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25 de jul. de 2011

Estudo indica que estresse da mãe afeta bebê no úteroO estresse de uma mãe pode afetar seu bebê ainda no útero,


O estresse de uma mãe pode afetar seu bebê ainda no útero, produzindo efeitos a longo prazo na vida da criança, sugerem pesquisadores alemães.

A equipe da Universidade de Kontanz, na Alemanha, observou que houve alterações biológicas em um receptor de hormônios associados ao estresse em fetos cujas mães estavam sob tensão intensa - por exemplo, por conviverem com um parceiro violento.

As alterações sofridas pelo feto podem fazer com que a própria criança seja menos capaz de lidar com o estresse mais tarde. Essas alterações foram associadas, por exemplo, a problemas de comportamento e doenças mentais.

As conclusões, baseadas em um estudo limitado feito com apenas 25 mulheres e seus filhos - hoje com idades entre 10 e 19 anos -, foram publicadas na revista científica Translational Psychiatry.

Os pesquisadores fazem algumas ressalvas: eles explicam que as circunstâncias das mulheres que participaram desse estudo eram excepcionais, e que a maioria das mulheres grávidas não seria exposta a graus tão altos de estresse durante um período tão longo.

A equipe enfatiza também que os resultados não são conclusivos, e que muitos outros fatores, entre eles o ambiente social em que a criança cresceu, podem ter desempenhado um papel nos resultados.

Mas os especialistas alemães suspeitam que o ambiente primordial, ou seja, o do útero, tenha papel crucial.

Investigação

O estudo envolveu análises dos genes das mães e dos filhos adolescentes para a identificação de padrões pouco comuns.

Alguns dos adolescentes apresentaram alterações em um gene em particular - o receptor de glucocorticoide (GR) - responsável por regular a resposta hormonal do organismo ao estresse.

Esse tipo de alteração genética tende a acontecer quando o bebê está se desenvolvendo, ainda no útero.

A equipe disse acreditar que ela seja provocada pelo estado emocional ruim da mãe durante a gravidez.

Sensibilidade

Durante a gravidez, as mães participantes viveram sob ameaça constante de violência por parte de seus maridos ou parceiros.

Entre dez ou vinte anos mais tarde, quando os bebês, já adolescentes, foram avaliados, os especialistas constataram que eles apresentavam alterações genéticas no receptor GR não observadas em outros adolescentes.

A alteração identificada parece tornar o indivíduo mais sensível ao estresse, fazendo com que ele reaja à emoção mais rapidamente, dos pontos de vista mental e hormonal.

Essas pessoas tendem a ser mais impulsivas e podem ter problemas para lidar com suas emoções, explicam os pesquisadores - que fizeram entrevistas detalhadas com os adolescentes.

Um dos líderes da equipe da Universidade de Kontanz, Thomas Elbert, disse: "Nos parece que bebês que recebem de suas mães sinais de que estão nascendo em um mundo perigoso respondem mais rápido (ao estresse). Eles têm um limite mais baixo de tolerância ao estresse e parecem ser mais sensíveis a ele".

A equipe planeja agora fazer estudos mais detalhados, acompanhando números maiores de mulheres e crianças para verificar se suas suspeitas serão confirmadas.

Comentando o estudo, o médico Carmine Pariante, especialista em psicologia do estresse do Instituto de Psiquiatria do King's College London, disse que o ambiente social da mãe é de extrema importância para o desenvolvimento do bebê.

Segundo ele, durante a gravidez, o bebê é sensível a esse ambiente de uma forma única, "muito mais, por exemplo, do que após o nascimento. Como temos dito, lidar com o estresse da mãe e com a depressão durante a gravidez é uma estratégia importante, clínica e socialmente".

Risco de câncer aumenta com a altura, diz estudoPessoas mais altas têm maior risco de desenvolver câncer ao longo da vida,


Pessoas mais altas têm maior risco de desenvolver câncer ao longo da vida, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford.

De acordo com os resultados, a cada dez centímetros a mais de altura, o risco de ter um dos dez tipos mais comuns de câncer aumenta em 16%.

O estudo, publicado na revista científica Lancet Oncology, acompanhou 1,3 milhão de mulheres de meia-idade na Grã-Bretanha, entre 1996 e 2001.

Entre as mulheres mais baixas (com menos de 1,52 m), foram registrados 750 casos de câncer por grupo de 100 mil por ano, enquanto entre as de altura mediana (1,62 m) o número subiu para 850 casos de câncer , e no grupo mais alto (1,75 m), houve 1 mil casos.

Mulheres e homens

Os tipos de câncer que seriam afetados pela altura são de cólon, retal, melanoma maligno, mama, útero, ovário, rim, linfoma, linfoma não-hodgkin e leucemia.

Apesar de o estudo ter analisado apenas dados de mulheres, os pesquisadores dizem que a relação com a altura também está presente nos homens. Eles reuniram outras dez pesquisas que mostravam resultados similares com homens.

"Claro que a altura em si não pode afetar o câncer, mas pode ser um indicador para outra coisa", diz a responsável pela pesquisa, Jane Green, da Universidade de Oxford.

Especialistas acreditam que a explicação pode estar na quantidade de hormônios de crescimento presentes na infância, que poderiam influenciar dois fatores.

O primeiro é o número de células. Pessoas mais altas têm mais células no corpo, logo há mais células que podem sofrer mutações, o que levaria ao câncer.

Outra possibilidade é que os hormônios aumentem a taxa de divisão celular, o que aumentaria o risco de câncer.

Mas os pesquisadores admitiram não saber ao certo a razão por trás dos resultados.

Estilo de vida

A diretora de informação da ONG Cancer Research UK, Sara Hiom, acredita que não há razão para alarde.

"Pessoas altas não precisam se alarmar com estes resultados. A maior parte das pessoas não é muito mais alta ou baixa que a média, e a altura delas vai ter apenas um pequeno efeito no seu risco individual de câncer", diz ela.

"Não podemos controlar nossa altura, mas há várias escolhas de estilo de vida que as pessoas podem fazer que, como sabemos, podem ter um grande impacto na redução do risco de câncer, como parar de fumar, beber moderadamente, manter um peso saudável e ter uma vida ativa

7 de jul. de 2011

UE proíbe importações de sementes egípcias por causa da E.coli


A União Europeia decidiu nesta terça-feira banir importações de sementes e leguminosas do Egito até 31 de outubro após um carregamento de sementes de feno-grego (ou alforva) importado do país ter sido apontado como a provável origem do recente surto da bactéria E.coli que matou 49 pessoas na Europa, a maioria delas na Alemanha.

Um relatório da Agência Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) apontou sementes de feno-grego importadas para a produção de brotos por uma empresa alemã como a fonte do surto que teve seu ápice entre maio e junho, no qual mais de quatro mil pessoas foram contaminadas.

"O relatório publicado hoje nos leva a retirar algumas sementes egípcias dos mercados da União Europeia e implementar uma proibição temporária nas importações de todas as sementes e leguminosas vindas daquele país", disse o comissário do bloco para a Saúde, John Dalli, por meio de um comunicado.

Segundo a EFSA, foi proibida a importação de “sementes, frutas e esporos usados para plantações; leguminosas, com ou sem casca, congelados ou frescos; feno-grego; leguminosas secas, com casca ou descascados, cortados ou não; soja em grãos, partidos ou não; outras sementes e frutas oleaginosas, partidas ou não”.

A União Europeia determinou ainda que sejam recolhidas, testadas e destruídas todas as sementes de feno-grego exportadas para o continente desde 2009 pela empresa egípcia identificada como a responsável pelo pacote contaminado.

A EFSA não divulgou o nome da empresa egípcia.

Bactéria

Autoridades alemãs inicialmente responsabilizaram fazendeiros espanhois pelo surto, o que levou a Espanha a reagir, dizendo que irá exigir indenização pelos prejuízos.

A E.coli é normalmente transmitida por meio de fezes e se prende às paredes do intestino.

Cientistas dizem que a cepa da bactéria responsável pelo surto europeu é um híbrido agressivo tóxico a seres humanos e não identificado previamente em contaminação de alimentos.

A maioria das vítimas se recuperou após alguns dias de tratamento, mas centenas de pessoas infectadas desenvolveram sintomas potencialmente fatais, com reflexos nos sistemas renal e nervoso.

Nutricionista ganha processo contra criador de dieta polêmica


Um tribunal francês deu ganho de causa nesta terça-feira a um nutricionista que estava sendo processado pelo autor de uma dieta polêmica por dizer que ela pode ser prejudicial à saúde.

Jean-Michel Cohen disse que a dieta rica em proteína criada pelo também francês Pierre Dukan - autor de livros de sucesso como Dicionário de Dietética e Nutrição e Eu Não Consigo Emagrecer - poderia causar em algumas pessoas aumento de colesterol, problemas cardiovasculares e câncer de mama.

Dukan processou Cohen por difamação, mas o tribunal parisiense considerou que o nutricionista exerceu seu direito à liberdade de expressão ao fazer os comentários.

O tribunal também condenou Dukan a pagar 3 mil euros (cerca de R$ 6,7 mil) a Cohen como indenização por danos causados.

Celebridades

Acredita-se que a chamada Dieta Dukan seja seguida por cerca de 3 milhões de francesas. Ela também é associada a celebridades como a mulher do Príncipe William, Kate Middleton, a atriz Penélope Cruz e a cantora Jennifer Lopez.

A dieta começa com uma rápida perda de peso, na qual apenas proteína e farelo de aveia são consumidos.

Na segunda fase, vegetais pobres em carbohidratos, como os que não têm amido, podem ser consumidos a cada dois dias.

Na terceira fase, os seguidores da dieta podem comer normalmente, embora por um dia semanalmente, eles devam consumir apenas proteínas. Eles também se comprometem a fazer atividade física.

Na França, mais de 600 mil cópias do livro Eu Não Consigo Emagrecer foram vendidas, transformando-o em best-seller. Quando foi lançado na Grã-Bretanha, há cerca de um ano, o livro também entrou para a lista dos mais vendidos.


bbc

Efeito 'similar à maconha' explica gula por comidas gordurosas, diz estudo


Um estudo revelou que a gordura contida em alimentos como batatas fritas desencadeia um mecanismo biológico de gula no organismo que atua de modo similar aos efeitos da maconha.

A pesquisa, feita por cientistas da Universidade de Califórnia, descobriu que quando provaram comidas gordurosas, ratos, utilizados como cobaias na pesquisa, começaram a produzir substâncias químicas conhecidas como endocanabinóides, uma espécie de lipídios biologicamente ativos, que exercem um efeito semelhante ao da maconha sobre o indivíduo.

O processo, relata a pesquisa, tem início na língua, onde as gorduras contidas no alimento geram um sinal que viaja do cérebro, através de um feixe de nervos conhecido como nervo vago, para o intestino. Lá, ocorre o estímulo na produção de endocanabionóides, e a substância provoca uma onda de ativação celular, que induz à ingestão desenfreada de alimentos gordurosos.

''Nós sabemos que comidas gordurosas podem ter um um bom sabor, mas os mecanismo moleculares e sinais por trás dessa resposta eram desconhecidos. Agora sabemos que comidas gordurosas geram um sinal na língua que leva o intestino delgado a produzir as substâncias químicas conhecidas como a maconha natural do corpo humano, que induzem ao consumo de gordura '', afirma Daniele Piomelli, que comandou a pesquisa.

A pesquisa pode indicar novos caminhos na luta para conter a obesidade e outras doenças, segundo os cientistas envolvidos no estudo.

A ampla disponibilidade de alimentos gordurosos em países industrializados é considerada um fator determinante para condições como a obesidade, diabetes, câncer e doenças cardiovasculares.

O estudo sugere que pode ser possível conter a compulsão de se comer alimentos gordurosos ao se obstruir atividades endocanabinóide, por meio da utilização de medicamentos que bloqueiam a ação desses lipídios.

Como tai drogas bloqueadoras não precisam penetrar no cérebro, elas não teriam porque causar efeitos colaterais, como ansiedade e depressão, que surgem quando a ação endocanabinóide é bloqueada no cérebro, conta Piomelli.

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