ainda passam pela adaptação de deixarem de ser apenas filhos para tornarem-se responsáveis pelo bebê e por si mesmos, precisando encontrar o equilíbrio ideal", justificou Jesica.

Entenda como são feitos os corantes e descubra se fazem mal


Vida e Saúde » Vida e Saúde Entenda como são feitos os corantes e descubra se fazem mal Em nosso dia a dia as cores são muito importantes, mas na alimentação elas desenvolvem um papel especial, pois tornam o alimento mais atrativo eu dão indícios de sua qualidade e sabor. "Os corantes são substâncias que alteram ou intensificam as cores dos alimentos para melhorar seu aspecto e sua aceitação junto ao consumidor. Um refrigerante sabor laranja sem o corante ficaria com a aparência de água com gás, dificultando sua aceitação, pois primeiro 'comemos com os olhos'", disse Fernando Giannini, engenheiro químico especialista em corantes da Mix Indústria de Produtos Alimentícios, de São Bernardo do Campo (SP). Ele que citou outras razões técnicas pelas quais usamos os corantes na gastronomia: - restaurar a cor de produtos cujo tom original foi afetado ou destruído durante o processamento industrial, como as cerejas em calda, que ficam transparentes quando cozidas e precisam dos corantes para ficar com aspecto mais apetitoso; - uniformizar a cor de produtos com matérias-primas de origens diversas, como o suco de uvas de safras e localidades distintas; - conferir cor a alimentos incolores, como as balas de frutas. As cores são tão importantes que pesquisadores da Cornell University, nos Estados Unidos, resolveram estudar como as pessoas se comportam diante de alimentos incolores e saborizados e constataram que um salgadinho de queijo sem o uso de corantes tem seu sabor "diminuído" na percepção dos consumidores. "Chegaram a me dizer que não tinha mais graça comê-los", contou Brian Wansink, diretor do laboratório de marcas e alimentos da instituição. O que eles são Os corantes podem ser caramelo, derivados da queima de açúcar; naturais, à base de plantas ou animais; e artificiais, "sintetizados por via petroquímica ou do alcatrão do carvão mineral", como descreveu Giannini. Embora seja regulamentado pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os corantes podem fazer mal à saúde de pessoas sensíveis a eles. "Os artificiais são, geralmente, mais propensos a efeitos colaterais de cunho alérgico por sua origem sintética e sua matéria-prima original. Ainda assim, apenas uma minoria de pessoas são sensíveis a esses aditivos", contou Fernando Giannini. Além das alergias, os corantes têm levantado polêmicas por causa da propensão a causar hiperatividade em algumas crianças. Nos Estados Unidos, o Centro de Ciência no Interesse Público entrou com uma ação coletiva em março, solicitando ao governo norte-americano que os corantes artificiais fossem banidos. "O único propósito dos corantes é vender mais junk food", afirmou Marion Nestle, professora de nutrição, estudos alimentares e saúde pública, na Universidade de Nova York. Giannini lembrou que muitos estudos contestam as pesquisas que sugerem que os corantes artificiais causem problemas. "Há mais de 30 anos que existe essa polêmica. Os interesses econômicos também são grandes, pois os corantes naturais são bem mais caros e o FDA (agência que regulamenta os alimentos e remédios nos Estados Unidos) descartou essa proibição no dia 31 de março. O órgão foi categórico em afirmar que não há relação entre os corantes artificiais, déficit de atenção e hiperatividade, negando até mesmo o pedido de colocar alertas nas embalagens de alimentos que contêm estes aditivos", lembrou. Para evitar conflitos, algumas indústrias norte-americanas têm produzido alimentos com e sem o uso dos corantes, mas as opções naturais não são mais baratas, tão brilhantes ou coloridas, tão estáveis e saudáveis quanto a versão industrializada. "O corante natural que gera a cor carmim e as tonalidades vermelhas vem de um inseto chamado cochonilha, que dá em uma espécie de cacto peruano. Os insetos são esmagados e o corante é extraído com amônia. Alguns casos de choque anafilático já foram relacionados a seu uso, mas, para variar, os testes não foram conclusivos", destacou o engenheiro químico da Mix. "Gostaria de lembrar que os maiores venenos existentes não são artificiais, mas sim naturais. Assim, o rótulo de 'natural' não quer dizer algo inofensivo, nem o 'artificial' quer dizer perigoso. É preciso bom-senso, pois vários estudos feitos ao longo dos anos para tentar apontar que os corantes artificiais são os causadores de diversos males à saúde não foram comprovados", concluiu o especialista em corantes


HOMOSSEXUALIDADE


HOMOSSEXUALIDADE Escrito por Claudecy de Souza LOCALIZADO EM Análises - Educação Sexual Assim como a heterossexualidade, a homossexualidade é um estado mental. Não há nenhuma doença ou desvio de comportamento ou perversão, como se pretendeu até a algum tempo atrás. Mas não é raro encontrar pessoas que insistam nisso mesmo no meio dos profissionais de saúde. Em dezembro de 1973 - a APA (Associação Psiquiátrica Americana), propõe e aprova a retirada da homossexualidade da lista de transtornos mentais (passa a não ser mais considerada uma doença). 1985 - O Conselho Federal de Medicina do Brasil (CFM) retira a homossexualidade da condição de desvio sexual. Nos anos 90 - o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) onde são identificados por códigos todas os distúrbios mentais, que serve de orientador para classe médica, principalmente, para os psiquiatras, também retirou a homossexualidade da condição de distúrbio mental. 1993 - A Organização Mundial de Saúde (OMS) retira o termo "homossexualismo" (que da idéia de doença) e adota o termo homossexualidade. O Conselho Federal de Psicologia (CPF) divulgou nacionalmente uma resolução que estabelece normas para que os psicólogos contribuam, através de sua prática profissional, para acabar com as discriminações em relação à orientação sexual. É importante lembrar que sob o ponto de vista legal, a homossexualidade não é classificada como doença também no Brasil. Sendo assim, os psicólogos não devem colaborar com eventos e serviços que se proponham ao tratamento e cura de homossexuais, nem tentar encaminha-los para outros tratamentos. Quando procurados por homossexuais ou seus responsáveis para tratamento, os psicólogos não devem recusar o atendimento, mas sim aproveitar o momento para esclarecer que não se trata de doença, muita menos de desordem mental, motivo pelo qual não podem propor métodos de cura. Existe uma infinidade de teorias psicológicas e biológicas tentando explicar a origem da homossexualidade. As teorias psicológicas, assim como as biológicas são abundantes em opiniões e afirmações. Entretanto, nada de definitivo foi apresentado até o momento. E penso que, se este é um estado mental, nenhuma conclusão mais será necessária a não ser esta. Como se disse anteriormente, a homossexualidade é um estado psíquico. O indivíduo homossexual não faz opção por ser homossexual. Ele apenas é e não pode, ainda que queira, mudar isso. Ele pode sim, fazer uma opção no sentido de negar esse impulso e tentar viver como heterossexual. Mas isso tem um impacto negativo para o pleno desenvolvimento emocional do indivíduo. Trata-se de uma situação muito mais comum do que se imagina. O impulso sexual que um heterossexual tem por sua parceira é o mesmo que um homossexual tem por seu parceiro do mesmo sexo. O que muda é o objeto. A questão de ser a homossexualidade um desvio ou não está mais ligada a fatores culturais, econômicos e religiosos. Todos sabemos que, conforme as necessidades de uma determinada cultura, os valores mudam. Na antiguidade, entre os gregos, um jovem de doze anos, ao terminar o ensino ortodoxo, era tomado por um homem, na maior parte das vezes com mais de 30 anos, para continuar a sua educação. O termo pederastia significava amor de um homem por um jovem que já havia passado pela puberdade, mas ainda não tinha atingido a maturidade. Mas os escritos dos autores gregos daquela época parecem deixar claro que essa posição não pode ser sustentada (O Banquete, Sócrates). O ideal talvez tenha sido puro na teoria, mas nem um pouco na prática. Entre os romanos a homossexualidade não era reprovada, mas tinha algumas regras. Por exemplo, era inaceitável que um senhor fosse passivo com seu escravo. A felação era um crime aos olhos dos cidadãos romanos. Tirando as regras que sempre existem em qualquer cultura, a homossexualidade era muito presente em Roma e praticada por todos inclusive pelos Césares. Quem gostava, praticava e quem não gostava não praticava. Ninguém interferia com ninguém. Quando se observa os escritos antropológicos e históricos, não podemos deixar de observar que, em muitos casos, o comportamento sexual do homem é orientado política e economicamente obedecendo então os interesses do estado. Um exemplo disso é que alguns historiadores comentam que em Israel, a homossexualidade e a prostituição tiveram seus períodos de intensa ocorrência. Passado o período que a história chama de pagão, surge a igreja católica exercendo todo seu poder sobre os homens. Tanto a heterossexualidade como a homossexualidade são condenadas. Entretanto, diante do impulso sexual a igreja passa a "tolerar" a heterossexualidade, mas joga sobre a homossexualidade, toda a sua indignação. Os castigos para os atos homossexuais na idade média eram duros. Apesar disso o homossexual era considerado apenas um perverso. No final do século XVIII, o homossexual se torna um monstro, um anormal. Era considerado uma ofensa à criação, uma figura diabólica. A igreja estava pronta a insistir nisso. Esse é também o primeiro período em que se dá uma homossexualidade autônoma e isto ocorre sob o signo da feminilidade. Essa anomalia fazia do homossexual alguém mais exposto ao pecado e mais capaz de seduzir. Era alguém com capacidade para se aproximar dos demais e arrasta-los para o pecado. Muitos países tinham pena de morte para a homossexualidade. Na França, quando Proust publica "Em busca do tempo perdido", onde escreve sobre a questão intrínseca da homossexualidade, ou seja, essa condição era um destino do qual os homossexuais não podiam escapar, houve uma reação social favorável. O fato de não serem perversos, mas vítima de uma condição, absolvia-os da responsabilidade moral. Era uma perspectiva triste, mas oferecia alguma proteção contra os progandistas puristas. Hoje talvez seja mais fácil para nós compreendermos os direitos individuais. Entender que o respeito a eles é fundamental para a qualidade de vida. Talvez seja a única forma de eliminarmos o preconceito e tornar melhor a vida em sociedade. Homossexualidade não é uma doença e, portanto, não é contagiosa. O nosso preconceito sim, esse é contagioso e destrói. Não devemos esquecer que um homem tem inúmeros papéis em sua vida. Ele é filho, irmão, sobrinho, neto, cunhado, empregado, namorado, aluno, amigo, tem dons intelectuais ou manuais, pode ser homo ou hetero sexual. Não se pode avaliar um homem ou mulher apenas por uma de suas características sob pena de perdermos o melhor que ele (a) tem para nos oferecer.

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