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6 de ago. de 2010

aves




Características
Têm o corpo cobertos de penas
A função das penas é proteger o corpo da ave contra perdas de água e de calor e auxiliar o vôo. As penas são formadas de: Cálamo - é a ponta oca que fica enterrada na pele da ave; Raque - é a parte central, o "eixo" da pena; Barbas - são os "raminhos" das penas, que estão presos à raque; Bárbulas - são as pequeninas ramificações das barbas.

Possuem bico
O tamanho e o formato do bico variam de uma ave para outra. No papagaio, a parte de cima do bico é maior que a de baixo; no azulão, as duas partes são do mesmo tamanho; etc.

Têm dois pares de membros
Com os membros anteriores (as asas), as aves podem voar. Os membros posteriores (as pernas) permitem-lhes andar, correr, trepar em árvores ou nadar.

As aves são animais homeotérmicos, isto é, a temperatura do corpo praticamente não varia com as mudanças de temperatura do meio ambiente. Quando um pato entra na água fria, por exemplo, a temperatura de seu corpo permanece praticamente constante.

Você sabia que alguns ossos das aves são cheiros de ar? Esses ossos, ocos, chamam-se ossos pneumáticos. Por serem muito leves, facilitam o vôo.

Em algumas aves o ossos esterno é pontudo, em forma de quilha, prendendo os poderosos músculos peitorais, que determinam as batidas das asas. Graças a essa forma, o esterno favorece o "corte" do ar, facilitando o vôo. Nas aves que não voam, como os avestruzes, o esterno é achatado.

As aves respiram por pulmões. Além dos pulmões, o sistema respiratório das aves compõe-se de órgãos especiais (siringe e sacos aéreos), que não são encontrados nos outros vertebrados. A siringe é a porção inferior da traquéia, adaptada ao canto. Os sacos aéreos são bolsas que funcionam como reservatório de ar. Através deles o ar dos pulmões é conduzido aos ossos pneumáticos. Quando as aves estão em pleno vôo, os sacos aéreos também fornecem ar para sua respiração. Além disso, facilitam o canto e diminuem o peso específico do animal, contribuindo para o vôo.

Estrutura de um ovo
Veja a seguir as partes de um ovo:

Casca: parte externa que protege o ovo. A casca é resistente, porosa (permite entrada e saída de ar) e rica em sais de cálcio.

Membrana da casca: membrana existente entre a casca e a clara.

Clara: parte incolor, que fica branca quando o ovo é cozido ou frito. A clara é uma fonte de proteínas e de água para o embrião.

Calaza: membrana encontrada na clara que liga a gema aos pólos do ovo.

Disco germinativo: estrutura que dará origem ao embrião, se houver fecundação.

Gema: parte amarela, que contém o vitelo, um material rico em substâncias nutritivas diversas (proteínas, gorduras, etc.) que alimentam o embrião.

Câmara de ar: câmara situada entre a casca e a membrana da casca, na extremidade mais larga do ovo, que contém reserva de ar para o embrião respirar.

Classificação das aves
As aves são classificadas em oito grupos principais:

Columbiformes: pombo, juriti, rolinha, etc;
Galiformes: pavão, galo, peru, codorna, etc;
Ciconiformes: garça, siriema, socó, cegonha, etc;
Reiformes: ema, etc;
Anseriformes: pato, cisne, marreco, etc;
Passeriformes: canário, azulão, curió, pardal, sabiá, etc;
Falconiformes: gavião, urubu, águia, etc;
Psitaciformes: papagaio, periquito, arara, etc.

Fonte: leandrobrito.br.tripod.com

Classe Aves
Animal emplumado, ou seja, de corpo coberto de penas. As aves vivem em todas as partes do mundo. Têm asas, mas algumas, como o avestruz, não podem voar.

São muitos os modos de vida das aves. Os andorinhões passam a maior parte do tempo voando. O pingüim anda gingando no gelo e nada no oceano, mas não pode voar. Muitas aves migram (viajam por longas distâncias) em certas estações.

Inventores estudaram as aves durante séculos antes que os homens conseguissem voar em aviões e planadores.

Toda ave nasce da eclosão (abertura) de um ovo, tem duas pernas e um bico. As aves têm integrado no corpo um sistema de refrigeração: alguns ossos são ocos e dispõem de bolsas de ar ou sacos aéreos. Os pulmões bombeiam ar frio para essas cavidades. Os ossos ocos também tornam as aves mais leves, de modo que possam voar facilmente.

Muitas aves servem de alimento para o homem. Galinhas e outras espécies de criação dão carne e ovos. Algumas espécies alimentam-se de insetos e, assim, limitam o crescimento das populações desses animais que atacam as plantações.

TIPOS DE AVES
Existem no mundo cerca de 9 mil espécies de aves. Elas podem ser agrupadas de muitas maneiras: as terrestres e aquáticas; segundo a parte do mundo em que vivem; conforme o que comem ou o lugar em que pousam.

As Aves Terrestres são em número maior que as aquáticas porque a terra oferece mais variedade de condições de vida.

As Aves Aquáticas vivem na água ou perto dela. Algumas, como o albatroz, têm grande resistência e podem manter-se durante alguns dias voando sem pousar.

Aves Tropicais: a maioria das espécies de aves vive em regiões tropicais ou de terras quentes.

As Aves de Rapina têm pés e garras fortes, e duros bicos para matar suas presas e dilacerá-las enquanto as comem. Águias e falcões caçam durante o dia. No período noturno, as corujas são os principais caçadores.

As Aves de Poleiro pousam em lugares como árvores e fios telefônicos.

Aves de Caça são as que os caçadores abatem em certas estações do ano, seja para servirem na alimentação, seja como esporte.

Aves Que Não Voam. Entre elas estão o avestruz, o pingüim e a ema. Têm asas extremamente pequenas e, portanto, insuficientes para sustentar seu corpo no ar.

O QUE COMEM AS AVES
As aves comem mais, em relação a seu tamanho, do que muitos de nós. Quanto menor a ave, mais ela come, em proporção a seu peso. Alguns filhotes comem, em um dia, o equivalente a seu peso. A quantidade diária de alimento ingerida por um pombo, por exemplo, seria o equivalente a um homem adulto comer 4 kg de comida por dia. As aves se alimentam de sementes, frutos, insetos, peixes, ratos, cobras e até de lixo.


Revoada de gansos selvagens, que migram para regiões mais quentes no inverno.

IMPORTÂNCIA DAS AVES
Aves de Estimação têm sido apreciadas desde a Antiguidade por seu canto e beleza da plumagem. Os canários são criados por seus gorjeios e por suas cores vistosas. Periquitos e papagaios são as mais populares aves falantes, mas os corvos e mainás também podem ser treinados para imitar nossa voz. No Brasil, é proibida a criação de aves selvagens em cativeiro, exceto com a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Como as Aves Ajudam o Homem. Elas comem as sementes das ervas daninhas, ajudando a manter limpas as plantações. Algumas maiores, como os gaviões e as corujas, matam os ratos e camundongos que comem os cereais. Podem comer em um ano mais de 3 mil sementes de ervas daninhas por metro quadrado de plantação. As aves comem também mariposas, lagartas, besouros, pulgões e outros insetos que constituem uma praga para a agricultura.

Carne e Ovos. Aves como galinhas, patos, perus e gansos são criadas para o consumo de sua carne. O Brasil é um dos principais exportadores de frango do mundo.

Aves Nocivas ao Homem. As aves também podem ser transmissoras de doenças. Por exemplo, os bandos de graúnas e estorninhos podem espalhar, em suas fezes, um fungo esporulado (que tem esporos), chamado Histoplasma capsulatum. Quando inalado por seres humanos, seus esporos podem causar uma doença infecciosa, a histoplasmose.


Beija-flor dá comida aos filhotes no ninho. Essa espécie se alimenta do néctar das flores.

A LINGUAGEM DAS AVES
O Canto das Aves
Muitos pensam que elas cantam docemente para atrair um companheiro. Na maioria das vezes, é provável que cantem para manter afastadas aves de outra espécie. Cada espécie de ave canora tem seu próprio canto. Os pardais podem emitir até 20 variações do mesmo canto.

Chamados das Aves
Elas emitem, às vezes, outras vozes além do canto. Servem de advertência ao bando, quando se aproxima um inimigo, e depois elas emitem um grito de reunião. Os conhecedores de aves acreditam que é assim que o bando torna a se juntar.

VIDA DOMÉSTICA DAS AVES
Territórios das Aves
Elas, em geral, têm em torno de seu ninho uma área que consideram seu território privado. Os machos escolhem aquele em que desejam viver, antes de escolher suas companheiras. Os territórios das águias freqüentemente cobrem vários quilômetros quadrados.

Como as Aves Namoram
Os machos fazem a corte às fêmeas exibindo suas penas coloridas, cantando ou fazendo ruídos, e dançando. Os rituais de corte servem para que as aves se identifiquem como membros de uma mesma espécie. Além disso, eles estabelecem união entre os parceiros. Durante esse período, o casal inicia a construção do ninho.

Construção do Ninho
As aves, em sua maioria, constroem ninhos para pôr os ovos e abrigar os filhotes. As aves usam diversos materiais, de gravetos a lama, na construção do ninho.

Ovos
Todas as aves nascem da eclosão de ovos. Algumas só põem um ovo por ano; outras podem chegar a 350 ovos por ano ou mais.

Os ovos são geralmente chocados pelo calor do corpo das aves adultas. Para chocar, eles têm de ser mantidos a uma temperatura de 37,5°C. Em algumas espécies, só os machos chocam os ovos.

O Aprendizado do Vôo
Um filhote torna-se irrequieto quando chega o tempo de abandonar o ninho. Contorce-se e debate-se, esticando o pescoço e sacudindo as asas. Esses exercícios ajudam a desenvolver os músculos do vôo. Quando os filhotes se preparam para deixar o ninho, algumas mães se mantêm a pequena distância, segurando no bico um pedaço de alimento para incentivá-los a buscá-lo. Finalmente, os filhotes saltam sobre a borda do ninho.

O CORPO DAS AVES
Esqueleto e Ossos
O esqueleto de uma ave é especialmente adequado ao vôo. Cada osso é fino e pequeno, mas bastante forte para poder sustentar o corpo. Os ossos longos são ocos e leves.

Os Músculos
Constituem mais da metade do peso de uma ave. Os maiores e mais fortes são os do peito. Eles movem as asas e representam de 25 a 30% do peso das aves.

Penas
A espessa camada de penas torna aerodinâmico o corpo e ajuda a ave a deslizar suavemente no ar; ajuda também a manter quente seu corpo.

O número de penas das aves varia bastante. Em um pato selvagem foram contadas 11.903 penas. Aves de pequeno porte, como pardais e canários, têm de 1.300 a 2.600 penas.

Digestão
O sistema digestivo é composto de goela, extremidade inferior do esôfago e de um espaço chamado papo. Armazenam nesse espaço o alimento não digerido, que é amaciado pela absorção de água. O alimento é misturado a enzimas digestivas na primeira parte do estômago, chamado proventrículo. As aves não possuem dentes. Para ajudar o processo de moagem, elas engolem areia com o alimento.

Temperatura do Corpo
As aves são animais de sangue quente, ou seja, podem conservar seu corpo à mesma temperatura, independentemente do calor ou do frio. As aves não suam. Dependem de seu sistema de refrigeração para esfriar o corpo. Usam a energia dos alimentos com tanta rapidez que seu coração sempre bate depressa e, em geral, é maior que o dos animais do mesmo tamanho.

Sentidos
As aves têm visão e audição aguçadas. Possuem uma membrana do tímpano, uma orelha média e uma orelha interna. Podem distinguir cores, mas o olfato e o paladar não são bem desenvolvidos. Podem focalizar a vista num instante, graças aos músculos que modificam a forma do cristalino de seus olhos.

MIGRAÇÃO DAS AVES
Muitas espécies de aves viajam longas distâncias quando mudam as estações do ano. Voam para regiões de clima quente, quando chega o frio do inverno, e regressam aos seus lugares de origem quando a temperatura torna a subir. Essas jornadas, feitas a intervalos regulares, entre dois lugares definidos, são chamadas migrações. Nem todas as espécies de aves migram.

Como as Aves Encontram seu Caminho
A linha costeira e as cadeias de montanhas podem servir de orientação para as aves que migram durante o dia. Acredita-se que muitas espécies tenham um grande senso de direção. Algumas aves migradoras podem determinar a direção por meio do Sol, outras usam a posição das estrelas para se guiar.

HISTÓRIA DAS AVES
Os Antepassados das Aves
Os cientistas acreditam que os antepassados das aves foram répteis. Eles remontaram a história das aves até um animal, cujo nome científico é Archaeopteryx lithographica e que viveu, provavelmente, há 140 milhões de anos.

Aves Extintas
Algumas aves se extinguiram em conseqüência das atividades predatórias do homem. Entre elas, incluem-se a grande alca, o pombo-passageiro, o pato-do-labrador e o periquito-da-carolina. Muitas espécies escaparam da extinção, por esforços governamentais e individuais. Entre essas aves estão a garça-branca-grande, o cisne-trombeteiro, o grou-cantor, o condor-da-califórnia, o caracará-de-audubon (águia mexicana) e o milhafre-real.

Fonte: www.klick.com.br

Classe Aves
AVES
Características Gerais
As aves são vertebrados que descendem dos répteis e após passarem por um período evolutivo complicado, atualmente possuem as seguintes características:

são vertebrados amniotas, alantoidianos e homeotérmicos;

são bípedes, pela transformação dos membros anteriores em asas, o que lhes permite (na maioria das vezes) voar;

o corpo é coberto de penas que contribuem para o voo e para a manutenção da temperatura corpórea;

os maxilares foram transformados em bicos e atualmente são desprovidos de dentes;

existência de um só côndilo ocipital e escamas nas pernas e nos pés (heranças deixadas pelos répteis);

adaptações que facilitam o vôo como os sacos aéreos nos pulmões, que se enchem de ar e se comunicam com os óssos pneumáticos;

sistema digestivo completo (com pâncreas, fígado e vesícula biliar) e circulação dupla e completa;

olhos bem desenvolvidos, com percepção de cores e em alguns casos é composto por duas fovea centralis, o que lhes confere maior campo de visão. Além das pálpebras, há a membrana nictiante que corre cobrindo o olho no sentido horizontal;

os sexos são separados com certo dimorfismo sexual.

Como evoluíram as aves
Desde o Século XIX, a anatomia comparada pôs em evidência numerosas afinidades estruturais entre os répteis (Dinossauros) e as aves. Achados importantes para a Paleontologia conseguiram explicar esta evolução:

Archaeopteryx: possuíram o tamanho de um pombo, esqueleto e dentes semelhantes aos Dinossauros, penas e asas como as aves. Eram animais bípedes com uma coluna vertebral alongada terminando em uma longa cauda. Os membros anteriores, são bem desenvolvidos, tem mãos com dedos alongados providos de garras. Além disso, possuem uma soldadura da clavículas da cintura escapular. Foram encontrados espécimes nos calcários de Solhofen (150 m.a);

Deinonychus: possuiram mais ou menos 4 metros de comprimento, todas as características dos tetrápodos e era muito parecido com o Archaeopteryx, mas sem sinal de de penas e asas. Seus fósseis datam de 100 milhões de anos atrás;

Mononychus: descoberto recentemente no Deserto de Gobi (Mongólia). Tinha o tamanho de um peru, mandíbula dotada de afiados dentes (indicando ser um potente predador) e uma longa cauda. Com essas características se pareceria muito com os tetrápodes, mas possuia muitas feições que o assemelhavam as aves modernas, como o esterno em quilha, onde se prende a musculatura do vôo. Os ossos do carpo no Mononychus são fundidos, o que significa uma adaptação para o vôo, sugerindo para este gênero, que eles devem ter evoluído de animais voadores, como os avestruzes e as emas modernas. Assim fica difícil distinguir se Mononychus era uma ave primitiva ou um Dinossauro e na falta de uma real distinção, ele talvez fosse ambas as coisas.

Para explicar a origem do vôo das aves, cientistas propuseram inúmeras hipóteses, mas todas levam a duas grandes categorias: a evolução das árvores para o chão e a evolução do chão para as árvores.

Esta hipótese admite que a colonização do meio arboríola teria sido feita em primeiro lugar pelos antepassados reptilianos bípedes das aves. No decorrer das etapas sucessivas (salto, vôo em pára-quedas e vôo planado), as penas tem-se-iam desenvolvido como órgãos aerodinâmicos.

Paleoecologia
No Cretáceo Superior já conhecem-se algumas aves, como os Ichthyornis e os Hesperornis, ainda com maxilas nos dentes.

No princípio do Terciário certas áreas abandonadas devido à extinção dos Dinossauros são temporariamente ocupadas por aves não voadoras de grande porte que não parecem ter sobrevivido durante muito tempo (exceto na América do Sul) em virtude da concorrência dos mamíferos, que começam a dominar todos os habitats. Apareceram então grandes grupos de aves voadoras modernas, carenadas, que tem uma diferenciação do externo e a quilha que favoreceria o vôo.

Atualmente as aves agrupam 10.000 espécies vivas.

Fonte: geocities.yahoo.com.br

Classe Aves
AVES


A origem das aves
A origem das aves ainda é um tema polêmico. A maioria dos biólogos acredita que as aves evoluíram dos dinossauros predatórios de duas pernas, uma teoria que é sustentada por diversas descobertas de fósseis nos últimos 150 anos. A descoberta do Archaeopteryx, em particular, convenceu muita gente de que os dinossauros são a origem das aves modernas.

Encontrado na Alemanha em 1860, o Archaeopteryx é uma das descobertas de fósseis mais importantes e comentadas. Os espécimes encontrados até agora parecem ser do período Jurássico, de cerca de 150 milhões de anos atrás, e forneceram a primeira prova de uma criatura que apresentava características comuns a dinossauros e aves. Dentadura completa, uma cauda longa e ossuda e três garras em cada asas demonstram sua relação com os antigos lagartões. Também têm penas e um esterno parecido com a fúrcula (o osso da sorte) dos pássaros modernos.

A compreensão sobre a evolução das aves está sempre mudando com aparecimento de mais fósseis. Outros animais semelhantes às aves, do mesmo período, foram encontrados na China, e fósseis de aves de outras linhagens foram encontrados na Ásia, Europa, América do Norte e do Sul.

Nem todo mundo concorda com a teoria dos dinossauros. Alguns biólogos acreditam que as aves evoluíram muito antes do Archaeopteryx na mesma época dos primeiros dinossauros, provavelmente ancestrais répteis de quatro patas. De acordo com esta teoria, muitas espécies de aves surgiram e então se tornaram extintas junto com os dinossauros. Entretanto, elas evoluíram, se transformando em um dos grupos de animais mais variados do planeta. Atualmente há mais de 9.700 espécies de aves conhecidas, ocupando todo nicho ecológico e habitat possível.

Fonte: www.animalplanetbrasil.com

REPRODUÇÃO DOS RÉPTEIS


Os répteis se reproduzem sexualmente da mesma forma que outros vertebrados. Antes de procriar, muitas espécies de répteis entram em rituais de acasalamento que podem levar horas ou até dias. O comportamento entre eles durante o acasalamento é amplo e varia entre as diferentes ordens. Os lagartos machos podem mudar de cor ou esvoaçar a pele localizada ao redor da garganta; algumas cobras entram em processos complexos de entrelaçamento e perseguição; as tartarugas e jabutis podem golpear seus prováveis companheiros com as suas patas e os crocodilos e jacarés costumam a berrar ou rosnar, indicando que estão prontos para o acasalamento. Em muitas espécies, as demonstrações de acasalamento dos machos estão feitas para intimidar outros machos e atrair as fêmeas. O ato de acasalamento pode ser incômodo e muito perigoso, principalmente entre as grandes tartarugas e crocodilos, pois estão menos preparados para movimentos ágeis na terra. As tartarugas marinhas costumam a acasalar na água, pois o meio ajuda a suportar seus corpos pesados.

A maioria dos répteis coloca ovos. As fêmeas defendem seus ovos com violência até os filhotes nascerem.

A maioria dos répteis é ovíparo, isto significa que colocam ovos. A desova pode ser feita de muitas maneiras no mundo dos répteis. Algumas espécies podem colocar grandes quantidades de ovos, que se desenvolvem sozinhos, muitas vezes em ninhos escondidos e bem protegidos, embaixo da terra ou na areia. Tartarugas marinhas como as tartarugas-verdes, por exemplo, chegam na praia para desovar na areia, onde os ovos são deixados para se desenvolverem sozinhos. Em outras espécies como as dos crocodilos ou pítons, as fêmeas defendem o ninho com agressividade, passando longos períodos ao redor do local e afastando qualquer predador.

A maioria das espécies de répteis é ovovivípara, o que significa que os embriões se desenvolvem em ovos de casca fina dentro do corpo da mãe. Os ovos chocam antes de serem colocados para fora do corpo, por isso pode parecer que as espécies ovovivíparas geram os filhotes vivos. A Ovoviviparidade pode ser encontrada em várias espécies de lagartos e cobras.

Fonte: animalplanetbrasil.com

EVOLUÇÃO DOS RÉPTEIS

Os répteis estão entre os mais antigos grupos de animais terrestres do mundo. Os primeiros répteis, como são conhecidos hoje em dia, evoluíram dos anfíbios há 250 ou 300 milhões de anos atrás e proliferaram com rapidez até se transformarem numa criatura terrestre. Provavelmente, os primeiros répteis eram fisicamente parecidos com os que existem hoje em dia. Suas peles grossas e impermeáveis os ajudaram a manter a umidade e os ovos em conchas permitiram-lhes se desenvolver em ambientes secos. Estas adaptações os ajudaram a completar seus ciclos de vida na terra. Dessa forma, eles foram capazes de colonizar quase todo o ambiente terrestre muito rapidamente.

Os répteis que conhecemos hoje em dia representam um pequeno exemplo daquelas primeiras criaturas, a maioria evoluiu rapidamente em outras direções. Registros de fósseis mostram que os dinossauros e seus parentes, por exemplo, foram descendentes dos primeiros répteis, e não ao contrário. Com o tempo, vários grupos de répteis se diversificaram. Nos registros comparativos de fósseis, aparecem répteis parecidos aos mamíferos. A descoberta do famoso fóssil do Archaeopteryx , em 1861, demonstrou que os pássaros também evoluíram destes primeiros reptilianos.

Fonte: animalplanetbrasil.com

Classe Amphibia




A Classe Amphibia inclui as cecílias (Ordem Gymnophiona), as salamandras (Ordem Caudata) e os sapos, rãs e pererecas (Ordem Anura). Embora existam variações na forma do corpo e nos órgãos de locomoção, pode-se dizer que a maioria dos anfíbios atuais tem uma pequena variabilidade no padrão geral de organização do corpo. O nome anfíbio indica apropriadamente que a maioria das espécies vive parcialmente na água, parcialmente na terra, constituindo-se no primeiro grupo de cordados a viver fora da água. Entre as adaptações que permitiram a vida terrestre incluem pulmões, pernas e órgãos dos sentidos que podem funcionar tanto na água como no ar. Dos animais adaptados ao meio terrestre, os anfíbios são os mais dependentes da água. Foram os primeiros a apresentar esqueleto forte e musculatura capaz de sustentá-los fora d'água.

Sua pele é bastante fina e para evitar o ressecamento provocado pela exposição ao sol, possui muitas glândulas mucosas. Estas liberam um muco que mantém a superfície do corpo úmida e lisa, diminuindo o atrito entre a água e o corpo durante o mergulho.

A epiderme também possui pouca quantidade de queratina, uma proteína básica para a formação de escamas, placas córneas, unhas e garras. A ausência destas estruturas os torna frágeis em relação à perda de água e também quanto à sua defesa de predadores. Por isso, alguns anfíbios desenvolveram glândulas que expelem veneno quando comprimidas.

A respiração dos anfíbios pode ocorrer através de brânquias e da pele (na fase larval e aquática) e da pele e de pulmões quando adultos e terrestres.

São ectotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente. Por isso, em épocas frias ou muito secas, muitas espécies enterram-se sob o solo aí permanecendo até a época mais quente e chuvosa. Este comportamento, em muitos locais do Brasil, deu origem à lenda de que os sapos caem do céu, pois, com a umidade provocada pelas chuvas, os anfíbios saltam das covas onde estavam em estado de dormência, para a atividade.

Também dependem da água para se reproduzirem: a fecundação ocorre fora do corpo da fêmea e o gameta masculino necessita do meio aquoso para se locomover até o óvulo da fêmea. Esta dependência ocorre também porque os ovos não possuem proteção contra a radiação solar e choques mecânicos. O desenvolvimento da larva é indireto, ou seja, a larva após a eclosão do ovo, passa por várias transformações até atingir a forma adulta, como acontece com o girino.

A maioria das espécies de anfíbios apresenta hábitos alimentares insetívoros, sendo, portanto, vertebrados controladores de pragas. Muitas espécies, sensíveis a alterações ambientais (desmatamento, aumento de temperatura ou poluição) são consideradas excelentes bioindicadores. A diminuição de certas populações tem sido atribuída a alterações globais de clima e para certos biomas do Brasil, como a Mata Atlântica, os declínios populacionais ou mesmo extinção de anfíbios têm sido atribuídos ao desmatamento.

Algumas espécies, como a perereca-da-folhagem (Phyllomedusa bicolor) e o sapinho pingo-de-ouro (Brachycephalus ephipium) têm sido alvo de estudos bioquímicos e farmacológicos, para isolamento de substâncias com possíveis usos medicinais. Estes são apenas dois exemplos de uso potencial de anfíbios, que têm despertado interesse científico e comercial internacional e gerado problemas de "pirataria biológica" devido a falta de uma política clara sobre o uso da biodiversidade do Brasil.

Fonte: www.vivaterra.org.br

Classe Amphibia
QUE TIPO DE ANIMAL É UM ANFÍBIO?
Os anfíbios foram os primeiros vertebrados a conquistar o ambiente terrestre. Do ponto de vista evolutivo constituem um grupo situado entre os peixes e os répteis. Apesar de muitas espécies poderem viver fora do ambiente aquático, os anfíbios sempre apresentam grande dependência da água, pelo menos durante a fase reprodutiva. Seus ovos, desprovidos de casca, necessitam de umidade constante. Os filhotes, ao nascerem, vivem na água, onde respiram através de brânquias e, com seu desenvolvimento, passam para a terra, onde respiram por pulmões. Daí o nome anfíbio que significa, em grego, duas vidas, referindo-se às fases aquática e terrestre.

A temperatura do corpo desses animais não é constante, variando conforme a temperatura do ambiente. Sua pele é quase sempre úmida, o que causa a sensação de serem "gelados" e "pegajosos". Essa umidade é importante para que eles possam realizar respiração cutânea, além da pulmonar. Diferentemente dos outros vertebrados, a pele dos anfíbios é nua, não possuindo escamas, pêlos ou penas. Assim, eles são muito suscetíveis à perda de água. Para contornar esse problema, uma das estratégias que utilizam é a de serem, na grande maioria das espécies, animais noturnos.

Embora seus antepassados pré-históricos tenham atingido tamanhos muito grandes, a maioria dos anfíbios atuais não passa de 20 cm de comprimento, os menores podendo chegar a menos de 1 cm.

Por todas essas características, os anfíbios tendem a habitar as regiões próximas ao Equador, sendo mais concentrados na região tropical. Apesar disso, algumas espécies podem desenvolver adaptações que lhes permitem viver em regiões frias, em grandes altitudes e até em desertos. Dessa maneira, existem cerca de 4.500 espécies descritas de anfíbios que se distribuem por todos os continentes, exceto a Antártida.

COMO SÃO CLASSIFICADOS?
A classe Amphibia é dividida em 3 ordens:

1.Anura
2. Caudata
3. Gymnophiona

ORDEM ANURA - sapos, rãs e pererecas
Os Anuros são assim chamados por não apresentarem cauda na fase adulta. Possuem dois pares de patas. Há no mundo cerca de 3.800 espécies e sua distribuição é predominantemente tropical. A fauna brasileira é a mais rica em anfíbios anuros, contando com aproximadamente 600 espécies conhecidas.

ORDEM CAUDATA OU URODELA - Salamantras e Tritões
Como o nome diz, possuem cauda e, em geral, 2 pares de patas na fase adulta, embora estas possam ser reduzidas dependendo do hábito de vida do animal. Contém cerca de 500 espécies de distribuição predominantemente temperada e setentrional. No Brasil conhecemos, até o momento, somente uma espécie de salamandra que vive na região Amazônica.

ORDEM GYMNOPHIONA OU ÁPODA- Cecílias ou cobras-cegas.
Apresentam o corpo vermiforme, são cegos e não possuem patas. Possuem um par de tentáculos entre os olhos e as narinas, órgãos sensoriais típicos desses animais. Por viverem quase sempre no ambiente subterrâneo, são raras as oportunidades de nos deparararmos com as cecílias. que são, dessa forma, bastante desconhecidas. Há cerca de 170 espécies nessa ordem, com distribuição tropical e meridional. No Brasil existem mais ou menos 20 espécies.

SAPOS, RÃS E PERERECAS


Dentre os anfíbios anuros podemos distinguir 3 categorias de animais, baseadas no seu aspecto externo:

Sapos (imagem 4) Englobam as várias espécies de animais de hábitos mais terrestres. Geralmente apresentam a pele rugosa e mais seca em relação às rãs e pererecas. Possuem um par de protuberâncias glandulares, uma atrás de cada olho, conhecidas como parotóides, e locomoção lenta, quase sempre a pequenos saltos.

Rãs (imagem 5), são animais essencialmente aquáticos, com pele muito lisa e úmida, dedos de ponta afilada, e locomoção rápida com saltos de grande extensão.

Pererecas (imagem 6), Uma característica das pererecas é serem dotadas de discos adesivos nas pontas dos dedos, o que lhes confere a capacidade de subir na vegetação ou em paredes. Possuem pele lisa e úmida e locomovem-se rapidamente através de saltos, como o seu próprio nome em tupi indica (pere’reg = ir aos saltos). Aliás, é daí também que vem o nome do Saci Pererê!

PORQUE OS ANUROS CANTAM?


Se estivermos perto de um brejo, de uma lagoa, ou de um riacho, numa noite quente, e prestarmos bastante atenção, poderemos distinguir variados sons, alguns parecidos com assobios, outros com o toque de buzina, latidos de cão, pingos d´água caindo, ferro batendo, etc. Todos esses sons provêm dos machos de sapos, rãs e pererecas que cantam à noite chamando as fêmeas para o acasalamento.

Cada espécie tem seu canto bem característico. Para produzí-lo, o macho possui um (ou dois) sacos vocais que se enchem de ar e funcionam como uma caixa amplificadora do som que pode, assim, ser ouvido a grandes distâncias.

COMO OS ANUROS SE REPRODUZEM?


Quando uma fêmea, atraída pelo canto, encontra um macho da mesma espécie, é por ele agarrada pelas costas, num abraço nupcial.

A seguir, os ovos são postos em um local úmido, podendo ser dentro d´água, debaixo de pedras, no interior de uma toca no chão, sobre uma folha, na axila de uma bromélia, etc.

À medida que a fêmea, estimulada pelo abraço nupcial, põe os ovos, estes vão sendo fertilizados pelo sêmen expelido pelo macho. Já nas cecílias, existe no macho um órgão copulador. Em certas salamandras ocorre, ainda, uma outra forma de fecundação onde o macho deposita no chão bolsas contendo os espermatozóides, os espermatóforos, que são então recolhidos pela fêmea através da cloaca.

Tanto o aspecto dos ovos como o arranjo que eles apresentam após a postura variam muito, dependendo da espécie considerada. Os ovos podem formar um cordão gelatinoso, podem aderir-se a plantas, pedras, ou folhas enroladas, ou podem ficar protegidos dentro de um ninho de espuma. Com a eclosão dos ovos, nascem os girinos, que representam a primeira fase da vida dos anuros, conhecida como fase larval. Os girinos vivem na água e se assemelham a peixes, geralmente de cor escura. São providos de cauda, não têm patas e respiram por meio de brânquias. Para que atinjam a forma adulta eles passam por uma transformação total do organismo conhecida como metamorfose. Durante essa transformação os animais adquirem patas, perdem a cauda (se forem anuros), deixam gradualmente o ambiente aquático e passam a respirar através dos pulmões e da pele.

Em algumas espécies não existe fase larval visível e todas as transformações do embrião ocorrem dentro do ovo. Nesse caso, os animais já nascem com a forma dos adultos.

PROTEÇÃO DA PROLE


Diversos grupos de anfíbios desenvolveram meios de proteger seus filhotes. Algumas espécies podem guardar temporariamente os filhotes na boca, no estômago, ou em pregas da pele semelhantes às bolsas dos marsupiais. No sapo-aru (também conhecido como pipa), os ovos, após fecundados, são conduzidos pelo macho ao dorso da fêmea, onde ficam protegidos dentro da pele até o nascimento dos filhotes.

A nossa rã mais comum, a rã-pimenta, monta guarda permanente desde a postura dos ovos até a metamorfose dos girinos, tornando-se muito agressiva com os eventuais predadores.

As cecílias terrestres cuidam de seus ovos enrodilhando-se em torno deles e assim permanecendo por um longo tempo, mesmo após o nascimento dos filhotes. Estes, durante vários meses, permanecem junto à mãe.

OS ANFÍBIOS SÃO VENENOSOS?
Apesar de serem inofensivos aos seres humanos, todos os anfíbios, incluindo as cecílias e as salamandras, possuem glândulas espalhadas por toda a pele que podem produzir secreções tóxicas. Em muitos casos existem regiões especiais da pele que possuem acúmulos dessas glândulas, tais como as parotóides dos sapos. As secreções cutâneas dos anfíbios podem ser constituídas por inúmeras substâncias que, na sua maioria, possuem propriedades e composição química ainda muito mal conhecidas.

A finalidade dessas substâncias é a proteção dos anfíbios contra o ataque de predadores e a defesa da pele contra infecções por bactérias e fungos. No entanto, os anfíbios, diferentemente das cobras, não dispõem de meios para injetar os venenos que produzem.

Praticamente não existem registros de envenenamento por anfíbios em seres humanos. Já em cães podem ocorrer acidentes se molestarem ou morderem sapos. Nesse caso, a pressão da mordida sobre as parotóides faz com que essas glândulas espirrem o veneno esbranquiçado e pastoso que, entrando em contato com a mucosa dos olhos, nariz ou boca, pode causar danos ao organismo ou até mesmo levá-lo à morte.

É muito comum ouvirmos falar que a urina dos anuros é venenosa e pode cegar. Isso não é verdade. O líquido que esses animais soltam ao se sentirem molestados, nada mais é do que uma solução aquosa, muito diluída, armazenada na bexiga. Essa "urina", quando liberada, pode ser esguichada a grande distância, sendo, no entanto, completamente inofensiva.

Algumas espécies de sapos coloridos da Amazônia, os dendrobatídeos, possuem uma secreção cutânea muito venenosa que é utilizada pelos índios para envenenar suas flechas (ou zarabatanas) para a caça.

O PAPEL DOS ANFÍBIOS NO EQUILÍBRIO ECOLÓGICO
Os anfíbios, assim como todos os outros seres vivos, são parte integrante da natureza, sendo importantes elos na grande teia alimentar de nossos ecossistemas. Seus ovos e girinos servem de alimento a peixes, aves e a uma infinidade de outros seres aquáticos. Os jovens e adultos entram na composição da dieta de muitas cobras, lagartos, aves, mamíferos, peixes e outros anfíbios.

A maioria dos girinos é vegetariana, alimentando-se principalmente de algas. Já a alimentação dos adultos é exclusivamente carnívora. As espécies menores se alimentam de insetos e outros invertebrados enquanto que espécies de grande porte, como o sapo cururu podem ingerir pequenos vertebrados como cobras, lagartos, ratos, pássaros, e até mesmo outros anfíbios.

POR QUE OS ANFÍBIOS ESTÃO DESAPARECENDO?
Nas últimas décadas tem sido observada uma diminuição ou o desaparecimento de algumas populações de anfíbios, tanto anuros como salamandras, em vários locais do mundo. Ainda não se sabe ao certo o motivo desse fenômeno, embora existam muitas suposições. Para os anfíbios, animais extremamente sensíveis às mudanças ambientais, qualquer pequena modificação, tanto de ocorrência natural como pela ação do homem, pode ser crucial para a sua sobrevivência.

Assim, a devastação de florestas, a introdução de áreas para pastagem de gado, a agro-indústria, o garimpo e outras atividades humanas podem estar contribuindo diretamente para a sua diminuição. Ainda, a poluição do ar e das águas por agentes químicos e a redução da camada de ozônio com o conseqüente aumento da intensidade dos raios ultravioleta do sol podem ter uma influência muito negativa sobre esses animais.

RANICULTURA
Em muitos lugares do mundo a carne tenra de certas espécies de rãs é apreciada como alimento. Aqui no Brasil, a criação de rãs em cativeiro, particularmente da espécie americana Rana catesbeiana, tem aumentado bastante nas últimas décadas, mostrando-se um negócio lucrativo.

OBTENÇÃO DE NOVOS FÁRMACOS
O estudo das secreções cutâneas dos anfíbios tem demonstrado a existência de uma infinidade de novas substâncias, muitas delas com efeitos farmacológicos muito interessantes que poderiam ser utilizados pelos seres humanos. Por este ponto de vista, os anfíbios representam uma enorme riqueza dentro da biodiversidade de nosso planeta, que temos a obrigação de preservar.

OS ANFÍBIOS E OS SERES HUMANOS
Os anfíbios, em toda a história da humanidade, sempre estiveram ligados a manifestações culturais de muitos povos. O Brasil é muito rico em lendas e tradições envolvendo anfíbios que, infelizmente, nem sempre se referem a esses animais de modo positivo. Para muita gente, persiste até os dias atuais a idéia de que eles são "feios, inúteis e repugnantes". É exatamente essa idéia que justificou o tratamento brutal ao qual eles, muitas vezes, foram (e ainda são) submetidos. Entretanto, com o atual avanço dos conceitos ecológicos, felizmente os anfíbios estão sendo cada vez mais respeitados.

Para a garantia de sua sobrevivência, além dos esforços de preservação de cada um de nós, esses animais, assim como todos os integrantes da nossa fauna e flora, estão atualmente protegidos por lei.

OS ANFÍBIOS NO INSTITUTO BUTANTAN
Nas últimas duas décadas um grupo de pesquisadores do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Butantan vem se dedicando ao estudo dos anfíbios. Além de realizarem trabalhos sobre a história natural de várias espécies, eles estudam características morfológicas e fisiológicas, principalmente da pele desses animais, que lhes permite adaptar-se aos diversos ambientes em que vivem.

Ainda, oferecem todos os anos cursos básicos e de extensão cultural sobre esses animais, de modo que podendo conhecê-los melhor, todos possam respeitá-los e apreciá-los como parte da riqueza que compõe a nossa fauna.

Fonte: www.butantan.gov.br

Vertebrados

Características Gerais
Vertebrados que conquistaram efetivamente o meio terrestre, pois são de fecundação interna, ovíparos (ovos com casca) na maioria, vivíparos (sucuri) ou ovovivíparos (cascavel). Possuem anexos embrionários: saco vitelino, córion, âmnion, alantóide. Excretam ácido úrico. Não sofrem metamorfose e a pele é seca e impermeável, protegida por escamas ou placas de queratina (proteína). A respiração é sempre pulmonar, desde o nascimento, inclusive nos aquáticos.

São cordados, vertebrados, deuterostômios, tetrápodes, celomados, amniotas, alantoidianos, pecilotérmicos. O esqueleto é predominantemente ósseo.

Estão adaptados para viverem na água (tartaruga, jacarés) ou na terra (cobras, lagartos, lagartixas), mas todos respiram por pulmões.

O padrão circulatório dos répteis é semelhante ao dos anfíbios. Seu coração tem três câmaras (dois átrios e um ventrículo), e são os mesmos dois circuitos: circulação pulmonar e circulação sistêmica. Entretanto, o ventrículo único dos répteis é parcialmente dividido pelo septo de Sabatier, o que torna a mistura de sangue arterial e venoso apenas parcial. O sangue que flui pela circulação sistêmica para os tecidos do corpo é mais saturado em oxigênio que aquele recebido pelos tecidos dos anfíbios.

Apesar dessa diferença anatômica e funcional, a circulação dos répteis também é dupla e incompleta, pelos mesmos motivos expostos anteriormente para a circulação dos anfíbios.

A exceção é a circulação dos répteis crocodilianos, como os crocodilos e os jacarés. O ventrículo desses animais é completamente dividido, e o coração perfaz quatro câmaras: doi átrios e dois ventrículos. Entretanto, na emergência das artérias pulmonar e aorta, há uma comunicação, o forame de Panizza, pelo qual ainda ocorre mistura de sangue arterial e venoso.

A articulação do crânio com a 1a vértebra é feita por um côndilo ocipital, o que permite movimentos da cabeça mais amplos, quando comparados com os anfíbios.

Possuem boca com dentes, exceto as tartarugas que possuem bico. O tubo digestivo é completo e termina na cloaca, juntamente com os aparelhos reprodutor e excretor.

Enquanto peixes e anfíbios apresentam rins mesonefros (torácicos), de répteis em diante os rins serão metanefros (abdominais), melhorando muito a capacidade filtradora do sangue.

Ovo com estruturas que protejam o embrião contra a perda excessiva de água. Esse tipo de ovo, citado nesse último item, é chamado genericamente de ovo terrestre. Possui uma casca protetora, resistente e porosa, e um sistema de membranas e de bolsas internas, os anexos embrionários:

Cório: protege contra abalos mecânicos e contra a penetração de microorganismos;

Âmnio: evita a evaporação;

Saco vitelínico: contém o vitelo, que alimenta o embrião durante o seu desenvolvimento;

Alantóide: permite o armazenamento de resíduos metabólicos, na forma de uma pasta semi-sólida, e realiza trocas gasosas com o ar que penetra através da casca porosa. Na realidade, as trocas gasosas acontecem na região de fusão do alantóide com o cório.

Sistema Nervoso dos Repteis



No sistema nervoso dos répteis ocorre uma mudança do centro de atividade encefálica que nos anfíbios estava situado no mesencéfalo e nos répteis muda para os hemisférios cerebrais (cérebro). Tal mudança resulta da invasão do palio por muitas células nervosas (camada cinzenta) para começar a formar o neopalio. O cerebelo dos répteis é mais desenvolvido do que dos anfíbios porém não se compara ao das aves e mamíferos.

O encéfalo apresenta dois longos lobos olfativos ligados aos grandes hemisférios cerebrais; atrás destes ficam dois lobos ópticos ovais. Depois vem o cerebelo mediano, com forma de pêra, maior que nos anfíbios. O mielencéfalo expande-se lateralmente por baixo do cerebelo, depois estreita-se formando a medula espinal. Ventralmente, entre as bases dos hemisférios cerebrais estão os tratos ópticos e nervos ópticos, seguidos pelo infundíbulo e pela hipófise. Há 12 pares de nervos cranianos e nervos espinais pares para cada somito do corpo. Há botões gustativos na língua e órgãos olfativos a cavidade nasal. Os olhos têm glândulas lacrimais para manter a córnea úmida fora da água. Os ouvidos são do tipo característico de vertebrados terrestres.

Células Nervosas dos Répteis


As células tem origem de ramificações ventrais não cruzadas, que tem uma posição similar à das células homóloga nos anfíbios, constituindo grupos que são um pouco diferente arranjadas no canal central e bordas mais ou menos próximas à substância branca. Determinados dendritos agem através dessa substância branca e formam ramificações (rede) nervosas que não se apresentam tão grandes como em anfíbios, estando mais concentradas às partes laterais e ventrais da coluna.

As células que contribuem para essa formação ou um início de rede nervosa apresentam-se de vários tipos: células de projeção ventral, células funiculares, células de junção ventral ou anterior, células de von Lenhossék na medula cervical e possivelmente alguns outros neurônios. O arranjo das projeções dos nervos ventrais, variam de animal para animal e, em um nível consideravelmente grande.

Existe a possibilidade das ramificações ventrais não serem limitadas por somente um miótomo (célula muscular em desenvolvimento embrionário), porém, pode conter algumas fibras miotomais adjacentes. Na medula torácica das tartarugas, as células originadas de fibras somáticas eferentes estão ausentes devido à falta de musculatura rígida. A maioria dos grupos de células, consistem em corpos celulares de neurônios no pescoço, e musculatura dorsal com grupos de células mais laterais particularmente bem desenvolvidas na sua forma, que estão presentes na medula cervical e lombar concentrando-se na região de enervação motora dos membros.

Nas serpentes a substância cinza tem arranjo regular, as projeções laterais mostram alguma similaridade com os tubarões. Essas células motoras são provavelmente comparáveis a grupos médios de tartarugas e crocodilos.

Nos crocodilos a enervação da musculatura rígida se apresenta pelo prolongamento da medula, assim como em serpentes, onde grupos laterais aparecem na região lombar, e um alongamento cervical como em tartarugas. A medula espinhal de crocodilos apresenta algumas peculiaridades. Em primeiro a posição frontal diferente do canal central. Figura 91B, onde a substância cinza aparece na projeção ventral, bem abaixo do canal. Segundo, o aparecimento de núcleos na periferia das células.

Os neurônios que constituem o grupo de células periféricas afiladas, formam feixes funiculares laterais.

Fonte: www.pucrs.br

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