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7 de abr. de 2016

REVISÃO PARA A OBB



REVISÃO PARA A OBB



- VÍRUS


Os vírus são seres que não possuem células, são constituídos por ácido nucléico que pode ser o DNA ou o RNA, envolvido por um invólucro protéico denominado capsídeo. Possuem cerca de 0,1µm de diâmetro, com dimensões apenas observáveis ao microscópio eletrônico.

Os vírus apresentam formas de organismo bastante diferenciadas, mas todos possuem uma cápsula feita de proteína, onde fica o material genético desses seres. Esse material genético sofre modificações, ou seja mutações, com frequência, levando ao surgimento de variedades (subtipos) de um mesmo vírus. Isso dificulta o seu combate e compromete a eficiência de várias vacinas, que são preparadas para combater tipos específicos de microorganismo. A capacidade de sofrer mutações genéticas é uma das características que os vírus têm em comum com os seres vivos.



DOENÇAS NEGLIGENCIADAS


As doenças negligenciadas são aquelas causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações de baixa renda. Essas enfermidades também apresentam indicadores inaceitáveis e investimentos reduzidos em pesquisas, produção de medicamentos e em seu controle. As doenças tropicais, como a malária, a doença de Chagas, a doença do sono (tripanossomíase humana africana, THA), a leishmaniose visceral (LV), a filariose linfática, o dengue e a esquistossomose continuam sendo algumas das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Estas enfermidades, conhecidas como doenças negligenciadas, incapacitam ou matam milhões de pessoas e representam uma necessidade médica importante que permanece não atendida. Embora as doenças tropicais e a tuberculose sejam responsáveis por 11,4% da carga global de doença, apenas 21 (1,3%) dos 1.556 novos medicamentos registrados entre 1975 e 2004, foram desenvolvidos especificamente para essas doenças. Portanto, 1.535 medicamentos foram registrados para outras doenças.
 
As doenças negligenciadas são um grupo de doenças tropicais endêmicas, especialmente entre as populações pobres da África, Ásia e América Latina. Juntas, causam entre 500 mil e 1 milhão de óbitos anualmente. As medidas preventivas e o tratamento para algumas dessas moléstias são conhecidos, mas não são disponíveis universalmente nas áreas mais pobres do mundo. Em alguns casos, o tratamento é relativamente barato. Em comparação às doenças negligenciadas, as três grandes enfermidades (Aids, tuberculose e malária), geralmente recebem mais recursos, inclusive para pesquisa. As doenças negligenciadas podem também tornar a Aids e a tuberculose mais letais.




SISTEMA IMUNITÁRIO
As proteínas que formam as cápsulas dos vírus são diferentes das proteínas existentes no corpo humano. Quando sofremos algum tipo de invasão por vírus, as proteínas desses seres - "estranhas" ao nosso organismo - são "detectadas" por certas células do corpo. Essas células fazem parte do sistema imunitário, que é o sistema de defesa do corpo, e passam então a produzir substâncias que combatem o vírus invasor: os anticorpos.
Quando alguém contrai um resfriado, por exemplo, o sistema imunitário inicia a produção de anticorpos. Depois de alguns dias, os anticorpos eliminam os vírus e a pessoa fica curada do resfriado.
Os anticorpos  têm ação específica. Isso significa que eles atuam apenas no combate do microorganismo para o qual foram produzidos. No exemplo anterior, o anticorpo capaz de reagir ao vírus do resfriado não combate o vírus do sarampo, e vice-versa.


- ARBOVIROSES



São as doenças transmitidas ao homem por picadas de mosquitos. Durante o verão saiba como se proteger delas.

A estação mais quente do ano já está a todo vapor, literalmente, e, com ela as férias da pode ficar comprometida. Afinal de contas, as doenças mais frequentes da estação, especialmente aquelas que levam a perda de líquidos e a desidratação – estão relacionadas também com a transmissão por mosquitos. Portanto, a Interne Soluções em Saúde lembra para as mamães e para os papais que é preciso tomar todos os cuidados para proteger, principalmente, as crianças contra esses e outros males do verão.
Os arbovírus são encontrados em todo o mundo. Atualmente, são conhecidos ao redor de quinhentos, entre os quais, mais de duzentos são veiculados por mosquitos. Entre os mais importantes para a saúde pública, podem-se citar o vírus da febre amarela, os da dengue (tipos 1 a 4), das encefalites japonesa, St. Louis, equina venezuelana, eqüina do leste, equina do oeste, entre outros.

Os arbovírus são causadores de infecções clínicas e subclínicas, que se manifestam sob a forma de quatro síndromes: encefalites, febres benignas de curta duração, febres hemorrágicas e poliartrite acompanhada de erupção cutânea. Os quadros são de gravidade variada e podem apresentar sintomas intermediários a dois extremos clínicos.
Na Amazônia Brasileira são conhecidos 34 tipos de distintos de arbovírus responsáveis por infecções humanas. Dentre eles, quatro tipos são as mais comuns e representam grande problema de saúde pública: dengue, febre amarela, Oropouche e Mayaro. O vírus dengue e da febre amarela têm sido os únicos, até o presente, associados com quadros fatais.
Em todo o mundo, a arbovirose que mais faz vítimas é a dengue, mas outras doenças, como chicungunha e zika, crescem a cada ano.
 
 Tipos
Existem três famílias mais conhecidas de arbovírus e cada uma delas engloba causadores de, que têm semelhança em seu código genético e também nas suas proteínas base. Veja cada uma delas:
  • Flavivírus incluí as doenças do Aedes, como o Zika vírus, febre chikungunya, dengue e febre amarela, além de outras doenças, como a encefalite japonesa (transmitida pelos mosquitos do gênero Culex)
  • Togavírus - classificação das encefalites equinas, como a do leste, oeste e venezuelana
  • Bunyavírus - classificação que incluí os hantavírus, causadores da febre hemorrágica.
ZICA, CHIKUNGUNYA, DENGUE E FEBRE AMARELA SÃO ARBOVIROSES.



COMO PREVENIR ARBOVIROSES
Para prevenir a picada, veja as melhores atitudes:
  • Use repelente industrializados ele tem substâncias que impedem a aproximação do mosquito, evitando a picada. Mas tome cuidado com os repelentes naturais, já que sua duração e eficácia não são garantidas
  • Prefira roupas longas - as roupas servem como uma barreira para o mosquito, que só pica em regiões de pele exposta
  • Evite roupas coloridas e perfumes - os mosquitos são atraídos pelas cores e pelos perfume
  • Use telas e mosquiteiras - elas impedem a entrada de mosquitos em casa e também que mosquitos que já estejam dentro ataquem durante a noite
  • Entenda os hábitos do Aedes - o mosquito circula ativamente no começo da manhã e no final da tarde. No entanto, se houver um criadouro dentro de casa, eles podem atacar a qualquer momento, por serem predadores oportunistas, ou seja, que se alimentam sempre que tem oportunidade.
A melhor forma de evitar criadouros do mosquito Aedes é evitando locais de acúmulo de água parada nas residências. Para tanto, há uma série de atitudes que podem ser tomadas:
  • Mantenha a caixa d’água deve estar sempre limpa e bem fechada
  • Nunca deixe a água da chuva acumulada sobre lajes e calhas, que devem ser limpas periodicamente
  • Guarde os pneus cobertos e sempre entregue os velhos para o serviço de limpeza
  • Mantenha todos os utensílios que ficam com água parada, como garrafas, limpos e bem fechados, ou guardados com a boca para baixo
  • Limpe os ralos com frequência ou apenas jogue desinfetante para impedir que a possível água acumulada
  • Troque sempre a água do bebedouro dos animais, lavando o recipiente
  • Coloque areia nos pratos dos vasos de plantas ou elimine-os
  • Sempre troque a água dos vasos de plantas aquáticas
 
 
- ZICA VÍRUS
 

O vírus zika

O vírus zika, semelhante ao da dengue e da febre amarela, tem causado vários surtos da doença pelo mundo desde 2007, atingindo, além do Brasil, principalmente a Polinésia Francesa e Nova Caledônia, arquipélagos do Oceano Pacífico. O Aedes aegypti, transmissor do vírus, pode ser facilmente identificado pela população por apresentar listras em preto e branco nas patas, visíveis a olho nu. Particularmente agressivo, ele é responsável pela transmissão de doenças como a dengue e a chikungunya
 

Transmissão do vírus zika

O vírus é transmitido principalmente pelo Aedes, que atua como vetor, isto é, o vírus é inoculado no inseto. O mosquito carrega o vírus sem ser afetado, transmitindo-o através de suas picadas. Assim como em outras doenças similares, apenas a fêmea do mosquito pica humanos e transmite doenças.

Além disso, o vírus também pode ser transmitido por via sexual, com casos comprovados nos Estados Unidos, França e Chile, entre outros países. Outros vias de contágio ainda estão sendo estudadas pelos pesquisadores.

Sintomas e complicações da zika

Embora a doença ainda seja em parte desconhecida, os sintomas de uma infecção por zika mais comumente observados são febre baixa, erupções cutâneas, dores articulares e/ou musculares e conjuntivite. Geralmente, um caso é considerado suspeito no momento da apresentação dos dois primeiros sintomas acima mencionados e pelo menos dois outros sinais.

Apesar destas indicações, cerca de 80% dos casos de infecção pelo vírus zika são assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas. Como em muitas ocasiões, o paciente não sofre complicações, a doença passa despercebida e o indivíduo sequer sabe que esteve infectado.

Complicações neurológicas podem ocorrer e exigem vigilância máxima. De maneira já comprovada estão a síndrome de Guillain-Barré, em adultos, e a ocorrência de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central em bebês que foram infectados por gestantes com a doença. Além disso, outros problemas, como a mielite também podem estar associados ao vírus zika.

Zika e microcefalia

O recente surto da de microcefalia no Brasil, concentrada principalmente nos estados da Região Nordeste, também acendeu o sinal de alerta de autoridades de saúde em todo o mundo sobre um outro efeito bastante perigoso do vírus zika. Ao infectar mulheres grávidas, especialmente no primeiro trimestre de gestação, o vírus favorece o desenvolvimento de microcefalia entre os bebês. A malformação corresponde a um diâmetro do crânio do recém-nascido menor do que a média, o que dificulta o desenvolvimento cognitivo da criança.

Pouco estudado por cientistas por, até então, não comprometer em grande medida a saúde de seus portadores, o vírus zika tende a ser alvo nos próximos anos de muitas pesquisas para que se determine melhor como se dá a relação entre uma infecção e a ocorrência da microcefalia e outras malformações em bebês. Atualmente, já há mais de 30 universidades e centros de pesquisa trabalhando na tentativa de se criar uma vacina contra o vírus, alguns deles no Brasil.

Tratamento da infecção por zika

Assim como para a dengue, não há tratamento antiviral ou vacina contra o zika. O tratamento se baseia unicamente no combate aos sintomas, prescrito de acordo com evidências encontradas. É altamente aconselhável consultar um médico em caso de febre.

Prevenção da zika

Para evitar a proliferação do Aedes e transmissão da doença, é aconselhável eliminar as larvas do mosquito regularmente, esvaziando potes com água parada , cobrindo tanques e protegendo da chuva equipamentos de jardinagem ou outros materiais que possam acumular água. O uso de mosquiteiros e roupas longas ajudam a prevenir picadas. O uso de repelentes de pele também é aconselhável, depois de procurar aconselhamento médico.

Cuidados de gestantes

O surto de microcefalia no Brasil deve fazer com que grávidas tomem ainda mais cuidado com o vírus zika. Para isso, é recomendado que as gestantes utilizem repelente mesmo quando permanecerem em casa, reforçando o produto a cada 90 minutos. O uso de mosquiteiros e roupas longas é ainda mais aconselhável nesse grupo. Para aquelas que não vivem em regiões afetadas pelo surto de zika, a recomendação da Organização Mundial da Saúde é de não viajar para áreas com circulação e transmissão autóctone do vírus.

A BAIXA DE PLAQUETAS OCASIONA HEMORRAGIAS INTENSAS E PODE LEVAR O INDIVIDUO A OBITO.
 
 
IMUNOGLOBULINAS
 

Os anticorpos são glicoproteínas plasmáticas circulantes, do tipo das gamaglobulinas, denominadas também de imunoglobulinas (Ig). Cada uma interage especificamente com determinado antígeno (epítopo) responsável por estimular sua formação. São secretados pelos plasmócitos resultantes da proliferação e diferenciação do linfócito B.
 
Os linfócitos B são derivados de uma célula tronco (célula-mãe) da medula óssea e amadurecem até transformarem-se em plasmócitos, os quais secretam anticorpos - See more at: http://hepato.com/p_imune/002_imune_port.php#sthash.MPo3lKZQ.dpuf
 
A IgM é o anticorpo produzido após a exposição inicial a um antígeno. Por exemplo, quando uma criança recebe sua primeira vacina contra o tétano, os anticorpos antitétano da classe IgM são produzidos 10 a 14 dias mais tarde (resposta de anticorpos primária). A IgM é abundante no sangue, mas normalmente não se encontra presente nos órgãos ou nos tecidos. - A IgG, o tipo de anticorpo mais prevalente, é produzido após a exposição subseqüente a um antígeno. Por exemplo, após uma segunda vacina antitetânica (reforço), a criança produz anticorpos da classe IgG em 5 a 7 dias. A resposta de anticorpos secundária é mais rápida e mais abundante que a resposta primária. A IgG está presente tanto no sangue como nos tecidos. Trata-se do único anticorpo que é transferido através da placenta, da mãe para o feto. A IgG materna protege o feto e o recém nascido até que o sistema imune do bebê possa produzir seus próprios anticorpos. - See more at: http://hepato.com/p_imune/002_imune_port.php#sthash.MPo3lKZQ.dpuf


FEBRE ALTA CAUSA DESNATURAÇÃO GLICÍDICA E PROTEICA
 
 
RIBOSSOMOS
 
Os ribossomos são pequenas granulações presentes no citoplasma da célula e também na parte superficial do retículo endoplasmático, formando o retículo endoplasmático rugoso (granular). 
 
Funções
 
Uma das principais funções dos ribossomos é atuar na síntese das proteínas. Como a célula necessita de muita proteína para se desenvolver, ela possui milhares de ribossomos em seu citoplasma. 
 
 
 
LISOSSOMOS
 
Os lisossomos (do grego lise, quebra, destruição) são bolsas membranosas que contêm enzimas capazes de digerir substâncias orgânicas. Com origem no aparelho de Golgi, os lisossomos estão presentes em praticamente todas as células eucariontes. As enzimas são produzidas no RER e migram para os dictiossomos, sendo identificadas e enviadas para uma região especial do aparelho de Golgi, onde são empacotadas e liberadas na forma de pequenas bolsas.
 
 
MAGNIFICAÇÃO TROFICA
 
A magnificação biológica, ou magnificação trófica, ou, ainda, bioacumulação é o processo pelo qual substâncias tóxicas e não biodegradáveis (que seres vivos não conseguem metabolizar) permanecem em caráter cumulativo ao longo da cadeia alimentar.
 
O ÚLTIMO NÍVEL É O MAIS PREJUDICADO.
 
UGANDA
 
Relevo.
Uganda encontra-se situada no centro-este da África. É uma meseta situada a 1000-1400 m de altitude. Não tem saída ao mar. Limita ao norte com Sudão, ao oeste com a Republica Democrática do Congo, ao sul com Ruanda e Tanzania e ao este com Quênia.
Os relevos mais importantes estão situados no Vale do Rift onde encontramos dois grades vulcões: o Rumenzori (5119m) e o monte Elgon (4322m).

· Hidrografía.
As zonas pantanosas abundam em quase todos os setores do território. No centro acha-se o lago Kioga, para o sul o lago Vitória e no oeste os lagos Alberto, Jorge e Eduardo.
Os rios mais importantes são o Asúa e o Katonga, ambos são afluentes do Nilo.
· Clima.
 Apesar de estar situada ao longo do ecuador, Uganda tem um clima tépido e uniforme, devido em grande parte a uma altura moderada. As temperaturas variam desde uns 19,6 ºC até 29 ºC e as precipitações anuais fazem-no desde uns 760 mm no nordeste até uns 1.500 mm cerca do lago Vitória.
· Vegetação.
Em Uganda podemos encontrar uma grande variedade de vida vegetal. Alguns exemplos são: a árvore mvuli, a erva elefante, os arbustos espinhosos secos, a acácia e a euforbia.
A savana ocupa a maior parte do país, embora no Ou e o SO existe o bosque montanhoso.
· Fauna.
O país fornece um bom habitat a numerosos animais, alguns dos quais estão protegidos em parques nacionais. O chimpanzé reside nas selvas, e nas praderas podem ser encontrado elefantes, rinocerontes, leões e leopardos.


-Organofosforados (PARATHION, MALATHION, ORTHENE, BIDRIN): são ésteres do ácido fosfórico. Menor teor de toxidez com relação aos organoclorados, porém, são absorvidos pelo organismo humano através de todas as vias possíveis (respiratória, gastrointestinal, dérmica, por membranas de mucosas). Não são cumulativos, insolúveis em água, apresentam toxidade aguda (efeitos aparecem rapidamente no organismo).



- Quanto mais intenso o efeito estufa maior a incidência e proliferação de mosquitos causadores de doenças.


-A sigla STORCH é formada por um grupo de doenças infecciosas que acometem o recém-nascido. Tais doenças são assim designadas: S (sífilis congênita), TO (toxoplasmose congênita), R (rubéola congênita), C (citomegalovirose congênita) e H (herpes simples congênito). O feto acometido por esses agentes patógenos pode falecer no útero, apresentar crescimento intra-uterino retardado, malformações congênitas e enfermidades agudas e crônicas, podendo também nascer hígido
 
- malformações do sistema nervoso estão relacionadas a erros no folheto ectoderma.
 
 
 
Aedes Aegypti
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Larva
Como o Aedes aegypti é um inseto holometabólico, a fase larvária é o período de alimentação e crescimento. As larvas passam a maior parte do tempo alimentando-se principalmente de material orgânico acumulado nas paredes e fundo dos depósitos. RESPIRAÇÃO BRANQUIAL
a larva do aedes aegypti
As larvas possuem quatro estágios evolutivos. A duração da fase larvária depende da temperatura, disponibilidade de alimento e densidade das larvas no criadouro. Em condições ótimas, o período entre a eclosão e a pupação pode não exceder a cinco dias.

Contudo, em baixa temperatura e escassez de alimento, o 4° estágio larvário pode prolongar-se por várias semanas, antes de sua transformação em pupa.
A larva do Aedes aegypti é composta de cabeça, tórax e abdômen. O abdômen é dividido em oito segmentos. O segmento posterior e anal do abdômen tem quatro brônquias lobuladas para regulação osmótica e um sifão ou tubo de ar para a respiração na superfície da água. O sifão é curto, grosso e mais escuro que o corpo. Para respirar, a larva vem à superfície, onde fica em posição quase vertical. Movimenta-se em forma de serpente, fazendo um “5” em seu deslocamento. É sensível a movimentos bruscos na água e, sob feixe de luz, desloca-se com rapidez, buscando refúgio no fundo do recipiente {fotofobia).
Na pesquisa, é preciso que se destampe com cuidado o depósito e, ao incidir o jato de luz, percorrer, rapidamente, o nível de água junto à parede do depósito. Com a luz, as larvas se deslocam para o fundo. Tendo em vista a maior vulnerabilidade nesta fase, as ações do PEAa devem, preferencialmente, atuar na fase larvária.
Pupa
As pupas não se alimentam. É nesta fase que ocorre a metamorfose do estágio larval para o adulto. Quando inativas se mantêm na superfície da água, flutuando, o que facilita a emergência do inseto adulto. O estado pupal dura, geralmente, de dois a três dias.
A pupa é dividida em cefalotórax e abdômen. A cabeça e o tórax são unidos, constituindo a porção chamada cefalotórax, o que dá à pupa, vista de lado, a aparência de uma vírgula (Figura 3). A pupa tem um par de tubos respiratórios ou “trompetas”, que atravessam a água e permitem a respiração.
a pupa do aedes aegypti
Adulto
O adulto de Aedes aegypti representa a fase reprodutora do inseto. Como ocorre com grande parte dos insetos alados, o adulto representa importante fase de dispersão.

Entretanto, com o Aedes aegypti é provável que haia mais transporte passivo de ovos e larvas em recipientes do que dispersão ativa pelo inseto adulto (Figuras 4, 5 e 6).
O Aedes aegypti é escuro, com faixas brancas nas bases dos segmentos tarsais e um desenho em forma de lira no mesonoto. Nos espécimes mais velhos, o “desenho da lira” pode desaparecer, mas dois tufos de escamas branco-prateadas no clípeo, escamas claras nos tarsos e palpos permitem a identificação da espécie. O macho se distingue essencialmente da fêmea por possuir antenas plumosas e palpos mais longos.
Logo após emergir do estágio pupal, o inseto adulto procura pousar sobre as paredes do recipiente, assim permanecendo durante várias horas, o que permite o endurecimento do exoesqueleto, das asas e, no caso dos machos, a rotação da genitália em 180°.
Dentro de 24 horas após, emergirem, podem acasalar, o que vale para ambos os sexos. O acasalamento geralmente se dá durante o vôo, mas, ocasionalmente, pode se dar sobre uma superfície, vertical ou horizontal. Uma única inseminação é suficiente para fecundar todos os ovos que a fêmea venha a produzir durante sua vida.
As fêmeas se alimentam mais frequentemente de sangue, servindo como fonte de repasto a maior parte dos animais vertebrados, mas mostram marcada predileção pelo homem (antropofilia).
O repasto sanguíneo das fêmeas fornece proteínas para o desenvolvimento dos ovos. Ocorre quase sempre durante o dia, nas primeiras horas da manhã e ao anoitecer. O macho alimenta-se de carboidratos extraídos dos vegetais. As fêmeas também se alimentam da seiva das plantas.
Em geral, a fêmea faz uma postura após cada repasto sanguíneo. O intervalo entre a alimentação sanguínea e a postura é, em regra, de três dias, em condições de temperatura satisfatórias. Com frequência, a fêmea se alimenta mais de uma vez, entre duas sucessivas posturas, em especial quando perturbada antes de totalmente ingurgitada (cheia de sangue). Este fato resulta na variação de hospedeiros, com disseminação do vírus a vários deles.



DNA - RNAm - proteínas
transcrição       tradução




BOA PROVA
FORTE ABRAÇO
KATIA QUEIROZ
KATIALSQ@GMAIL.COM






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Link sobre os slides sobre zika virus

http://pt.slideshare.net/spitalex/zika-virus-o-que-sabemos-ate-agora



Pessoal eu utilizei esses slides para a aula para a OBB.

5 de abr. de 2016

Os antioxidantes de que o seu corpo precisa - e o 'mito' dos suplementos

- e o 'mito' dos suplementos
  • 24 março 2016
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Antioxidantes são vitaminas, minerais e outras substâncias químicas que ajudam a proteger as células de substâncias prejudiciais produzidas durante seu metabolismo.
Já é comprovado que uma dieta rica em alguns antioxidantes protege contra doenças cardíacas, derrames, alguns tipos de câncer e doenças relacionadas ao envelhecimento.
Podemos então concluir que o melhor é consumir o máximo de antioxidantes possível, incluindo suplementos?
Provavelmente não.
Alguns antioxidantes podem proteger células saudáveis de danos no DNA, mas ainda não compreendemos totalmente todos os efeitos deles para a saúde.
Por um lado, é bom consumir uma grande variedade de alimentos ricos em antioxidantes, mas especialistas afirmam que, para a maioria das pessoas, não há benefício nenhum em tomar suplementos de antioxidantes.

Funcionamento

A oxidação é um processo químico normal em nossos corpos, que resulta em moléculas instáveis chamadas radicais livres.
Em pequenas quantidades, esses radicais livres são úteis para nossa saúde pois têm um papel importante nos processos normais de nossas células.
BBCImage copyright BBC World Service
Mas em grandes quantidades eles podem causar problemas e prejudicar o funcionamento celular - um processo conhecido como "estresse oxidativo".
Nós costumamos ingerir antioxidantes como a vitamina C ou o betacaroteno para evitar o estresse oxidativo e proteger as células do corpo.
Antioxidantes conseguem proteger nossas células neutralizando estes radicais livres.

Onde tem?

Pesquisas realizadas nos últimos dez anos mostraram que consumir alimentos ricos em antioxidantes como frutas, verduras, leguminosas e grãos tem um efeito benéfico à saúde.
Mas é importante notar que a quantidade de antioxidantes em alimentos e bebidas varia muito.
Veja abaixo os tipos de antioxidantes e onde encontrá-los.

1) Selênio

O selênio é um mineral encontrado no solo. Ele é importante para manter o funcionamento normal do sistema reprodutivo, sistema imunológico e no uso de iodo pela tireoide.
Entre as fontes de selênio estão carne vermelha, ovos, peixe, mariscos, gérmen de trigo e castanha-do-pará.

2) Vitamina C

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A vitamina C é um antioxidante encontrado em muitos alimentos, especialmente frutas cítricas, frutas vermelhas e verduras.
A vitamina é particularmente importante para o funcionamento e os processos de cura dos tecidos, como a formação de colágeno.
Em alguns países, os serviços de saúde até aconselham os fumantes a consumir mais vitamina C.
E a vitamina também ajuda as pessoas a absorverem melhor o ferro.

3) Compostos fenólicos

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Os compostos fenólicos são um grande grupo de compostos químicos de plantas com propriedades antioxidantes.
Entre eles estão os flavonoides como a quercetina, que é encontrada na cebola, chá, vinho tinto e chocolate; a curcumina, encontrada na mostarda e açafrão; taninos, encontrados no chá verde e no chá vermelho; isoflavonas, encontradas no leite de soja, tofu e missô e as lignanas, que podem ser encontradas nas sementes de linhaça e outros grãos.

4) Carotenoides

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Os carotenoides são compostos vegetais como o betacaroteno, luteína e licopeno, que dão a frutas e verduras a coloração amarela, vermelha e laranja.
Eles ajudam a fortalecer a imunidade do corpo. Quanto mais forte a coloração, maior a concentração.
Entre as boas fontes de carotenoides estão maracujá, manga, tomate, cenouras, batata-doce e damasco.
Os betacarotenos de coloração laranja forte, encontrados na cenoura, por exemplo, também podem ter outros benefícios pois são transformados em vitamina A.

5) Vitamina E

A vitamina é um antioxidante particularmente adequado para a proteção do corpo de reações oxidantes envolvendo gordura.
Todas as células do corpo têm uma camada fina de gordura vulnerável ao ataque de radicais livres. A vitamina E intercepta os radicais livres evitando danos e mantendo a integridade da célula.
Entre as boas fontes desta vitamina estão oleaginosas (como nozes), sementes e óleos vegetais.

Suplementos

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A maioria dos testes clínicos já feitos até hoje não encontraram provas de que o consumo de um antioxidante ou de uma combinação deles em forma de suplementos proteja a saúde.
Segundo o professor Tom Sanders, chefe do Departamento de Diabetes e Ciências da Nutrição do King's College de Londres, tomar suplementos de antioxidantes pode até prejudicar a saúde, a dos fumantes.
E o Cochrane Collaboration, um grupo internacional que analisa questões de saúde, também opina que os suplementos de antioxidantes podem fazer mais mal do que bem.
Em 2012, o grupo realizou uma análise de 78 teste clínicos de suplementos de antioxidantes e não identificou provas de que o consumo deles ajudasse a evitar doenças.
Um estudo realizado na década de 1990 com homens finlandeses que fumavam muito descobriu que os que consumiam doses altas de betacaroteno tinham um risco maior de desenvolver câncer de pulmão. A pesquisa de suplementos de antioxidantes com vitamina E também identificou elos entre estes suplementos e um tipo de derrame e, possivelmente, câncer na próstata.
Por sorte a natureza já fornece um pacote equilibrado de antioxidantes e certamente não há provas de que consumir muitas frutas e verduras faça mal à saúde.

Dieta colorida

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Catherine Collins, nutricionista-chefe no Hospital St. George, na Grã-Bretanha, recomenda uma dieta com mais frutas, leguminosas e grãos, que são todos ricos em antioxidantes e também boa fonte de fibras.
Segundo a Associação Dietética Britânica, consumir 400 gramas de frutas e verduras por dia pode ajudar a diminuir o risco de problemas de saúde como hipertensão, obesidade e alguns tipos de câncer.
A nutricionista britânica Felicity Lyons, porta-voz da associação, afirmou que cada antioxidante tem seu papel particular no corpo então consumir muito de apenas um tipo não vai ajudar.
O conselho é diminuir o consumo de alimentos industrializados e tentar fazer sua


BBC BRASIL

O chocolate pode mesmo te deixar mais feliz, saudável e inteligente?

O chocolate pode mesmo te deixar mais feliz, saudável e inteligente?

  • 27 março 2016
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Não são poucas as citações na mídia sobre os benefícios do chocolate: desde uma vida mais calma até um coração mais saudável já foram atribuídos ao produto.
Alguns nutricionistas afirmam que comer chocolate amargo todo dia pode reduzir a pressão sanguínea e beneficiar o coração. Também dizem que pode evitar alguns tipos de câncer, derrames e até melhorar a memória.
A BBC fez uma avaliação das últimas provas a favor do chocolate e como seus efeitos podem ser comparados aos de algumas drogas.

O tipo importa?

"Atribuo todo meu sucesso essencialmente à grande quantidade de chocolate que consumo. Pessoalmente eu acho que chocolate ao leite te deixa estúpido... chocolate amargo é a chave.. É algo que, se você quer um prêmio Nobel de medicina ou de química, tudo bem, mas se você quer um prêmio Nobel de física, tem que ser chocolate amargo mesmo", já disse Eric Cornell, vencedor do Nobel de física em 2001.
Infelizmente a escolha de chocolate provavelmente não fará muita diferença quando se trata do prêmio Nobel, mas fica a questão: o chocolate amargo é mesmo o melhor?
Os supostos benefícios do chocolate para a saúde e o cérebro são atribuídos, principalmente, aos antioxidantes encontrados no cacau. No entanto, pelo fato de o cacau ser amargo, frequentemente se adiciona leite e açúcar para fazer o chocolate, diluindo o conteúdo de antioxidantes.
Também é preciso lembrar dos problemas causados pelo consumo de grandes quantidades de calorias e açúcar.
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Image caption Cientistas e médicos recomendam o chocolate amargo
Então a mensagem é: se você come chocolate, escolha o amargo, escuro. O ideal seria o que tem 85% de cacau ou mais, que possui menos gordura e açúcar do que o chocolate ao leite.

Quais drogas o chocolate imita?

O cacau tem pequenas quantidades de alguns estimulantes que são encontrados em várias drogas legais e ilegais.
O "chocolatier" belga Dominique Persoone criou um um dispositivo que disparava cacau diretamente no nariz do usuário. Ele afirma ter vendido 25 mil unidades do dispositivo, que não era barato (45 euros, cerca de R$ 185), e a embalagem vinha com alerta sobre riscos do uso excessivo.
Parece pouco provável que o chocolate realmente imite os efeitos das drogas, mas ele possui algumas substâncias químicas presentes em algumas drogas.

1.Ópio

O chocolate pode afetar o cérebro de uma forma parecida com o ópio, reduzindo a dor e produzindo prazer, apesar de ser bem mais fraco.
Isso ocorre graças ao neurotransmissor encefalina. Estudos em ratos indicam que a quantidade de encefalina produzida quando se come chocolate é o bastante para criar um efeito suave e levar ao vício.
Apesar de especialistas acreditarem que isso também se aplique a humanos, ainda não há provas.

2.Amor

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Image caption Chocolate tem grupo de alcaloides neuroativos também presentes na cerveja e no vinho
O cacau pode imitar o efeito do amor, segundo alguns especialistas, pois contém a substância química feniletilamina, liberada nos primeiros meses de um relacionamento.
Isso faz com que a pessoa se sinta excitada e nervosa e pode funcionar como um antidepressivo.
Existem apenas pequenas quantidades da substância no chocolate e há dúvidas se ela permanece ativa quando o chocolate é ingerido. Portanto ainda não se sabe com certeza se a pessoa sente mesmo esse efeito.

3.Maconha

O chocolate tem pequenas quantidades de anandamida, conhecida como a "molécula da felicidade".
Este neurotransmissor atinge as mesmas estruturas cerebrais acionadas pelo THC, o ingrediente ativo da maconha.
No entanto, para ter um impacto substancial no cérebro, a pessoa precisaria comer vários quilos de chocolate, então não é provavel que o chocolate afete o humor da pessoa.

4.Álcool

O chocolate tem um grupo de alcaloides neuroativos conhecidos como tetrahidro-beta-carbolinas, que também podem ser encontrados na cerveja, vinho e outras bebidas.
Essas substâncias elevam nossos níveis de dopamina e serotonina - têm, portanto, um efeito no humor. E podem explicar o poder viciante do chocolate.
O chocolate, contudo, possui quantidades reduzidas de tetrahidro-beta-carbolinas e são necessárias mais pesquisas antes de concluir que há impacto no humor.

5.Café

O cacau tem cafeína e é possível encontrar um pouco deste estimulante no chocolate. Quanto mais amargo o chocolate, maior a quantidade de cafeína.
Mas as quantidades de cafeína são mais baixas em todos os tipos de chocolate, incluindo o amargo, do que no café.
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Image caption É possível encontrar cafeína no cacau e até um pouco dela no chocolate
O cacau também tem teobromina, que produz um efeito estimulante quando combinada com cafeína.

Melhora o desempenho do cérebro?

Estudo publicado recentemente envolvendo cerca de mil pessoas descobriu a ligação entre comer chocolate - não importando o tipo - pelo menos uma vez por semana e uma melhora na memória e raciocínio abstrato.
Há razões para otimismo, mas a pesquisa não apontou categoricamente se comer chocolate foi a causa da melhora.
Em outra pesquisa recente, descobriu-se que uma substância química encontrada no cacau e no chocolate reduz a perda de memória relacionada à idade em adultos de 50 e 69 anos.
O estudo apontou que o antioxidante flavonol (uma classe de flavonoides) aumenta o fluxo sanguíneo para uma região do cérebro que promove a memória. Cientistas estão animados com a descoberta, pois é o primeiro indicador de que a dieta pode reverter o declínio na memória e também reduzir a perda da memória.
Depois de consumir bebidas enriquecidas com estes flavonois por três meses, o desempenho das pessoas neste grupo de idade em um teste de memória foi equivalente ao desempenho de pessoas várias décadas mais jovens.
No entanto, apenas comer mais chocolate não vai proteger a memória, pois métodos usados para processar o chocolate costumam remover a maior parte dos flavonois.
Uma barra de chocolate típica tem 40 mg destes flavonois, e a bebida usada na pesquisa continha 900 mg. Seria necessário comer quantidades enormes de chocolate para obter algum benefício.
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Image caption Muitos médicos questionam se as propriedades do cacau são mantidas depois que ele é transformado em chocolate

E a saúde?

Acredita-se que os antioxidantes encontrados no cacau possam ter efeitos antiinflamatórios, melhorando o fluxo sanguíneo e diminuindo o risco de doenças cardiovasculares.
Algumas pessoas também afirmam que o cacau protege contra o câncer e reduz o estresse.
Mas há a questão da validade de estudos que ligam o cacau à diminuição da pressão sanguínea, e se há algum efeito para a saúde depois que o cacau é transformado em chocolate.
Em 2012, uma análise das melhores provas dos efeitos do cacau na pressão sanguínea concluiu que alguns produtos do cacau, incluindo chocolate amargo, diminuem levemente a pressão. A análise apontou, porém, a necessidade de mais comprovações.
"Se você está com um peso saudável, comer chocolate com moderação não aumenta o risco de doença cardíaca de forma detectável, e pode até ter algum benefício. Eu não aconselharia meus pacientes a aumentar o consumo de chocolate com base nesta pesquisa, particularmente se estiverem acima do peso", disse à BBC o especialista independente Tim Chico.


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A ciência do prazer: por que gostamos do que gostamos?

O circuito do prazer no cérebro humano não é simples, mas também não é tão complicado. Existem gatilhos quase universais para o prazer. No entanto, há pessoas cujo prazer só é desencadeado por coisas mais específicas.
"Há algumas coisas que gostamos porque somos programados para gostar, como consumir alimentos e tomar água e manter relações sexuais", diz à BBC David Linden, professor de Neurociência na Universidade Johns Hopkins de Baltimore, nos Estados Unidos, e autor de A Bússola do Prazer.
"Existem outras coisas que aprendemos a desfrutar. Por exemplo: estamos programados para gostar do sabor doce, mas as preferências pessoais são determinadas pela experiência individual, o aprendizado, a família, a cultura, todas as coisas que fazem de nós indivíduos."
"As pessoas gostam das coisas com as quais cresceram. Eu vivo em Baltimore e aqui há pessoas que gostam de pimentas, outras não. Se eu vivesse no México, é muito provavel que quase todas as pessoas gostassem."
A afirmação de Linden leva a outra pergunta: pode-se dizer que o mesmo acontece com animais de estimação? Eles aprendem a gostar das coisas que seus donos comem, apesar de seus instintos?
"Os gatos desenvolvem gosto por pimenta? Nunca. Isto é algo que os humanos fazem, mas outros mamíferos não - e não sabemos a razão", afirma o especialista.
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Nada amargo

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Image caption Por enquanto, ele gosta de chocolate, mas serão necessários mais alguns anos para que ele veja se aguenta o amargo da cerveja

Linden afirma que parece que os humanos estão programados para evitar o sabor amargo. Na natureza, coisas amargas frequentemente são tóxicas.
"Por isso, não é raro que uma criança não saiba ainda muito sobre comida e rejeite coisas amargas. À medida que crescemos e vamos aprendendo o que devemos comer ou não, pode ser que comecemos a gostar de algumas coisas amargas", diz.
A genética também pode exercer um papel sobre nossos gostos. Linden cita o coentro. "Há quem ou ama. E, agora, sabemos que os que odeiam têm uma mutação em um receptor olfativo em particular, no nariz, que detecta uma substância química liberada quando se mastiga coentro."
Mas isto não ocorre com muita frequência. Um estudo com gêmeos que cresceram em lugares diferentes mostra que a maior parte das preferências alimentares é aprendida, não herdada.

Beleza

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Image caption Nem todos os prazeres nascem iguais, mas acabam sendo iguais

Samir Zeki, professor de neuroestética no University College de Londres, no Reino Unido, investiga como a beleza nos dá prazer. "Eu sou especializado no cérebro visual e nas respostas afetivas - como desejo, amor, beleza - desencadeadas por estímulos visuais", explica.
"Quando uma pessoa experimenta a beleza - uma paisagem, peça musical, na matemática, em um rosto, em um corpo - não importa a forma, é ativada a mesma parte do cérebro emocional."
"É o centro do prazer no cérebro, e está associado com satisfação. A beleza é prazer, é gratificante, é parte do mesmo estado afetivo, da relação de satisfação, recompensa", disse.
Mas todos os prazeres são iguais? O prazer que temos com drogas, sexo ou comida, têm o mesmo efeito sobre o cérebro?
"Uma das coisas que descobrimos é que, quando se trata de prazer, parece haver um santuário interno de regiões do cérebro que são unitárias", afirma Morten Kringelbach, neurocientista das universidades de Aarhus, na Dinamarca, e Oxford, no Reino Unido.
"Isto é muito interessante e surpreendente. O prazer que a comida dá é diferente do prazer da música. Mas a informação indica que provavelmente não deveríamos nos guiar por nossas experiências: os sinais elétricos em regiões específicas do cérebro são os mesmos."

A ameaça do prazer

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Image caption As autoridades governamentais e religiosas querem regular mecanismos de prazer que têm a ver com a conduta, como o consumo de drogas

Na base de tudo isso, está algo com um nome muito grande: 3,4-dihidroxifenilalanina, ou dopamina, um neurotransmissor.
"É crucial. Se você aumenta a quantidade, aumenta o prazer. Se a retira, bloqueia a capacidade de sentir prazer. Sabemos que ela atua em lugares específicos do cérebro que, se forem destruídos, impedem a pessoa de sentir prazer."
O prazer ocorre em três fases, de acordo com Kringelbach. Primeiro vem o desejo: a antecipação, o anseio. Depois há um período de gosto: desfrutar a comida, o vinho, o sexo, um filme ou uma droga. Depois, vem a saciedade, o período da satisfação.
Linden afirma ainda que autoridades governamentais ou religiosas querem regular coisas que fazemos guiados pela busca do prazer.
"Estou falando de sexo e drogas. Dizem: 'Não podem ter relações sexuais se não está casado' ou 'Não pode pagar por elas' ou 'Não pode ser homossexual' e 'Não pode consumir drogas que ativem seu centro de prazer, seja nicotina, álcool, maconha etc'. Enquanto outros dizem: 'Pode tomar álcool, mas nada além disso'."
"Neste sentido a regulação de nosso circuito de prazer no cérebro é uma das grandes missões tanto de governos como de religiões", acrescenta. E, para o pesquisador, nosso centro de prazer pode ser uma ameaça.
"Acho que se preocupam muito com nossos prazeres porque são eles que regem nossa conduta. São muito fortes. Para estas instituições, isso representa uma ameaça, pois as coisas que são muito prazerosas podem alterar a ordem estabelecida."

Dor

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Image caption Prazer e dor andam de mãos dadas na cama e na mesa

Alguns prazeres são óbvios e comuns entre muitas pessoas: o chocolate ou uma música de Bach, uma cerveja ou um entardecer. Outros parecem estranhos. Um sádico tem prazer causando a dor, e um masoquista, sentindo a dor.
"Não há nada que explique biologicamente por que alguns desenvolvem gosto por certas práticas sexuais e outros não. Mas isso diz alguma coisa sobre o prazer e a dor", afirma Linden.
"Ambos são indicadores de algo que é importante, significativo. Dizem: 'Preste atenção a isto! Guarde na memória, porque isto é algo de que você vai precisar se lembrar mais à frente!'."
"Isto é o que o prazer e a dor têm em comum, assim, é possível que, quando se misturem, seja em alguma prática sexual ou em um prato de comida com pimenta, há pessoas que desfrutem, pois são (experiências) supersignificativas e isto é gratificante de alguma forma", complementa o neurocientista.

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