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30 de ago. de 2010

Evolução

29 de ago. de 2010

Deficiência de vitamina D está ligada a mutações genéticas



Deficiência de vitamina D está ligada a mutações genéticas



Estudo encontra relação entre polimorfismos genéticos e níveis da "vitamina do sol"
por Katherine Harmon
iStockphoto/lakov Kalinin
Predisposição genética modifica a resposta à exposição ao sol ou garante suplementação dietética?
Pelo menos metade dos adultos dos países desenvolvidos apresenta níveis insuficientes de vitamina D, fato associado à fragilidade óssea, câncer, doenças cardíacas e problemas no sistema imunológico. Níveis variáveis de vitamina D – subproduto de uma reação química que ocorre quando a luz ultravioleta atinge a pele – são facilmente abastecidos com a exposição ao sol ou com maior consumo de peixes. Pesquisas anteriores sugerem que os níveis de vitamina D são, em parte, herdados. Um estudo anterior com 33.996 pessoas havia encontrado três variantes genéticas específicas que parecem se correlacionar com os níveis de vitamina D de uma pessoa. Os pesquisadores publicaram um novo ensaio de associação ampla do genoma com 16.125 pessoas de cinco centros dos Estados Unidos, Canadá e Europa e confirmaram que três polimorfismos genéticos se associam a níveis variados de vitamina D – utilizando um biomarcador para testar os níveis da vitamina. "A presença de alelos nocivos nos três loci confirmou mais do que o dobro de risco de insuficiência de vitamina D", segundo os pesquisadores liderados por Thomas Wang, da Divisão de Cardiologia do Departamento de Medicina do Hospital Geral de Massachusetts, no estudo publicado on-line em 9 de junho em The Lancet. "Esses resultados não eram esperados por nós; nenhum dos genes estava relacionado com a pigmentação da pele ou qualquer uma das principais doenças implicadas na deficiência de vitamina D”, disse Roger Bouillon, da Clínica e Laboratório de Medicina Experimental e Endocrinologia na Katholieke Universiteit Leuven, na Bélgica, em comentário publicado na mesma edição de The Lancet. “As novas descobertas explicam, em parte, a variabilidade do status da vitamina D", concluiu. Os autores do estudo concordam que a questão requer um estudo mais aprofundado para lançar uma luz sobre a base biológica da vitamina D, a chamada vitamina do sol. "Os estudos devem esclarecer se a predisposição genética modifica a resposta à exposição ao sol ou se garante uma suplementação dietética", escreveram os pesquisadores. "Essas variações podem fornecer informações úteis, para investigar o papel da insuficiência de vitamina D em várias doenças crônicas".

Criado mosquito imune ao parasita da malária



Geneticamente modificado, ele poderá ser usado para deter a propagação da doença
por Nicholette Zeliadt
Cortesia de M. Riehle, University of Arizona
Larva do mosquito com um marcador fluorescente indicando a modificação genética
Estima-se que 1 milhão de pessoas morrem anualmente de malária, doença parasitária transmitida por mosquitos. As atuais estratégias de controle envolvem a pulverização de inseticidas ou uso de drogas para matar o parasita que infecta os seres humanos. Infelizmente, esses métodos são cada vez menos eficazes já que as pragas evoluem e resistem a tratamentos tóxicos. Nos últimos anos, os cientistas vêm trabalhando com os genes do inseto, na esperança de desenvolver mosquitos modificados incapazes de transmitir o parasita. Embora isso seja promissor, esses esforços produziram mosquitos com apenas uma leve redução da taxa de transmissão do parasita.Agora, pesquisadores liderados Michael Riehle, entomólogo da University of Arizona, têm desenvolvido um mosquito transgênico completamente imune à infecção por Plasmodium falciparum, o parasita causador da malária nos seres humanos. Os pesquisadores esperam que sua descoberta possa um dia ser usada como parte de uma nova estratégia para combater a malária. Para a propagação da malária, a fêmea do mosquito Anopheles sp primeiro deve ingerir o parasita de uma pessoa infectada. Uma vez dentro do mosquito, o parasita passa por um processo de maturação, cerca de duas semanas, viajando a partir do intestino do mosquito para as glândulas salivares, onde está pronto para ser transmitido para outros hospedeiros humanos. "Nós fomos surpreendidos como isso funcionou tão bem", disse Riehle. "Estávamos esperando para ver algum efeito sobre a taxa de crescimento dos mosquitos e foi ótimo ver que a nossa construção bloqueou completamente o processo de infecção." Para que qualquer mosquito transgênico seja verdadeiramente eficaz contra a malária, os mosquitos “artificiais” deverão competir e ganhar dos selvagens, um grande desafio que Riehle reconhece e espera realizar no futuro. Até que isso aconteça, os mosquitos geneticamente modificados de Riehle são guardados com segurança em seu laboratório

Acasalamento de vaga-lumes dá pistas sobre conexões do cérebro



Sincronização dos flashes emitidos pelos insetos pode ajudar a entender padrões cerebrais
por Larry Greenemeier
Cortesia de Andrew Moiseff
Machos emitem flashes no mesmo ritmo e repetidamente
Para muitos, o brilho dos vaga-lumes no ar da noite é um sinal claro de que o verão chegou. Depois de escurecer, esses besouros bioluminescentes são geralmente visíveis apenas quando emitem flashes verdes em seus abdomes, como parte de seu ritual de acasalamento. Algumas espécies obtêm sucesso no acasalamento sincronizando os padrões de piscar – fenômeno que tem atraído a atenção de uma equipe de pesquisadores que estudam o reconhecimento de padrões para saber como o cérebro é conectado. Para entender melhor o cérebro dos seres humanos e outros animais que processam os sinais visuais, Andrew Moiseff, professor de fisiologia e neurobiologia da University of Connecticut, em Storrs, e Jonathan Copeland, professor de biologia na Georgia Southern University, em Statesboro, ao longo dos quatro últimos verões têm estudado o papel da sincronização das luzes para o acasalamento da espécie de vagalume Photinus carolinus encontrados nas Smoky Mountains do Tennessee National Park. Muitos machos produzem flashes ao mesmo tempo, no ritmo e repetidamente, de acordo com os pesquisadores, que publicaram seus resultados no dia 9 de julho da revista Science. Esses padrões consistem em uma explosão de flashes variados (normalmente seis), seguidos por um período não intermitente que dura cerca de seis ou oito segundos. Durante essas pausas, a fêmea responde com dois flashes em rápida sucessão, com o segundo flash quase que imediatamente após o primeiro ser concluído. “A fêmea pode produzir de 3 a 59 desses flashes enquanto estão pousadas nas folhas ou ramos”, diz Moiseff. "Isso apresenta algumas questões interessantes ainda não respondidas sobre se o período em que estão ‘desligados’, assim como os flashes, desempenharia importantes funções comportamentais", diz Moiseff. No laboratório, Moiseff e Copeland expuseram um macho de P. carolinus a uma fêmea de P. pirilampos, esperando que o macho imitasse a fêmea. Cada indivíduo produziu o padrão específico de flashes da espécie. O estudo diz o seguinte sobre o cérebro dos vaga-lumes: “É capaz de contar, medir diferenças de tempo e fazer uma pausa enquanto aguarda uma resposta.” "Nosso interesse é compreender os circuitos do cérebro", diz Moiseff. "O método que estão usando para fazer isso é através do reconhecimento de padrões, algo que é importante para todos os animais." Moiseff e Copeland têm estudado outros animais, como corujas e morcegos. "Queremos entender como o cérebro pode processar esses sinais visuais", acrescenta. “A bioluminescência do vaga-lume é o resultado de uma reação química envolvendo uma proteína chamada luciferase. Cerca de 1% das espécies conhecidas de vaga-lumes demonstra esse comportamento sincronizado”, explica Marc Branham, professor adjunto no Departamento de Entomologia e Nematologia da University of Florida. “É importante notar, no entanto, que eles não estão em sincronia o tempo todo e só aparecem quando sincronizados em altas densidades e, mesmo assim, alternando dentro e fora de sincronia”, acrescenta

Influência do meio ambiente sobre o câncer pode ser maior que se pensava



Especialistas refutam antigas estimativas de que apenas 6% dos tipos de câncer estariam relacionados a exposições ambientais e ocupacionais
por Brett Israel
ISTOCKPHOTO/webphotographeer
Fumo, má alimentação, obesidade e inatividade física representam dois terços dos óbitos por câncer nos Estados Unidos
Traços de produtos químicos comumente relacionados ao câncer estão à espreita em todos os lugares. Mas, após décadas de pesquisa, o número de pessoas realmente vitimadas por eles permanece uma incógnita.Acredita-se que o fumo e os maus hábitos alimentares respondem por 60% das mortes por câncer, a doença mais letal no mundo. E quanto ao resto? A influência do meio ambiente vem sendo debatida há três décadas por cancerologistas e epidemiologias ambientais. Segundo antigas estimativas, as exposições ambientais e ocupacionais se relacionam a apenas 6% dos óbitos.Mas a questão voltou à tona no começo de maio após a publicação de um relatório do Presidents Cancer Panel, um comitê de especialistas encarregados do Programa Nacional contra o Câncer que se reporta diretamente ao presidente. O relatório afirma que o valor da estimativa é defasado e subestimado, e, considerando que a exposição a poluentes, a genética e o estilo de vida parecem todos entrelaçados, os cientistas provavelmente jamais saberão a influência dos contaminadores ambientais sobre a doença."É como olhar os fios de uma teia de aranha e decidir qual é o importante", disse o Dr. Ted Schettler, diretor da Science and Environmental Health Network, organização sem fins lucrativos que defende a aplicação da ciência às políticas ambientais. No mundo todo, desde antes do nascimento até a velhice, as pessoas se expõem a incontáveis cancerígenos por meio da comida, do ar, da água e de produtos de consumo.De acordo com o 11º Relatório sobre Cancerígenos dos Estados Unidos, os National Institutes of Health classificaram 54 compostos que causariam ao menos um tipo de câncer. As maiores exposições seriam ocupacionais e não ambientais, apesar de estas também ocorrerem. O poluente benzeno, por exemplo, comum nos gases de exaustão de veículos, é uma conhecida causa de leucemia. O radônio, gás radioativo natural encontrado em muitas casas, eleva o risco de câncer de pulmão. O arsênico, presente em algumas redes de água potável, é ligado a câncer de pele, fígado, bexiga e pulmão. Outros conhecidos cancerígenos humanos incluem asbesto, cromo hexavalente, aflatoxinas e cloreto de vinila. Desde 1981, agências e institutos citam as mesmas estimativas para avaliar fatores cancerígenos no ambiente de trabalho, no meio ambiente e nos produtos de consumo: cerca de 4% das mortes por câncer (ou 20 mil mortes por ano) poderiam ser atribuídas a exposições ocupacionais, e 2% (ou 10 mil mortes por ano), a exposições ambientais.Em seu novo relatório, o comitê indicado pelo ex-presidente George W. Bush disse que essas estimativas são "lamentavelmente defasadas", e "o verdadeiro peso do câncer induzido pelo meio ambiente tem sido grosseiramente subestimado".Para a American Cancer Society, essa afirmação não tem consenso científico. "Baseados em que eles dizem grosseiramente subestimado? É uma possibilidade, mas muitas hipóteses têm sido propostas. Sem prova real, não se pode afirmar nada", argumentou o Dr. Michael Thun, vice-presidente honorário de epidemiologia e pesquisa de vigilância de risco da American Cancer Society. Segundo ele, o comitê presidencial exagera a preocupação sobre as causas ambientais, quando a melhor forma de se prevenir o câncer seria combater os maiores riscos enfrentados pelas pessoas: fumo, alimentação e sol.Já os epidemiologistas ambientais dizem que o questionamento dos números seria mera tática diversionista da American Cancers Society, que endossaria o mesmo princípio dos grupos industriais – o de que não se deve agir sem prova absoluta. Mas muitos epidemiologistas defendem o princípio da prevenção: é preciso reduzir a exposição das pessoas aos poluentes ambientais mesmo sem provas concretas dos riscos.Tentar relacionar cada produto químico a um tipo específico de câncer é uma "prática errônea" e uma "tentativa de calcular uma ficção", diz Richard Clapp, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Boston e co-autor de resenhas sobre as causas ambientais e ocupacionais do câncer. "Por que continuar martelando o mesmo ponto, se podemos avançar e colocar outras coisas em prática?", ele questiona. Dados da American Cancer Society indicam que, a cada ano, surgem cerca de 1,5 milhão de novos diagnósticos de câncer nos EUA, dos quais mais de meio milhão terminam em óbito. A maioria estaria ligada a fatores de estilo de vida, como fumo, alimentação e álcool. Sozinho, o fumo responderia por ao menos 30% das mortes; outro terço é atribuído a alimentação, obesidade e inatividade física.Mas são os tipos restantes – cerca de um em cada três – que esquentam a polêmica.Um relatório de 1981 dos cientistas Sir Richard Doll e Sir Richard Peto, publicado no Journal of the National Cancer Institute, avalia que 2% das mortes por câncer são atribuídas a exposições a poluentes ambientais, e 4% a exposições ocupacionais. Em 2009, essas porcentagens representaram cerca de 30 mil mortes nos EUA."Se você considerar o número de mortes por dia, elas equivalem a um desastre aéreo que mereceria manchetes nacionais", disse Clapp.

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