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30 de ago. de 2010

Evolução

29 de ago. de 2010

Deficiência de vitamina D está ligada a mutações genéticas



Deficiência de vitamina D está ligada a mutações genéticas



Estudo encontra relação entre polimorfismos genéticos e níveis da "vitamina do sol"
por Katherine Harmon
iStockphoto/lakov Kalinin
Predisposição genética modifica a resposta à exposição ao sol ou garante suplementação dietética?
Pelo menos metade dos adultos dos países desenvolvidos apresenta níveis insuficientes de vitamina D, fato associado à fragilidade óssea, câncer, doenças cardíacas e problemas no sistema imunológico. Níveis variáveis de vitamina D – subproduto de uma reação química que ocorre quando a luz ultravioleta atinge a pele – são facilmente abastecidos com a exposição ao sol ou com maior consumo de peixes. Pesquisas anteriores sugerem que os níveis de vitamina D são, em parte, herdados. Um estudo anterior com 33.996 pessoas havia encontrado três variantes genéticas específicas que parecem se correlacionar com os níveis de vitamina D de uma pessoa. Os pesquisadores publicaram um novo ensaio de associação ampla do genoma com 16.125 pessoas de cinco centros dos Estados Unidos, Canadá e Europa e confirmaram que três polimorfismos genéticos se associam a níveis variados de vitamina D – utilizando um biomarcador para testar os níveis da vitamina. "A presença de alelos nocivos nos três loci confirmou mais do que o dobro de risco de insuficiência de vitamina D", segundo os pesquisadores liderados por Thomas Wang, da Divisão de Cardiologia do Departamento de Medicina do Hospital Geral de Massachusetts, no estudo publicado on-line em 9 de junho em The Lancet. "Esses resultados não eram esperados por nós; nenhum dos genes estava relacionado com a pigmentação da pele ou qualquer uma das principais doenças implicadas na deficiência de vitamina D”, disse Roger Bouillon, da Clínica e Laboratório de Medicina Experimental e Endocrinologia na Katholieke Universiteit Leuven, na Bélgica, em comentário publicado na mesma edição de The Lancet. “As novas descobertas explicam, em parte, a variabilidade do status da vitamina D", concluiu. Os autores do estudo concordam que a questão requer um estudo mais aprofundado para lançar uma luz sobre a base biológica da vitamina D, a chamada vitamina do sol. "Os estudos devem esclarecer se a predisposição genética modifica a resposta à exposição ao sol ou se garante uma suplementação dietética", escreveram os pesquisadores. "Essas variações podem fornecer informações úteis, para investigar o papel da insuficiência de vitamina D em várias doenças crônicas".

Criado mosquito imune ao parasita da malária



Geneticamente modificado, ele poderá ser usado para deter a propagação da doença
por Nicholette Zeliadt
Cortesia de M. Riehle, University of Arizona
Larva do mosquito com um marcador fluorescente indicando a modificação genética
Estima-se que 1 milhão de pessoas morrem anualmente de malária, doença parasitária transmitida por mosquitos. As atuais estratégias de controle envolvem a pulverização de inseticidas ou uso de drogas para matar o parasita que infecta os seres humanos. Infelizmente, esses métodos são cada vez menos eficazes já que as pragas evoluem e resistem a tratamentos tóxicos. Nos últimos anos, os cientistas vêm trabalhando com os genes do inseto, na esperança de desenvolver mosquitos modificados incapazes de transmitir o parasita. Embora isso seja promissor, esses esforços produziram mosquitos com apenas uma leve redução da taxa de transmissão do parasita.Agora, pesquisadores liderados Michael Riehle, entomólogo da University of Arizona, têm desenvolvido um mosquito transgênico completamente imune à infecção por Plasmodium falciparum, o parasita causador da malária nos seres humanos. Os pesquisadores esperam que sua descoberta possa um dia ser usada como parte de uma nova estratégia para combater a malária. Para a propagação da malária, a fêmea do mosquito Anopheles sp primeiro deve ingerir o parasita de uma pessoa infectada. Uma vez dentro do mosquito, o parasita passa por um processo de maturação, cerca de duas semanas, viajando a partir do intestino do mosquito para as glândulas salivares, onde está pronto para ser transmitido para outros hospedeiros humanos. "Nós fomos surpreendidos como isso funcionou tão bem", disse Riehle. "Estávamos esperando para ver algum efeito sobre a taxa de crescimento dos mosquitos e foi ótimo ver que a nossa construção bloqueou completamente o processo de infecção." Para que qualquer mosquito transgênico seja verdadeiramente eficaz contra a malária, os mosquitos “artificiais” deverão competir e ganhar dos selvagens, um grande desafio que Riehle reconhece e espera realizar no futuro. Até que isso aconteça, os mosquitos geneticamente modificados de Riehle são guardados com segurança em seu laboratório

Acasalamento de vaga-lumes dá pistas sobre conexões do cérebro



Sincronização dos flashes emitidos pelos insetos pode ajudar a entender padrões cerebrais
por Larry Greenemeier
Cortesia de Andrew Moiseff
Machos emitem flashes no mesmo ritmo e repetidamente
Para muitos, o brilho dos vaga-lumes no ar da noite é um sinal claro de que o verão chegou. Depois de escurecer, esses besouros bioluminescentes são geralmente visíveis apenas quando emitem flashes verdes em seus abdomes, como parte de seu ritual de acasalamento. Algumas espécies obtêm sucesso no acasalamento sincronizando os padrões de piscar – fenômeno que tem atraído a atenção de uma equipe de pesquisadores que estudam o reconhecimento de padrões para saber como o cérebro é conectado. Para entender melhor o cérebro dos seres humanos e outros animais que processam os sinais visuais, Andrew Moiseff, professor de fisiologia e neurobiologia da University of Connecticut, em Storrs, e Jonathan Copeland, professor de biologia na Georgia Southern University, em Statesboro, ao longo dos quatro últimos verões têm estudado o papel da sincronização das luzes para o acasalamento da espécie de vagalume Photinus carolinus encontrados nas Smoky Mountains do Tennessee National Park. Muitos machos produzem flashes ao mesmo tempo, no ritmo e repetidamente, de acordo com os pesquisadores, que publicaram seus resultados no dia 9 de julho da revista Science. Esses padrões consistem em uma explosão de flashes variados (normalmente seis), seguidos por um período não intermitente que dura cerca de seis ou oito segundos. Durante essas pausas, a fêmea responde com dois flashes em rápida sucessão, com o segundo flash quase que imediatamente após o primeiro ser concluído. “A fêmea pode produzir de 3 a 59 desses flashes enquanto estão pousadas nas folhas ou ramos”, diz Moiseff. "Isso apresenta algumas questões interessantes ainda não respondidas sobre se o período em que estão ‘desligados’, assim como os flashes, desempenharia importantes funções comportamentais", diz Moiseff. No laboratório, Moiseff e Copeland expuseram um macho de P. carolinus a uma fêmea de P. pirilampos, esperando que o macho imitasse a fêmea. Cada indivíduo produziu o padrão específico de flashes da espécie. O estudo diz o seguinte sobre o cérebro dos vaga-lumes: “É capaz de contar, medir diferenças de tempo e fazer uma pausa enquanto aguarda uma resposta.” "Nosso interesse é compreender os circuitos do cérebro", diz Moiseff. "O método que estão usando para fazer isso é através do reconhecimento de padrões, algo que é importante para todos os animais." Moiseff e Copeland têm estudado outros animais, como corujas e morcegos. "Queremos entender como o cérebro pode processar esses sinais visuais", acrescenta. “A bioluminescência do vaga-lume é o resultado de uma reação química envolvendo uma proteína chamada luciferase. Cerca de 1% das espécies conhecidas de vaga-lumes demonstra esse comportamento sincronizado”, explica Marc Branham, professor adjunto no Departamento de Entomologia e Nematologia da University of Florida. “É importante notar, no entanto, que eles não estão em sincronia o tempo todo e só aparecem quando sincronizados em altas densidades e, mesmo assim, alternando dentro e fora de sincronia”, acrescenta

Influência do meio ambiente sobre o câncer pode ser maior que se pensava



Especialistas refutam antigas estimativas de que apenas 6% dos tipos de câncer estariam relacionados a exposições ambientais e ocupacionais
por Brett Israel
ISTOCKPHOTO/webphotographeer
Fumo, má alimentação, obesidade e inatividade física representam dois terços dos óbitos por câncer nos Estados Unidos
Traços de produtos químicos comumente relacionados ao câncer estão à espreita em todos os lugares. Mas, após décadas de pesquisa, o número de pessoas realmente vitimadas por eles permanece uma incógnita.Acredita-se que o fumo e os maus hábitos alimentares respondem por 60% das mortes por câncer, a doença mais letal no mundo. E quanto ao resto? A influência do meio ambiente vem sendo debatida há três décadas por cancerologistas e epidemiologias ambientais. Segundo antigas estimativas, as exposições ambientais e ocupacionais se relacionam a apenas 6% dos óbitos.Mas a questão voltou à tona no começo de maio após a publicação de um relatório do Presidents Cancer Panel, um comitê de especialistas encarregados do Programa Nacional contra o Câncer que se reporta diretamente ao presidente. O relatório afirma que o valor da estimativa é defasado e subestimado, e, considerando que a exposição a poluentes, a genética e o estilo de vida parecem todos entrelaçados, os cientistas provavelmente jamais saberão a influência dos contaminadores ambientais sobre a doença."É como olhar os fios de uma teia de aranha e decidir qual é o importante", disse o Dr. Ted Schettler, diretor da Science and Environmental Health Network, organização sem fins lucrativos que defende a aplicação da ciência às políticas ambientais. No mundo todo, desde antes do nascimento até a velhice, as pessoas se expõem a incontáveis cancerígenos por meio da comida, do ar, da água e de produtos de consumo.De acordo com o 11º Relatório sobre Cancerígenos dos Estados Unidos, os National Institutes of Health classificaram 54 compostos que causariam ao menos um tipo de câncer. As maiores exposições seriam ocupacionais e não ambientais, apesar de estas também ocorrerem. O poluente benzeno, por exemplo, comum nos gases de exaustão de veículos, é uma conhecida causa de leucemia. O radônio, gás radioativo natural encontrado em muitas casas, eleva o risco de câncer de pulmão. O arsênico, presente em algumas redes de água potável, é ligado a câncer de pele, fígado, bexiga e pulmão. Outros conhecidos cancerígenos humanos incluem asbesto, cromo hexavalente, aflatoxinas e cloreto de vinila. Desde 1981, agências e institutos citam as mesmas estimativas para avaliar fatores cancerígenos no ambiente de trabalho, no meio ambiente e nos produtos de consumo: cerca de 4% das mortes por câncer (ou 20 mil mortes por ano) poderiam ser atribuídas a exposições ocupacionais, e 2% (ou 10 mil mortes por ano), a exposições ambientais.Em seu novo relatório, o comitê indicado pelo ex-presidente George W. Bush disse que essas estimativas são "lamentavelmente defasadas", e "o verdadeiro peso do câncer induzido pelo meio ambiente tem sido grosseiramente subestimado".Para a American Cancer Society, essa afirmação não tem consenso científico. "Baseados em que eles dizem grosseiramente subestimado? É uma possibilidade, mas muitas hipóteses têm sido propostas. Sem prova real, não se pode afirmar nada", argumentou o Dr. Michael Thun, vice-presidente honorário de epidemiologia e pesquisa de vigilância de risco da American Cancer Society. Segundo ele, o comitê presidencial exagera a preocupação sobre as causas ambientais, quando a melhor forma de se prevenir o câncer seria combater os maiores riscos enfrentados pelas pessoas: fumo, alimentação e sol.Já os epidemiologistas ambientais dizem que o questionamento dos números seria mera tática diversionista da American Cancers Society, que endossaria o mesmo princípio dos grupos industriais – o de que não se deve agir sem prova absoluta. Mas muitos epidemiologistas defendem o princípio da prevenção: é preciso reduzir a exposição das pessoas aos poluentes ambientais mesmo sem provas concretas dos riscos.Tentar relacionar cada produto químico a um tipo específico de câncer é uma "prática errônea" e uma "tentativa de calcular uma ficção", diz Richard Clapp, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Boston e co-autor de resenhas sobre as causas ambientais e ocupacionais do câncer. "Por que continuar martelando o mesmo ponto, se podemos avançar e colocar outras coisas em prática?", ele questiona. Dados da American Cancer Society indicam que, a cada ano, surgem cerca de 1,5 milhão de novos diagnósticos de câncer nos EUA, dos quais mais de meio milhão terminam em óbito. A maioria estaria ligada a fatores de estilo de vida, como fumo, alimentação e álcool. Sozinho, o fumo responderia por ao menos 30% das mortes; outro terço é atribuído a alimentação, obesidade e inatividade física.Mas são os tipos restantes – cerca de um em cada três – que esquentam a polêmica.Um relatório de 1981 dos cientistas Sir Richard Doll e Sir Richard Peto, publicado no Journal of the National Cancer Institute, avalia que 2% das mortes por câncer são atribuídas a exposições a poluentes ambientais, e 4% a exposições ocupacionais. Em 2009, essas porcentagens representaram cerca de 30 mil mortes nos EUA."Se você considerar o número de mortes por dia, elas equivalem a um desastre aéreo que mereceria manchetes nacionais", disse Clapp.

Emissões de nitrogênio trazem de volta a chuva ácida



Além das chaminés, agora também fabricantes de fertilizantes provocam esse problema
por Michael Tennesen
John Burc ham
Bactérias convertem amônia (NH3) em ácido nítrico no solo
O flagelo da chuva ácida dos anos 70 e 80, que matou árvores e peixes e até dissolveu estátuas no National Mall, em Washington, D.C., voltou diferente. Em vez de ácido sulfúrico derivado das emissões industriais de enxofre, o líquido corrosivo é ácido nítrico, resultante não só das chaminés, mas também da agricultura.Além de dissolver cimento e calcário e reduzir o pH de lagos e riachos, a chuva ácida lava importantes nutrientes do solo, prejudicando plantas e liberando minerais tóxicos que podem alcançar hábitats aquáticos. Para combater esse problema quando surgiu pela primeira vez, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) conseguiu aprovar, em 1990, alterações na Lei do Ar Limpo (Clean Air Act), que cortou em 59% as emissões de enxofre das fábricas de 1990 a 2008. As emissões de compostos de nitrogênio, entretanto, não caíram tão abruptamente.De maneira geral, usinas elétricas a carvão e veículos motorizados expelem a maior parte dos óxidos de nitrogênio do país, a matéria-prima para a chuva de ácido nítrico. Mas uma grande porcentagem deles também vem do setor agrícola na forma de amônia (NH3), que bactérias convertem para ácido nítrico no solo. Os maiores culpados são os fabricantes de fertilizantes, que transformam o gás nitrogênio não reativo da atmosfera em amônia por meio do chamado processo Haber-Bosch. Extensivas operações de alimentação de animais em confinamento no sul também produzem amônia. “A agricultura está cada vez mais funcionando como uma operação industrial intensivamente dirigida e isso vem criando sérios problemas com relação à água, ao solo e ao ar”, observa Viney P. Aneja, professor de qualidade do ar e tecnologia ambiental da North Carolina State University.Cientistas estão começando a documentar o estrago. Pesquisadores da Floresta Experimental Hubbard Brook, na Floresta Nacional de White Mountain, em New Hampshire, encontraram evidências de chuva de ácido nítrico que parece ter se originado de óxidos nítricos provenientes do alto Centro-Oeste. Eles relataram que a chuva ácida pode reduzir a tolerância ao frio e ao estresse em algumas espécies de árvores, incluindo o abeto vermelho e o bordo de açúcar. Da mesma forma, pesquisadores rastrearam óxido nítrico saindo de Kentucky e Tennessee e se dirigindo às Grandes Montanhas Smoky, onde observaram tanto a pior chuva ácida quanto degradação florestal, observa William H. Schlesinger, presidente do Instituto Cary para Estudos de Ecossistemas, em Millbrook, Nova York.Embora os Estados Unidos pudessem endurecer as regras do ar limpo para combater as emissões atmosféricas de nitrogênio, o país não tem leis abrangentes nem dispositivos adequados para monitoramento das emissões provenientes da agropecuária. Schlesinger acredita que discussões nacionais sobre a mudança climática permitiram aos Estados Unidos ignorar o problema do nitrogênio, que, segundo ele, será o próximo grande problema ambiental. “Esse é mais um exemplo da interferência dos humanos nos ciclos globais biogeoquímicos com consequências imprevisíveis”, observa.A ação governamental pode ajudar significantemente: a União Europeia, por exemplo, aprovou, em 1999, um pacto de redução da acidificação chamado Protocolo Gothenburg, que reduziu as emissões de nitrogênio na Europa em um terço, enquanto no mesmo período as emissões nos Estados Unidos permaneceram constantes. Para piorar a situação, os Estados Unidos elevaram a emissão de amônia em 27% de 1970 a 2005, de acordo com um trabalho publicado na Environmental Science & Technology.Sem intervenção o problema provavelmente se agravará. O crescimento da população mundial, que deverá aumentar dos atuais 6,5 bilhões para 9 bilhões em 2050, fará pressão sobre a produtividade agrícola e consequentemente sobre o uso de fertilizantes. O Comitê Integrado do Nitrogênio do Conselho Consultivo de Ciência da EPA, que em junho realizou uma teleconferência pública sobre o assunto do nitrogênio reativo no meio ambiente, elaborou um relatório provisório que estabelece os detalhes, incluindo as opções de gestão para a chuva de ácido nítrico. Também discute maneiras de monitorar emissões atmosféricas, que atualmente é o ponto fraco no cenário do controle do nitrogênio. Espera-se que o relatório final seja lançado no próximo ano.

Vida Sintética e Ética



Técnicas de manipulação genética estimulam novas discussões jurídicas
por FÁBIO ULHOA COELHO
A experiência de criação em laboratório de “vida sintética” inevitavelmente iniciou discussões sobre desdobramentos éticos e jurídicos. A equipe de Craig Venter, partindo do arquivo eletrônico com a descrição do sequenciamento do genoma de uma bactéria, reproduziu-o com bases químicas, inserindo-o numa célula de outra bactéria, da qual extraíram previamente o DNA. O ser assim gerado se desenvolveu e se reproduziu.Essa experiência deve se repetir com animais mais complexos, como mamíferos e, evidentemente, o ser humano. Conhecido o sequenciamento do genoma de uma pessoa qualquer – digamos, Albert Einstein –, será possível aglutinar em laboratório timinas, adeninas, guaninas e citosinas rigorosamente na mesma ordem, implantá-las numa célula reprodutiva humana sem DNA, transpô-las ao útero de uma mulher e aguardar que o ciclo natural da gestação cuide do resto. Einstein renascerá? Não é possível ter certeza disso, pois ainda são inconclusas as discussões sobre a extensão da influência do meio sobre o desenvolvimento da personalidade. Quer dizer, se o bebê não for amado ou desamado na mesma forma que foi o pequeno Albert, na Alemanha do último quarto do século 19, é quase certo que terá perfil psicológico diferente. Além disso, será uma pessoa nascida em outro tempo e lugar, com outra história. É provável, assim, que se frustrem as expectativas depositadas no futuro desempenho intelectual do rebento. O temor dessa variante de clonagem é injustificado. Se certa memória da história de cada um de nós se imprime, de algum modo, em nossas timinas e demais bases químicas do DNA, a pessoa gerada a partir da reprodução do mesmo esquema de sequenciamento de genoma de outra não transportará essa memória, as a eventualmente contida nas bases empregadas pelos cientistas. Outro uso da técnica objeto do experimento é que deve preocupar as discussões éticas e jurídicas. Se com as pesquisas genômicas descobrirmos como desenhar em computador um ser humano ideal, inapto a desenvolver as doenças conhecidas de origem genética, será possível à medicina curar esses males desde o início. O casal com propensão a gerar filhos com determinada doença poderia contratar os serviços de uma clínica de fertilização que ajustaria o sequenciamento das células reprodutivas ao projeto ideal de ser humano, eliminando o risco. Aqui reside a questão crucial, de ordem ética e jurídica. Deve a lei reconhecer aos casais que desejam ter apenas filhos saudáveis o direito de utilizar essa técnica? Sendo a saúde apenas uma de muitas características portáveis por nós, a questão se abre igualmente a uma gama imensa de possibilidades – tipo de inteligência, compleição física etc. Essa discussão interessa apenas a quem não crê num Deus criador e ordenador. Aqueles que acreditam ter o homem, com essa conquista científica, definitivamente avançado o sinal e afrontado a vontade divina não necessitam do aclaramento da dúvida ética ou jurídica. Basta-lhes a crença para inibi-los a utilizar a técnica, ao gerarem seus filhos. A discussão deve ser contextualizada, assim, numa questão filosófica altamente complexa e, por isso mesmo, constantemente evitada: a de quanto a atual sociedade democrática enfraquece a espécie humana. A seleção natural é, evidentemente, o processo de supremacia do mais forte, do mais apto a relacionar-se com o meio ambiente. A cultura liberta o ser humano dessa cruel imposição da seleção natural. Permite à espécie humana, após longo processo civilizatório, integrar também membros desafortunados, portadores de limitações físicas ou mentais. Mas, ao desafiar o princípio básico da seleção natural, dando chance de viver e se reproduzir a todos os homens e mulheres, e não somente aos mais aptos, a cultura acaba envolvendo a espécie humana numa estratégia arriscada. A discussão é altamente complexa e constantemente evitada, porque pode resvalar em execráveis postulações de controle da “pureza” da espécie humana. Não é disso que se trata. A sociedade democrática deve continuar a abrigar todos os homens e mulheres, sem qualquer distinção, em vista da plena igualdade de dignidade que cada um de nós carrega. Mas, sem abrir mão desse valor fundamental, conquistado a duras penas, talvez não devamos deixar de nos preocupar com a pertinência das estratégias adotadas enquanto espécie em evolução. A técnica prometida por aquele experimento pode atender à delicadíssima questão evitando-se as limitações na origem. O ser humano caminha para ter nas mãos o controle da evolução. Assim como deverá, um dia, de controlar a evolução da própria espécie, poderá também submeter à mesma lógica a das demais. Os dois vetores tendem a se desenvolver simultaneamente. O processo de evolução das espécies, que hoje designamos como “seleção natural”, corre o risco de se transformar em algo próximo ao que poderíamos deduzir da expressão “seleção cultural”. Isto só aumenta a já enorme responsabilidade do Homo sapiens.

25 de ago. de 2010

Vacinas terapêuticas contra o HIV se mostram promissoras


por Alison Abbott




O mundo vibrou na semana passada com a notícia de que um gel antirretroviral pode reduzir pela metade a incidência do HIV em mulheres.
No entanto, uma vibração mais discreta pôde ser ouvida na Conferência Internacional sobre a Aids (Aids 2010) em Viena, onde os resultados do gel foram revelados. Em sessão especial, incluída no programa no último minuto, os participantes ouviram os resultados de alguns bem-sucedidos, mas pequenos, testes clínicos preliminares realizados com vacinas terapêuticas – que se acreditava ser um beco sem saída na luta contra o HIV.

Vacinas normais são projetadas para prevenir infecções, mas até agora nenhuma tinha funcionado com o HIV. Vacinas terapêuticas, em contraste, visam a tratar as pessoas infectadas – no caso do HIV, por meio do fortalecimento do sistema imunológico debilitado. Porém, os testes clínicos iniciais dos anos 90 foram desapontadores e as vacinas saíram da moda científica.

Combinações de drogas que diminuem as concentrações virais se tornaram o principal método para tratamento do HIV, mas não eliminam completamente a doença. “Esses medicamentos deixam os pacientes com um nível de ativação imunológica perigoso, que pode causar envelhecimento prematuro”, afirma Joep Lange, virologista clínico da University of Amsterdam e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aids. “A abordagem das vacinas terapêuticas pode ajudar nesse ponto”, observa ele, “ao modificar as respostas imunológicas”.
Lange está animado com os resultados dos testes, mas adverte que até agora são muito limitados e, mesmo que as vacinas funcionem, nunca vão substituir as drogas. Alguns pesquisadores-chave continuam a acreditar que vacinas terapêuticas não se provarão úteis no longo prazo.

Todas as vacinas, que foram desenvolvidas por várias pequenas empresas de biotecnologia, modesta mas significativamente reduziram os níveis virais no sangue de pacientes, que responderam durante meses ou mais. Em alguns casos, as vacinas também aumentam os níveis de células T CD4+ (as vitais células imunorreguladoras que o HIV depleta). Em teoria, as vacinas só precisariam ser administradas a intervalos de poucos meses.

Dois dos testes fase II relatados na reunião se concentraram em melhorar a eficiência das células dendríticas do sistema imunológico. Essas são as células que levam os antígenos estranhos – neste caso, proteínas do HIV – para as células T, de modo que possam reconhecer e eliminar os invasores.

Uma abordagem, desenvolvida pela Genetic Immunity, empresa de biotecnologia com sede em Budapeste, envolve a criação de nanopartículas que contêm trechos selecionados do RNA proveniente do HIV. A preparação é aplicada nos pacientes por meio de um adesivo cutâneo. A pele sob o adesivo é levemente danificada para atrair os precursores das células dendríticas, expondo-os a 15 proteínas do HIV transcritas a partir do RNA.

A outra tática, da Argos Therapeutics de Durham, na Carolina do Norte, se baseia em vacinas feitas sob medida para cada paciente. Os pesquisadores extraíram células dendríticas e RNA viral de pacientes, então carregaram as células com o RNA antes de as reaplicarem no mesmo paciente.
Vacinas terapêuticas são normalmente testadas em pacientes já sob tratamento com drogas. Para evitar que os remédios confundam os testes, os pacientes precisam “tirar férias” da medicação durante os meses do teste. Porém, um teste com placebo realizado pela FIT Biotech de Tampere, na Finlândia, quebrou esse modelo ao recrutar 60 pacientes da África do Sul que nunca haviam sido tratados com drogas.

A vacina da FIT contém uma combinação de fragmentos de genes projetados para tornar o paciente imune a seis proteínas virais. Em cerca de 80% dos pacientes recebendo tratamento, o vírus foi suprimido e os níveis de CD4+ foram mantidos dois anos após a terapia começar.

Os resultados são particularmente relevantes para países como a África do Sul, onde muitos pacientes não têm um fácil acesso aos medicamentos, afirma Eftyhia Vardas, virologista da University of the Witwatersrand, que realizou o teste clínico em 2006 em Soweto, Johannesburgo. Vardas recorda ter se sentido como uma “rebelde” quando concordou em dar prosseguimento ao teste. Na época, o governo da África do Sul oficialmente negou que o HIV causava aids e seus colegas científicos não acreditavam que vacinas terapêuticas dariam frutos. Ela própria estava cética, relembra, depois de ter visto os outros testes falharem.
“Mas você não pode excluir nada quando as opções são tão limitadas”, observa ela. A África do Sul é o lar de 5,7 milhões de pessoas infectadas com HIV. Uma vacina, considera Vargas, “ajudaria a África do Sul a retardar a expansão da aids e reduzir a infectividade ao manter as cargas virais baixas quando as drogas não estiverem disponíveis”.
O valor das vacinas só vai se tornar claro quando os testes maiores da fase III começarem nos próximos anos.

Por enquanto, os líderes na pesquisa da aids estão cautelosos em relação aos resultados. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês) dos EUA em Bethesda, Maryland, afirma que ele poderia imaginar um papel para “uma boa vacina terapêutica” para pacientes que foram tratados desde cedo e, portanto, têm apenas uma pequena reserva de HIV e cujos níveis sanguíneos de HIV são completamente suprimidos por drogas. Mas ele avisa que, como as vacinas causaram apenas uma modesta diminuição da carga viral, usá-las em lugar de drogas poderia permitir que os vírus sofressem mutações além do controle da vacina. “Esses testes iniciais envolvem pequenos números de pessoas”, adiciona Carl Dieffenbach, chefe da divisão de aids do NIAID. “Seria errado dar falsas esperanças às pessoas”.

Mas a Associação Nacional de Pessoas com Aids, um grupo de advocacia com sede em Maryland cujo vice-presidente de assuntos da comunidade, Stephen Bailous, organizou uma sessão especial, elogiou a abordagem. “Precisamos ter esperanças e algumas das vacinas terapêuticas parecem muito promissoras”, informa Bailou. “Se não pudermos depositar nossas esperanças nelas, então onde?”

Parente do crocodilo pode ter mastigado como um mamífero


por Katherine Harmon
Mark Witton

Pakasuchus kapilimai : do tamanho de um gato doméstico

Crocodilos modernos podem ter dentes afiados para rasgar carne, mas não conseguem mastigar como os seres humanos. Na verdade, os mamíferos têm liderado a habilidade de mastigação, enquanto outras formas de vida simplesmente rasgam os alimentos antes de ingeri-los.

Mas uma espécie recentemente descrita em relação crocodilo do cretáceo (Pakasuchus kapilimai) talvez pudesse mastigar.

Considerando que os membros sobreviventes da família Crocodilidae têm a boca forrada com todos os dentes pontudos e ameaçadores, esta criatura antiga tinha dentes de diferentes formas e funções. Na parte da frente do crânio havia pequenos dentes cônicos, mas a parte traseira tinha dentes achatados como molares, sugerindo a mastigação dos alimentos. A descrição dos resultados da mandíbula foi publicada on-line na revista Nature.

"Os dentes são tipicamente de mamíferos", diz Patrick O`Connor, do Departamento de Ciências Biomédicas na Ohio University College e autor do estudo. "Sem dúvida, tiveram mais organização e melhor capacidade no processamento de alimentos, comparados a seus parentes mais modernos”.

Ele e sua equipe usaram um scanner para analisar o crânio do animal. Essa analise permitiu que reproduzissem digitalmente os dentes e a mandíbula.

Mas as características dessa espécie Crocodyliform notosuchian não terminam na sua dentição. “Esse crocodilo antigo era do tamanho de um gato doméstico e provavelmente viveu principalmente em terra firme”, observou O`Connor.

Embora P. kapilimai tinha formado um arranjo dos dentes e da mandíbula que eventualmente teve sucesso em muitos mamíferos, a experiência evolutiva não parece ter sido suficiente para mantê-los vivos até os dias atuais.

Inibição da dopamina pode evitar vício de drogas


Pesquisa indica que nascimento de neurônios bloqueia necessidade de drogas
por Kristina Rehm




Durante a última década, aprendemos muito sobre a função dos neurônios recém-nascidos, revelando seu possível papel em doenças psiquiátricas e neurológicas, tais como distúrbios de humor, esquizofrenia e epilepsia. O objetivo dessas pesquisas é extraordinário. Podemos estar à beira de compreender, tratar ou mesmo impedir a vida de doenças cerebrais, inclusive uma que afeta milhões de pessoas no mundo inteiro: a dependência de drogas.

Em um estudo recente publicado no Journal of Neuroscience, Michele Noonan, estudante de pós-graduação no laboratório de neurociência de Amelia Eisch, mostra que a falta de neurogênese, ou o nascimento de novos neurônios, no rato adulto pode realmente causar toxicodependência. Sua equipe bloqueou a neurogênese no hipocampo – banco de memória do cérebro – com a irradiação no alvo, e os ratos testados tornaram-se viciados em cocaína.

Baseado em seus resultados e evidências de outros estudos sobre a dependência e o hipocampo, os autores sugerem uma explicação interessante para o vício: neurônios no hipocampo inibem a liberação de dopamina, um dos grandes mensageiros químicos que agem como um sinal de recompensa. Assim, com menos neurônios novos nos ratos irradiados, mais dopamina é liberada quando a cocaína é administrada. Com o sinal de recompensa intenso, mais os ratos são propensos a se tornar viciados, e ainda desenvolvem uma memória exagerada da recompensa associada à ingestão de cocaína. Assim, com um sentimento exagerado de recompensa e com o acumulo de dopamina, há um aumento no risco de recaída. Esse estudo sugere um novo papel intrigante para os neurônios no hipocampo, iluminando o caminho para futuros estudos sobre o vício de drogas.

O estudo também gera uma perspectiva sedutora: algum dia, quando pudermos testar o nascimento desses novos neurônios, um dependente químico poderá se livrar da dependência e de todos os traumas e desastres causados por essas substâncias

Quando o Mar Salvou a Humanidade


Pouco após o aparecimento do Homo sapiens, duras condições climáticas quase extinguiram a nossa espécie. Descobertas recentes sugerem que a pequena população que deu origem a todos os seres humanos vivos hoje sobreviveu explorando uma combinação única de recursos ao longo do litoral sul da África
por CURTIS W. MAREAN
COM A POPULAÇÃO MUNDIAL em torno de 7 bilhões, é difícil imaginar que o Homo sapiens já foi uma espécie em extinção. Mas, estudos de DNA de uma amostragem da população atual indicam que, no passado, nossos ancestrais sofreram um drástico declínio populacional. Embora os cientistas não tenham um cronograma preciso da origem e da quase extinção de nossa espécie, a partir de registros fósseis podemos supor que os nossos antepassados surgiram em toda a África pouco antes de 195 mil anos atrás. Naquela época, com clima ameno e comida abundante, a vida era fácil. Mas pouco depois disso, a vida começou a mudar. Já por volta de 195 mil anos atrás, as condições se deterioraram. O planeta entrou em uma longa fase glacial conhecida como Estágio Isotópico Marinho 6, que se estendeu até cerca de 123 mil anos atrás.

Não existe um registro detalhado das condições ambientais na África durante o estágio glacial 6, mas com base nas fases glaciais mais recentes e mais conhecidas os climatologistas supõem que foram quase certamente frias e áridas, e seus desertos eram provavelmente muito mais extensos que os atuais. Grande parte da massa terrestre teria sido inabitável. Enquanto o planeta estava sob esse regime de gelo, o número de pessoas caiu perigosamente: de mais de 10 mil indivíduos reprodutores para apenas algumas centenas. Estimativas de exatamente quando ocorreu esse gargalo populacional e sobre o reduzido tamanho dessa população variam entre os estudos genéticos, mas todos indicam que os seres humanos vivos hoje são descendentes de uma pequena população que habitou uma região da África durante essa fase de resfriamento global.

Comecei minha carreira como arqueólogo trabalhando na África oriental, estudando a origem dos seres humanos modernos. Mas meu interesse começou a mudar quando soube do gargalo populacional que os geneticistas começaram a mencionar no início da década de 90. Hoje os seres humanos exibem baixa diversidade genética em relação a muitas outras espécies, com população mais reduzida e áreas geográficas menos variadas, fenômeno que seria mais bem explicado pela ocorrência de um acidente populacional no início da existência do H. sapiens. Eu me perguntava: onde os nossos antepassados teriam conseguido sobreviver durante a catástrofe climática? Apenas poucas regiões poderiam ter tido os recursos naturais para apoiar os caçadores-coletores. Os paleoantropólogos discutem, de forma acalorada, sobre qual dessas áreas teria sido ideal. A costa sul da África, rica em mariscos e plantas comestíveis durante o ano todo, pareceu-me ter sido um refúgio especialmente bom em tempos difíceis. Assim, em 1991 decidi ir para lá e buscar os sítios com vestígios datados do estágio glacial 6.

Minha pesquisa dentro dessa área costeira não foi ao acaso. Eu tinha de encontrar um abrigo perto o suficiente da antiga costa com fácil acesso aos mariscos e alto o suficiente para que os depósitos arqueológicos não tivessem sido levados pelo mar 123 mil anos atrás, quando o clima aqueceu, e os níveis do mar se elevaram. Em 1999, meu colega sul-africano Peter Nilssen e eu decidimos investigar algumas cavernas que ele havia localizado em um local denominado Pinnacle Point, promontório que se projeta para o oceano Índico, perto da cidade Mossel Bay. Descendo a face íngreme do penhasco, deparamos com uma caverna que parecia particularmente promissora – conhecida simplesmente como PP13B. A erosão dos depósitos sedimentares situados perto da entrada da caverna expôs camadas claras de restos arqueológicos, incluindo lareiras e ferramentas de pedra. Melhor ainda, uma duna de areia e uma camada de estalagmite encobriam esses vestígios de atividade humana, sugerindo serem bem antigos. Ao que tudo indica, tiramos a sorte grande. No ano seguinte, depois de um criador de avestruz local ter nos construído uma escada de madeira de 180 degraus para permitir acesso mais seguro ao sítio, começamos a escavar.

Desde então, o trabalho da minha equipe na área PP13B e em outros locais das proximidades recuperou um registro notável de ações empreendidas pelos povos que habitaram essa região entre aproximadamente 164 mil e 35 mil anos atrás; portanto, durante o gargalo e após a população começar a se recuperar. Os depósitos nessas cavernas, combinados com análises do ambiente antigo de lá, permitiram chegar a uma explicação plausível de como os moradores préhistóricos de Pinnacle Point conseguiram sobreviver durante uma crise climática sombria. Os restos também desmistificam a ideia estável de que a modernidade cognitiva evoluiu muito depois da anatômica: evidências de sofisticação de comportamento são abundantes até mesmo nos níveis arqueológicos mais antigos na PP13B. Sem dúvida, esse intelecto avançado contribuiu significativamente para a sobrevivência da espécie, permitindo que os nossos ancestrais tirassem proveito dos recursos disponíveis na costa.

PRESBIOPIA

A presbiopia ou “vista cansada”, é uma evolução natural da visão, que se manifesta em todas as pessoas, tendencialmente, a partir dos 40 anos. Todos iremos senti-la, mais tarde ou mais cedo, porque os nossos olhos perdem a elasticidade à medida que envelhecem. Isto resulta numa crescente dificuldade em ver bem ao perto.

Quais as causas da presbiopia?
Um olho saudável acomoda-se perfeitamente à refracção da luz, tanto ao perto como ao longe. À medida que envelhece o cristalino torna-se menos elástico ao mesmo tempo os músculos oculares perdem flexibilidade. O olho perde a capacidade de focalizar nitidamente as imagens dos ojectos próximos, porque estas se formam atrás da retina e não sobre ela. Embora o resultado desta anomalia seja semelhante ao da hipermetropia, as causas são muito diferentes.

Quais os primeiros sinais da presbiopia?
Os seus braços já não são suficientemente longos para ler o jornal? Tem dificuldade em enfiar uma agulha? Estes são os primeiros sinais da presbiopia. Outros sintomas podem ser as dores de cabeça e a fadiga ocular.

Como se compensa a presbiopia?
As lentes progressivas são as mais adequadas à compensação da presbiopia, por serem as únicas que lhe possibilitam uma visão mais aproximada da natural. Esta lente funciona quase como o uma lente de uma máquina de filmar com zoom. A transição entre os diferentes campos de visão é suave.

Quais as razões da presbiopia? A presbiopia é uma consequência natural do envelhecimento. Todas as pessoas, mesmo as que já sofrem de outra anomalia visual, começam a sentir a sinais da presbiopia a partir dos 45 anos. Se é hipermétrope é provável que ela se manifeste mais cedo do que num miope. Esta anomalia tem tendência para se agravar com a idade mas geralmente estabiliza a partir dos 65 anos.

Se tem mais perguntas ou dúvidas sobre a presbiopia, por favor consulte o seu especialista de visão.

Fonte: www.essilor.pt

SEGUNDA LEI DE MENDEL

ligação genica = parte 2

ligaçao genica

Cientistas testam gel vaginal que diminui risco de contaminação por HIV


Um gel vaginal com propriedades microbicidas que está sendo testado na África do Sul conseguiu diminuir de maneira significativa o risco de mulheres que o utilizaram de se infectarem com o vírus HIV, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista científica Science.

O gel, que contém o medicamento antirretroviral Tenofovir, usado no tratamento da Aids, diminuiu em 39%, em média, a chance de as mulheres que o utilizaram de se infectarem com o vírus. Entre as mulheres que usaram o medicamento com mais frequência, a diminuição do risco de contrair a doença chegou a 54%.

Se os resultados da pesquisa se confirmarem, esta será a primeira vez que um gel microbicida se mostrou eficiente na prevenção à doença.

O novo medicamento poderia ser utilizado por mulheres cujos parceiros se recusam a usar preservativos.

Segundo os pesquisadores, também foi constatada uma redução da incidência de herpes genital entre as mulheres que utilizaram o gel.

Testes

O estudo é resultado de uma pesquisa de três anos feita pela fundação Centre for the Aids Programme of Research in South Africa (Caprisa) e foi apresentado nesta segunda-feira durante uma conferência internacional sobre Aids que está sendo realizada em Viena, capital da Áustria.

De acordo com os pesquisadores, o gel se mostrou eficiente e seguro quando utilizado 12 horas antes da relação sexual e 12 horas depois da mesma por mulheres entre 18 e 40 anos de idade.

Segundo Salim Abdool Karim, um dos autores da pesquisa, entre as 889 mulheres envolvidas nos testes - realizados na cidade sul-africana de Durban e também em um pequeno vilarejo rural – a grande maioria utilizou o gel conforme recomendado.

Além do medicamento, os pesquisadores forneceram preservativos e orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis às participantes do estudo. As mulheres também passaram por testes mensais para detectar a presença do HIV.

Trinta meses após o início das pesquisas, 98 mulheres haviam sido infectadas com o HIV – 38 no grupo de estava utilizando o novo gel e 60 no grupo para o qual foram fornecidos placebos (substâncias sem efeitos farmacológicos utilizadas para controle em pesquisas).

“Isto mostra uma incidência 39% menor no grupo que utilizou o (gel com) Tenofovir”, disse Karim.

Segundo o pesquisador, o gel diminuiu o risco de incidência de HIV em cerca de 50% nos 12 primeiros meses, mas a eficiência caiu depois disso.

Ele afirmou que as mulheres que utilizaram o gel de forma “consistente” se mostraram menos propensas a se infectarem.

Ainda de acordo com o pesquisador, uma das vantagens do novo produto seria seu preço baixo.

Esperança

Michel Sidibé, diretor-executivo do Unaids (Programa das Nações Unidas para HIV/Aids) comemorou os resultados da pesquisa e destacou o fato de ela levar a um método de prevenção que pode ser controlado pelas mulheres, independente de seus parceiros.

“Nós estamos dando esperanças às mulheres. Pela primeira vez nós estamos vendo resultados de uma opção de prevenção ao HIV controlada por mulheres”, disse.

A diretora-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Margareth Chan, também comemorou os resultados e disse esperar que eles sejam confirmados por outras pesquisas.

“Assim que eles se mostrarem seguros e eficientes, a OMS irá trabalhar com governos e parceiros para acelerar o acesso a esses produtos”, disse.

Café e chá protegem contra problemas cardíacos, diz estudo


Tomar várias xícaras de café ou chá por dia pode proteger o consumidor de doenças cardíacas, segundo um estudo holandês realizado durante 13 anos.

As pessoas que tomavam mais de seis xícaras de chá por dia reduziram o risco de doenças do coração em um terço, segundo a pesquisa, que envolveu 40 mil pessoas.

O consumo de dois a quatro cafés por dia também estaria ligado a um risco menor.

Enquanto o efeito protetor cessava com mais de quatro xícaras de café por dia, até aqueles que bebiam esta quantidade não apresentavam riscos maiores de morrer por nenhuma causa, incluindo derrame e câncer, do que aqueles que não bebiam nada.

Os holandeses costumam tomar café com uma pequena quantidade de leite e chá sem leite. Houve descobertas conflitantes sobre a influência do leite nos polifenóis, considerados a substância mais benéfica encontrada no chá.

O café tem propriedades que poderiam em teoria aumentar e reduzir os riscos simultaneamente - potencialmente aumentar o colesterol ao mesmo tempo em que combate o prejuízo inflamatório associado à doença cardíaca.

Porém, o estudo publicado no Journal of the American Heart Association concluiu que os que tomavam entre dois e quatro xícaras por dia diminuíam os riscos da doença em 20%.

"É basicamente uma história de boas notícias para aqueles que gostam de chá e café. Estas bebidas parecem oferecer benefícios para o coração sem aumentar o risco de morte de alguma outra causa", afirmou Yvonne van der Schouw, que liderou a pesquisa.

Ellen Mason, da British Heart Foundation, disse que o estudo reforça os indícios de que tomar chá e café em moderação não é prejudicial à maioria das pessoas e pode até reduzir o risco de desenvolver, ou morrer, de doenças cardíacas.

"Porém, é bom lembrar que levar uma vida saudável é o que realmente importa quando se quer deixar o coração em boas condições. Fumar um cigarro com seu café cancelaria completamente qualquer benefício, e tomar muito chá em frente à televisão durante horas sem fim sem se exercitar provavelmente não protegeria muito seu coração", afirmou Mason.

Quase metade das cidades no Brasil não tem acesso à rede de esgoto, indica IBGE

Quase metade dos municípios brasileiros, ou 44,8% do total, não era servida com uma rede de saneamento em 2008, de acordo com um levantamento divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A oferta do serviço também era bastante desigual. Enquanto no Estado de São Paulo a rede de esgoto chegava a 99,8% das cidades, no Piauí apenas 4,5% dos municípios eram atendidos.

Quando o cálculo é feito por domicílios, o resultado é ainda mais preocupante: 56% dos brasileiros, ou seja, a maioria da população, não tinham acesso ao serviço de coleta de esgoto há dois anos.

Ainda de acordo com o levantamento, de todo o volume de esgoto gerado no país em 2008, 31% não passou por qualquer tipo de tratamento.

Ao contrários de outros serviços básicos, como luz e coleta de lixo, que evoluíram nos oito anos anteriores, o saneamento deixou a desejar no período. Em 2000, esse serviço chegava a 52,2% das cidades.

A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) 2008 investiga a oferta de diversos serviços básicos, tendo como fonte de informação as entidades prestadoras desses serviços em todos os municípios brasileiros.

Água encanada, por exemplo, chegava a 99,4% dos municípios em 2008, enquanto a coleta de lixo atingia a totalidade (100%) das cidades brasileiras.

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Cerveja aumenta risco de doença de pele em mulheres, diz estudo


Mulheres que bebem cerveja regularmente têm mais chances de desenvolver psoríase, uma doença de pele crônica, segundo sugere um estudo de pesquisadores americanos.

O estudo descobriu que as mulheres que bebem cinco cervejas por semana têm o dobro de risco de desenvolver a doença em comparação com as mulheres que não bebem.

A pesquisa, da Harvard Medical School, em Boston, analisou dados de mais de 82 mil enfermeiras entre 27 e 44 anos e seus hábitos de consumo de bebidas alcoólicas entre 1991 e 2005.

Os pesquisadores disseram observar um aumento de 72% no risco de psoríase entre as mulheres que bebiam mais do que uma média de 2,3 cervejas por semana em relação às mulheres que não bebiam.

Para as mulheres que bebiam cinco copos de cerveja por semana, o risco era 130% maior.

Porém as mulheres que bebiam qualquer quantidade de cerveja não alcoólica, vinho ou bebidas destiladas não apresentaram um aumento do risco de desenvolver psoríase.

“A cerveja comum foi a única bebida alcoólica que aumentava o risco de psoríase, sugerindo que alguns componentes não-alcoólicos da cerveja, que não são econtrados no vinho ou nos destilados, podem ter um papel importante no estabelecimento da psoríase”, afirma o autor da pesquisa, Abrar Qureshi.

Glúten

O estudo, publicado na revista especializada Archives of Dermatology, sugere que a causa do aumento no risco de prsoríase pode ser a cevada com glúten, usada na fermentação da cerveja.

Estudos anteriores mostraram que uma dieta sem glúten pode melhorar os casos de psoríase nos pacientes sensíveis ao glúten.

Segundo o estudo, as pessoas com psoríase podem ter uma sensibilidade latente ao glúten.

“As mulheres com alto risco de desenvolver psoríase devem considerar evitar tomar muita cerveja”, concluem os autores.

A psoríase é uma doença crônica de pele caracterizada por escamações com coceira que normalmente aparecem nos joelhos, nos cotovelos e no coro cabeludo, mas que podem também atingir outras áreas do corpo, incluindo a face.

A doença, cuja origem é genética, é normalmente desencadeada por alguma situação específica. Seus efeitos são comumente leves, mas em alguns casos extremos chegam a deixar os pacientes desfigurados.

Adversidades e estresse na infância levam a problemas de saúde no futuro, dizem estudos


Adversidades e estresse no início da vida podem levar a problemas de saúde no futuro e até mesmo à morte prematura, segundo uma série de estudos apresentados em um encontro da Associação Americana de Psicologia, na Califórnia.

Os estudos sugerem que o estresse na infância provocado pela pobreza ou por abusos pode levar a doenças cardíacas, inflamação e acelerar o envelhecimento celular.

Segundo os responsáveis pelas pesquisas, as experiências no início da vida podem deixar “marcas duradouras” sobre a saúde no longo prazo.

Em um dos estudos, pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, analisaram a relação entre viver em pobreza e os sinais iniciais de doenças cardíacas em 200 adolescentes saudáveis.

Eles verificaram que aqueles que vinham de famílias mais pobres tinham artérias mais endurecidas e uma pressão sanguínea mais elevada.

Situações ameaçadoras

Uma segunda pesquisa do mesmo grupo mostrou que as crianças dos lares mais pobres eram mais propensas a interpretar uma série de situações sociais simuladas como ameaçadoras.

Elas também tinham pressão e batimentos cardíacos mais altos e apresentaram sinais mais fortes de hostilidade e raiva em três testes de laboratório.

Os resultados apoiam outras pesquisas que mostram uma ligação entre uma infância com alto nível de estresse e futuras doenças cardiovasculares, segundo a coordenadora dos estudos, Karen Matthews.

Segundo ela, ambientes imprevisíveis e com estresse levam as crianças a ficarem “hipervigilantes” em relação a percepções de ameaças.

“Interações com outros se tornam então uma fonte de estresse, que pode elevar o nível de estimulação, a pressão sanguínea e os níveis de inflamação e esgotar as reservas do corpo. Isso estabelece o risco para doenças cardiovasculares”, disse.

Expectativa de vida

Outro estudo apresentado na conferência mostrou que eventos na infância como a morte de um dos pais ou abusos podem tornar as pessoas mais vulneráveis aos efeitos do estresse na vida posterior e até mesmo reduzir a expectativa de vida.

Pesquisadores da Universidade de Ohio State analisaram um grupo de adultos mais velhos, alguns dos quais cuidavam de pessoas com demência.

Eles avaliaram diversos indicadores de inflamação no sangue que podem ser sinais de estresse, assim como o comprimento dos telômeros – fitas de DNA que se encurtam a cada vez que as células se dividem e que podem ter relação com doenças relacionadas à idade.

Os 132 participantes também responderam a um questionário sobre depressão e sobre abusos ou negligências sofridos na infância.

O estudo relacionou abusos físicos, emocionais ou sexuais durante a infância com telômeros mais curtos e níveis mais altos de inflamação mesmo após serem descartados outros fatores como idade, sexo, índice de massa corporal, exercícios, sono e se a pessoa era responsável por cuidar de alguém.

“Nossa pesquisa mostra que as adversidades na infância deixam uma sombra longa sobre a saúde da pessoa e podem levar a inflamações e envelhecimento celular muito antes do que em aqueles que não passaram por isso”, disse a coordenadora do estudo, Janice Kiecolt-Glaser.

“Aqueles que sofrem diversas adversidades podem encurtar sua expectativa de vida entre 7 e 15 anos”, afirmou

Chocolate amargo reduz risco de ataques cardíacos, diz estudo


Uma pesquisa americana afirma que mulheres mais velhas que comem chocolate amargo uma ou duas vezes por semana podem reduzir o risco de doenças cardíacas.

De acordo com o estudo, mulheres que comem chocolate amargo até duas vezes por semana reduzem o risco de doenças cardíacas em até 33%. No entanto, as que comem todos os dias não se beneficiam.

A pesquisa foi publicada em uma revista científica da Sociedade Americana do Coração. Os cientistas analisaram dados de cerca de 32 mil mulheres entre 48 e 83 anos ao longo de nove anos.

O estudo indica que o consumo de até duas porções de 19 a 30 gramas de chocolate amargo por semana reduz em até 32% o risco de doenças do coração.

Quando o consumo aumentou para até três porções, o índice caiu para 26%. O índice de redução de risco era nulo nas mulheres que consumiam chocolate amargo todos os dias.

Açúcar e gordura

A pesquisa ressalta que comer muito chocolate não é saudável, por causa do alto índice de açúcar e gordura, que fazem com que as pessoas ganhem peso.

No entanto, o chocolate contém altos índices de flavonóides, uma substância que diminui a pressão sanguínea e protege contra doenças do coração.

Os pesquisadores afirmam que o novo estudo é um dos primeiros a identificar alguns dos benefícios à saúde do chocolate amargo no longo prazo.

"Não se pode ignorar que o chocolate é relativamente intenso em calorias e que grandes porções consumidas habitualmente aumentarão o risco de ganho de peso", afirma Murray Mittelman, um dos autores do estudo, da Beth Israel Deaconess Medical Center, de Boston.

"Mas se você vai se dar um agrado, chocolate amargo é provavelmente uma boa opção, desde que consumido com moderação."

A diferença na qualidade do chocolate também afeta o benefício que o produto traz à saúde. Quanto mais cacau, maior o benefício.

Chocolate amargo pode conter até 75% de cacau, enquanto chocolate ao leite em geral possui até 25%.

Para a nutricionista Victoria Taylor, da Fundação Britânica do Coração, o estudo mostra a importância de se achar o equilíbrio correto na alimentação.

"Antes de se jogar nos doces, é preciso lembrar que enquanto alguns antioxidantes do chocolate são bons para o coração, os mesmos antioxidantes também estão presentes em frutas e vegetais – comidas que não têm gordura saturada ou alta caloria como o chocolate", disse ela.

Cientistas britânicos criam teste que diagnostica meningite em apenas ‘uma hora’


Cientistas da Queen’s University, de Belfast e da Autoridade de Saúde da capital da Irlanda do Norte, desenvolveram um teste revolucionário que pode diagnosticar em apenas uma hora se o paciente sofre de meningite.

Semelhante a uma impressora doméstica, o aparelho que faz o teste é portátil e acelera o resultado do exame, que atualmente demora entre 24 e 48 horas.

Um diagnóstico rápido da doença é vital para o tratamento de crianças pequenas com meningite meningocócica e septicemia, já que seu estado se deteriora em muito pouco tempo.

A meningite é a inflamação da meninge – membrana que protege e recobre o cérebro e a medula espinhal – e pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos, entre outros fatores. A forma mais perigosa é a bacteriana, da qual a meningocócica faz parte.

Sintomas

“Os primeiros sintomas das infecções meningocócicas são os mesmos de uma virose, dificultando o diagnóstico nos estágios iniciais”, afirma o cientista Mike Shields, da Queen’s University, que liderou a pesquisa.

“Os pais normalmente usam o ‘teste do copo’ no corpo das crianças, mas as manchas vermelhas (que não somem mesmo quando o copo é pressionado sobre elas) normalmente associadas a um diagnóstico de meningite são um sintoma tardio que nem sempre está presente nas crianças que têm a doença.”

A meningite meningocócica pode causar a morte de uma criança em uma questão de horas, se não for tratada, e também pode deixar sequelas como surdez e lesões cerebrais.

O grupo de maior risco e onde há maior incidência é o de crianças com menos de 5 anos de idade.

“Atualmente, médicos aceitam a internação e tratam com antibióticos qualquer criança sob suspeita de ter meningite meningocócica enquanto aguardam o resultado dos exames, que pode levar entre 24 e 48 horas”, disse o professor.

“Algumas crianças não são diagnosticadas no estágio inicial da doença, enquanto outras são internadas e tratadas, ‘pelo sim, pelo não’, quando na verdade não têm a doença.”

A meningite pode ser transmitida através do contato próximo com secreções respiratórias do paciente. O aparelho criado pelos pesquisadores examina uma amostra da saliva ou de sangue do paciente para avaliar se ele tem a doença.

Além de salvar vidas, o diagnóstico no estágio inicial pode melhorar o tratamento dos pacientes e ajudar a evitar as sequelas associadas à doença.

Testes

A máquina já está em fase de testes no pronto-socorro do Royal Victoria Hospital for Sick Children de Belfast.

“Não há nenhum outro exame que possa confirmar o diagnóstico em tão pouco tempo. Os exames atuais são caros e demorados.”

“A identificação rápida da doença vai permitir aos médicos tomar decisões sobre o tratamento que podem salvar a vida dos pacientes. Se ele tiver os resultados em uma hora, poderá começar o tratamento apropriado imediatamente”, afirmou Shields.

O aparelho, no entanto, ainda precisa ser testado por mais tempo para que seja avaliada a precisão dos resultados.

O estudo contou com o apoio da Fundação para a Pesquisa da Meningite da Grã-Bretanha (MRF, na sigla em inglês).

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil foram registrados 19.708 casos de meningite em 2009, desses 2.603 eram de meningite meningocócica.

A vacina conjugada contra o meningococo do sorogrupo C passará a integrar o calendário básico da vacinação na rede pública a partir de agosto deste ano para crianças com menos de dois anos de idade, informou o Ministério.

24 de ago. de 2010

Glossário de ficologia

A
A- (do grego a-, não, sem): Prefixo de negação da parte seguinte da palavra.
ÁCIDO ALGÍNICO: polissacarídeo composto de unidades de ácido manurônico e L-gulurônico variando em suas proporções. O ácido algínico é um importante constituinte da parede celular das algas pardas (Phaeophyta), embora também ocorra na parede celular de algumas algas vermelhas (Rhodophyta)
ALGINA: termo geral para os sais de ácido alginíco, especialmente os sais de Na
ALGINATO: sal de ácido algínico que apresenta íons de Ca e Ba
ACINETO: esporo de resistência com parede espessada; produzido pela diferenciação de células vegetativas das cianobactérias.
ACRONEMÁTICO: (do grego akros, apical, terminal+ nema, fio): diz-se do flagelo liso e terminando em ponta
AD- (do latim ad-, junto a): Prefixo que significa "junto a".
ADAPTAÇÃO (do latim adaptatus, adaptado): uma peculiaridade estrutural, fisiológica ou comportamental que auxilia determinado organismo a harmonizar-se com seu meio ambiente.
ADAPTAÇÃO CROMÁTICA: capacidade do organismo de mudar a proporção relativa dos vários pigmentos fotossintéticos para reduzir ou aumentar a absorção de luz em resposta a qualidade de luz.
ADELFOPARASITA (do grego adelphos, irmão): em ficologia, diz-se da alga parasita que apresenta afinidade com seu hospedeiro, ambos pertencendo a mesma família.
ADESÃO (do latim adhaerere, grudar-se a): Ato de aderirem-se uns aos outros diferentes materiais ou objetos.
ADVENTÍCIO (do latim adventicius, a, um, de ad , junto + venire , vir ) - estrutura que surge em um lugar incomum; fora do próprio lugar; acidental; casual.
AERÓTOPO:
ÁGAR: fração gelatinosa da parede celular de algumas rodofitas (Rhodophyta); polissacarídeo sulfatado constituído de D-galactose e anidro-L-galactose. Substância usada como um agente de solidificação no preparo de meios nutritivos para o crescimento de microrganismos.
ALA: (do grego ala, asa): expansões membranosas derivadas a partir da nervura central de alguns membros de Delesseriaceae (Rhodophyta)
ÁLCALI (do árabe algili, as cinzas de um tipo de planta): Uma substância com fortes propriedades básicas.
ALCALINA: Pertencente às substâncias que liberam íons hidroxila (OH-) em água, tendo um pH maior que 7.
ALCALÓIDES: Compostos contendo anéis nitrogenados, produzidos pelas plantas e que são fisiologicamente ativos nos vertebrados. Muitos alcalóides têm um sabor amargo e outros são venenosos.
ALGA: Termo tradicional para uma série de grupos de organismos eucariontes, fotossintetizantes, não relacionados entre si e com órgãos reprodutores não multicelulares (exceto para as carófitas). As "algas azuis" ou cianobactérias são um dos grupos de bactérias fotossintetizantes.
ALGOLOGIA (do latim alga, alga+ ; do grego logos, discurso): o estudo de algas. Ver Ficologia
ALOPARASITA (do grego allos, outro): em ficologia, diz-se da alga parasita que não apresenta afinidade com seu hospedeiro, cada pertencendo a uma família distinta.
ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES: Ciclo reprodutivo no qual uma fase haplóide (n), o gametófito, produz gametas que, após a fusão em pares para formar um zigoto, germina, produzindo uma fase diplóide (2n), o esporófito. Esporos produzidos por divisão meiótica pelo esporófito dão origem a novos gametófitos, completando o ciclo.
AMEBÓIDE (do grego amoibe, mudança): Movimentação ou modo de alimentação por meio de pseudópodos (protrusões citoplasmáticas temporárias do corpo da célula).
AMIDO DAS FLORÍDEAS: Amilopectina; produto de reserva das rodofíceas, organizado dentro de grãos fora dos plastídeos.
AMIDO: carboidrato complexo e insolúvel. É a principal reserva de alimento das plantas. É composto de mais de mil unidades de glicose.
AMILOPLASTO: leucoplasto (plastídeo sem cor) que forma grãos de amido.
ANAERÓBICO (do grego an, sem + aer, ar + bios, vida): Processo que pode ocorrer sem oxigênio ou um organismo que pode viver sem oxigênio. Os estritamente anacróbicos (anaeróbicos obrigatórios) são os que não podem viver em presença de oxigênio.
ANAERÓBIO OBRIGATÓRIO: um organismo que é metabolicamente ativo somente na ausência de oxigênio.
ANÁLOGO (do grego analogos, proporcionado): aplica-se a estruturas semelhantes em função, mas de origem evolutiva diferente.
ANASTOMOSE (do grego anastomosis, desembocar): que se apresenta unido, formando uma espécie de retículo
ANFI- (do grego amphi-, com dois lados): prefixo que significa "de dois lados", "ambos" ou de "dois tipos".
ANFIESMA- cobertura celular da célula vegetativa dos dinoflagelados, formada somente por membranas nas espécies destituídas de carapaças ou por placas tecais encerradas por membranas nas espécies couraçadas
ANISOGAMIA (do grego aniso, desigual, + gamos, casar): a condição de ter gametas móveis desiguais.
ANTENA (do grego antenna, antena) - termo empregado para descrever os intergenículos que se originam no ápice dos conceptáculos.
ANTERIDICARPO (do grego anthos, florescer, + karpos, fruto): camada de células estéries que circundam os filmentos anteridiais de Charophyta
ANTERÍDIO: Estrutura que produz gametas masculinos e pode ser uni- ou multicelular.
ANTEROZÓIDE: Gameta masculino maduro, em geral móvel e menor que o gameta feminino.
ANTIBIÓTICO (do grego anti, contra ou em oposição + biotikos, pertencente à vida): Substâncias orgânicas naturais que retardam ou impedem o crescimento de organismos. Geralmente é usado para designar substâncias formadas por microrganismos que impedem o crescimento de outros microrganismos.
ANTICLINAL: perpendicular à superfície.
APLANOGAMETA (do grego a, sem + planos, viajar+ gametes, cônjuge): gameta não móvel
APLANÓSPOROS (do grego a, sem + planos, viajar+ sporos, semente): um esporo não móvel, produzido pela subdivisão do protoplasma da célula (aplanosporângio); embora sejam destituídos de flagelos apresentam algumas características de células flageladas como vacúolo contráctil ou mancha ocelar
APOMIXIA (do grego apo, separado, longe de + mixis, mesclar): Reprodução sem meiose ou fecundação; reprodução vegetativa.
APRESSÓRIO: porção basal de uma alga multicelular que a mantém presa a um objeto sólido. Pode ser constituído de apenas uma célula ou de uma massa de tecidos.
ARAGONITA: mineral; cristais de carbonato de cálcio com forma ortorômbica, morfologicamente apresentam formato de agulha; presente em alguns representantes das Chlorophyta, Phaeophyta e Rhodophyta.
ARQUI-, ARQUEO- (do grego arche, archos, início): Prefixo que significa "o primeiro", "o principal", "o mais antigo".
ARTICULADO (do latim articulus, articulação) - talo segmentado por articulações, em alusão ao genículo; termo empregado para descrever as rodofíceas calcárias que possuem genículo. Vide coralináceas com genículo.
AUFWUCHS: ver perifíton
AUTO- (do grego autos, o próprio, o mesmo): Prefixo que significa "o mesmo", "em si mesmo".
AUTOCOLÔNIA (do grego autos, o próprio, o mesmo+ do latim colonia, colônia): colônia filha (cenóbio-filho) formada por uma célula parental de uma colônia cenobial (cenóbio-mãe) e que parece uma versão em miniatura da colônia parental; p. ex, Volvox (Chlorophyta)
AUTÓSPORO (do grego autos, o próprio, o mesmo + sporos, semente): um esporo não móvel que é replica em miniatura (mesma forma) da célula parental
AUTOTRÓFICO (do grego autos, o próprio + trophos, alimentar-se): Organismo que é capaz de sintetizar as substâncias nutritivas por ele requeridas a partir de substâncias inorgânicas obtidas do seu ambiente. Ver também heterotrófico.
AUXÓSPORO (do grego auxein, que aumenta + sporos, semente): em Bacillariophyceae, célula especial prodizida em diatomáceas que se expande e aumenta de tamanho rapidamente para compensar a diminuição progressiva das células durante a divisão celular vegetativa; o auxósporo também é um zigoto.
AUXOTRÓFICO : organismo que requer uma fonte exógena, uma ou mais vitaminas, para seu crescimento

B
BENTOS (do grego benthos, fundo do mar): comunidade associada a substratos submersos; às vezes utilizado mais restritamente para referir àqueles organismos que vivem no fundo de um lago ou oceano
BIOLUMINESCÊNCIA: luz produzida por organismos vivos
BIOMASSA: O peso seco total de todos os organismos em uma determinada população, amostra ou área.
BIOSFERA: A zona de ar, terra e água na superfície da Terra que é ocupada por organismos.
BIÓTICO: Relativo à vida.
BLOOM: (A.S. blowan, explodir): crescimento explosivo auto limitante, de curta duração, de algas planctônicas, de uma ou poucas espécies marinhas ou de água doce, freqüentemente produzindo coloração visível nos corpos d’água naturais; geralmente há eliminação de metabólitos, os quais podem ser tóxicos a outros organismos. Ver florescimento; maré vermelha.
BRACTÉOLAS em carofíceas (Chlorophyta), folíolos localizados próximo dos oogônios e anterídios.

C
CADEIA ALIMENTAR: Uma cadeia de organismos existente em comunidade natural, tal que cada elo na cadeia alimenta-se do elo que está abaixo e é devorado pelo que está acima. Raramente há mais de seis elos numa cadeia, com os organismos autótrofos na base e os grandes carnívoros no ápice.
CALCÍFILO (do latim calx, cal, calcáreo): um organismo que cresce em áreas ricas em sais de cálcio
CALCÍFOBO (do latim calx, cal, calcáreo): um organismo que cresce em áreas de baixas concentrações de sais de cálcio
CALCITA: Mineral; cristais de carbonato de cálcio com forma hexagonal romboédrica; depositado dentro das paredes celulares de todos os taxa das Corallinales e Rhodogorgonales (Rhodophyta)
CALO (do latim callus, pele endurecida): Tecido não-diferenciado; um termo usado em cultura de tecidos, em enxertia e em cicatriz de lesão.
CALOSE: Carboidrato complexo ramificado que é um constituinte comum da parede nos tubos de seiva e hifas em trombeta das Laminariales (Phaeophyta).
CARBOIDRATO (do latim carbo, borralho + hydro, água): Um composto orgânico consistindo em uma cadeia de átomos de carbono nos quais o hidrogênio e o oxigênio estão ligados na proporção de 2: 1. Exemplos são os açúcares, amido, glicogênio e celulose.
CARIOGAMIA (do grego karyon, miolo, caroço + gamos, casar): União de dois núcleos após a plasmogamia.
CAROTENO (do latim careta, cenoura): Um pigmento amarelo ou laranja pertencente ao grupo carotenóide.
CAROTENÓIDES: Classe de pigmentos lipossolúveis que inclui os carotenos (pigmentos amarelos ou alaranjados) e as xantofilas (pigmentos amarelos), encontrados em cloroplastos e cromoplastos das plantas. Os carotenóides atuam com pigmentos acessórios na fotossíntese.
CARPOGÔNIO ( do grego Karpós , fruto + gonos, de gon, raíz alterada de gígnomai, produzir, gerar ) - órgão sexual feminino; célula haplóide que contém o núcleo gamético feminino; com forma, mais ou menos, de um frasco com a base oval e uma porção distal fina, em forma de tubo, a tricogine, que atua como superfície receptora de gametas masculinos.
CARPOSPORÂNGIO ( do grego karpós , fruto + aggeion , vaso) - esporângio formado por uma célula terminal do filamento gonimoblástico; produz apenas um carpósporo diplóide.
CARPÓSPORO (do grego karpós , fruto + sporós, semente) - esporo diplóide produzido dentro do carposporângio; pode , presumivelmente, dar origem a plantas tetrasporofíticas ou bísporas.
CARPOSPOROFITO ( do grego Karpós , fruto + sporós , semente + phyton , planta ) - microscópico; ocorre sobre o talo gametofítico feminino; fase diplóide que se origina após a fertilização do carpogônio; geralmente quando desenvolvido, são compostos por célula de fusão e filamentos gonimoblásticos que produzem carposporângios na sua porção terminal.
CARRAGENANA:Ficocolóide característico de algumas rodófitas como as Gigartinaceae, Solieriaceae, Phyllophoraceae e Hypneaceae; galactana sulfatada localizada extracelularmente.
CÉLULA APICAL: célula do início de um filamento ou talo; é meristemática e responsável pelo crescimento apical.
CÉLULA AUXILIAR DE FECUNDAÇÃO: célula que recebe o núcleo zigótico ou o núcleo derivado da fertilização do carpogônio, e da qual pode-se originar o carposporófito.
CÉLULA CONJUNTORA: Rhodophyta, envolvida na formação da conexão celular secundária entre filamentos não irmãos; uma pequena célula que é formada a partir de uma célula vegetativa e que subseqüentemente se funde com outra célula vegetativa (de filamento próximo e não irmão); geralmente esta transfere o núcleo de uma célula para a outra.
CÉLULA DE FUSÃO: (Rhodophyta, representantes da ordem Corallinales) na estrutura vegetativa, tipo de ligação entre duas células de filamentos vegetativos não irmãos, nas quais porções das paredes celulares rompem-se e, posteriormente, fundem-se; nestas, os protoplastos aparentemente se misturam; na estrutura reprodutiva, célula multinucleada formada, seguida a fertilização, por numerosas células, incluíndo as células auxiliares; subsequentemente, esta dá origem aos filamentos gonimoblásticos que produzem carposporângios.
CÉLULA HIPÓGINA: célula que sustenta o carpogônio
CÉLULA PERIAXIAL: ver célula pericentral
CÉLULA PERICENTRAL (do grego peri, em volta+ centrum, centro): membro de um anel de células originadas e circundadas pela célula central em certas rodófitas. Célula que é formada a partir da célula axial porém orientada em ângulo oblíquo ou reto à célula axial, p.ex. como no talo dos representantes das Rhodomelaceae
CÉLULA-MÃE DE ESPORO: Célula diplóide (2n), que sofre meiose e produz (em geral) quatro células haplóides (esporos) ou quatro núcleos haplóides.
CELULOSE: polissacarídeo estrutural da parede celular em muitas algas e plantas vasculares; formado por microfibrilas e constituída de unidades de glicose
CENÓBIO (do grego koinos, em comum + bios, vida): colônia que apresenta o número de células fixo antes de ser liberada da colônia parental; normalmente apresentam morfologia distinta. As células podem estar unidas de várias maneiras, p. ex., por um envelope de mucilagem.
CENOCÍTICO (do grego koinos, em comum + kytos, vaso oco): Termo usado para descrever um organismo, ou parte deste, que é multinucleado. Os núcleos não são separados por paredes ou membranas. Também chamado sifonáceo ou sincicial.
CICLO DE VIDA: Toda a seqüência de fases no crescimento e desenvolvimento de qualquer organismo, desde o tempo de formação do zigoto até a formação dos gametas.
CÍLIO (do latim cilium, cílio): um pequeno flagelo eucariótico.
CÍNGULO (do latim cingulum, cintura): em Dinophyceae, sulco transversal na região mediana da célula onde fica inserido um flagelo pantonemático e ondulado; em Bacillariophyceae, uma cinta que envolve ou conecta as duas valvas das diatomáceas
CISTO (do grego kystis, bexiga, vesícula): em algas, uma célula protegida por parede espessada em resposta às condições desfavoráveis do ambiente (p. ex., falta de nutrientes); um esporo de resistência
CISTOCARPO: em Rhodophyta, o carposporófito (filamentos gonimoblásticos e carposporângios) e o pericarpo (se presente) circundante
-CITO, CITO- (do grego kytos, cavidade de vasilhame): Sufixo ou prefixo que significa "pertencente à célula".
CITOESQUELETO: "rede" flexível que ocorre dentro das células, constituída de microtúbulos e microfilamentos ou por filamentos de actina.
CLADÍSTICA: Sistema de classificação de organismos, seguindo uma análise de seus aspectos primitivos e derivados, de tal maneira que suas relações filogenéticas fiquem melhor refletidas.
CLASSE: A categoria taxonômica entre divisão e ordem. Uma classe contém uma ou mais ordens e pertence a uma divisão particular.
CLORO- (do grego chloros, verde): Prefixo que significa "verde".
CLOROFILA (do grego chloros, verde + phyllon, folha): Pigmento verde de células vegetais, o qual é receptor de energia luminosa na fotossíntese; também encontrado em algas e bactérias fotossintetizantes.
CLOROPLASTO: Plastídeo no qual estão contidas clorofilas; sítio da fotossíntese. Os cloroplastos podem ocorrer em plantas e algas.
COCÓIDE (do grego kokkos, semente+ eidos, com aspecto de, semelhante a): organismos não flagelados unicelulares e que apresentam morfologia circular.
COCÓLITOS: discos calcificados ou espículas (placas) de certas haptofíceas (Haptophyta)
COLÔNIA (do latim colonia, fazenda): grupo de células vivem e permanecem juntas como uma unidade
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS: Restos alterados de organismos que morreram e que são queimados para gerar energia; petróleo, gás e carvão.
COMPETIÇÃO: Interação entre os membros da mesma população ou de duas ou mais populações para obter recursos de que ambas necessitam e que se encontram em limitada disponibilidade.
CONCEPTÁCULO (do latim conceptaculum, receptáculo): em Rhodophyta, cavidade no talo onde são produzidos gametângios e esporângios
CONEXÃO CELULAR: tipo de ligação ou acoplamento entre duas células, na qual um tampão ocorre em uma abertura da parede das células interligadas; pode ocorrer entre células de filamentos contínuos (irmãos) ou não (não irmãos). Pode ser (inglês: pit-connection)
CONEXÃO CELULAR PRIMÁRIA: conexão formada entre duas células, durante a divisão celular.
CONEXÃO CELULAR SECUNDÁRIA: conexão formada secundariamente, entre duas células de filamentos adjacentes (não contínuos, não irmãos), independente da divisão celular. Pode ser direta, quando as células irmãs formam uma conexão sem o auxílio da célula conjuntora (presente em Corallinales), ou indireta, quando a conexão entre as células irmãs é auxiliada pela célula conjuntora.
CONJUGAÇÃO (do latim cum, junto+ jugare, emparelhar): Fusão temporária de pares certas algas durante a qual é transferido material genético entre os dois indivíduos.
CORALINÁCEAS COM GENÍCULO: termo empregado para designar as rodofíceas calcárias que possuem genículo. (inglês: geniculate coralline)
CORALINÁCEAS SEM GENÍCULO: termo empregado para designar as rodofíceas calcárias destituídas de genículo.
CORALINÁCEAS: relativo aos membros da ordem Corallinales (Rhodophyta); rodofíceas que apresentam o talo impregnado por carbonato de cálcio
CORPÚSCULO BASAL (CINETOSSOMO): Organela citoplasmática auto-reprodutora, de formato cilíndrico, da qual se originam cílios e flagelos. Estrutura idêntica ao centríolo, o qual está envolvido na mitose e meiose na maioria dos animais e protistas.
CÓRTEX: (do latim cortex, icis, casca): Região externa do talo sendo delimitada internamente pela medula; normalmente é fotossintetizante.
CRESCIMENTO APICAL: crescimento que ocorre a partir do ápice pela ação da célula apical ou meristema apical.CRESCIMENTO DIFUSO: crescimento generalizado, não localizado; presente nas Phaeophyceae
CRESCIMENTO TRICOTÁLICO (do grego trichos, pêlo+ thallos, ramo verde): tipo de crescimento de certas Phaeophyceae onde o crescimento do talo é iniciado na base de um ou mais filamentos (pêlos)
CRIPTÓGAMAS (do grego kriptos, oculto+ gamos, união): nome geral dado a qualquer vegetal destituído de flores e sementes. Termo antigo que engloba todos os organismos exceto as plantas com sementes (fanerógamas), animais e protistas heterotróficos.
CRIPTÓSTOMA: pequena invaginação no córtex das Fucales (Phaeophyceae), no qual pêlos estéreis são produzidos; os pêlos geralmente se extendem através da abertura dos criptóstomas
CRISOLAMINARINA: substância de reserva das Chrysophyta, Bacillariophyta e Prymnesiophyta.
CROMA- (do grego chroma, cor): Prefixo que significa "cor".
CROMATÓFORO (do grego chroma, cor + phorus, portador): Em algumas bactérias, uma vesícula isolada, delimitada por uma única membrana e contendo pigmentos fotossintetizantes.
CROMOPLASTO: Plastídeo que contém pigmentos diferentes da clorofila, geralmente carotenóides amarelos e laranja.
CROSTOSO (do latim crusta, ae , revestimento) - 1. Em forma de crosta; 2. Termo utilizado para descrever as coralináceas sem genículo com talo mais ou menos achatado, expandido horizontalmente e com organização dorsiventral.
CRUCIADO (do latim crux, cruz): em forma de cruz. Em Rhodophyta, diz-se do arranjo encontrado nos tetrasporângios onde a clivagem do protoplasma é orientada em ângulos retos ao plano de divisão
CUTÍCULA: em algas, camada de mucilagem que ocorre sobre as células epiteliais do talo

D
DE-, DES- (do latim de-, para longe, saída, para baixo): Prefixo significando "para longe", "saída", "para baixo"; por exemplo, desidratação significa perda (saída) de água.
DESMÍDIA: grupo de Zygnematophyceae (Chlorophyta), no qual as células estão divididas em duas semicélulas, uma imagem-espelho da outra.
DESNITRIFICAÇÃO: Conversão de nitrato em nitrogênio gasoso; processo realizado por alguns gêneros de bactérias de vida livre do solo.
DICOTOMICO: (do grego dicha, em dois + tomos, pedaço, fração): Divisão ou bifurcação de um eixo em dois ramos.
DIÓICO (do grego di, dois + oikos, casa): Unissexual, que tem os elementos masculinos e femininos em indivíduos diferentes da mesma espécie.
DIPLOHAPLONTE(do grego diplous, duplo+ haploos, simples+ on, ontos, ser): organismo que tem uma fase vegetativa diplóide que alterna com uma fase vegetativa haplóide em seu ciclo de vida. A fase diplóide surge a partir do crescimento do zigoto, formado pela fusão de gametas haplóides. Já a fase haplóide desenvolve-se a partir de meiósporos haplóides, após uma célula da fase diplóide sofrer meiose.
DIPLÓIDE: Possuindo dois complementos cromossômicos; o número cromossômico 2n (diplóide) é característico da geração esporofítica.
DIPLONTE (do grego diplous, duplo+ on, ontos, ser): organismo no qual a fase haplóide do ciclo de vida está restrita aos gametas; o mesmo que diplobionte.
DISTAL (do latim distare, ficar aparte): Situado a distância ou longe do ponto de referência. Oposto de proximal.
DIVISÃO CELULAR SEGREGATIVA: divisão celular característica dos representantes da ordem Siphonocladales (Chlorophyta) no qual o protoplasma multinucleado sofre clivagem formando massas esféricas que posteriormente ficam envoltos por parede celular. Cada protoplasto filho posteriormente funciona como um organismo independente.
DIVISÃO CELULAR: A divisão de uma célula e seu conteúdo em duas partes aproximadamente iguais.
DIVISÃO: Um dos maiores grupos usados por botânicos na classificação dos organismos. O equivalente a filo em animais e protistas heterotróficos. Os reinos estão divididos em divisões (filos).
DORSIVENTRAL: em algas, um talo achatado em um plano

E
ECOFENO (do grego oikos, casa + latim phainein, semelhante): todos os fenótipos que ocorrem naturalmente em um dado habitat, produzidos por um único genótipo. Forma de planta ou animal produzida em resposta a determinados fotores do habitat, sendo, que as adaptações não são herdáveis.
ECOSSISTEMA: O maior sistema de interação, envolvendo os organismos viventes e seu ambiente físico.
ECÓTIPO (do grego oikos, casa + latim typus, imagem): Uma população localmente adaptada. Variante de um organismo adaptada a um determinado local, diferindo geneticamente de outros ecótipos dessa mesma espécie. Uma ou mais populações de uma mesma espécie diferenciadas genética e fisiologicamente e que se encontram adaptadas às condições locais.
EIXO PRINCIPAL ( do latim axis , eixo ) - linha imaginária através da qual uma estrutura, como um filamento, cresce.
ENDO- (do grego endo, dentro): Prefixo que significa "dentro".
ENDÓFITO (do grego endon, dentro + zoon, animal): planta que vive dentro de outra planta
ENDOLÍTICO (do grego endon, dentro + lithos, pedra): que vive dentro de pedra
ENDÓSPORO (do grego endon, dentro + sporos, semente): esporo não móvel formado pela sucessiva divisão do protoplasma dentro da parede celular da célula parental; encontrado nos membros de Chamaesiphonales (Cyanoobacteria)
ENDOZÓICO (do grego endon, dentro + zoon, animal): organismo que vive e se desenvolve dentro de tecidos ou células de um animal
ENTRENÓ: Região do talo entre dois nós sucessivos.
EPI- (do grego epi, em cima): Prefixo que significa "em cima" ou "sobre".
EPICONE (do grego epi, em cima + konos, cone): metade anterior da célula do dinoflagelado
EPÍFITA (do grego epi , sobre + phyton , planta ) - que cresce apoiado ou aderido sobre uma planta hospedeira sem parasitá-la.
EPILÍTICA ( do grego epi , sobre + lithos , pedra ) - que cresce aderido sobre rocha.
EPITALO (do grego epi, sobre + thallos, talo): A camada de células mais externa do talo.
EPITECA (do grego epi, em cima + theke, estôjo): a metade maior e externa da frústula das diatomáceas, formada pela epivalva e epicíngulo; também utilizado para referir a porção anterior das tecas dos dinoflagelados com couraça, ver epicone.
EPIVALVA (do grego epi, em cima + valve, ): a metade maior e côncava da frústula da diatomácea, geralmente formada antes da hipovalva; também utilizado para referir o epicone dos dinoflagelados com couraças
EPIZÓICO (do grego epi, em cima+ zoon, animal): que vive sobre o corpo de um animal
ESPÉCIE (do latim specie, tipo): Um tipo de organismo. As espécies são designadas por nomenclatura binomial escrita em itálico.
ESPÉCIME TIPO: Em geral um espécime de planta herborizada, guardada em herbário. Foi selecionada por um taxonomista e serve de base para comparações com outros espécimes para se determinar se são ou não membros da mesma espécie.
ESPERMÁCIO (do grego spermatium , pequena semente, de sperma, tos , semente ) - Nas algas vermelhas, o gameta masculino não-móvel e diminuto.
ESPERMATÂNGIO (do grego spermation , pequena semente, de sperma, tos , semente + aggeion , vaso ) - Em algas vermelhas, estrutura que produz espermácios.
ESPORÂNGIO (do grego sporos, semente + aggeion, urna, vaso): Urna estrutura unicelular ou pluricelular na qual os esporos são produzidos.
ESPORÂNGIO. (do grego sporós , semente + aggeion , vaso ) - qualquer recipiente que contenha esporos; estruturas produtoras de esporos, que quando desenvolvidas podem conter bísporos, carpósporos ou tetrásporos.
ESPORO: (do grego sporos, semente): Uma célula reprodutiva, usualmente unicelular, capaz de desenvolver-se em um indivíduo adulto sem fundir-se com outra célula.
ESPORÓFITO (do grego sporos, semente+ phyton, planta):O que produz esporos. Indivíduo em fase diplóide (2n) num ciclo de vida caracterizado pela alternância de gerações.
ESTEFANOCONTA (do grego stephanos, coroa + konta, polo): organismos que apresentam vários flagelos de tamanho uniforme, dispostos em um anel, em forma de cora, próximo do fim da célula
ESTIGMA: ver mancha ocelar
ESTIPE (do grego stipes, itis, pé, talo): pedúnculo com função de suporte; localizado entre o apressório e a lâmina do talo, ou portando râmulos primários
ESTIQUÍDIO (do grego stichos, fileira + idion): um ramo especializado inflado e expandido portando tetrasporângios em algumas Rodophyta
ESTOLÃO (do latim stolo, caule): em algas, parte do talo que cresce horizontalmente ao longo do substrato e que pode formar rizoides adventícios, tal como ocorre em Caulerpa (Chlorophyta).
EUCARIONTE: Célula que possui núcleo, organelas envolvidas por membranas e cromossomos nos quais o DNA está associado com proteínas. Organismo composto de tais células. Plantas, animais, fungos e protistas são os quatro reinos dos eucariontes.
EURIALINO (do grego eurys, amplo + halinos, salino): condição de um organismo que tem ampla tolerância ao sal
EUTRÓFICO (do grego eu, bem, verdadeiro + trophos, alimento): condição quando na água existe alta concentração de nutriente para plantas
EVOLUÇÃO CONVERGENTE (do latim convergere, virar-se em conjunto): Desenvolvimento independente de estruturas semelhantes em organismos que não estão diretamente relacionados. Freqüentemente é encontrada em organismos que vivem em ambientes similares.
EVOLUÇÃO PARALELA: Desenvolvimento de estruturas semelhantes, que têm funções semelhantes em duas ou mais linhas evolutivas, como resultado dos mesmos tipos de pressões seletivas.
EVOLUÇÃO: A derivação progressiva de formas mais complexas de vida a partir de ancestrais simples. Darwin propôs que a seleção natural é o principal mecanismo pelo qual a evolução ocorre.

F
FAGOTRÓFICO (do grego phagos, comer + trophos, alimentar): organismo que ingere partículas sólidas
FAMÍLIA: A categoria taxonômica entre ordem e gênero. A terminação dos nomes de famflias em animais e protistas heterotróficos é -idae; em todos os outros organismos é -aceae. Uma família contém um ou mais gêneros e cada família pertence a uma ordem.
FECUNDAÇÃO: A fusão de dois gametas para formar um zigoto diplóide.
FENÓTIPO: A aparência física de um organismo. O fenótipo resulta da interação entre a constituição genética de um organismo (genótipo) e o meio ambiente.
FICOBILINAS: Grupo de pigmentos acessórios solúveis na água, que incluem as ficocianinas e as ficoeritrinas, que ocorrem nas algas vermelhas, nas cianobactérias e nas Cryptophyta.
FICOLOGIA (do grego phykos, alga): O estudo das algas.
FICOPLASTO: Sistema de microtúbulos que se desenvolve entre os dois núcleos-filhos paralelo ao plano de divisão celular. Os ficoplastos ocorrem apenas nas algas verdes da classe Chlorophyceae.
FILAMENTO (do grego filamentum, fio): conjunto de células dispostas linearmente; nas cianobactérias, um ou mais tricomas envoltos em uma bainha de mucilagem.
FILAMENTO CONECTIVO: ver ooblasto
FILIFORME (do grego filum, fio + forma, forma): em forma de fio
FILO- (do grego phyllon, folha): Prefixo que significa "folha".
FILOGENIA (do grego phylon, raça, tribo + gen, raíz de gignomai, gerar): Estudo da evolução de um táxon através das gerações. Relações evolutivas entre organismos. A história do desenvolvimento de um grupo de organismos.
FISSÃO: Reprodução assexuada envolvendo a divisão de um indivíduo unicelular em duas novas células de igual tamanho. Também empregado para a divisão dos plastídeos.
FITO (do grego phyton, planta): Sufixo ou prefixo que significa “planta".
FITOPLÂNCTON: Plâncton autotrófico.
FLAGELADO: diz-se do organismo que tem pelo menos um flagelo
FLAGELO: Organela na forma de filamento que se protrai a partir da superfície de uma célula. Os fiagelos das bactérias são capazes de movimento rotatório e consistem em uma única fibra de proteína. Os flagelos eucarióticos, que são utilizados na locomoção e na alimentação, consistem em um feixe de microtúbulos, conil uma estrutura interna característica 9+2, e são capazes de movimento vibratório, mas não rotatório.
FLORESCIMENTO: ver Bloom
FOTO-, -FÓTICO (do grego phos, tos, luz): Prefixo ou sufixo que significa "luz".
FOTOAUTOTRÓFICO (do grego photos, luz + autos, próprio+ trophos, alimentar): um autotrofo que obtém sua energia a partir da luz
FOTOSSÍNTESE (do grego phos, tos, luz + syn, junto + tithenai, colocar): A conversão da energia luminosa em energia química. A produção de carboidratos a partir do dióxido de carbono e água na presença de clorofila usando energia luminosa.
FOTOTAXIA (do grego photos, luz + taxis, arranjo): movimento em direção a luz
FRAGMENTAÇÃO (do latim frangere, quebrar): normalmente empregado em algas para se referir ao tipo de reproduçào onde uma nova alga é formada pela quebra de parte da palnta parental
FRAGMOPLASTO (do grego phragma, tabique + plastos, formado): Sistema de fibrilas (microtúbulos) em forma de fuso, que se origina entre dois núcleos-filhos na telófase e dentro do qual a placa celular é formada durante a divisão celular (citocinese). As fibrilas do fragmoplasto são constituídas de microtúbulos. Os fragmoplastos são encontrados em todas as plantas e algas verdes, exceto nos membros da classe Chlorophyceae.
FRÚSTULA (do latim frustulum, pequeno fragmento): parede celular das diatomáceas
FUCOIDANO: sal de cálcio de um carbohidrato éter sulfatado encontrado nas Phaeophyceae; acredita-se que seja útil como anticoagulante do sangue
FUCOXANTINA (do grego phykos, alga + xanthos, castanho-amarelado): Carotenóide acastanhado, encontrado em algas pardas e crisófitas.
FUSIFORME (do grego fusus, fuso + forma, forma): dilatado na porção mediada e afilado para as extremidades; em forma de fuso

G
GALACTANO: um polissacarídeo – um polímero de galactose
GAMETA (do grego gamete, esposa): Célula reprodutora haplóide. Os gametas fundem-se aos pares, formando os zigotos, que são diplóides.
GAMETÂNGIO (do grego gamein, casar + aggeion, vaso): Célula ou órgão dentro do qual os gametas são formados.
GAMETÓFITO: Em plantas que têm alternância de gerações, a fase haplóide (n) produtora de gametas.
GAVINHA (do latim tendere, estender): em algas, estrutura alongada que se enrola auxiliando na fixação do talo; como por exemplo, em Hypnea (Rhodophyta)
GEL: Mistura de substâncias que têm uma constituição semi-sólida ou sólida.
GÊNERO: A categoria taxonômica entre família e espécie; gêneros incluem uma ou mais espécies.
GENICULADO: relativo à quele que tem genículo
GENÍCULO (do latim geniculus, i, cotovelo): em coralináceas - quaisquer um dos segmentos não calcificados, que se intercalam aos segmentos calcificados do talo das coralináceas com genículo; pode ser formado por uma ou mais fileiras de células.
GENÍCULO: segmento não calficificado que se intercala a doissegmentos calficificados no talo das coralináceas com genículo (Rhodophyta)
GENÓTIPO: A constituição genética, latente ou expressa, de um organismo, diferindo do fenótipo. A soma de todos os genes presentes em um indivíduo.
GERMINAÇÃO (do latim germinare, germinar): O início ou retomada do crescimento de um esporo, semente, gema ou outra estrutura.
GLICEROL: Molécula de três carbonos, contendo três grupos hidroxila. O glicerol combina-se com ácidos graxos, formando gorduras e óleos.
GLICOGÊNIO: polissacarídeo de reserva similar a amilopectina e que cora de vermelho- púpura com iodo.
GLÓBULO (do grego globulus, pequena luva): estrutura reprodutiva masculina das Carofíceas (Chlorophyta);inclui amboas células estéreis e férteis; veja anteriocarpo
GONIDIUM (do grego diminutivo de gone, semente): célula reprodutiva; em Volvocales (Chlorophyta) um gonidium é uma célula grande que dá origem a colônias-filhas
GONIMOBLASTO (do grego gonimos, fecundado + blastos, algo que brota ou germina): em Rhodophyta, filamentos que se desenvolvem a partir do carpogônio ou da célula auxiliar de fecundação e que produzem na sua porçào terminal carposporângios.
GRANA, singular GRANUM (do latim granum, grânulos): estruturas contidas no interior dos cloroplastos, que ao microscópio de luz são vistos como grânulos verdes e ao microscópio eletrônico apresentam-se como séries de tilacóides empilhados. Os grana contêm clorofilas e carotenóides e são os sítios das reações dependentes de luz na fotossíntese.

H
HABITAT (do latim habitare, habitar): O ambiente de um organismo. O local onde ele geralmente se encontra.
HÁBITO (do latim habitus, condição, característica): Forma característica de um organismo.
HAPLOBIONTE (do grego haplos, simples + bios, vida+ on, ontos, ser): que se apresenta na fase haplóide, fase diplóide restrita ao zigoto. Ver haplonte
HAPLODIPLONTE (do grego haplos, simples + diplous, duplo+ on, ontos, ser): diz-se do ser que apresenta alternância de gerações, sendo uma fase haplóide e outra diplóide
HAPLÓIDE (do grego haplos, simples): Diz-se de organismo possuidor de um único complemento cromossômico (n), ao contrário dos diplóides (2n).
HAPLONTE (do grego haplos, simples + on, ontos, ser): organismo onde a fase diplóide está restrita ao zigoto.
HAPTERON (do grego hapto, tocar, fixar): crescimento multicelular na porção basal de certas Phaeophyceae, ramificado em forma de raíz
HAUSTÓRIO (do latim haustus, de haurire, beber, sorver): em algas, uma célula especializada que presumivelmente absorve nutrientes do organismo hospedeiro
HERBÁRIO: Coleção de espécimens vegetais secos e prensados.
HERMAFRODITA (do grego, para Henues e Afrodite): Organismo que possui simultaneamente órgãos reprodutores masculinos e femininos.'
HETERO- (do grego heteros, diferente): Prefixo que significa "outro" ou "diferente".
HETEROCITO (do grego heteros, diferente + kytos, cavidade): Célula fixadora de nitrogênio, destituída do aparato fossintético, com parede espessa, em geral maior que as demais células dos filamentos de certas cianobactérias.
HETEROCONTA (do grego heteros, diferente+ konta, polo): organismo que tem flagelos de tamanhos diferentes
HETEROMORFO (do grego heteros, diferente + morphe, forma): Termo usado para descrever um ciclo de vida no qual as gerações haplóides e diplóides são diferentes em forma.
HETEROTÁLICO (do grego heteros, diferente + thallus, ramo, broto): Termo utilizado para descrever a espécie na qual os indivíduos (masculinos e femininos) ocorrem em talos distintos; vide dióico
HETEROTRÍQUIO (do grego heteros, diferente+ thrix, cabelo): que tem um talo composto de porções distintamente prostrada e ereta
HETEROTRÓFICO (do grego heteros, outro + trophos, alimentar): Organismo que não pode produzir compostos orgânicos e assim necessita alimentar-se de matéria orgânica presente em plantas ou animais. Ver também autotrófico.
HIALINO (do grego hyalos, vidro): claro; transparente
HIPER- (do grego hyper, acima, sobre): Prefixo que significa "acima"
HIPNÓSPORO (do grego hypnos, dormir+ sporos, semente): um aplanósporo de parede espessada e que pode germinar após um período de dormência
HIPNOZIGOTO (do grego hypnos, dormir+ zygotes, unido): zigoto de resistência e com parede espessada e que pode germinar após um período de dormência
HIPO- (do grego hypo, menor do que): Prefixo que significa "sob" ou "menos".
HIPOCONE (do grego hypos, menor do que + konos, cone): metade posteior da célula do dinoflagelado
HIPOTECA (do grego hypo, menor que+ theke, estôjo): a metade menor da frústula das diatomáceas, formada pela hipovalva e hipocíngulo; também utilizado para referir a porção posterior das tecas dos dinoflagelados com couraça, ver hipoce.
HIPOVALVA (do grego hypo, menor do que + valva, batente de porta ): a metade menor e convexa da frústula da diatomácea, geralmente formada depois da epivalva; também utilizado para referir o hipocone dos dinoflagelados com couraças
HOLOTIPO: espécime usado pelo autor ou por ele designado como tipo nomenclatural e que, enquanto existir, regerá automaticamente a aplicação do nome correspondente
HOLOZÓICO (do grego holos, inteiro, todo+ zoon, animal): termo aplicado ao organismo que obtém seu alimento fagotroficamente como os animais, por ingestão de particular sólidas; p. ex., Euglena (Euglenophyta), Dinoflagelados amebóides (Dinophyceae)
HOMO- (do grego homos, o mesmo, semelhante): Prefixo que significa semelhante ou o mesmo
HOMOLOGIA (do grego homologia, concordância): Condição indicativa de mesma origem filogenética ou evolutiva, mas não necessariamente com a mesma estrutura e função.
HOMOSPÓRICO (do grego homos, o mesmo+ sporos, semente): Que só tem um tipo de esporo.
HOMOTÁLICO (do grego homos, semelhante + thallus, ramo, broto): Termo utilizado para descrever a espécie na qual os indivíduos (masculinos e femininos) ocorrem no mesmo talo; vide monóico
HORMOGÔNIO: (do grego hormos, cadeia+ gone, sementes): fragmento de um filamento de cianobactéria que se destaca e cresce, formando um novo filamento.
HOSPEDEIRO: Um organismo sobre ou dentro do qual vivem parasitos

I
INTERGENÍCULO (do latim Inter , entre + geniculus, i , cotovêlo ): em coralináceas com genículo (Rhodophyta), quaisquer segmentos calcificados que se intercalam aos segmentos não calcificados, e que compreendem a parte vegetativa do talo das coralináceas com genículo.
ISO- (do grego isos, igual): Prefixo que significa "igual", tal como "homo".
ISOCONTA (do grego isos, igual+ konta, polo): organismo que tem flagelos de tamanhos iguais
ISOGAMIA: (do grego isos, igual+ gamos, casamento): Tipo de reprodução sexuada na qual os gametas (ou gametângios) são iguais em tamanho. É encontrada em algumas algas e fungos.
ISOMÓRFICO (do grego isos, igual+ morphe, forma): que apresenta a mesma morfologia; em geral refere-se as algas que apresentam alternância de gerações onde o gametófito é similar em morfologia ao esporófito; p. ex. Ulva (Chlorophyta)
ISOTIPO: duplicata do holotipo, isto é, espécime que, junto a um ou mais exemplares, serviu para a primeira descrição da espécie. Corresponde ao que antigamente se chama de co-tipo;
ISTMO (do grego isthmus, pescoço): passagem que conecta dois corpos, por ex. o estreito istmo que conecta as duas semicelulas de uma desmídia (Chlorophyta)

J

K
KELPS: Nome genérico para qualquer representante gigante de algas pardas, pertencente à ordem Laminariales.
KOMBU: nome em japonês da Laminaria (Phaeophyceae)

L
LÂMINA: parte expandida do talo de algumas algas
LAMINARINA: Uma das principais substâncias de reserva das algas pardas; um polímero da glicose.
LECTOTIPO: espécime selecionado do material original para servir como tipo nomenclatural quando o holotipo não foi desigando no momento da publicação, ou então, desapareceu;
LÓRICA (do grego lorica,): envoltório não celulósico que envolve certas algas unicelulares (Trachelomonas, Euglenophyta) e que apresentam aberturas para organelas de locomoção

M
MACANDRO (do grego macro, grande + aner, macho): quando o filamento masculino e feminino apresentam aproximadamente o mesmo tamanho; presente em Oedogoniales (Chlorophyta)
MANANO: polissacarídeo – plímero de manose. componente da parede celular de algumas Rhodophyta e Chlorophyta
MANCHA OCELAR: Também denominada estigma. Estrutura pigmentada, pequena, existente em organismos unicelulares fiagelados e que é sensível à luz.; vide estígma
MANITOL: Uma das moléculas de reserva das algas pardas; um álcool-açúcar
MANOSE: polissacarídeo composto de beta-1,4 manopiranosídeo
MASTIGONEMA (do grego mastiz, chicote + nema, fio): projeções em forma de pêlo que ocorrem sobre os flagelos de alguns organismos
MARÉ VERMELHA: fenômeno caracterizado pela proliferação de certos organismos, principalmente dinoflagelados dos gêneros Gymnodimnium e Goniaulax, que dão às águas coloração avermelhada, podendo provocar mortandade de peixes e outros animais marinhos. Ver Bloom.
MEDULA (do latim medulla, ae , medula, tutano ) – porção central de um eixo, órgão ou planta. Em algas,, esta pode ser formada por agregado de filamentos disposto de maneira frouxa ou compactados em forma de pseudoparênquima.
MEIOSE (do grego meioun, tornar menor): as duas divisões nucleares sucessivas nas quais o número cromossômico é reduzido do nível diplóide (2n) para haplóide (n), decorrendo na segregaçào dos genes; como resultado da meiose podem ser produzidos gametas ou esporos (em organismos com alternância de gerações)
MEIOSPORÂNGIO (do grego meioun, tornar menor + sporos, semente+ aggeion, vaso): esporângios no qual os esporos são produzidos por meiose (meiósporos)
MEIÓSPORO (do grego sporos, semente): esporo produzido como resultado direto de meiose
MERISTEMA (do grego meristes, divisão, porção ): O tecido indiferenciado do qual se originam novas células.
MERISTEMA INTERCALAR: em coralináceas (Rhodophyta), células não diferenciadas dispostas subapicalmente e cobertas por células epiteliais; asseguram a elongação dos ramos em Amphiroa além do espessamento dos intergenículos nas coralináceas com genículo
MERISTEMA MARGINAL: em coralináceas (Rhodophyta), tipo de meristema primário constituído por células não diferenciadas, terminal aos filamentos da margem da crosta. Nas coralináceas asseguram a expansão e espessamento das crostas.
MERISTODERME: presente na ordem Laminariales (Phaeophyceae), região meristemática situada logo abaixo das células da epiderme do talo das Laminaria.
MESO- (do grego mesos, meio): Prefixo que significa "no meio".
MESOCARIÓTICO (do grego mesos, meio): diz-se dos organismo que apresentam núcleo no qual os cromossomos ficam condensados durante todo o processo de divisão celular
MICRO- (do grego mikros, pequeno): Prefixo que significa "pequeno".
MÍCRÔMETRO : unidade de medida microscópica, conveniente pra se referir a dimensões celulares. 1/1000 de um milímetro.
MITOSE (do grego mitos, fio, filamento): divisão celular que há evidenciação de cromossomos; processo durante o qual os cromossomos duplicados dividem-se longitudinalmente, com a separação dos cromossomos-filhos, formando dois núcleos-filhos geneticamente idênticos; processo geralmente acompanhado de citocinese
MITOSPORÂNGIO (do grego mitos, fio + sporos, semente+ aggeion, vaso): esporângios no qual os esporos são produzidos por mitose (mitósporos)
MITÓSPORO (do grego sporos, semente): esporo produzido como resultado direto de mitose
MIXOTRÓFICO (do grego mixis, mistura+ trophos, alimentar): organismo fotoautotrófico que é capaz de utilizar compostos orgânicos; é um heterotrófico facultativo
MONILIFORME (do grego monile, colar+ forma, forma): em forma de rosário; constrito a intervalos regulares; parecido uma cadeia de contas
MONO- (do grego monos, único): Prefixo que significa "um" ou "único' .
MONÓICO (do grego monos, único + oikos, casa): com órgãos masculinos e femininos num mesmo indivíduo.
MONOSSÍNFÔNICO (do grego monos, único+ siphon, tubo): composto por um único filamento
MONÓSPORO(do grego monos, único+ sporos, semente): presente em Rhodophyta; aplanósporo produzido por um monosporângio
MONOSTROMÁTICO (do grego monos, único+ stroma, tapete): talo com uma camada de células de espessura
MORFO- (do grego morphe, forma): Sufixo ou prefixo que significa "forma".
MORFOGÊNESE: O desenvolvimento da forma.
MORFOLOGIA (do grego morphe, forma + jogos, tratado): O estudo da forma e seu desenvolvimento.
MUCILAGEM: Substância viscosa.
MULTINUCLEADO: com muitos núcleos em cada célula
MULTIFIDO (do grego multifidus, vendido em vários locais): fendido em vários ramos ou segmentos
MULTIAXIAL (do latim axis,e , eixo ): talo formado por vários filamentos axiais, todos com crescimento apical ou subapical
MUCILAGINOSO (do grego mucillago, mucilagem): viscoso; com a superfície ou região interna com mucilagem
MONOPODIAL: (do grego monos, único+ podos, pé): cresce por meio de um contínuo crescimento apical
MEMBRANÁCEO: em forma de membrana delicada e frequentemente transparente
MEDULA (do grego medulla, medula, tutano): porção central do talo

N
NÃO ARTICULADO: termo empregado para descrever as coralináceas sem genículo . Vide coralináceas sem genículo.
NANANDRO (do grego nanos, anão+ aner, macho): quando o filamento masculino é anão e epífita do filamento feminino; presente em Oedogoniales (Chlorophyta)
NANOPLÂNCTON (do grego nanos, anão + planktos, errante): Plâncton com dimensões menores que 20 micrômetros.
NEMATÉCIO: área rasa sobre a superfície do talo contendo órgão reprodutivos; geralmente apresenta paráfises entre os órgãos reprodutivos
NEOTIPO: espécime selecionado para servir como tipo quando todo material original, sobre o qual tinha sido baseado o nome do táxon tenha desaparecido;
NÓDULO CENTRAL: em Bacillariophyceae, um espessamento no centro da valva de algumas diatomáceas penadas que possuem rafe
NÚCLEO: Um corpo especializado dentro da célula eucariótica delimitado por uma dupla membrana e contendo os cromossomos.
NUCLÉOLO (do latim nucleolus, pequeno núcleo): Um pequeno corpo esférico encontrado no núcleo das células eucarióticas. É composto principalmente de RNAR no processo de transcrição. É o sítio de produção dos ribossomos.
NUCLEOMORFO: organela encontrada dentro do cloroplasto e que contém DNA, encerrada por uma dupla membrana. O nucleomorfo é interpretado como um núcleo vestigial do endossimbionte eucarótico fotossintetizante
NÚCULA (do latim nucula, pequeno agregado): estrutura sexual feminina consistindo de um gametângio e uma jaqueta de células estéreis circundando
NORI: nome japonês da Porphyra (Rhodophyta)

O
-ÓIDE (do grego oides, parecido, semelhante): Sufixo que significa "parecido" ou "semelhante a".
OLIGOTRÓFICO (do grego oligos, pouco+ trophos, alimentar): condição associada com água com baixo nutriente e baixa biomassa de organismos
ONTOGENIA (do grego on, o ser + genesis, origem): O desenvolvimento ou história da vida do todo ou de parte de um organismo.
OO- (do grego oon, ovo): Prefixo que significa "ovo".
OOBLASTO (do grego oon, ovo+ blastos, gomo, rebento): filamento através do qual o núcleo zigótico é transferido do carpogônio para a célula auxiliar nas Florideophycidae (Rhodophyta)
OOGAMIA (do grego oon, ovo+ gamos, casamento): Reprodução sexuada na qual um dos gametas (a oosfera) é grande e imóvel e o outro gameta (o anterozóide) é menor e móvel.
OOGÔNIO (do grego oon, ovo+ gonos, geração): Estrutura sexuada feminina que contém uma ou várias oosferas.
OOSFERA (do grego oon, ovo+ ): Gameta feminino imóvel; geralmente é maior que o gameta masculino da mesma espécie.
ORDEM: Categoria taxonômica situada entre classe e família. As classes contêm uma ou mais ordens e as ordens, por sua vez, podem ser constituídas de uma ou mais famílias. Ver classe.

P
PALMELÓIDE: um grupo de células não móveis em uma massa gelatinosa
PAPILA (do grego papilla, bico de peito): uma pequena protuberância arredondada
PARA (do grego para, ao lado de): Prefixo que significa "ao lado de".
PARÁFISE (do grego para, ao lado de + physis, crescimento): Em algas pardas, um filamento estéril que cresce entre as células reprodutoras.
PARAMILO: A molécula de reserva dos euglenóides.
PARASITA : Organismo que vive sobre ou dentro de um organismo de espécie diferente e obtém seus nutrientes a partir deste. A associação é benéfica para o parasita e prejudicial para o hospedeiro. Ver aloparasita e adelfoparasita
PARASPORÂNGIO (do grego para, ao lado de + sporos, semente+ aggeion, vaso): esporângio que produz muitos esporos porém não homólogos aos tetrasporângios
PARASPORO (do grego para, ao lado de+ sporos, semente): esporo produzido pelo parasporângio
PARATIPO: outro espécime além do holotipo citado com o material original;
PARÊNQUIMA (do grego para, ao lado+ engchyma, derramento): um tecido, pelo menos monstromático, relativamente não diferenciada com células isodiamétricas de paredes finas e que tem uma ontogenia em comum
PARIETAL (do latim parietalis, parede): próximo da parede
PECTINA (do grego pektos, solidificar, coagular): um termo geral para polímeros de ácido galacturônico, que cora com vermelho de rutênio; substâncias pécticas incluem ácido péctico, ácido pectínico e outros compostos
PEDICELO: pedúnculo de órgão reprodutivo
PELÍCULA: camada delgada, composta principalmente de proteína, encontrada circundando as células de certas algas unicelulares (Raphidophyta, Euglenophyta, Cryptophyta). Em Dinophyta, uma camada adicional da parede ou envelope, encontrada abaixo da teca, sendo constituída de celulose ou material parecido com esporolenina
PERCURRENTE: extendendo da base até o ápice do talo com um ou mais eixos bem desenvolvidos
PERI- (do grego peri, ao redor): Prefixo que significa ao redor ou em tomo de.
PERICARPO (do grego peri, ao redor de + karpos, fruto): Camadas de células haplóides que circundam o carposporofito de algumas rodófitas; pode estar frouxamente aderido ou compactado.
PERIFÍTON (do grego peri, ao redor+ phyton, planta): microorganismos que crescem aderidos a vegetação submersa ou a qualquer coisa cresce sobre a superfície d’água ; do alemão aufwuchs
PERITALO (do grego peri , ao redor de + thallos , ramo verde) – em coralináceas crostosas, a camada de células que se situa entre o hipotalo e epitalo; dispostas perpendicularmente às células do hipotalo.
PIGMENTO ACESSÓRIO: É um pigmento que capta a energia luminosa e a transfere para a clorofila a.
PIGMENTO: Substância que absorve luz, freqüentemente de forma seletiva.
PINADO (do latim pinna, pena): com arranjo ou forma de uma pena
PIRENÓIDE (do grego pyren, o caroço de um fruto + oides, semelhante a): Regiões diferenciadas do cloroplasto que são centros de formação de amido nas algas verdes.
PIT-PLUG: ver tampão da Conexão Celular
PLÂNCTON (do grego planktos, errante): Organismos aquáticos, livre-flutuantes e geralmente microscópicos.
PLASMA, PLASMO-, -PLASTO (do grego plasma, forma, molde): Prefixo ou sufixo que significa "formado" ou "moldado". Exemplos são: protoplasma ("primeiro molde", matéria viva) e cloroplasto ("formado de verde").
PLASMOGAMIA (do grego plasma, forma + gamos, casamento, união): União dos protoplastos de gametas que não é acompanhada pela união de seus núcleos.
PLASTÍDEO: Organela nas células de certos grupos de eucariontes que é o sítio de atividades como a biossíntese e armazenagem de substâncias. Os plastídeos são delimitados por duas membranas.
PLUMOSO: em forma de pena
PLURILOCULAR (do latim plus, mais + loculus, pequeno espaço): diz-se do esporângio compartimentado; grupo de células num esporângio
PNEUMATÓFOROS (do grego pneuma, respiração + phoros, que leva ou conduz algo): Extensões dos sistemas radiculares, com geotropismo negativo, de algumas árvores que crescem em habitats pantanosos. Os pneumatóforos crescem para cima e para fora d'água e provavelmente têm a função de assegurar uma aeração adequada.
POLI- (do grego polys, muitos): Prefixo que significa "muitos".
POLISPORÂNGIO (do grego polys, muitos + sporos, semente+ aggeion, vaso): esporângio que produz muitos esporos sendo homólogos aos tetrasporângios
POLÍSPORO (do grego para, ao lado de+ sporos, semente): esporo produzido pelo polisporângio
POLISSACARÍDEO: Polímero composto de muitas unidades monossacarídicas unidas em uma longa cadeia, como o glicogênio, o amido e a celulose.
POLISSIFÔNICO (do grego polys, muitos + siphon, tubo): talo consistindo de um longo filamento cilíndrico
PORFIRANO: polissacarídeo sulfatado composto de galactose; encontrado em Porphyra (Rhodophyta)
PRO-, PRÓ- (do grego pro, antes): Prefixo que significa "anterior" ou "antes de".
PROCARIONTE (do grego pro, antes + karyon, miolo): Célula cujo núcleo e cujas organelas não são delimitados por membranas.
PROCARPO (do grego pro, antes + karpos, fruto): encontrado em Rhodophyta; diz-se que uma rodófita é procárpica, quando o carpogônio está situado no mesmo sistema de ramos que a célula auxiliar
PROLÍFERO (do grego proles, descendentes): em algas diz-se do talo que porta râmulos em locais irregulares
PROPÁGULO (do latim propagullum, de propagare, propagar): estrutura vegetativa multicelular, normalmente com forma, que é capaz de crescer em um novo indivíduo após ele de desprender do talo parental
PROSTRADO (do latim prostratus, deitado abaixo): deitado sobre o substrato; decumbente
PROTISTA (do grego protistos, superlativo de protos, primeiro): membro do reino Protista.
PROTO (do grego pratos, primeiro): Prefixo que significa "primeiro"; por exemplo: Protozoa, "primeiros animais".
PROTOPLASTO: o protoplasma de uma célula individual. Nas plantas refere-se à unidade de protoplasma dentro da parede celular.
PSÂMICO (do grego psammos, areia+ on, ontos, ser): organismos que vivem aderidos ou entre as partículas da areia
PSEUDO- (do grego pseudes, falso): Prefixo que significa "falso".
PSEUDOFILAMENTO: um arranjo de células formando um a fileira frouxa, freqüentemente unidas por um envelope de mucilagem contudo as células não estão aderidas por suas paredes celulares ou plasmodesmos
PSEUDOPARÊNQUIMA (do grego pseudes, falso+ para, ao lado+ engchyma, derramento): empregado normalmente a uma massa filamentosa de células que se parece com um parênquima em secção transversal mais difere em sua ontogenia, uma vez que as células adjacentes não apresentam a mesma origem e não apresentam conexões celulares
PSEUDORAFE: uma área clara situada entre as estrias ou costa das valvas de algumas diatomáceas (Bacillariophyceae)

Q
QUITINA (do grego chiton, túnica): Polissacarídeo rígido e resistente, contendo nitrogênio. Forma as paredes celulares de certos fungos, o exoesqueleto dos artrópodos e a cutícula epidérinica de certas estruturas superficiais em alguns protistas e animais.
R
RAMIFICAÇÃO FALSA: em Cyanobateria, ramo que é originado pela quebra lateral do tricoma a partir da bainha ao invés da divisão lateral do tricoma; geralmente uma porção permanece na bainha enquanto a outra continua seu crescimento
RÂMULO DO CONCEPTÁCULO: em coralináceas com genículo (Rhodophyta), os intergenículos que se originam no ápice dos conceptáculos femininos/ carposporangiais e tetrasporangiais e que podem ou não originar novos conceptáculos. No gênero Jania estes também podem contribuir na elongação da planta formando novas ramificações.
RAFE (do grego, raphe, sutura): Ranhura encontrada na face valvar das frústula de algumas diatomáceas (Pennales).
RECEPTÁCULO (do latim receptaculum, lugar em que é recolhida alguma coisa): porção do talo das Fuclaes (Heterocontophyta/ Phaeophyceae) que contém os conceptáculos
REINO: Uma das seis categorias taxonômicas principais. Por exemplo: Eubacteria ou Protista.
REPRODUÇÃO ASSEXUADA: Qualquer processo reprodutivo, tal como fissão ou brotamento, que não envolve a união de gametas.
REPRODUÇÃO SEXUADA: Fusão de gametas seguida de meiose e recombinação em algum momento do ciclo de vida.
REPRODUÇÃO VEGETATIVA: reprodução através de esporos vegetativos, fragmentação ou divisão de células somáticas. A não ser que ocorra uma mutação, cada célula-filha ou indivíduo descendente é geneticamente igual a seu ancestral.
RIZÓIDE (do grego rhiza, raiz): em algas uma simples células ou um grupo de células sem diferenciação que serve para aderidri o talo aos substrato
RETICULADO (do latim reticulatus, de reticulum, pequena rede): diz-se da estrutura em forma de rede

S
SÉSSIL (do latim sessilis, ajustado para assentamento, baixo, reduzido): Aderido diretamente pela base.
SEMICÉLULA (do latim semi, pelo meio+ cella, pequeno compartimento): uma das duas semicélulas de uma desmídia (Chlorophyta), que é a imagem espelho da outra semicélula; as duas partes frequentemente são conectadas por um istmo.
SIFONÁCEO (do grego siphon, tubo, cano): Em algas, células multinucleadas sem paredes transversais. Ver Cenocítico.
SINFONOCLADÁCEO: tipo de organização celular presente nos representantes da classe Cladophorophyceae (Chlorophyta), no qual as células são multinucleadas
SIMBIOSE (do grego syn, junto com + bios, vida): Dois ou mais organismos distintos que vivem juntos, em estreita associação. Inclui o parasitismo (no qual a associação é nociva para um dos organismos) e o mutualismo (no qual a associação é vantajosa para todos).
SIN-, SIM- (do grego syn, junto com): Prefixo que significa "junto".
SINGAMIA (do grego syn, junto com + gamos, casamento): Ver fecundação.
SINTIPO: é um dos dois ou mais espécimes usados pelo autor, quando nenhum holotipo foi designado ou um dois ou mais espécimes simultaneamente designados como tipo.
SISTEMÁTICA: Estudo científico dos tipos e diversidade de organismos e das relações entre eles.
SORO (do latimultra, além): agrupamento de estruturas reprodutivas ocorrendo na superfície ou levemente espalhadas
SUBESPÉCIE: A subdivisão taxonômica primária de uma espécie. Variedades são usadas como equivalente a subespécies por alguns botânicos ou subespécies podem ser divididas em variedades.
SUBSTRATO (do latim substratus, estar embaixo): É o que serve de base para a fixação de um organismo.

T
TALO (do grego thallos, ramo verde): Tipo de estrutura não diferenciada em raiz, caule ou folha, A palavra talo foi usada comumente quando algas e fungos eram considerados plantas, com o propósito de distinguir sua construção simples.
TALÓFITA: Termo anteriormente usado para designar coletivamente algas e fungos. Organismos destituídos de raízes, caule e folhas. Atualmente está quase totalmente abandonado.
TAMPÃO DA CONEXÃO CELULAR: presente em Rhodophyta; tampão de material proteináceo depositado num poro (pit) entre as células adjacentes; o poro é resultante da formação incompleta da parede celular durante a divisão celular. Ver “Pit-Plug”
TAMPÃO DO CONCEPTÁCULO: mucilagem acelular que oblitera o canal dos conceptáculos tetrasporangiais e/ou bisporangiais em alguns represtantes de Corallinales (Rhodophyta), antes da saída dos esporos para o meio. Presente em Choreonematoideae e Melobesioideae e ausentes nas demais subfamílias de Corallinales.
TÁXON (do grego taxis, arranjo): Qualquer grupo taxonômico
TAXONOMIA (do grego taxis, ordenamento + nomos, lei): Ciência da classificação dos organismos. Parte da Biologa, através da qual se procura pelo conhecimento do maior número de caracteres, ordenar as espécies dentro de um sistema, de maneira a evidenciar suas afinidades naturais e a ordem filogenética das mesmas, procurando atender sempre a um fim prático de síntese que possibilite a rápida classificação das espécies.
TECA (do grego theke, estojo): parede celular externa sólida; diz-se das paredes com placas dos dinoflagelados ou das valvas de uma diatomácea; ver hipoteca, epiteca
TEIA ALIMENTAR: ver cadeia alimentar
TERMÓFILO (do grego thermos, calor+ philein, amar): organismo que se desenvolve em temperaturas elevadas
TÉTRADE: Grupo de quatro esporos formados por meiose da célula-mãe de esporos.
TETRASPORAL: similar a Tetraspora (Chlorophyta), que apresenta células separadas entre si mas que permanecem unidas por meio de um envelope comum
TETRASPORÂNGIO (do grego tetra, quatro + sporos, semente + angei, on, urna): Em certas algas vermelhas, um esporângio no qual ocorre a meiose, resultando na produção de tetrásporos.
TETRASPORÂNGIO. (do grego tetras , quatro + sporós , semente + aggeion , vaso ) - esporângio zonado contendo quatro tetrásporos haplóides.
TETRÁSPORO (do grego tetra, quatro + sporos, semente): Em certas algas vermelhas, os quatro esporos formados pela divisão meiótica da célulamãe de esporo no tetrasporângio.
TETRÁSPORO (do grego tetras , quatro + sporós , semente) - cada um dos esporos haplóides dentro do tetrasporângio.
TETRASPORÓFITO (do grego tetras , quatro + sporós , semente + phyton , planta ) - macroscópico; (fase) diplóide que, por divisão meiótica, produz tetrásporos dentro de tetrasporângios.
TILACÓIDE (do grego thylakos, saco + oides, parecido): Uma estrutura membranosa em forma de saco, presente nas cianobactérias e nos cloroplastos dos organismos eucariontes. Nos cloroplastos, as pilhas de tilacóides formam os grana e a clorofila é encontrada dentro dos tilacóides.
TIPIFICAÇÃO: em nomenclatura, o processo de designar um tipo nomenclatural.
TIPO (do grego typos, modêlo): espécime cujos caracteres servem de base às afirmativas originais de uma espécie. Constitui tipo nomenclatural o elemento do táxin ao qual o nome do mesmo está ligado de modo permanente, sendo que o tipo não é necessariamente o elemento mais típico ou representativo to táxon, mas somente aquele ao qual o nome fica associado para sempre. O Código de Nomenclatura Botânica reconhece: Holotipo, Lectotipo, Neotipo, Paratipo, Isotipo, Sintipo.
TRICOBLASTO (do grego trichos, pêlo +(do grego trichos, pêlo + blastos, gomo): ramo transparente com forma de pêlo e que surge no ápice de estruturas reprodutivas de algumas rodofíceas; pode ser simples ou ramificado,
TRICOCITO (do grego trichos, pêlo + kytes, cavidade): cavidade perceptível em vista superficial do talo de algumas algas, formada pela passagem do pêlo entre as células da epiderme; p. ex. tricocito de Coralináceas.
TRICOGINE (do grego thrix, thricos , pêlo + gyne , feminino ) - porção terminal alongada do carpogônio que funciona como local receptor aos gametas masculinos.
TRICOMA: em Cyanobacteria, um filamento de células (não incluindo a mucilagem que pode estar presente)
TRICOTÁLICO: ver crescimento tricotálico
TROFO-, -TRÓFICO (do grego trophos, alimentar): Prefixo ou sufixo que significa "alimentar", "alimentação" ou "nutrição". Por exemplo, autotrófico, "alimenta-se por si mesmo".

U
ULTRA (do latimultra, além): além
ULTRAESTRUTURA (do latimultra, além): detalhe da estrutura fina das células visto em microscopia eletrônica
UNI- (do latim unus, um): um, único
UNIAXIAL (do latim unus, um+ axis, eixo): com um simples eixo ou filamento central de um filamento
UNILATERAL (do latim unus, um+ lateralis, lateral): ramificado de um lado do eixo ou ramo
UNILOCULAR (do latim unus, um+ loculus, pequeno lugar): com uma cavidade ou uma simples célula
UNIESTRATIFICADO: ver monostromático
UNISSERIADO: (do latim unus, um+ series, série): em uma só fileira, como em um filamento ou tricoma
UNISSEXUADO (do latim unus, um+ sexus, sexo): com um só sexo; ver dióico

V
VALVA (do latim valva, batente de porta): empregado para designar uma das duas partes da parede celular das diatomáceas (Heterocontophyta/Bacilllariophyceae); formada de duas partes encaixadas como em uma placa de petri, a menor designada de hipovalva e a maior, de epivalva.
VESÍCULA (do latim vesicula, pequena bexiga): estrutura em forma de saco ou de formato laminar, ôca, normalmente com gás, que serve de estrutura de flutuação ( p. ex,. flutuadores de Sargassum, Phaeophyceae)
VISTA VALVAR: vista superficial das valvas das células das diatomáceas
VISTA PLEURAL: vista lateral das valvas e cíngulo das células das diatomáceas
VARIEDADE (do latim varietas, variedade, diversidade): Grupo de plantas ou animais de categoria inferior à espécie. Alguns botânicos vêem as variedades como equivalentes a subespécies, enquanto que outros as consideram como divisões de subespécie.
VEGETATIVO (do latim vegetare, fazer crescer): Relativo à propagação por processos assexuados. Refere-se também às partes não reprodutoras das plantas.
VERTICILADO (do latim verticillus, disposto em verticilos): com ramificações que partem de um mesmo nível (nó) de um eixo comum; tendo ramificações ou partes dispostas em anel em tôrno de um eixo; p. ex. os râmulos de Chara (Chlorophyta)

X
XANTOFILA (do grego xanthos, marrom-amarelado, + phyllon, folha): Pigmento amarelo no cloroplasto. Um membro da classe dos carotenóides.
XILANO: polissacarídeo – um polímero de xilose

Z
ZIGOTO (do grego zygotos, pareado junto): Célula diplóide (2n) resultante da fusão de gametas masculino e feminino.
ZONADO (do grego zone, cintura): com parede celulares paralelas dividindo esporos ou o talo em zonas. Termo empregado para descrever o arranjo linear dos quatro esporos dentro do tetrasporângio (p. ex. tetrásporos de rodofíceas). (inglês: zonate)
ZOOSPORÂNGIO(do grego zoon, animal+ sporos, semente+ aggeion, vaso):um esporângio que produz zoósporos.
ZOÓSPORO: (do grego zoon, animal+ sporos, semente): Esporo móvel, que desloca no meio pela atividade de cílios ou flagelos; encontrado entre algumas algas, oomicetos e quitrídias.

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