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27 de fev. de 2015

SLIDES SOBRE CICLOS BIOGEOQUÍMICOS


Queridos alunos do Contemporâneo, aqui estão os slides da nossa aula.

Testes com nova vacina indicam proteção total contra vírus HIV

  • 19 fevereiro 2015
HIV (Thinkstock)
Em teste com terapia genética, cientistas conseguir deixar macacos protegidos contra o vírus
Macacos totalmente protegidos contra o vírus do HIV. Esse foi o resultado de um teste de uma nova vacina contra o HIV, que deixou a comunidade científica animada.
A abordagem da vacina, cujo estudo acaba de ser publicado na revista Nature, é bastante radical.
Normalmente, as vacinas treinam o sistema imunológico para combater infecções. Mas nessa nova vacina os pesquisadores do instituto de pesquisa Scripps, com sede na Califórnia, alteraram o DNA dos macacos para dar às células deles propriedade para combater o HIV.
A equipe diz que a descoberta é “incrível” e que vai começar os testes em humanos em breve. Consultados pela BBC, cientistas independentes – não ligados ao instituto – também se entusiasmaram com os resultados do teste.

DNA

A técnica usa terapia genética para introduzir uma nova seção de DNA dentro das células musculares saudáveis.
Nessa parte de DNA há tipos de "instruções" para a criação de ferramentas para neutralizar o HIV, que então é bombardeado para fora da corrente sanguínea.
Nos testes, os macacos ficaram protegidos contra todos os tipos de HIV durante ao menos 34 semanas.
Como os macacos também desenvolveram proteção diante de altas doses do vírus, isso também pode ajudar pacientes que já tenham HIV, de acordo com os cientistas.
"Estamos mais perto de uma proteção universal (contra o HIV) do que qualquer outra abordagem feita por outras vacinas", disse o cientista Michael Farzan, um dos líderes do estudo. "Mas ainda temos muitos obstáculos, especialmente em como fazer uma vacina segura para ser aplicada em um grande número de pessoas."
Isso porque em uma vacinação convencional, o sistema imunológico responde apenas depois de estar diante de uma ameaça.
Já nesta abordagem, a terapia genética transforma células em fábricas que expelem constantemente "matadores de HIV" – e as implicações a longo prazo disso são desconhecidas.
Apesar dos entraves, cientistas de outras instituições comemoraram os resultados.
“Essa pesquisa é bastante inovadora e é uma promessa que nos leva em duas importantes direções: obter uma proteção a longo prazo contra o HIV e colocar o vírus em remissão, no caso de pessoas já infectadas", disse o pesquisador Anthony Fauci, do National Institutes of Health, dos EUA.

Cuba descobre variante mais agressiva e preocupante do vírus HIV

Crédito: Reuters
Cientistas analisaram amostras de sangue de pacientes com Aids em Cuba
Especialistas em saúde de Cuba detectaram há alguns anos algo diferente e pouco comum nos pacientes com o vírus do HIV no país: eles desenvolviam a Aids de uma forma extraordinariamente rápida.
Tão rápido que, em menos de três anos, já se encontravam muito doentes, sem praticamente tempo de perceberem que tinham o HIV.
Um grupo internacional de cientistas chegou para investigar a situação e concluiu que, realmente, em Cuba existe uma variante do HIV que é muito mais agressiva.
"Sabemos que 144 pacientes têm essa linhagem do vírus, mas com certeza há mais gente. Isso é só o que conseguimos contar", disse à BBC Anne Mieke Vandamme, da Universidade Leuven, da Bélgica.
Vandamme, cujo trabalho foi publicado na revista EBioMedicine, explicou que se trata de uma linhagem do vírus que foi originalmente descoberta na África.
"Ela foi parar em Cuba por meio das relações dos cubanos com a África. Ainda que não tenhamos conhecimento de que a linhagem tenha se disseminado pela África, ela tem se disseminado em Cuba", acrescentou.

Mais rápido

Os especialistas explicam que, em uma infecção normal, o vírus do HIV tem de se "agarrar" aos receptores, as proteínas na membrana das células.
Em uma infecção comum, o vírus usa o ponto CXCR5. Depois de muitos anos em pleno estado de saúde, ele se muda para o CXCR4, o que coincide com a aceleração da propagação da Aids.
A equipe de cientistas, liderada por Vandamme, observou que, nos pacientes cubanos, essa transição acontece de forma muito mais rápida.
Isso quer dizer que o vírus não "espera" tanto para se dirigir ao CXCR4. O que elimina, de forma drástica, a fase em que o paciente tem uma vida saudável.
Crédito: AP
O preservativo é o melhor método para evitar a contaminação pelo vírus do HIV
Os cientistas estudaram amostras de sangue de 73 pessoas que haviam sido infectadas recentemente e 52 delas já haviam desenvolvido a Aids.
Vandamme explica que o HIV tem diferentes linhagens que podem ser classificadas como "subtipos"; o detectado em Cuba tem "basicamente HIV recombinado de três outros subtipos".
"Você precisa ter sido infectado por mais de um tipo de linhagem do HIV para ter um vírus recombinado como esse", esclarece.

Anti-retrovirais

A especialista explica que, se o tratamento com anti-retrovirais costuma funcionar bem para tratar infecções normais, ele perde um pouco da eficiência dependendo do nível de avanço da doença – "quanto mais avançada ela se encontra, menos consegue se recuperar do sistema imunológico".
"Inclusive, para alguns pacientes, é tarde demais para ter qualquer benefício dos medicamentos", acrescentou.
A cientista explica que, por enquanto, não há preocupação sobre a possibilidade de esta linhagem do vírus se expandir para além da ilha. Isso porque, atualmente, não há muito contato dos cubanos com o resto do mundo.
"É uma linhagem local, por enquanto. Não consigo prever se vai se expandir para fora ou não, mas se isso acontecer, então precisaremos nos preocupar."
Em Cuba, por enquanto, foram diagnosticados um total de 17.625 casos de HIV desde que a epidemia surgiu, na década de 1980, segundo dados da Infomed, site oficial da rede de saúde cubana.
A epidemia cubana é majoritariamente do sexo masculino - 80% de todos os infectados são homens. O Estado oferece atenção e tratamento gratuito a todos os infectados.

Dormir demais é mais prejudicial à saúde do que dormir a menos, dizem estudos

Getty
Cientista americano sugere que oito horas de sono pode ser demais
Pesquisas sobre o sono sugerem que dormir oito horas por noite pode fazer mal à saúde.
Gregg Jacobs, especialista do Centro de Transtornos do Sono da Faculdade de Medicina da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, afirma que estudos dos últimos dez anos indicam que este não é o tempo ideal de sono para se manter saudável.
"Houve cerca de 34 pesquisas - estudos epidemiológicos que acompanham as pessoas durante um tempo, envolvendo mais de dois milhões de pessoas, e que mostram de forma consistente que há uma relação entre duração do sono e mortalidade", afirma.
Segundo Jacobs, o nível mais baixo de mortalidade corresponde a sete horas de sono.
"Então, quando você dorme menos do que sete horas ou mais do que sete, há um aumento gradual no risco de mortalidade, com pessoas que dormem mais mostrando um aumento maior no risco do que as pessoas que dormem menos", conclui o cientista.
Para Jacobs, sete horas de sono é a quantidade perfeita. Menos do que isso significa que a pessoa tem mais chances de morrer mais cedo e mais do que isso significa que as chances de morrer mais cedo são ainda maiores.

De seis a oito?

No entanto, outro especialista em sono, Frank Cappuccio, professor de medicina cardiovascular e epidemiologia na Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha, afirma que, quando se fala em sono, deveríamos pensar em um tempo que varia entre seis e oito horas como o ideal. E que medir o sono com precisão pode ser problemático.
"Nossa tendência é contar com métodos muito simples, como perguntar às pessoas quantas horas elas dormem por noite, em média", explica.
Mas, segundo Cappuccio, as pessoas não relatam com exatidão quanto tempo elas dormem.
Contar com o depoimento das pessoas transforma os estudos do sono em uma ciência inexata pois, aparentemente, temos uma tendência a superestimar nosso tempo de sono.
Getty
Para especialista de universidade britânica, se uma pessoa acredita que dorme entre seis e oito horas, não há problema
Mesmo com tanta falta de precisão, Cappuccio diz que, se uma pessoa acredita que dorme entre seis e oito horas por noite, não há com o que se preocupar.

Falta e excesso

Uma pessoa que dorme mais ou menos do que um período entre seis e oito horas por noite aparentemente apresenta mais risco de desenvolver problemas como pressão alta, diabetes e complicações cardiovasculares.
"Se você dorme mais do que oito horas ou menos do que seis, você tem um grande aumento do que estimamos ser o risco de desenvolver estes problemas ou morrer mais cedo", ressalta Cappuccio.
Uma análise de voluntários que participaram de um estudo sobre o sono descobriu um aumento de 12% de mortes entre os que dormiram menos, comparado com os que dormiam entre seis e oito horas.
E, quando os pesquisadores analisaram os que dormiam mais do que isto, descobriram um aumento de 30% das mortes em comparação com as pessoas que dormiam entre seis e oito horas.

Sete horas

Getty
Cientistas afirmam que as pessoas superestimam o tempo de sono
Apesar das provas de que as pessoas não são testemunhas confiáveis do próprio sono, Gregg Jacobs afirma que é possível ter uma ideia de qual o tempo de sono ideal.
"Toda primavera nos Estados Unidos a Fundação Nacional do Sono pesquisa entre milhares de adultos em uma amostragem científica aleatória e eles descobrem coisas interessantes: que o adulto típico de hoje relata sete horas de sono e que, na verdade, parece ser esta a duração média do sono na população adulta mundial", afirma.
Para Jacobs, talvez as sete horas de sono sejam algo mais natural para o cérebro.
O cientista afirma que as pesquisas indicam que a maioria dos adultos ainda diz que se sente descansado e com energia depois deste tempo de sono e apenas 5% afirmam que se sentem sonolentos diariamente.
"Há algo a respeito das sete horas de sono que parece ser o número ideal em termos do que as pessoas conseguem (dormir) naturalmente e o que observamos em termos de saúde ideal, em termos dos níveis de mortalidade mais baixos. Então, a resposta de sete horas de sono aparece muitas vezes", diz.

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