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19 de mar. de 2010

gabaritomonera

GABARITO

1) Resolução
a) Na primeira, reação de análise; na segunda, reação de síntese.
b) Ele refere-se à respiração
c) A segunda
2) Os seres vivos são formados de uma ou mais células; têm metabolismo próprio; são capazes de reproduzir-se e de sofrer mutação; são excitáveis, ou seja, podem responder a estímulos físicos ou químicos do ambiente.
3) D
4) B
5) A
6) C
7) E
8) C
9) B
10) B
11) A
12) A
13) C
14) C
15) C
16) A

REINO MONERA - EXERCÍCIOS

Exercícios
Questão 1
Analise as equações:
1) glicose + oxigênio --> água + gás carbônico +ATP

2) aminoácido + n aminoácidos --> polipeptídeo + água
a) Que tipos de reação química estão indicados nas equações?
b) A que processo metabólico específico se refe-re a primeira equação?
c) Qual das equações indica anabolismo?

2. Quais são as propriedades comuns a todos os
seres vivos, excetuando-se os vírus?

3.(Fuvest-SP) O organismo A é um parasita intracelular constituído por uma cápsula protéica que envolve a molécula de ácido nucléico. O organismo B tem uma membrana lipoprotéica revestida por uma parede rica em polissacarídeos que envolve um citoplasma, onde se encontra seu material genético, constituído por uma molécula circular de DNA. Esses organismos são respectivamente:

a) uma bactéria e um vírus.
b) um vírus e um fungo.
c) uma bactéria e um fungo.
d) um vírus e uma bactéria.
e) um vírus e um protozoário.

4 2.(PUC-SP) Considere os seguintes componentes celulares:

(1) membrana plasmática;
(2) cariotéca;
(3) cromossomos;
(4) hialoplasma;
(5) ribossomos;
(6) retículo endoplasmático;
(7) mitocôndrias;
(8) cloroplastos;

Dentre as alternativas seguintes, assinale a que tiver a seqüência representativa de estruturas ausentes em bactérias:
a) 1-2-7-8
b) 2-6-7-8
c) 2-3-5-6
d) 3-6-7-8
e) 5-6-7-8

5 .(Fatec-SP) Um organismo unicelular, sem núcleo diferenciado, causador de infecção em ratos provavelmente será:

a) uma bactéria.
b) uma alga.
c) um vírus.
d) um fungo.
e) um protozoário.

6 .(FSJT-SP) Na célula bacteriana (procarionte) falta:

a) mesossomo.
b) membrana plasmática.
c) complexo de Golgi.
d) parede celular.
e) cromatina.

7 .(Fuvest-SP) A bactéria não possui:

a) membrana plasmática.
b) ribossomos.
c) parede celular.
d) DNA.
e) carioteca.

8 (MACK-SP)A meningite meningocócica, cuja profilaxia, principalmente entre escolares, se fez com vacinas conhecidas como ‘tipo A’ e ‘tipo C’, é uma infecção causado:
a) somente por vírus.
b) por bactérias formadas por bastão ou bacilos.
c) por bactérias de forma esférica.
d) por vírus e bactérias.
e) por vírus e riquétsias

9 .(UFMG)Em que alternativa as duas características são comuns a todos os indivíduos do reino Monera?
a) Ausência de núcleo e presença de clorofila.
b) Ausência de carioteca e presença de síntese protéica.
c)
Incapacidade de síntese protéica e parasitas exclusivos.
d) Presença de um só tipo de ácido nucléico e ausência de clorofila.
e) Ausência de membrana plasmática e presença de DNA e RNA.

10 .(UFRJ) Numere a Segunda coluna de acordo com a primeira e de pois assinale a alternativa que contenha a sequência correta:

colunaI
(1) bacilos
(2) estreptococos
(3) estafilococos
(4) tétrades
(5) sarcina
(6) espirilos

colunaII
( ) cocos em grupos densos
( ) cocos em grupos aproximadamente cúbicos
( ) cocos em fileira
( ) filamentos helicoidais
( ) bastonete reto em geral de 1 a 15 micra
( ) cocos em grupo de quatro

a) 3-2-5-6-1-4
b) 3-5-2-6-1-4
c) 3-5-2-1-6-4
d) 3-5-2-6-4-1
e) 3-5-1-2-4-6

11 .(UFES) Bactérias causadoras de infecção e que são vistas ao microscópio como grupamento de glóbulos em cacho certamente são:
a) estafilococos.
b) estreptococos.
c) diplococos.
d) micrococos.
e) bacilos.

12.(MACK-SP) Em relação a morfologia, as bactérias com formas esféricas, de bastão, em cacho de uva e em colar denominam-se, respectivamente:

a) cocos, bacilos, estafilococos, estreptococos.
b) bacilos, cocos estafilococos, estreptococos.
c) cocos, bacilos, estreptococos, estafilococos.
d) bacilos, cocos, estreptococos, estafilococos.
e) estreptococos, estafilococos, bacilos, cocos.

13.(FCMS-SP) Bacilos são:
a) vírus em forma de bastonete.
b) bactérias esféricas, agregadas em fio.
c) bactérias em forma de bastonete.
d) hifas de fungos do grupo dos basidiomicetos.
e) fungos unicelulares e de forma alongada.

14 .(FCMS-SP) O principal tipo de reprodução das bactérias é:

a) a harmogogia.
b) o brotamento.
c) a cissipariedade.
d) a segmentação.
e) a isogamia.

15.(PUC-RJ) Muitas doenças humanas são produzidas por vírus. Marque da relação seguinte a única de origem bacteriana:

a) gripe
b) caxumba
c) tétano
d) sarampo
e) varíola

16 .(UFOP-MG) O microrganismo Vibrio cholerae, causador de um quadro de diarréia intensa conhecida como cólera, é um tipo de organismo unicelular.
Assinale a alternativa que identifica corretamente o tipo de organismo e o reino ao qual pertence:

a) Bacteria-Monera
b) Bacteria-Protista
c) Protozoário-protista
d) Vírus-Monera
e) Vírus-Protista

Fibras Alimentares


Fibras para o seu Intestino!
As fibras alimentares têm ocupado uma posição de destaque devido aos resultados divulgados em estudos científicos recentes que demonstram a ação benéfica desses nutrientes no organismo e, a relação entre o seu consumo em quantidades adequadas e a prevenção de doenças.

Um dado preocupante, quando se analisa o hábito alimentar da população brasileira, é que em geral, verifica-se uma baixa ingestão de alimentos fontes de fibras, principalmente nos grandes centros urbanos onde a correria do dia-a-dia influencia de forma negativa no estilo de vida das pessoas contribuindo para o maior consumo de produtos refinados, menor freqüência de alimentos naturais na dieta e a substituição de refeições caseiras por lanches rápidos, na maioria das vezes gordurosos e desbalanceados.

A presença de fibras em quantidades insuficientes na alimentação, por um período longo de tempo, pode contribuir para o aparecimento de doenças crônicas, como: constipação ou obstipação intestinal ("prisão de ventre"), doenças cardiovasculares e câncer de intestino. O aumento na ocorrência das doenças citadas justifica a importância de se atingir a recomendação diária de fibras (25 a 30 gramas para um adulto saudável) com o objetivo de reduzir os riscos de desenvolver tais patologias.

As indústrias de alimentos, aproveitando a oportunidade, invadiu as prateleiras dos supermercados com vários produtos enriquecidos em fibras, visando atender à demanda crescente de indivíduos interessados em resgatar hábitos saudáveis. Ao se deparar com um número grande de produtos, é comum surgirem dúvidas, como: O que escolher? Por que devo aumentar a ingestão de fibras na alimentação? Como posso obter a quantidade diária de fibras recomendada através do consumo de alimentos naturais?

Para você entender melhor o assunto, vamos começar com a definição de fibras! As fibras alimentares são componentes das paredes dos vegetais, não digeridos pelas enzimas do sistema digestivo humano, portanto não fornecem calorias. Esses nutrientes pertencem ao grupo dos carboidratos, encaixando-se na categoria dos polissacarídeos (carboidratos complexos).

Veja na tabela abaixo, um resumo que traz os tipos de fibras, as melhores fontes alimentares e suas principais ações no organismo:

Classificação Tipos Fontes Ações
Fibras Solúveis Pectina Gomas Mucilagem Beta glucana Hemiceluloses (algumas) Frutas Verduras Aveia Cevada Leguminosas (feijão, lentilha, soja, grão de bico) · Retardo na absorção de glicose
· Redução no esvaziamento gástrico (maior saciedade)
· Diminuição dos níveis de colesterol sangüíneo
· Proteção contra o câncer de intestino
Fibras Insolúveis Lignina Celulose Hemiceluloses (maioria) Verduras Farelo de trigo Cereais integrais (arroz, pão, torrada) · Aumento do bolo fecal
· Estímulo ao bom funcionamento intestinal
· Prevenção de constipação intestinal

Entretanto, apesar da ação benéfica das fibras no organismo, altas doses é desaconselhável, pois o excesso pode interferir negativamente na absorção de minerais, especialmente na de cálcio e de zinco.

Para aumentar o consumo de fibras, inclua gradativamente em sua dieta, as fontes alimentares mencionadas nas tabelas. Lembre-se também de ingerir maior volume de líquidos (8 a 10 copos por dia), permitindo assim que as fibras desempenhem melhor seu papel e que o sistema digestivo se adapte à nova situação.



Fonte: www1.uol.com.br

CROMOSSOMOS











Conceito
Cromossomos (Kroma=cor, soma=corpo) são filamentos espiralados de cromatina, existente no suco nuclear de todas as células, que coram intensivamente com uso de corante citológico(carmin acético, orceína acética, reativo de Schiff), composto por DNA e proteínas, sendo observável à microcopia de luz durante a divisão celular.

Constituição
Em células em intérfase não se observama microscopia de luz, os cromossomos individualizados. Percebe-se no núcleo apenas o conjunto dos cromossomos formando uma massa denominada cromatina. A cromatina é constituída de nucleoproteínas (RNA e DNA em maior parte), além de proteínas globulares, fosfatídeos e elementos minerais tais como cálcio e magnésio. Ela pode se apresentar sob a forma de eucromatina ou de heterocromatina. A heterocromatina é a parte mais condensada e de maior coloração por corantes básicos em núcleos interfásicos, entretanto parece estar relacionada com menor atividade gênica.

DNA
O DNA, constituinte fundamental do cromossomo, é formado por bases nitrogenadas, entre elas as purinas, representadas pela adenina e guanina, e pelas piridimindas, representadas pela citosina e timina. No mRNA e timina é substituída pela uracila. A molécula de DNA é uma hélice dupla helicóidal, em que o filamento externo é constituído por fósforo e açúcar e a parte mais interna pelas ligação por pontes duplas de hidrogênio entre adenina e guanina e triplas entre citosina e timina.

DNA-Histonas
Outro aspecto importante é a associação entre DNA e histonas. As histonas formam um complexo juntamente com os grupos fosfatados do DNA carregados negativamente. As histonas são carregadas positivamente, sendo conhecidas por "proteínas básicas". As cargas positivas são fornecidas por uma alta proporção de aminoácidos lisina e arginina. Algumas histonas são denominadas "ricas em lisina" e outras "ricas em arginina". Em geral são encontradas somente nos organismos em que a diferenciação celular ocorre (eucariotas). São distinguidas, em função da proporção lisina/arginina, cinco diferentes tipos de histonas (H1, 2 H2A, 2 H2B e 2 H3). A complexação das histonas além de causar um aumento do diâmetro do DNA, de cerca de 20 a 30 angstron, muda também as propriedades físicas do DNA. A temperatura de fusão (temperatura na qual os fios de DNA mudam da forma de hélice dupla regular para a forma de fio simples, é bastante aumentada.

Propriedades
Se autoreproduzem durante as divisões nucleares conservando suas propriedades morfológicas e fisiológicas.

São entidades permanentes no núcleo. Células em condições de inanição apresentam numero de cromossomos constante.

Absorvem luz ultra-violeta ( 2600 Å)

Nos diplóides, cada cromossomo tem seu homólogo.

Estrutura
Em sua estrutura, o cromossomo apresenta a unidade estrutural filamentosa de DNA que se apresenta em forma de espiral, sendo envolvido por uma substância protéica denominada matriz. Destacam-se as seguintes partes:

Cromômeros- A cromatina não é um filamento uniforme, mas apresenta em toda sua extensão engrossamentos bastante irregulares com aspectos de granulações (Cromômeros). Seu tamanho e localização são constantes para cada cromossomo. Cromatídeos - É o resultado da divisão longitudinal do cromossomo durante a divisão celular. Centrômero- Constrição primária que divide o cromossomo em dois braços e influi no movimento durante a divisão celular. Comumente há um centrômero por cromossomo mas existem organismos dicêntricos ou policêntricos. Satélite - Porção terminal de material cromossômico separado do cromossomo por uma constrição secundária. Zona SAT - Região relacionada com a formação do nucléolo durante a telófase. O estudo da morfologia dos cromossomos por fixação e coloração básica é mais fácil durante a metáfase e anáfase da divisão celular, pois os filamentos apresentam-se mais compactos e condensados.

Tamanho e Posição do Centrômero
Os cromossomos se distinguem quanto ao tamanho, classificando-se como longos ( > 10 µM), médios (4-8 µM) e curtos (< endomitose =" multiplicação" 6x =" 42)," 2x="46" 2x="8" 6x =" 42" n =" 23" n =" 4" n =" 21" x ="23" x =" 4" x =" 7">

CÉLULA ANIMAL


As células são os menores e mais simples componentes do corpo humano. A maioria das células são tão pequenas, que é necessário juntar milhares para cobrir a área de um centímetro quadrado. As unidades de medida são o macrômetro (µm), o nanômetro (nm) e o angstron (Å).

Células - rins, pele e fígado (30 µm em média); hemácias (entre 5 µm e 7µm).
Óvulo - 0,1 mm.

Citologia
O termo célula (do grego kytos = cela; do latim cella = espaço vazio), foi usado pela primeira vez por Robert Hooke (em 1655) para descrever suas investigações sobre a constituição da cortiça analisada através de lentes de aumento. A teoria celular, porém, só foi formulada em 1839 por Schleiden e Schwann, onde concluíram que todo ser vivo é constituído por unidades fundamentais: as células. Assim, desenvolveu-se a citologia (ciência que estuda as células), importante ramo da Biologia. As células provêm de outras preexistentes. As reações metabólicas do organismo ocorrem nas células.

Componentes químicos da célula
Água - É 70% do volume celular; dissolve e transporta materiais na célula; participa de inúmeras reações bioquímicas.

Sais minerais - São reguladores químicos.

Carboidratos - Compostos orgânicos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio. Exemplos: monossacarídeos (glicose e frutose); dissacarídeos (sacarose, lactose e maltose); polissacarídeos (amido, glicogênio e celulose). Que tem a função de fornecer energia através das oxidações e participação em algumas estruturas celulares.

Lipídios - Compostos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio; insolúveis em água e solúveis em éter, acetona e clorofórmio. Exemplos: lipídios simples (óleos, gorduras e cera) e lipídios complexos (fosfolipídios). Tem participação celular e fornecimento de energia através de oxidação.

Proteínas - Compostos formados por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que constituem polipeptídios (cadeias de aminoácidos). Exemplo: Albumina, globulina, hemoglobina etc. Sua função, é na participação da estrutura celular, na defesa (anticorpos), no transporte de íons e moléculas e na catalisação de reações químicas.

Ácidos Nucléicos - Compostos constituídos por cadeias de nucleotídeos; cada nucleotídeo é formado por uma base nitrogenada (adenina, guanina, citosina, timina e uracila), um açúcar (ribose e desoxirribose) e um ácido fosfórico.

Ácido Desoxirribonucléico (DNA) - Molécula em forma de hélice formada por duas cadeias complementares de nucleotídeos. O DNA é responsável pela transmissão hereditária das características.

Ácido Ribonucléico (RNA) - Molécula formada por cadeia simples de nucleotídeos. O RNA controla a síntese de proteínas.

Trifosfato de Adenosina (ATP) - Tipo especial de nucleotídeo, formado por adenina, ribose e três fosfatos. Tem a função de armazenar energia nas ligações fosfato.

Membrana Celular
A membrana celular é semipermeável e seletiva; transporta materiais passiva ou ativamente.

Transporte Passivo - Difusão no sentido dos gradientes de concentração, sem gasto de energia. Como no transporte de glicose.

Transporte Ativo - Movimentação contra gradientes de concentração, com gasto de energia. Exemplo: bomba de sódio, que concentra K+ mais dentro que fora da célula e Na+ mais fora que dentro.

Transporte Facilitado - Proteínas transportadoras ou permeases modificam a permeabilidade da membrana; ocorre tanto passiva quanto ativamente.


Célula Animal

ORGANIZAÇÃO DO CITOPLASMA CELULAR
Citoplasma Fundamental
Hialoplasma - colóide com 85% de água e proteínas solúveis e insolúveis (microfilamentos e microtúbulos); reversão de gel para sol e vice-versa.

Retículo Endoplasmático (RE)
Sistema de endomembranas que delimitam canais e vesículas.

RE rugoso - retículo endoplasmático associado a ribossomos; local de síntese de proteínas; também denominado RE granular.

RE liso - retículo endoplasmático sem ribossomos; local de síntese de lipídios e de carboidratos complexos; também denominado RE agranular.

Ribossomos
Grânulos de 15 a 25 nm de diâmetro, formados por duas subunidades; associam-se ao RE ou encontram-se livres no hialoplasma; são constituídos por proteínas e RNA ribossômico; ligam-se ao RNA mensageiro formando polirribossomos. Tem a função de síntese de proteínas.

Complexo de Golgi
Sistema de bolsas achatadas e empilhadas, de onde destacam-se as vesículas; pequenos conjuntos que são denominados dictiossomos. Armazenam substâncias produzidas pela célula.

Lisossomos
São pequenas vesículas que contêm enzimas digestivas; destacam-se do complexo de Golgi e juntam-se aos vacúolos digestivos. Fazem a digestão intracelular; em alguns casos, extracelular.

Peroxissomos
São pequenas vesículas que contêm peroxidase. Tem a função de decomposição de peróxido de hidrogênio (H2O2), subproduto de reações bioquímicas, altamente tóxico para a célula.

Vacúolos
São cavidades limitadas por membrana lipoprotéica. Os vacúolos podem ser digestivos, autofágicos ou pulsáteis.

Vacúolo Digestivo - As partículas englobadas são atacadas pelas enzimas lisossômicas, formando um fagossomo.

Vacúolo Autofágico - Digere partes da própria célula.

Vacúolo Pulsátil - Controla o excesso de água da célula; comum nos protozoários de água doce.

Centríolos ou Diplossomos
Organelas constituídas por dois cilindros perpendiculares um ao outro; cada cilindro é formado por nove trincas de microtúbulos; ausentes nas células dos vegetais superiores. Tem a função de orientação do processo de divisão celular.

Cílios e Flagelos
São expansões filiformes da superfície da célula; os cílios são curtos e geralmente numerosos; os flagelos são longos e em pequeno número. São formados por nove pares periféricos de microtúbulos e um par central; o corpúsculo basal, inserido no citoplasma, é idêntico aos centríolos. Tem a função de movimentação da célula ou do meio líquido.

Mitocôndrias
São organelas ovóides ou em bastonete, formadas por uma dupla membrana lipoprotéica e uma matriz. A membrana externa é contínua e a interna forma as cristas mitocondriais. Nestas, prendem-se as partículas mitocondriais, constituídas por enzimas respiratórias: NAD, FAD e citocromos. Possuem DNA, sintetizam proteínas específicas e se auto-reproduzem. Produz energia na célula, sob forma de ATP.

Célula e Energia (Respiração Celular)
O que é a respiração celular?
Obtenção de energia pela oxidação de moléculas orgânicas, principalmente glicose.
Equação geral da respiração:

C6H12O6 + 6O2 -> 6CO2 + 6H2O + energia

glicose + oxigênio -> gás carbônico + água + energia

Fonte: www.escolavesper.com.br

TRANSGÊNICOS

TRANSGÊNICOS
Você sabe o que são OGM's? Organismos geneticamente modificados. São seres, de qualquer grupo de classificação, que tiveram seu genoma modificado no sentido de acrescentar-se ou suprimir genes objetivando o aparecimento ou desaparecimento de alguma característica.
Parece ficção mais é a mais pura realidade. No caso das plantas os objetivos da manipulação genética podem ser a melhora do valor nutritivo, o maior tempo de amadurecimento levando a um período maior de conservação e aumento da resistência do cultivar ao uso de inseticidas.
A manipulação gênica de alimentos é hoje um processo irreversível. Para se ter uma idéia, em 1990 não havia lavouras comerciais de soja transgênica. Já em 1998, a área cultivada superou os 28 milhões de hectares em todo o mundo e até o fim de 2000 essa área será de mais de 40 milhões de hectares. Os principais cultivos de transgênicos hoje são de soja, milho, algodão e batata. Entretanto, já existem no mercado, ou em fase de testes, alimentos transgênicos como banana, brócolis, café, cenoura, melão, morango e trigo. Os Estados Unidos lideram em termos de área cultivada, 74% seguidos da Argentina com 15% e Canadá com 10%. No Brasil, a EMBRAPA, com sede em Brasília, estuda os transgênicos desde 1981. O primeiro projeto introduziu genes da castanha-do-pará no feijão para aumentar seu valor nutricional em um projeto conhecido como Feijão Maravilha. Hoje a EMBRAPA trabalha com soja, banana, algodão, abacaxi, batata, entre outros.
Os produtos modificados geneticamente estão no prato de 2,5 bilhões de pessoas no mundo. Alguns produtos modificados geneticamente que possuem soja transgênica que você pode estar consumindo são: sorvetes, achocolatados, salsichas, balas, chocolates, biscoitos, coberturas de sorvetes, cereais, bebidas com soja, queijos com leite de soja, carne de soja, leite em pó, alimentos para bebês. Alguns produtos que podem conter milho transgênicos são: sucrilhos, pipoca, óleo de milho e com tomate transgênico o catchup, molhos e sucos.
Hoje a discussão sobre os transgênicos não é apenas biológica. É também ética e econômica. Para o atual presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Renan Proença "a discussão sobre os organismos geneticamente modificados não pode restringir-se ao campo ideológico ou do puro palpite. A agricultura de hoje é muito poluidora e a biotecnologia tem como uma das funções resolver esse problema". Para ele a engenharia genética "é uma conquista para incrementar o progresso humano e não um monstro que deve ser combatido como um inimigo".
Como todos sabem a Genética tem evoluído muito nos últimos anos. Avanços como a clonagem da ovelha Dolly e recentemente o sucesso da codificação do genoma humano e de vários outros seres como o do bactéria causadora do amarelinho em laranjeiras e o do cólera abriram uma nova perspectiva no estudo e manipulação dos genes. Essa não é uma história recente, há muito tempo o homem vem manipulando geneticamente vários seres.
Estaremos correndo algum risco com os transgênicos?
Levamos cerca de 35 anos para descobrir que o gás CFC é extremamente prejudicial para a camada de ozônio. Em 1947 quando se iniciou o uso do DDT em lavouras, só se conheciam seus efeitos positivos. Foram necessários 20 anos para que os malefícios à saúde humana pudessem ser comprovados. A pergunta acima ainda não tem resposta. Existem poucos estudos no sentido de provar a neutralidade dos transgênicos para a saúde do homem e para o ambiente, ao contrário dos estudos para a produção dos mesmos. Sendo assim, os prováveis efeitos a longo prazo da transgênica permanecem uma incógnita. A DuPont investiu cerca de 10 milhões de dólares para lançar a soja Optium, com menor teor de gordura saturada, mais sabor e adequada à fritura. Espera-se um retorno de mais de 500 milhões de dólares nos próximos anos.
Um provável efeito dos alimentos modificados seria a alergia. Nos Estados Unidos cerca de 2,5 a 5 milhões de pessoas, a maioria de crianças, apresentam reações alérgicas associadas a uma soja transgênica. Esta possui genes da castanha-do-pará para aumentar o nível de methionina, aminoácido importante para as atividades cerebrais.
Outro possível efeito colateral dos vegetais transgênicos seria a migração horizontal do gene introduzido para ervas daninhas ou outras culturas agrícolas plantadas na vizinhança. Em uma área de cultivo, a soja modificada, mais resistente ao herbicida poderia transferir o gene da resistência a outras plantas e causar desequilíbrios ecológicos com conseqüências imprevisíveis.
Outra questão fundamental acerca dos transgênicos gira em torno da biossegurança. A toxicidade ambiental ou humana não é facilmente definida porque ainda está em estágio inicial de desenvolvimento. A soja Roundup ready, produzida pela multinacional Monsanto, foi alterada geneticamente para resistir a aplicação de herbicidas aplicados contra as ervas daninhas que crescem no mesmo cultivo. Assim, mesmo impregnada de produtos químicos ela tem garantida sua produtividade. Imagine os riscos ambientais do aumento do uso de agrotóxicos. O conhecimento humano sobre substâncias químicas é muito limitado. Um ser vivo possui inúmeros processos bioquímicos que podem ser influenciados a médio ou longo prazo e das formas mais variadas.
Cientistas do mundo todo alertam sobre a falta de dados científicos capazes de certificar a segurança dos alimentos transgênicos para o ambiente e para a saúde do homem. Depois dos estudos com as larvas da borboleta Monarca, agora é a vez das cotovias. Em um estudo teórico os pesquisadores da Escola de Ciências Ambientais e Biológicas da Universidade de East Anglia (Reino Unido) criaram um modelo de computador que simula o ambiente de campos cultivados com beterrabas geneticamente modificadas resistentes a herbicida. As outras espécies modeladas no estudo são a erva daninha ancarinha branca (Chenopodium album) e a cotovia (Alauda arvensis). A conclusão é que, com a adoção da beterraba transgênica, a pulverização diminuirá a população de ancarinhas e, indiretamente, a de cotovias, que se alimentam das sementes da erva, isso dependendo do manuseio do solo.
O uso de plantas geneticamente modificadas para resistir ao ataque de ervas daninhas pode prejudicar as aves - não porque as mudanças genéticas sejam danosas a eles, mas porque matar as ervas significa menos alimento para esses animais. Em Norwich (Reino Unido), algumas das fazendas onde esses vegetais são empregados registraram uma queda de até 90% na quantidade de ervas - ótima notícia para os fazendeiros, mas péssima para aves famintas. Mais uma vez é preciso reforçar que esse é um estudo teórico, que deve ser usado como uma ferramenta a mais para a análise dos efeitos das culturas geneticamente modificadas para o ambiente e para o homem.
Outro aspecto a ser analisado é que apenas 10 países respondem por 84% dos recursos para pesquisa e desenvolvimento no mundo e controlam 95% das patentes. Pessoas ou empresas de países industrializados detém os diretos sobre 80% das patentes concedidas nos países subdesenvolvidos. Quais seriam os efeitos de tamanha dependência nesse setor? Como ficariam as populações de países em desenvolvimento que não podem pagar o preço dessa nova tecnologia? Por que embarcar em uma tecnologia que sequer provou apresentar vantagens em termos produtivos sobre as atuais? Uma tecnologia que "nasce" em um meio de tantas divergências?
Diante de tanta incerteza não há como predizer se os efeitos da ampla adoção de seres geneticamente modificados serão benéficos ou maléficos, principalmente para as futuras gerações.

Clonagem

Clonagem
O que é Clonagem?
R.: A palavra clone, para identificar indivíduos idênticos geneticamente, foi introduzida na língua inglesa no início do século XX. A sua origem etimológica é da palavra grega klon, que quer dizer broto de um vegetal. A clonagem é uma forma de reprodução assexuada que existe naturalmente em organismos unicelulares e em plantas. Este processo reprodutivo se baseia apenas em um único patrimônio genético. Nos animais ocorre naturalmente quando surgem gêmeos univitelinos. Neste caso ambos novos indivíduos gerados tem o mesmo patrimônio genético. A geração de um novo animal a partir de um outro pré-existente ocorre apenas artificialmente em laboratório Os indivíduos resultantes deste processo terão as mesmas características genéticas cromossômicas do indivíduo doador, ou também denominado de original.

A Clonagem é um processo artificial?
R.: Na verdade, há organismos na natureza que se reproduzem assexuadamente, como bactérias, leveduras e protozoários, gerando descendentes geneticamente idênticos; eles apresentam, portanto, processos de clonagem. No entanto, alguns seres mais complexos também apresentam clonagem, como certos moluscos e crustáceos. Enquanto muitas das espécies que apresentam exclusivamente reprodução assexuada correm maior risco de extinção, diante de mudanças que possam ocorrer no ambiente, a reprodução sexuada que acontece na natureza aumenta a variabilidade genética de tantas outras. Há espécies que apresentam uma curiosa forma de reprodução, conhecida como partenogênese, em que um óvulo se desenvolve em um novo indivíduo, sem ter ocorrido fecundação. É o caso da espécie de crustáceo Artemia parthenogenetica, que tem sobrevivido por no mínimo 30 milhões de anos, mesmo tendo essa forma de reprodução. O pulgão de planta, ou afídio, reproduz-se por partenogênese freqüentemente e apenas em algumas gerações se reproduz sexualmente. Talvez, um dia, a humanidade venha a ter esse padrão reprodutivo.

Gêmeos idênticos constituem um clone?
R.: Eles apresentam a mesma carga genética, sendo, teoricamente, um clone. No entanto, as características dos indivíduos dependem do ambiente em que são criados e também de como se processa sua gestação no útero. Durante o desenvolvimento embrionário, o indivíduo é exposto, no útero, a uma série de fatores relacionados com o organismo da mãe e que estão sujeitos a grandes variações, como nutrição, ingestão de álcool, uso de drogas e mesmo um eventual "estresse hormonal". Tudo isso pode influenciar o desenvolvimento físico e mental do novo indivíduo. Assim, gêmeos idênticos, apesar de terem a mesma carga genética, podem se tornar diferentes em alguns aspectos, caso eles tenham sido gerados em úteros diferentes, como, por exemplo, os bebês de proveta.

A clonagem pode ajudar em transplantes?
R.: No futuro, uma pessoa poderia utilizar um clone seu para o fornecimento de "peças sobressalentes"? Mas esse procedimento envolveria uma série de aspectos éticos, visto que o clone seria um ser humano como outro qualquer e poderia não estar disposto a agir, em vida, como um doador de órgãos. Há também dificuldades técnicas, pois seria necessário esperar alguns anos até que os órgãos do clone estivessem suficientemente maduros para se efetuar o transplante. Além disso, ainda não teríamos certeza de que os problemas de rejeição seriam inteiramente eliminados. Por outro lado, na área de transplantes está ocorrendo um rápido progresso, com o esclarecimento dos mecanismos de rejeição de tecidos e na busca de soluções. Assim, antes que as técnicas de clonagem tornem disponível o coração de um clone para transplante, é mais provável que pessoas necessitadas recebam, sem problemas de rejeição, o coração de um porco.

Seria possível clonar apenas órgãos isolados?
R.: Teoricamente, sim, mas ninguém está nem mesmo perto de saber como. O nascimento de Dolly mostrou que é possível reprogramar a célula de um adulto (ou no mínimo seu genoma) de forma que ele comece a se desenvolver novamente. Isso significa que um dia poderá ser possível reprogramar células da pele ou do sangue, para que elas cresçam em tecidos e órgãos "sobressalentes" em vez de organismos inteiros. Mas os obstáculos técnicos serão enormes.

É possível criar homens Superinteligentes?
R.: Possivelmente sim, embora não se saiba ainda o suficiente sobre genética humana para "melhorar" as pessoas. O aprimoramento genético de seres vivos é algo que se faz há muito tempo, bem antes da descoberta das técnicas de clonagem: um cavalo puro sangue, por exemplo, é essencialmente resultante de um processo de melhoramento genético. Até agora, devido a essas e outras preocupações éticas, os geneticistas estão concentrados em encontrar as causas das doenças genéticas e sua cura.

Quais os perigos da clonagem?
R.: Experiências com cinco espécies de mamíferos já clonadas mostraram que as chances de sucesso são baixas. A grande maioria das gestações envolvendo clones se desenvolveram muito mal. Na maior parte, os clones morreram, e em quase todas havia risco de vida para a mãe e o bebê. Em muitos dos casos os clones cresceram mais do que o normal, ameaçando romper o útero, que também ficou inchado com a quantidade de líquidos. Quase todas as grávidas de clones sofreram abortos espontâneos. A ovelha Dolly, o primeiro clone de um mamífero, foi o primeiro sucesso depois de 247 gestações.

Quais as perspectivas para um clone humano?
R.: Do número mínimo (pouco mais de 1%) de clones animais que sobreviveram ao período de gestação, a maioria tem anomalias: mal funcionamento do fígado, anomalias venosas e problemas cardíacos, pulmões atrofiados, diabetes, deficiências no sistema imunológico e possíveis defeitos genéticos não identificados. Várias das vacas clonadas sofreram deformidades na cabeça e nenhuma sobreviveu por muito tempo. Mas alguns pesquisadores alegam que têm como fazer um "controle de qualidade" de embriões, escolhendo apenas os "saudáveis". No atual estágio das pesquisas, acredita-se que nenhum processo de seleção seja seguro. Normalmente, os bebês são formados pela união dos genes do óvulo e do espermatozóide. Os genes são "impressos" - um processo pouco compreendido, mas que evita confusão genética entre genes parecidos do pai e da mãe. Há provas de que nos clones esta "impressão" não funciona bem. No momento não há como detectar este problema num embrião.

Quais as conseqüências a longo prazo?
R.: Sabe-se muito pouco sobre as conseqüências a longo prazo. Há algumas evidências de que os clones provavelmente não viveriam tanto como os animais concebidos da maneira convencional, e de que eles podem ter problemas de saúde.

A criança seria uma cópia exata do pai/mãe genético?
R.: Não. No campo genético, o clone seria 99,9% igual ao doador do DNA. Ele não seria uma cópia exata porque há alguns genes importantes que seriam fornecidos pelo doador do óvulo. Esses genes ficam do lado de fora do núcleo do óvulo. Além disso, o clone estaria sujeito a fatores ambientais diferentes e a uma criação diferente de seu pai ou mãe genético. Isso poderia resultar em personalidade e aparência diferentes.

Como a clonagem pode ser alcançada?
R.: O modelo é a ovelha Dolly, clonada por cientistas britânicos em 1997. Apesar da tecnologia ter sido aplicada a vários animais, ela ainda não é desenvolvida o suficiente e os mecanismos envolvidos são pouco conhecidos. O processo envolve a remoção do DNA do núcleo de um óvulo da mãe. Este material genético é então substituído pelo DNA retirado de uma célula do pai - talvez da pele. Uma descarga elétrica pode se usada na célula para que ela comece a se dividir, como qualquer embrião normal. O óvulo então é implantado no útero, num procedimento de rotina em clínicas de fertilidade. As técnicas usadas estão descritas detalhadamente em publicações científicas, mas ainda não se sabe muito sobre a tecnologia, e há perigos para a mãe e para o bebê.

Em que estágio estão as tentativas de clonar humanos?
R.: O especialista em fertilidade americano Panos Zavos e o embriologista italiano Severino Antinori estão no centro do acalorado debate sobre clonagem humana. Eles defendem a técnica como uma forma moralmente aceitável de ajudar casais com problemas de infertilidade a ter filhos. Os médicos afirmam que já têm mais de 1.500 casais interessados em se submeter ao tratamento, que poderia ser iniciado já nas próximas semanas. O plano provocou discussões morais sobre o procedimento e especialistas duvidam que os dois vão conseguir realizar a clonagem. Suspeita-se que outros cientistas estariam tentando clonar humanos, mas Zavos e Antinori são os "advogados públicos" da causa.

Em que local a 1ª clonagem humana poderá ser realizada?
R.: Apesar da clonagem humana ser contra a lei em vários países, nem todas as nações tomaram medidas para proibir especificamente a prática. No Brasil, o Conselho Nacional de Medicina tem uma norma ética proibindo o uso de embriões em pesquisas - o que em tese impede a clonagem humana - mas não há uma legislação específica a respeito. Na Grã-Bretanha a lei existe, mas permite o uso limitado de clonagem para o desenvolvimento de novas terapias celulares. Os Estados Unidos estão em processo de aprovar uma lei neste sentido. As autoridades médicas italianas estão considerando a cassação da licença médica do Dr. Antinori, se ele continuar as experiências. Ele já declarou que pode levar o processo adiante num país não identificado no Mediterrâneo, ou num barco, em águas internacionais, para evitar as restrições legais. Mas há pesquisadores Americanos que já estão bem avançados neste objetivo.

O Brasil já efetuou alguma clonagem?
R.: No dia 21 de março o Ministro da Agricultura e do Abastecimento, Marcus Vinícius Pratini de Morae, anunciou em Brasília, o nascimento do primeiro animal clonado brasileiro, a bezerra Vitória da raça Simental, nascida na Fazenda Sucupira, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária- Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura. As pesquisas em reprodução animal na Embrapa começaram em 1984, e são o resultado da tecnologia de transferência nuclear, a bezerra Vitória é resultado de núcleos transferidos de um embrião de cinco dias coletado de uma vaca Simental pela técnica de transferência de embriões clássica.

1ª Lei de Mendel

1) Em urtigas o caráter denteado das folhas domina o caráter liso. Numa experiência de polinização cruzada, foi obtido o seguinte resultado: 89 denteadas e 29 lisas. A provável fórmula genética dos cruzantes é:

a) Dd x dd
b) DD x dd
c) Dd x Dd
d) DD x Dd
e) DD x DD

2) Se um rato cinzento heterozigótico for cruzado com uma fêmea do mesmo genótipo e com ela tiver dezesseis descendentes, a proporção mais provável para os genótipos destes últimos deverá ser:

a) 4 Cc : 8 Cc : 4 cc
b) 4 CC : 8 Cc : 4 cc
c) 4 Cc : 8 cc : 4 CC
d) 4 cc : 8 CC : 4 Cc
e) 4 CC : 8 cc : 4 Cc

3) De um cruzamento de boninas, obteve-se uma linhagem constituída de 50 % de indivíduos com flores róseas e 50 % com flores vermelhas. Qual a provável fórmula genética dos paren-tais?

a) VV x BB
b) VB x VB
c) VB x VV
d) VB x BB
e) BB x BB

4) (PUCSP-83) Em relação à anomalia gênica autossômica recessiva albinismo, qual será a proporção de espermatozóides que conterá o gene A em um homem heterozigoto?

a) 1/2
b) 1/4
e) 1
c) 1/8
d) 1/3
e) 1

5) (UFC-CE-83) Olhos castanhos são dominantes sobre os olhos azuis. Um homem de olhos castanhos, filho de pai de olhos castanhos e mãe de olhos azuis, casa-se com uma mulher de olhos azuis. A probabilidade de que tenham um filho de olhos azuis é de:

a) 25%
b) 50%
c) 0%
d) 100%
e) 75%

6) (FEEQ-CE-79) O heredograma representado abaixo refere-se a uma família com casos de albinismo (anomalia que se caracteriza por total ausência do pigmento melanina na pele).

1 2

3 4 5 6 7

8

Baseando-se na genealogia, podemos afirmar:

a) O albinismo é um caráter dominante, sendo os indivíduos albinos todos homozigotos.
b) O albinismo é um caráter dominante, sendo os indivíduos albinos todos heterozigotos.
c) O albinismo é um caráter recessivo, sendo os indivíduos de números 2 e 6 ( no gráfico ) heterozigotos.
d) O albinismo é um caráter recessivo, sendo os indivíduos normais todos heterozigotos.
e) O albinismo é um caráter dominante porque o indivíduo de número 4 é albino e filho de pais normais.

7) (UFPR-83) Um retrocruzamento sempre significa:

a) cruzamento entre dois heterozigotos obtidos em F1.
b) cruzamento entre um heterozigoto obtido em F1 e o indivíduo dominante da geração P.
c) cruzamento de qualquer indivíduo de F2 com qualquer indivíduo de F1.
d) cruzamento entre um heterozigoto de F1 e o indivíduo reces-sivo da geração P.
e) cruzamento de dois indivíduos de F2.

8) Podemos dizer que o fenótipo de um indivíduo é dado por suas características:

a) unicamente morfológicas.
b) morfológicas e fisiológicas apenas.
c) estruturais, funcionais e comportamentais.
d) herdáveis e não herdáveis.
e) hereditárias

9) (Fac. Objetivo-SP) Em camundongos o genótipo aa é cinza; Aa é amarelo e AA morre no início do desenvolvimento embrionário. Que descendência se espera do cruzamento entre um macho amarelo com uma fêmea amarela?

a) 1/2 amarelos e 1/2 cinzentos
b) 2/3 amarelos e 1/3 cinzentos
c) 3/4 amarelos e 1/4 cinzentos
d) 2/3 amarelos e 1/3 amarelos
e) apenas amarelos

10) A 1ª lei de Mendel considera que:

a) os gametas são produzidos por um processo de divisão chamado meiose.
b) na mitose, os pares de fatores segregam-se independente-mente.
c) os gametas são puros, ou seja, apresentam apenas um componente de cada par de fatores considerado.
d) o gene recessivo se manifesta unicamente em homozigose.
e) a determinação do sexo se dá no momento da fecundação.

11) Um homem de aspecto exterior normal, casado com uma mulher normal, tem 11 filhos, todos normais. O seu irmão gêmeo, univitelino, tem 6 filhos normais e dois albinos. Qual o genótipo dos dois irmãos e das duas mulheres?

a) irmãos (Aa), 1ª mulher (AA) e 2ª mulher (Aa ou aa)
b) irmãos (AA e Aa), 1ª mulher (Aa) e 2ª mulher (Aa ou aa)
c) irmãos (AA), 1ª mulher (AA) e 2ª mulher (Aa ou aa)
d) irmãos (AA), 1ª mulher (AA ou Aa) e 2ª mulher (Aa)
e) irmãos (Aa), 1ª mulher (Aa) e 2ª mulher (AA)

12) Quando o heterozigoto apresenta um fenótipo intermediário entre os dois homozigotos, dizemos que houve:

a) mutação reversa
b) não-dominância ou co-dominância
c) recessividade
d) dominância
e) polialelia

13) Identifique entre as características mencionadas abaixo aquela que não é hereditária.

a) cor dos cabelos.
b) conformação dos olhos, nariz e boca.
c) cor dos olhos.
d) deformidade física acidental.
e) hemofilia.

14) (UFPA) Usando seus conhecimentos de probabilidade, Mendel chegou às seguintes conclusões, com exceção de uma delas. Indique-a:

a) Há fatores definidos (mais tarde chamados genes) que determinam as características hereditárias.
b) Uma planta possui dois alelos para cada caráter os quais podem ser iguais ou diferentes.
c) Os alelos se distribuem nos gametas sem se modificarem e com igual probabilidade.
d) Na fecundação, a união dos gametas se dá ao acaso, podendo-se prever as proporções dos vários tipos de descen-dentes.
e) Os fatores (genes) responsáveis pela herança dos caracteres estão localizados no interior do núcleo, em estruturas chamadas cromossomos.

15) O albinismo, a ausência total de pigmento é devido a um gene recessivo. Um homem e uma mulher planejam se casar e desejam saber qual a probabilidade de terem um filho albino. O que você lhes diria se ( a ) embora ambos tenham pigmentação normal, cada um tem um genitor albino; ( b ) o homem é um albino, a mulher é normal mas o pai dela é albino; ( c ) o homem é albino e na família da mulher não há albinos por muitas gerações. As respostas para estas três questões, na seqüência em que foram pedidas, são:

a) 50%; 50%; 100%
b) 25%; 50%; 0%
c) 100%; 50%; 0%
d) 0%; 25%; 100%
e) 25%; 100%; 10%

16) (UFBA) No heredograma a seguir, os símbolos em preto representam indivíduos afetados pela polidactilia e os símbolos em branco, indivíduos normais. Conclui-se, desse heredograma, que, em relação à polidactilia:












a) os indivíduos afetados sempre são homozigotos.
b) os indivíduos normais sempre são heterozigotos.
c) os indivíduos heterozigotos são apenas de um dos dois sexos.
d) pais normais originam indivíduos homozigotos recessivos.
e) pais normais originam individuos heterozigotos.

17) (PUC-SP) A determinação da cor do caju (vermelha ou amarela) é devida a um par de genes alelos. O gene dominante determina cor vermelha. Um cajueiro proveniente de semente heterozigota deverá produzir:

a) cajus vermelhos, vermelho-amarelados e amarelos, na proporção de 1:2:1.
b) cajus vermelhos e amarelos, na proporção de 3:1.
c) cajus vermelhos e amarelos, na proporção de 1:1.
d) apenas cajus amarelos.
e) apenas cajus vermelhos.

18) (F. OBJETIVO-SP-83) A genealogia anexa refere-se a uma família com casos de alcaptonúria, anomalia provocada por um gene recessivo.

1 2



3 4 5 6




7 8 9 10

Nesta genelalogia os genótipos que não podem ser determinados são os dos indivíduos:

a) 1, 2 e 5
b) 1, 3 e 6
c) 3, 5 e 6
d) 3, 8 e 10
e) 7, 8 e 10

19) (FUCMT-MS-83) Nos coelhos, a cor preta dos pêlos é dominante em relação à cor branca. Cruzaram-se coelhos pretos heterozigotos entre si e nasceram 360 filhotes. Destes, o número de heterozigotos provavelmente é:

a) zero
b) 90
c) 180
d) 270
e) 360

20) No monohibridismo com dominância intermediária (semidominância ou co-dominância), as proporções genotípicas e fenotípicas, em F2 , serão, respectivamente:

a) 3:1 e 1:2:1
b) 3:1 e 3:1
c) 1:2:1 e 3:1
d) 1:2:1 e 1:2:1
e) 1:3:1 e 3:2

21) (UECE) Um grupo de coelhos de mesmo genótipo foi mantido junto em uma gaiola e produziu 27 animais de coloração escura para 9 de coloração clara. Admitindo-se para C o gene dominante e c para o gene recessivo, qual o genótipo dos animais, respectivamente para machos e fêmeas?

a) CC x cc
b) Cc x CC
c) cc x cc
d) CC x CC

Interação Gênica

) (FUND. LUSÍADAS-SP) Todos os filhos de um casal são mulatos médios. Provavelmente esse casal é constituído por:

a) dois mulatos médios.
b) um mulato médio e um negro puro.
c) um mulato médio e um branco puro
d) um negro puro e um branco puro.
e) um mulato claro e um escuro.

2) (FATEC-SP) Pares de genes, com segregação independente, podem agir, conjuntamente, na determinação de uma mesma característica fenotípica. Este fenômemo é conhecido como:

a) interação gênica.
b) epistasia
c) herança quantitativa
d) poligenia
e) dominância completa.

3) (ACAFE-SC) Os fenótipos para a forma dos frutos da abóbora podem ser: discóide, esférica ou alongada.
A forma discóide dos frutos da abóbora é condicionada pelo genótipo A_B_; a forma alongada por aabb. Do cruzamento de abóboras discóides, ambas heterozigotas, espera-se que nas-çam:

a) somente abóboras discóides.
b) 50% AaBb e 50% aabb.
c) abóboras discóides, esféricas e alongadas.
d) 75% A_B_ e 25% a_B_.
e) somente abóboras discóides heterozigotas.

4) (UNIMEP-SP) Sabe-se que, de uma maneira geral, cada par de genes alelos determina uma única característica, porém há casos onde um mesmo par de genes, sob determinadas condições ambientais, determina dois ou mais caracteres. Este fenômeno é conhecido como:

a) epistasia.
b) genes aditivos.
c) interação gênica.
d) pleiotropia.
e) genes quantitativos.

5) (UNIFOR-CE) Na moranga, a cor dos frutos deve-se às seguintes combinações de genes:

B_aa = amarelo B_A_ = branco
bbA_ = branco bbaa = verde

Estas informações permitem concluir que o gene:

a) A é epistático sobre seu alelo.
b) B é epistático sobre A e sobre a.
c) a é hipostático em relação a A.
d) b é hipostático em relação a B.
e) A é epistático sobre B e sobre b.

6) (CESGRANRIO-RJ) Supondo-se que a cor da pele humana seja condicionada por apenas dois pares de genes autossômicos (A e B) dominantes, qual a probabilidade de um casal de mulatos médios, ambos com genótipo AaBb, ter um filho branco?

a) 1/16
b) 4/16
c) 5/16
d) 6/16
e) 8/16

7) (STA.CASA-SP) Admita que em certos animais de laboratório o gene A condicione cor preta de pelagem e seja dominante sobre o seu alelo a, que condiciona a cor marrom. O gene E não alelo de A, e localizado em diferente autossomo, condiciona cor branca de pelagem, em homozigose ou heterozigose, tendo pois efeito epistático sobre os genes A e a.
Um animal preto, filho de pais brancos, é retrocruzado com sua mãe e tem 20 descendentes com as três cores de pelagem citadas. Quantos devem ser brancos?

a) 2
b) 8
c) 10
d) 4

2ª Lei de Mendel

1) Uma planta que produz fruto vermelho e biloculado foi cruzada com outra de fruto amarelo e multiloculado, resultando 160 descendentes, assim distribuídos:

41 de frutos vermelhos biloculados
39 de frutos vermelhos multiloculados
38 de frutos amarelos biloculados
42 de frutos amarelos multiloculados.

Quais os fenótipos e genótipos dos tipos parentais?

a) fruto vermelho biloculado = AaMm; fruto amarelo multiloculado = aamm
b) fruto vermelho biloculado = AAMm; fruto amarelo multiloculado = aaMM
c) fruto vermelho biloculado = aamm; fruto amarelo multiloculado = AAMM
d) fruto vermelho biloculado = AaMM; fruto amarelo multiloculado = aamm
e) fruto vermelho biloculado = AaMm; fruto amarelo multiloculado = Aamm

2) (ACAFE-SC) De acordo com as leis de Mendel, indivíduos com genótipo:

a) AaBb produzem gametas A, B, a e b.
b) AaBB produzem gametas AB e aB.
c) Aa produzem gametas AA, Aa e aa.
d) AA produzem gametas AA.
e) AABB produzem dois tipos de gametas.

3) (UFPA) Na Drosophila melanogaster, a cor do corpo ébano é produzida por um gene recessivo (e) e o corpo de cor cinza, pelo seu alelo (E). A asa vestigial é produzida por um gene recessivo (v) e o tamanho normal da asa é determinado pelo seu alelo (V). Se moscas diíbridas são cruzadas entre si e produzem 256 indivíduos, quantas moscas desta progênie apresentarão o mesmo genótipo dos pais?

a) 144
b) 128
c) 64
d) 8
e) 16

4) (U.F.SE-SE) A proporção fenotípica encontrada na descendência do cruzamento entre indivíduos heterozigotos para dois caracteres com dominância completa é:

a) 3:1
b) 1:2:1
c) 9:4:3
d) 9:7
e) 9:3:3:1

5) (FEI-SP) Em Drosophila melanogaster, asa vestigial (curta) e corpo ébano (preto) são características determinadas por dois pares de gens recessivos v e e, respectivamente. Asa longa e corpo cinzento são características determinadas pelos gens dominantes V e F. Do cruzamento entre parentais surgiu, em F1, 25% de indivíduos de asa longa e corpo cinzento. O genótipo provável dos pais será:

a) VvEe X VvEe d) VvEe X vvee
b) VVEE X vvee e) VvEe X VVEE
c) vvee X vvee

6) (F.C.Chagas-BA) Sendo Aa, Bb e Cc três pares de gens com segregação independente, quantos tipos de gametas poderão ser formados por um indivíduo AA Bb Cc?

a) 3
b) 4
c) 6
d) 8
e) 12

7) Da autofecundação de uma planta heterozigota para dois pares de alelos independentes e com dominância completa em cada par, foram obtidos 192 descendentes. É esperado que nessa descendência devam existir aproximadamente:

a) 16 tipos diferentes de genótipos.
b) apenas indivíduos heterozigóticos.
c) 48 indivíduos homozigóticos para dois pares de genes.
d) 188 indivíduos heterozigóticos.
e) 144 indivíduos heterozigóticos para os dois pares de genes.

8) (FUVEST-SP) Um indivíduo heterozigoto quanto a dois pares de genes localizados em diferentes pares de cromossomos formará:

a) dois tipos de gameta na proporção 1:1.
b) dois tipos de gameta na proporção 3:1.
c) três tipos de gameta na proporção 1:2:1.
d) quatro tipos de gameta na proporção 1:1:1:1.
e) quatro tipos de gameta na proporção 9:3:3:1.

9) (FUVEST-SP) Em Drosophila melanogaster os alelos recessivos dumpy e ebony estão em cromossomos não homólogos. Do cruzamento entre indivíduos duplamente heterozigotos, a proporção
de indivíduos que apresentam ao mesmo tempo os fenótipos dumpy e ebony é:

a) 1/2.
b) 1/4.
c) 1/8.
d) 1/16.
e) 1/32.

Grupos Sangüíneos

1) (MED. ITAJUBÁ) Num banco de sangue foram selecionados os seguintes doadores: grupo AB - 5; grupo A - 8; grupo B - 3; grupo O - 12. O primeiro pedido de doação partiu de um hospital que tinha dois pacientes nas seguintes condições:
Paciente I: possui ambos os tipos de aglutininas no plasma.
Paciente II: possui apenas um tipo de antígeno nas hemáceas e aglutinina b no plasma.
Quantos doadores estavam disponíveis para os pacientes I e II, respectivamente?

a) 5 e 11
b) 12 e 12
c) 8 e 3
d) 12 e 20
e) 28 e 11

2) (UFPA) Uma mulher recebeu uma transfusão sangüínea. Seu primeiro filho nasce com eritroblastose fetal. Classifique, quanto ao grupo sangüíneo Rh , a mulher, seu marido, a criança e o sangue que a mulher recebeu na transfusão:

a) Rh-, Rh+, Rh-, Rh-
b) Rh-, Rh+, Rh+, Rh+
c) Rh-, Rh+, Rh-, Rh+
d) Rh-, Rh-, Rh+, Rh-
e) Rh+, Rh-, Rh-, Rh+

3) (PUCC-SP) Mariazinha, criança abandonada, foi adotada por um casal. Um ano mais tarde, Antônio e Joana, dizendo serem seus verdadeiros pais, vêm reclamar a filha. No intuito de comprovar a veracidade dos fatos, foi exigido um exame do tipo sangüíneo dos supostos pais, bem como de Mariazinha. Os resultados foram:

Antônio B, Rh+; Joana A, Rh-; Mariazinha O, Rh-.

Você concluiria que:
a) Mariazinha pode ser filha de Joana, mas não de Antônio.
b) Mariazinha não é filha do casal.
c) Mariazinha é filha do casal.
d) Existe a possibilidade de Mariazinha ser filha do casal, mas não se pode afirmar.
e) Mariazinha pode ser filha de Antônio, mas não de Joana.

4) (FATEC-SP) Um casal em que ambos os cônjuges possuem tipo sanguíneo AB quer saber

I- quais os possíveis tipos sanguíneos dos seus filhos e
II- qual a probabilidade de terem uma criança do sexo feminino, com sangue tipo AB.

Assinale a alternativa que corresponde corretamente às duas perguntas acima.

I II
a) A, B e AB 1/3
b) A e B 1/4
c) A, B e AB 1/4
d) A e B 1/2
e) A, B e AB 1/2

5) (F.C.Chagas-BA) O pai de uma criança do grupo sanguíneo A e Rh+, cuja mãe é B e Rh-, poderia ser:

a) AB e Rh+
b) AB e Rh-
c) B e Rh+
d) A e Rh-
e) O e Rh+

6) (FEI-SP) Para que ocorra a possibilidade da eritroblastose fetal (doença hemolítica do recém-nascido) é preciso que o pai, a mãe e o filho tenham respectivamente, os tipos sanguíneos:

a) Rh+, Rh-, Rh+
b) Rh+, Rh-, Rh-
c) Rh+, Rh+, Rh+
d) Rh+, Rh+, Rh-
e) Rh-, Rh+, Rh+

7) (UFPA-PA) Os grupos sanguíneos ABO representam um exemplo de:

a) herança poligênica
b) polimeria
c) pseudo-alelismo
d) interação gênica
e) alelos múltiplos

8) (FUCMT-MS) O avô paterno de uma mulher pertence ao grupo sangüíneo AB e todos os outros avós são do grupo O. Qual é a probabilidade de esta mulher ser do grupo AB?

a) nula
b) 25%
c) 50%
d) 75%
e) 100%

9) (MED.ABC) Considere as duas situações seguintes:

I — O sangue de uma macaco do gênero Rhesus (indivíduo 1) foi injetado em uma cobaia (indivíduo 2). Uma hora depois, dela foi extraída certa quantidade de sangue, cujo soro foi removido. Ocorreu hemólise nas hemácias quando se misturou parte desse soro com o soro de um indivíduo (3) da espécie humana.

II — Uma mulher (indivíduo 4) teve um filho (indivíduo 5), que nasceu fortemente anêmico devido à incidência de eritroblastose fetal.

Dentre os indivíduos acima citados, somente possuem o mesmo tipo de antígeno das reações antígeno-anticorpo envolvidas nas situações I e II:

a) 1, 3 e 4.
b) 1, 3 e 5.
c) 2, 3 e 5.
d) 2 e 4.
e) 3 e 5.

Alelos Múltiplos

1) (SANTA CASA) Admita que em abelhas a cor dos olhos é condicionada geneti¬camente por uma série alélica constituída por 5 genes, sendo o alelo selvagem (marrom) dominante sobre os demais (pérola, neve, creme e amarelo). Uma rainha, de olho marrom, porém heterozigota para pérola, produziu 500 ovos e foi insemi¬nada por espermatozóides que portavam em iguais proporções os cinco alelos. Toda a descendência tem a mesma oportunidade de sobrevivência, porém a fertilização ocorreu em 30% dos ovos somente.
Qual o número esperado de machos que terão cor de olho marrom?

a) 75
b) 150
c) 175
d) 220
e) 250

2) (FUVEST-SP) Considerando-se um locus gênico que apresente três tipos de alelos alternativos (alelos múltiplos), quantos tipos diferentes de genótipos podem ocorrer numa população diplóide?

a) 3
b) 6
c) 8
d) 9
e) 12

3) Qual é a prole de um coelho selvagem heterozigoto para himalaia com uma fêmea chinchila heterozigota para albina?

a) selvagem 50% - chinchila 25% - albino 25%
b) selvagem, chinchila, himalaia e albino - 25% cada
c) selvagem 50% - chinchila 25% - himalaia 25%
d) selvagem 25% - chinchila 50% - himalaia 25%
e) Nenhum dos itens é correto.

4) (UFPA-PA) Os grupos sanguíneos ABO representam um exemplo de:

a) herança poligênica
b) polimeria
c) pseudo-alelismo
d) interação gênica
e) alelos múltiplos

5) Se um macho aguti, filho de um aguti com um himalaio (ambos homozigotos), cruzar com uma fêmea chinchila (cchca), produzirá coelhos com todos os fenótipos a seguir, exceto:

a) aguti.
b) himalaio.
c) chinchila.
d) albino.
e) himalaio e albino.

Chuva Ácida




Em 1989 cientistas da Holanda noticiaram que um determinado pássaro canoro que habita as florestas daquele país estava produzindo ovos com a casca fina e porosa. Problema similar fora detectado nas décadas de 60 e 70, causado pelo inseticida DDT. Durante as investigações não foi encontrada nenhuma evidência de intoxicação.

Os cientistas resolveram verificar então o suprimento de cálcio disponível para os pássaros na natureza e necessário para a formação de cascas resistentes nos ovos. Aqueles pássaros usavam normalmente como fonte de cálcio, caramujos que constituiam componente importante na dieta. Entretanto, os caramujos haviam praticamente desaparecido das florestas. O solo seco contem normalmente de 5 a 10 gramas de cálcio por quilograma. O cálcio daquela região havia caído para cerca de 0,3 gramas por quilograma de solo, um nível muito baixo para que os caramujos sobrevivessem.

Sem caramujos para comer, os pássaros passaram a se alimentar de sobras de alimentos de galinhas e de outros animais domésticos e sobras de pique-niques, muito comuns na Europa.

A queda no conteúdo de cálcio do solo da Europa e dos Estados Unidos da América foi atribuída à ocorrência de chuva ácida, principalmente da que contem ácido sulfúrico.


Fotografia de uma floresta alemã tirada em 1970


Depois em 1983, após a ação da chuva ácida na região.

Este é um exemplo de como a poluição ambiental pode afetar a natureza, sem que as pessoas se deêm conta do problema.

A chuva ácida é um fenômeno regional e ocorre na mesma região que gera os poluentes que a causa. Por isso mesmo a incidência é grande nas regiões altamente industrializadas e mais densamente povoadas.

A chuva ácida é causada pela presença de gases, principalmente óxidos ácidos de enxofre e nitrogênio, que saem das chaminés industriais e são solúveis em água. Misturados à água presente no ar, hidrolisam formando ácidos que caem sobre a terra juntamente com a chuva.

A chuva não afetada pela atividade humana é pouco ácida, tendo pH em torno de 5,7. Esta acidez baixa é devida à presença de ácido carbônico, H2CO3, formado pela dissolução de CO2 em H2O. Estes níveis de acidez não são prejudiciais ao meio ambiente.

Os poluentes mais sérios na chuva ácida são os ácidos fortes.

No Brasil o exemplo mais marcante de poluição ambiental por chuva ácida foi a destruição da Mata Atlântica na região de Cubatão, na baixada santista. Os gases de nitrogênio e enxofre liberados às toneladas pelas chaminés das indústrias locais, destruíram a vegetação. Neste caso, a relação de causa – efeito era óbvia. A região de Cubatão era uma das mais poluídas em todo o mundo.

Após um enorme esforço feito por parte da comunidade científica, das primeiras organizações não governamentais brasileiras preocupadas com o meio ambiente e da imprensa que se empenhou em denunciar e esclarecer os fatos, foi elaborada uma legislação e montado um sistema de fiscalização que passou a controlar as emissões, forçando as indústrias a tomarem cuidados óbvios com as emissões gasosas.

Entretanto, não são apenas as indústrias que poluem com estes gases. As grandes cidades, com seus inúmeros carros, também são importantes produtoras de chuva ácida.

Dentro dos motores a combustão dos automóveis, são atingidas temperaturas muito altas, suficientes para que ocorra reação entre o nitrogênio e o oxigênio da atmosfera, formando o gás NO:



O óxido nítrico, NO, não é muito solúvel em água, mas pode ser oxidado no ar formando dióxido de nitrogênio:



O NO2 reage com água formando ácido nítrico e óxido nítrico:



A legislação brasileira já exige que os carros mais novos sejam equipados, já durante a fabricação, com catalisadores que reduzem o nitrogênio do NO a N2 . Este último gás é um importante componente natural do ar e é muito pouco reativo.

O dióxido de enxofre, SO2 , é produzido como sub-produto da queima de combustíveis fósseis, isto é, derivados de petróleo. Ele pode se combinar diretamente com água, formando um ácido fraco, chamado ácido sulfuroso, H2SO3:



Além disso, na presença de material particulado e aerossóis do ar, o dióxido de enxofre pode reagir diretamente com o oxigênio atmosférico e formar trióxido de enxofre, que, por sua vez, produz ácido sulfúrico e água:





O ácido sulfúrico é um ácido forte especialmente prejudicial ao solo porque causa a retirada dos íons de cálcio. A maioria dos solos possui partículas de argilas que são circundadas por íons inorgânicos, inclusive Ca2+. Entretanto os íons de cálcio das argilas podem ser substituídos pelo cátion de hidrogênio liberados pelo ácido sulfúrico. Neste processo também se forma sulfato de cálcio que é insolúvel em água. Desta forma, o cálcio não mais circula no ambiente, deixando de estar disponível no solo para ser usado pelas plantas. Este cálcio retirado do solo não é substituído. As plantas sofrem com a sua falta e as florestas são afetadas.

A pesquisa sobre o impacto da poluição do ar sobre as florestas é difícil. O sistema é altamente complexo. As florestas cobrem áreas muito grandes e a atuação de cada agente poluidor pode ser muito sutil, de modo que o verdadeiro papel desempenhado por cada agente pode levar muitos anos para ser identificado.

De qualquer modo, o controle das emissões de óxidos ácidos deve ser exercido continuamente de modo a melhorar e manter a qualidade de vida da humanidade, sem perda das nossas heranças naturais.

Camada de Ozônio


Em volta da Terra há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3), que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na superfície terrestre, o ozônio contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida.

Mas, nas alturas da estratosfera (entre 25 e 30 km acima da superfície), é um filtro a favor da vida. Sem ele, os raios ultravioleta poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta.

Na atmosfera, a presença da radiação ultravioleta desencadeia um processo natural que leva à contínua formação e fragmentação do ozônio, como na imagem abaixo:



O que está acontecendo com a camada de ozônio?
Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo a camada de ozônio. Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Desde então, têm se acumulado registros de que a camada está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões próximas do Pólo Sul e, recentemente, do Pólo Norte.

Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem com ele. Tais substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, conhecido como efeito estufa. A lista negra dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFCs.

Como os CFCs destroem a camada de ozônio?
Depois de liberados no ar, os CFCs (usados como propelentes em aerossóis, como isolantes em equipamentos de refrigeração e para produzir materiais plásticos) levam cerca de oito anos para chegar à estratosfera onde, atingidos pela radiação ultravioleta, se desintegram e liberam cloro. Por sua vez, o cloro reage com o ozônio que, conseqüentemente, é transformado em oxigênio (O2). O problema é que o oxigênio não é capaz de proteger o planeta dos raios ultravioleta. Uma única molécula de CFC pode destruir 100 mil moléculas de ozônio.

A quebra dos gases CFCs é danosa ao processo natural de formação do ozônio. Quando um desses gases (CFCl3) se fragmenta, um átomo de cloro é liberado e reage com o ozônio. O resultado é a formação de uma molécula de oxigênio e de uma molécula de monóxido de cloro. Mais tarde, depois de uma série de reações, um outro átomo de cloro será liberado e voltará a novamente desencadear a destruição do ozônio.

Quais os problemas causados pelos raios ultravioleta?
Apesar de a camada de ozônio absorver a maior parte da radiação ultravioleta, uma pequena porção atinge a superfície da Terra. É essa radiação que acaba provocando o câncer de pele, que mata milhares de pessoas por ano em todo o mundo. A radiação ultravioleta afeta também o sistema imunológico, minando a resistência humana a doenças como herpes.

Os seres humanos não são os únicos atingidos pelos raios ultravioleta. Todos as formas de vida, inclusive plantas, podem ser debilitadas. Acredita-se que níveis mais altos da radiação podem diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. A vida marinha também está seriamente ameaçada, especialmente o plâncton (plantas e animais microscópicos) que vive na superfície do mar. Esses organismos minúsculos estão na base da cadeia alimentar marinha e absorvem mais da metade das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta.

O que é exatamente o buraco na camada de ozônio?
Uma série de fatores climáticos faz da estratosfera sobre a Antártida uma região especialmente suscetível à destruição do ozônio. Toda primavera, no Hemisfério Sul, aparece um buraco na camada de ozônio sobre o continente. Os cientistas observaram que o buraco vem crescendo e que seus efeitos têm se tornado mais evidentes. Médicos da região têm relatado uma ocorrência anormal de pessoas com alergias e problemas de pele e visão.

O Hemisfério Norte também é atingido: os Estados Unidos, a maior parte da Europa, o norte da China e o Japão já perderam 6% da proteção de ozônio. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) calcula que cada 1% de perda da camada de ozônio cause 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira, causados por catarata, em todo o mundo.

Fonte: www.wwf.org.br

Luta contra a resistência das bactérias

Luta contra a resistência das bactérias
Novo composto pode tornar antibióticos mais eficazes
por Gary Stix
Floyd E. Romesberg obteve seu doutorado na Universidade Cornell em 1994, depois de anos pesquisando como os sais dialquilamidas de lítio, usados para remover prótons de substâncias, reagem e em qual velocidade. Depois de defender a tese, decidiu fazer pós-doutorado em uma área diferente na Universidade da Califórnia em Berkeley, onde obteve a promessa de seu orientador, o bioquímico Peter G. Schultz, de que poderia dizer adeus à físico-química e mergulhar de vez na imunologia.
No laboratório de Schultz, Romesberg ficou intrigado sobre o processo molecular que fundamenta a evolução. Hoje, seu laboratório no Instituto de Pesquisa Scripps, em La Jolla, Califórnia, investiga diferentes questões relacionadas ao processo evolutivo. A pesquisa que talvez tenha importância prática mais imediata tenta compreender como o curso evolucionário às vezes apresenta excesso de atividade. Esse conhecimento poderia ser usado para bloquear o processo fundamental que permite à bactéria sofrer rápida mutação, o que pode levar à superação da resistência bacteriana a antibióticos.

Mutações genéticas normalmente provêm de erros que ocorrem no momento em que uma célula se reproduz. Muitas vezes elas ferem as células; por isso, estas evoluíram para sofrer o mínimo de mutação. As células vêm equipadas com seu próprio controle de qualidade e equipamento de reparo para garantir que o DNA seja copiado com o menor número de erros possível. Ainda assim, às vezes uma célula adota o processo da mutação genética - em essência, evolução em velocidade acelerada.

Desde a década de 70, os cientistas conhecem um processo - a resposta SOS - que aproveita a mutação como forma de autodefesa. Quando as bactérias estão sob tensão extrema, elas inicialmente tentam reparar o dano de vários modos. Em seguida, acionam genes cujos produtos protéicos desencadeiam uma série de mutações que ocorrem 10 mil vezes mais rápido que aquelas originárias durante a replicação normal.

Essencialmente, as células sofrem uma rápida mudança de identidade.
A bactéria Escherichia coli, por exemplo, responde ao dano prolongado no DNA causado pela ciprofloxacina (ou simplesmente cipro) e por outros antibióticos mandando um SOS. As mutações impedem que a droga se ligue a seu alvo - a proteína girase, que é necessária para a replicação do DNA. Se a bactéria não a protegesse, o antibiótico se ligaria a ela e como resultado, evitaria a replicação normal, causando quebras no DNA que levariam à morte da bactéria.

Romesberg decidiu investigar se a cascata de mutações que permite o surgimento da resistência a antibióticos na E. coli poderia ser evitada caso o sistema de SOS fosse desligado. Em experimentos publicados em junho de 2005 na PLoS Biology, Romesberg, Ryan T. Cirz, Jodie K. Chin e colaboradores da Universidade de Wisconsin, em Madison, descobriram que a ciprofloxacina induz o pedido de socorro na E. coli ao desencadear a quebra de uma proteína chamada LexA, que mantém a resposta de SOS reprimida. Uma vez rompida, a proteína repressora permite que três enzimas DNA polimerases comecem a produzir mutações, desenvolvendo a resistência.

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Os pesquisadores então criaram uma cepa de E. coli em que a LexA não pudesse ser quebrada e descobriram que a resposta SOS não acontecia. Camundongos infectados com a E. coli patogênica, e tratados com ciprofloxacina, não desenvolveram resistência. O grupo conseguiu resultados similares para outro antibiótico, a rifampicina. Agora está averiguando se o bloqueio da quebra da LexA na E. coli é capaz de evitar a resistência a outros antibióticos e minar a resistência aos remédios em outros organismos. A ciprofloxacina, no entanto, é por si só uma droga importante. Algumas cepas da bactéria que causa disenteria epidêmica - Shigella dysenteriae -, por exemplo, tornaram-se resistentes a todos os antibióticos, exceto a ela. A disenteria causa dezenas de milhares de mortes em países em desenvolvimento.

Quando o laboratório de Romesberg começou a obter esses resultados em 2002, ele logo viu o potencial farmacêutico - uma pequena molécula que poderia ser administrada via oral junto com um antibiótico. A droga funcionaria como interruptor para desligar a quebra da LexA. Ele e dois parceiros levantaram US$ 15 milhões para começar uma empresa, a Achaogen.

Financiadores costumam ser cautelosos sobre sucessos em estágios primários. Mas estavam abertos para uma nova abordagem à resistência antibiótica - a maior parte das soluções propostas até então envolviam novos tipos de antibióticos -, e a empresa agora está testando diversas linhas. No entanto, como sempre, a engenhosidade da bactéria pode transformar um monte de trabalho árduo em nada. Stuart B. Levy, especialista em resistência antibiótica da Universidade Tufts, comentou que o trabalho de Romesberg fornece novos pontos de vista, mas pode não ser tão abrangente. "Estamos sempre de olho em novas abordagens, especialmente aquelas que combatem a resistência", ele diz. "Essa descoberta está focada em um limitado mecanismo genético de resistência a drogas - a mutação cromossômica." Alguns tipos de resistência atacam diretamente o antibiótico, diz o pesquisador. Elas podem ocorrer por meio da transferência de genes de resistência de uma espécie de bactéria para outra e também na mesma espécie.

A equipe de Romesberg, contudo, decidiu se concentrar nas fluorquinolonas (família da ciprofloxacina) porque a resistência a elas se desenvolve somente por meio de mutações cromossômicas (a resposta SOS) e porque elas devem, segundo previsões, se tornar a classe mais vendida de antibióticos em 2011.

Mas um adendo inesperado - e indesejado - à publicação do trabalho na PLoS Biology surgiu quando a comunidade que defende o design inteligente (contrário à teoria da evolução) recebeu os resultados como a confirmação de sua visão de mundo não ortodoxa. As mutações observadas nos experimentos de Romesberg não seriam aleatórias, diziam seus defensores, mas desencadeadas por deliberada direção da bactéria. "A vida toma o controle de seu destino. Coisas vivas não são participantes passivos do jogo entre eventos estocásticos e pressões ambientais", escreveu um membro do grupo no site idthink.net. Com o pseudônimo Mike Gene, ele acrescentou: "Que a evolução possa estar sob alguma forma de controle intrínseco é só uma peça do quebra-cabeça teleológico [do design na Natureza]. Mas é uma peça significativa que a habilidade de se adaptar, pelo menos nesses dois antibióticos, esteja sob controle".

Romesberg evitou entrar nesse debate, mas descarta quaisquer bases para essas asserções. A resposta SOS "não diz nada sobre a religião. Ela fala sobre quão bem-sucedida e criativa a evolução pode ser. Mas não há nada mágico sobre ela", diz.

O pesquisador conta que decidiu explorar a resistência antibiótica porque os passos de desenvolvimento de drogas eram descomplicados e relativamente simples: "Se vencermos, então estaremos mais bem equipados para lidar com o próximo nível de complexidade". Ele se refere ao câncer, doença para a qual a resistência a drogas também é um problema que intimida. Tanto sua equipe de pesquisa quanto sua empresa planejam desenvolver um tratamento capaz de substituir a quimioterapia para evitar as mutações que levem à resistência a drogas anticâncer

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