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13 de dez. de 2010

Diminuição da biodiversidade afeta diretamente os humanos


por John Platt
Wikipedia
Vírus do Nilo Ocidental aumenta sua propagação na ausência de aves
Muitas vezes as pessoas perguntam: "Por que deveria me importar se uma espécie se extingue? Não é essencial para minha vida diária, não é?"

Bem, de acordo com nova pesquisa publicada em 2 de dezembro na revista Nature, a resposta é “SIM”, a biodiversidade saudável é essencial para o bem-estar humano. Quando espécies desaparecem, doenças infecciosas surgem em seres humanos e em todo o reino animal; assim, extinções afetam diretamente nossa saúde e chances de sobrevivência como espécie.

"A perda da biodiversidade aumenta a transmissão de patógenos através de uma ampla gama de sistemas de doenças infecciosas", explica a ecóloga Felicia Keesing do Bard College.

O aumento das doenças e outros patógenos parece ocorrer quando as chamadas “espécies-tampão” desaparecem. O coautor Richard Ostfeld do Instituto Cary de Estudos do Ecossistema aponta para o crescente número de casos da doença de Lyme nos seres humanos como um exemplo de como isso ocorre. Os gambás nos Estados Unidos estão em baixa por causa da fragmentação de hábitats florestais. Os marsupiais são hospedeiros do patógeno que causa a doença de Lyme e também podem se defender melhor dos carrapatos de patas negras que carregam a a doença aos seres humanos. Eliminado o hospedeiro natural, os carrapatos procuram novos, tais como os seres humanos.

Pesquisadores que estudam esse tipo de degradação ambiental descobriram que doenças se tornaram mais prevalentes durante o tempo em que diminuiu a biodiversidade local. Um dos casos por eles estudados revelou que o aumento do vírus do Nilo Ocidental nos Estados Unidos corresponde à diminuição da densidade das populações de aves.

Os pesquisadores também concluíram que os seres humanos e a vida selvagem realmente não devem interagir. O contato direto com animais selvagens, digamos, sob a forma do comércio ilegal da carne ou como “pets”, pode causar doenças desconhecidas em humanos.

"Preservar grandes áreas intactas e minimizar o contato com animais selvagens seria um grande passo do caminho para reduzir novas contaminações", conclui Keesing.

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