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8 de out. de 2011

Cientistas desenvolvem técnica que pode criar células-tronco personalizadas



Uma equipe de cientistas de Nova York afirmou nesta quarta-feira que estão mais perto de conseguirem criar a chamada célula-tronco personalizada.
A técnica envolve pegar um óvulo humano e combiná-lo com uma célula de outra pessoa.
Segundo os pesquisadores, os resultados podem ser usados para tratar várias doenças, já que seria possível produzir, de maneira personalizada para cada paciente,células saudáveis para substituir as doentes.
Em um artigo para a revista científica Nature, a equipe Fundação de Células-Tronca do Nova York disse ter usado uma tecnologia de clone (chamada transferência de núcleos de célula somática) para criar células-tronco embrionária para combinar com o DNA específico de cada pessoa.
Potencial
As células-tronco têm um grande potencial na medicina, à medida que podem ser desenvolvidas em qualquer outro tipo de célula no corpo.
Ao se criar células do coração, por exemplo, talvez seja possível reparar os danos causados por um ataque cardíaco.
Já há alguns testes clínicos em curso. O primeiro feito com células-tronco embrionárias da Europa está sendo feito em Londres e é relacionado a um tratamento para a perda progressiva da visão.
O teste, porém, não usa as próprias células dos pacientes e por isso é necessário o uso de imunossupressores para evitar o risco de rejeição. E é por isso que o teste da equipe americana é tão importante.
Interrogação
O pesquisador Dieter Egli, do laboratório da Fundação de Células-Tronca de Nova York, afirma que havia até então um grande ponto de interrogação sobre a possibilidade de a técnica do clone ser usada em seres humanos.
“Outras equipes já haviam tentado, mas falharam”, disse, explicando que seu grupo também não conseguiu ser bem-sucedido ao usar as técnicas tradicionais.
Quando eles removeram o material genético de um óvulo e o substituíram com cromossomos de uma célula epitelial, o óvulo se dividiu, mas não passou do estágio de 6 a 12 células.
No entanto, quando eles deixaram o material genético no próprio óvulo e adicionaram os cromossomos epiteliais, o óvulo se desenvolveu até o estágio do blastocisto, que pode contar até 100 células e é usado como fonte para células-tronco embrionárias.
“As células produzidas por nossa equipe ainda não são para uso terapêutico. Ainda há muito a ser feito”, afirmou Egli à BBC. “Vemos isso como um passo adiante na estrada, porque agora sabemos que óvulos podem transformar células adultas especializadas, como células da pele, em células-tronco.”

25 de set. de 2011

Riscos de desenvolver drogas para problemas neuropsiquiátricos


Esquizofrenia, depressão, compulsão e outros transtornos mentais provocam sofrimento e custam bilhões de dólares a cada ano em perda de produtividade
por Kenneth I. Kaitin & Christopher P. Milne
Distúrbios neurológicos e psiquiátricos respondem por 13% dos encargos globais das doenças, o que implica em perdas de vida pela mortalidade prematura e sobrevida num estado não ideal de saúde, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Apesar da necessidade crítica de novos e melhores medicamentos, incluindo drogas para tratamento de uma ampla faixa de doenças neurodegenerativas, incluindo Alzheimer e Parkinson, drogas para tratar essas doenças são complexas e dispendiosas para serem desenvolvidas pelas grandes empresas da indústria farmacêutica. O risco de gastar milhões em novos medicamentos para depois serem descartados é elevado. Por isso grandes empresas farmacêuticas estão desacelerando suas áreas de P&D em medicamentos usados em neuropsiquiatria e em outras doenças do sistema nervoso central (SNC).Nosso grupo do Centro para o Estudo do Desenvolvimento de Drogas da Tufts chegou a essa conclusão depois de realizar pesquisa em empresas farmacêuticas e de biotecnologia sobre o processo de desenvolvimento de drogas. Essas pesquisas permitem gerar estimativas confiáveis do tempo, custo e risco de produzir novas drogas. Nossas análises mostram que agentes do sistema nervoso central são mais difíceis de desenvolver que a maioria dos outros tipos. Um dos problemas com essas drogas neuropsiquiátricas é o longo período necessário para desenvolvê-las. Descobrimos que uma droga SNC passa 8,1 anos sendo testada em seres humanos – dois anos mais que a média para todos os medicamentos. Elas também levam mais tempo para ter regulamentação aprovada – 1,9 ano, em comparação com a média de 1,2 ano para os demais. Contabilizando os seis a dez anos normalmente gastos em testes e pesquisas aos pacientes, apenas 8,2% das prováveis candidatas a drogas SNC que começam a ser testadas em humanos chegarão ao mercado, em comparação com os 15% dos medicamentos em geral. Fracassos também tendem a ocorrer mais tarde no processo de desenvolvimento clínico, quando custos e demanda de recursos atingem o limite. Não mais que 46% das drogas candidatas de SNC são bem-sucedidas em testes de estágios posteriores (fase III), em comparação com 66% da média de todos os outros medicamentos. Como resultado, o custo de desenvolver uma droga SNC está entre os mais altos de qualquer outra área terapêutica. O que torna essas drogas tão arriscadas? Avaliar se um candidato a antibiótico, por exemplo, irá ou não funcionar é relativamente direto – ou ele mata, ou não mata a bactéria –, e o curso do tratamento leva normalmente alguns dias, o que dispensa testes de segurança e eficácia de longo prazo. Os ensaios de compostos SNC, ao contrário, são muito mais rígidos e complexos. É difícil julgar se a redução de episódios de esquizofrenia ou de melhora cognitiva em pacientes de Alzheimer resulta de uma droga ou de uma variação aleatória do estado do paciente. Os períodos de tratamento podem ser tão longos quanto a vida toda do paciente. Não é de admirar que as taxas de sucesso sejam tão baixas. Algumas promessas estão no horizonte. A Coalizão contra Doenças Graves, formada por agências do governo, empresas farmacêuticas e grupos de defesa de pacientes, desenvolveu uma base de dados de testes clínicos padronizados que permitirá aos pesquisadores planejar estudos mais eficazes de novos tratamentos, inicialmente para as doenças de Alzheimer e Parkinson. A lei da reforma na saúde, do presidente americano Barack Obama, contém também várias disposições que poderiam fornecer incentivos para a inovação em áreas de necessidades médicas carentes. Uma delas é a Rede para Aceleração de Curas, que autoriza o Instituto Nacional de Saúde a apoiar pesquisadores acadêmicos a selecionar compostos promissores. Finalmente, produzir novos medicamentos SNC pode depender de uma abordagem inovadora baseada em redes de computadores, em que empresas possam compartilhar riscos e recompensas. É óbvio que os desafios para desenvolver novos medicamentos neuropsiquiátricos são bem grandes para qualquer empresa, instituição ou organização enfrentar sozinha.
Kenneth I. Kaitin & Christopher P. Milne Kenneth I. Kaitin é diretor do Centro Tufts para o Estudo do Desenvolvimento de Drogas e professor-pesquisador da Faculdade de Medicina da Tufts University.Christopher P. Milne é diretor associado do Centro Tufts para o Estudo do Desenvolvimento de Drogas e professor-pesquisador assistente da Faculdade de Medicina da Tufts University.

A evolução dos avós


Durante o verão de 1963, quando eu tinha 6 anos, minha família viajou de nossa casa na Filadélfia para Los Angeles em visita a meus parentes maternos. Eu conhecia bem minha avo: ela ajudou minha mãe a cuidar de mim e de meus irmãos gêmeos, apenas 18 meses mais novos que eu. Quando não estava conosco, ela morava com a mãe dela, que conheci naquele verão. Venho de uma família longeva. Minha avo nasceu em 1895; a mãe dela, na década de 1860, e as duas quase chegaram aos 100 anos. Ficamos com as duas matriarcas por varias semanas. Foi com suas historias que aprendi sobre minhas raízes e meu lugar numa rede social que abrangia quatro gerações. Pessoalmente, essas lembranças me ligaram a vida no final da guerra civil e, na era da reconstrução, aos desafios enfrentados por meus antepassados e ao modo como eles enfrentaram as dificuldades.Minha historia não e única. Os velhos desempenham papeis essenciais nas sociedades humanas do mundo todo, transmitindo sabedoria e apoio social e econômico para as famílias de seus filhos e grupos mais amplos de parentes. Em geral, na era moderna, as pessoas vivem tempo suficiente para serem avos; mas nem sempre foi assim. Quando os avos prevaleceram e a presença deles afetou a evolução humana? O estudo conduzido por mim e meus colegas indica que pessoas com idade de avos se tornaram comuns há pouco tempo na pré-história humana, e essa transformação coincidiu com mudanças culturais em relação a comportamentos distintos, inclusive dependência da comunicação baseada em símbolos sofisticados, como os que sustentam a arte e a linguagem. Essas descobertas sugerem que viver ate uma idade mais avançada exerce efeitos profundos no tamanho das populações, nas interações sociais e na genética dos primeiros grupos humanos modernos. Alem disso, pode explicar por que eles foram mais bem-sucedidos que os humanos arcaicos. Viva rapidamente, morra jovemo primeiro passo para saber quando os avos se tornaram presença constante na sociedade seria avaliar a composição etária típica de populações do passado: a porcentagem de crianças, adultos em idade fértil e os pais desses jovens. Mas a reconstrução da demografia de populações antigas e bem complicada. Por um lado, populações inteiras nunca são preservadas no registro fóssil; os paleontólogos tendem a recuperar fragmentos de indivíduos. Em contraposição, os seres humanos primitivos não necessariamente amadureceram na mesma proporção que os homens modernos. Na verdade, os índices de maturação diferem, mesmo entre as populações contemporâneas. Mas alguns sítios guardaram fosseis humanos nas mesmas camadas de sedimentos, e assim cientistas podem avaliar com confiança a idade desses restos na hora da morte. Isso e essencial para entender a composição de um grupo pré- histórico.

23 de set. de 2011

teste

teste

26 de ago. de 2011

RADIOTERAPIA









Radioterapia





Este tratamento usa doses grandes de raios de alta-energia ou partículas para destruir células cancerígenas em uma área alvo especificamente. A radiação danifica a estrutura química interna das células cancerígenas que as impedem multiplicar.

A radioterapia geralmente é usada em tumores sólidos localizados e em cânceres que afetam a circulação sangüínea, como leucemia e linfoma. Em torno de 50% dos pacientes com câncer sofrerão uma forma de radioterapia. Para alguns, será a única forma de tratamento que necessitarão. A radiação é freqüentemente usada em combinação com outros tratamentos. Usado antes ou durante outros procedimentos ( neoadjuvante ), a radiação reduz o tamanho do tumor para realizar uma cirurgia ou quimioterapia mais efetiva. Usado posteriormente ( tratamento adjuvante ) destrói qualquer célula de câncer que possa ter permanecido.

Há dois tipos básicos de radioterapia:

1 - Radiação com raios externos realizado por máquinas que administram uma dose alta de radiação diretamente em um local com câncer e uma quantia menor nos tecidos saudáveis às margens do tumor. Máquinas diferentes são usadas para tumores de vários tipos ou em locais diferentes no corpo. Máquinas utilizam a energia do material radioativo chamada cobalto-60 e outras máquinas utilizam a energia do Raio-X ou Feixe de elétrons.

2 – Braquiterapia ou radioterapia de contato que envolve material radioativo que é implantado no corpo no local com o câncer. Implantes de radiação são tubos pequenos contendo sementes ou cápsulas de tipos diferentes de material radioativo (tudo lacrado).


Efeitos colaterais da Radioterapia:


Normalmente os efeitos colaterais são limitados ao local de irradiação, embora muitos pacientes experimentarão fadiga generalizada. Células normais que podem ser afetadas através da radioterapia que normalmente vão ser reparadas. Pacientes onde a área receptora de irradiação é no abdômen podem ter náuseas, enquanto a radiação na pélvis pode levar a diarréia. Lesão esfoliativa, mudança de cor e aumento da sensibilidade podem ocorrer na pele na área atingida pelos raios. Estes efeitos normalmente diminuem depois de várias semanas após o término do tratamento. Perda de pêlos no local de irradiação às vezes pode ser permanente. Sempre alerte seu oncologista ou radioterapeuta sobre qualquer efeito colateral, não importa como eles apareçam.

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