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14 de mai. de 2010

Anfíbios

Classe Amphibia inclui as cecílias (Ordem Gymnophiona), as salamandras (Ordem Caudata) e os sapos, rãs e pererecas (Ordem Anura). Embora existam variações na forma do corpo e nos órgãos de locomoção, pode-se dizer que a maioria dos anfíbios atuais tem uma pequena variabilidade no padrão geral de organização do corpo. O nome anfíbio indica apropriadamente que a maioria das espécies vive parcialmente na água, parcialmente na terra, constituindo-se no primeiro grupo de cordados a viver fora da água. Entre as adaptações que permitiram a vida terrestre incluem pulmões, pernas e órgãos dos sentidos que podem funcionar tanto na água como no ar. Dos animais adaptados ao meio terrestre, os anfíbios são os mais dependentes da água. Foram os primeiros a apresentar esqueleto forte e musculatura capaz de sustentá-los fora d'água.

Sua pele é bastante fina e para evitar o ressecamento provocado pela exposição ao sol, possui muitas glândulas mucosas. Estas liberam um muco que mantém a superfície do corpo úmida e lisa, diminuindo o atrito entre a água e o corpo durante o mergulho.

A epiderme também possui pouca quantidade de queratina, uma proteína básica para a formação de escamas, placas córneas, unhas e garras. A ausência destas estruturas os torna frágeis em relação à perda de água e também quanto à sua defesa de predadores. Por isso, alguns anfíbios desenvolveram glândulas que expelem veneno quando comprimidas.

A respiração dos anfíbios pode ocorrer através de brânquias e da pele (na fase larval e aquática) e da pele e de pulmões quando adultos e terrestres.

São ectotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente. Por isso, em épocas frias ou muito secas, muitas espécies enterram-se sob o solo aí permanecendo até a época mais quente e chuvosa. Este comportamento, em muitos locais do Brasil, deu origem à lenda de que os sapos caem do céu, pois, com a umidade provocada pelas chuvas, os anfíbios saltam das covas onde estavam em estado de dormência, para a atividade.

Também dependem da água para se reproduzirem: a fecundação ocorre fora do corpo da fêmea e o gameta masculino necessita do meio aquoso para se locomover até o óvulo da fêmea. Esta dependência ocorre também porque os ovos não possuem proteção contra a radiação solar e choques mecânicos. O desenvolvimento da larva é indireto, ou seja, a larva após a eclosão do ovo, passa por várias transformações até atingir a forma adulta, como acontece com o girino.

A maioria das espécies de anfíbios apresenta hábitos alimentares insetívoros, sendo, portanto, vertebrados controladores de pragas. Muitas espécies, sensíveis a alterações ambientais (desmatamento, aumento de temperatura ou poluição) são consideradas excelentes bioindicadores. A diminuição de certas populações tem sido atribuída a alterações globais de clima e para certos biomas do Brasil, como a Mata Atlântica, os declínios populacionais ou mesmo extinção de anfíbios têm sido atribuídos ao desmatamento.

Algumas espécies, como a perereca-da-folhagem (Phyllomedusa bicolor) e o sapinho pingo-de-ouro (Brachycephalus ephipium) têm sido alvo de estudos bioquímicos e farmacológicos, para isolamento de substâncias com possíveis usos medicinais. Estes são apenas dois exemplos de uso potencial de anfíbios, que têm despertado interesse científico e comercial internacional e gerado problemas de "pirataria biológica" devido a falta de uma política clara sobre o uso da biodiversidade do Brasil.

Fonte: www.vivaterra.org.br

Voz de mãe ao telefone conforta tanto quanto abraço, diz pesquisa



Um estudo de pesquisadores americanos sugeriu que ouvir a voz da mãe ao telefone conforta tanto quanto receber um abraço.

Os cientistas submeteram 60 meninas entre sete e 12 anos de idade a situações de estresse e monitoraram as respostas hormonais delas à voz materna, um toque carinhoso e um filme.

Em um artigo na revista científica Proceedings of the Royal Society B, os pesquisadores afirmam que os dois primeiros gestos proporcionam o mesmo nível de conforto – medido pelos níveis do "relaxante natural" oxitocina.

"Assumia-se que a liberação de oxitocina em um contexto social requeria contato físico", disse a coordenadora do estudo, Leslie Seltzer, da Universidade de Wisconsin-Madison.

"Mas esses resultados deixam claro que a voz de uma mãe pode ter o mesmo efeito de um abraço, ainda que elas não estejam fisicamente presentes."

Vencendo a distância

As conclusões indicam que mães que precisam sair para trabalhar e deixar as crianças na creche podem tranqüilizá-las com uma simples ligação telefônica.

Pesquisas anteriores feitas com roedores se concentravam na liberação de oxitocina em situações de tensão através do contato físico.

A substância é uma espécie de "sedativo natural" associado à empatia e capaz de aliviar os efeitos do cortisol, o chamado "hormônio do estresse".

Na pesquisa, as meninas tiveram de falar e resolver questões de aritmética em público inesperadamente, o que fez acelerar os seus batimentos cardíacos e elevar os níveis de cortisol.

Após a experiência, elas foram divididas em três grupos: o primeiro recebeu uma ligação telefônica materna logo após a situação de estresse; o segundo, recebeu um toque carinhoso, como um abraço; o terceiro foi levado para assistir ao filme A marcha dos pingüins, considerado "emocionalmente neutro".

Segundo os cientistas, os níveis de oxitocina subiram nos dois primeiros grupos em praticamente igual medida. Não houve aumento no nível desse hormônio no terceiro grupo.

Testes usam ultrassom como contraceptivo masculino



Aplicação de ultrassom em homens pode ser usada como um anticoncepcional masculino válido por seis meses, segundo testes preliminares da universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

A equipe de pesquisadores obteve um financiamento de US$ 100 mil (quase R$ 180 mil) da Fundação Bill & Melinda Gates e busca a aprovação para realizar mais testes clínicos.

O coordenador do estudo, James Tsuruta, disse acreditar que o novo método possa se transformar em uma opção de contracepção segura e barata.

"O nosso objetivo de longo prazo é usar o ultrassom de instrumentos terapêuticos que normalmente são utilizados na medicina esportiva ou em clínicas de fisioterapia como contraceptivos masculinos baratos, de longo prazo e reversíveis, adequados para uso em países em desenvolvimento e do Primeiro Mundo."

Os testes preliminares indicam que após as aplicações de ultrassom nos testículos, a produção de esperma é interrompida e as reservas já existentes são exauridas, deixando o homem temporariamente infértil.

'Efeito e segurança máximos'

O financiamento da pesquisa prevê o aprimoramento da técnica para atingir efeitos e segurança máximos.

Há poucas semanas, pesquisadores na China divulgaram ter desenvolvido um outro tratamento anticoncepcional para homens que é eficaz, reversível e sem efeitos colaterais sérios a curto prazo.

Os cientistas realizaram testes com mais de mil homens com idades entre 20 e 45 anos e que tiveram pelo menos um filho nos dois anos anteriores ao experimento. Suas parceiras tinham idades entre 18 e 38 anos, sem problemas reprodutivos.

No tratamento, os homens receberam por dois anos e meio uma injeção de um líquido contendo o hormônio testosterona que provocou a suspensão temporária da produção de espermatozoides.

Durante os testes, apenas um em cada cem voluntários engravidou a parceira. Seis meses após a interrupção do tratamento, o número de espermatozoides dos participantes voltou ao nível normal.

Apesar de a injeção não ter provocado efeitos colaterais, quase um terço dos participantes abandonou o experimento. A saída dos voluntários não foi explicada.

Estudo indica que humanos tiveram filhos com neandertais


Um estudo mostrou que todos os humanos, exceto os de ancestralidade puramente africana, tem em seu DNA uma contribuição de 1% a 4% de elementos genéticos de neandertais, indicando que as duas espécies cruzaram entre si e geraram descendentes comuns.


O estudo de quatro anos, liderado pelo instituto alemão Max Planck com colaboração de várias universidades de outros países e divulgado na publicação científica Science, desvendou o genoma, ou código genético, dos homens de Neandertal, espécie extinta há aproximadamente 29 mil anos.

As conclusões surpreenderam especialistas, já que evidências anteriores sugeriam que os neandertais não haviam contribuído para nossa herança genética.

O estudo também confirma que quase a totalidade dos humanos descende de um pequeno grupo de africanos que se espalhou pelo planeta, entre 50 e 60 mil anos atrás.

Cruzamentos

Traços da contribuição genética do neandertal foram encontrados em populações europeias, asiáticas e da Oceania.

"Eles não foram totalmente extintos, vivem um pouco em nós", disse o professor Svante Paabo do Max Planck em Leipzig.

O professor Chris Stringer, do Museu de História Natural de Londres, disse que "o que realmente nos surpreendeu foram as evidências de que ocorreu algum tipo de cruzamento entre neandertais e humanos modernos".

Outros especialistas se disseram surpresos com a relativamente alta quantidade de material genético do neandertal (até 4%) em humanos modernos.

A pesquisa

O genoma sequenciado usou DNA dos restos de três neandertais descobertos em uma caverna na Croácia.

Um dos desafios do projeto foi extrair material genético aproveitável dos ossos, que possuíam dezenas de milhares de anos de idade.

As amostras continham pequenas quantidades de DNA de neandertais, misturados com DNA de bactérias e colônias de fungos que instalaram-se nelas ao longo dos anos.

O DNA de neandertais havia se quebrado em pequenos pedaços e modificado-se quimicamente, mas estas mudanças eram de natureza regular, o que permitiu aos pesquisadores corrigir as imperfeições por meio de programas de computador.

Teorias

A explicação mais plausível para a aproximação genética entre não africanos e neandertais é a de que houve um contato reprodutivo reduzido (ou fluxo de genes) entre as duas espécies.

Este cruzamento pode ter ocorrido quando os humanos deixavam o continente africano, talvez no norte da África ou na península arábica.

Segundo a teoria que diz que o mundo foi povoado a partir da África, o homo sapiens substituiu gradativamente as populações indígenas de outras regiões, como os neandertais.

Pesquisas anteriores indicavam a Europa como o local mais provável para as duas espécies terem se encontrado e possivelmente trocado genes.

Homo sapiens e neandertais conviveram no continente por mais de 10 mil anos.

Diferença de idade no casamento reduz expectativa de vida da mulher, diz estudo


Um estudo feito na Alemanha indicou que casar com um homem muito mais velho ou mais novo pode reduzir a expectativa de vida de uma mulher.

Analisando dados de mais de dois milhões de casais dinamarqueses, os pesquisadores do instituto Max Planck de pesquisas em demografia perceberam que o risco de mortalidade de uma mulher casada com um parceiro entre sete e nove anos mais jovem aumenta 20%.

Se for casada com um homem entre sete e nove anos mais velho, as chances de mortalidade também aumentam, mas em grau menor – menos de 10%.

Os dados foram publicados na última edição da revista científica Demography.

Há muito tempo os cientistas procuram avaliar se as diferenças de idade no casamento exercem o mesmo tipo de influência sobre a vida de homens e mulheres. A pesquisa atual mostra que não.

No caso masculino, um homem que tem uma parceira entre sete e nove anos mais jovem reduz o seu risco de mortalidade em 11%. No sentido oposto, as chances de mortalidade aumentam quando a parceira é mais velha.

O coordenador do estudo, Sven Drefahl, disse que as novas evidências mascaram as análises que tentam explicar este fenômeno.

"As razões para as diferenças de mortalidade em decorrência da diferença de idade entre parceiros permanecem desconhecidas", disse.

Hipóteses

Até então, a hipótese dominante é a de que os indivíduos – homens e mulheres – que escolhem parceiros mais jovens o fazem porque são mais saudáveis e, portanto, já gozam de uma expectativa de vida mais alta.

Outras explicações apontam para os benefícios psicológicos de ter um parceiro mais jovem, que, ainda por cima, também poderia prover melhores cuidados durante a velhice.

Drefahl aponta, porém, que estas explicações não parecem se aplicar às mulheres. "Os casais em que o marido é mais jovem violam as normas sociais e, portanto, sofrem mais sanções sociais", especula o cientista.

Além disso, as mulheres não parecem se beneficiar tanto quanto os homens de ter um parceiro durante a velhice, porque tendem a compartilhar mais os momentos de sua vida com suas amigas.

Já os homens, têm "em média, menos contatos sociais, e de menor qualidade", que as mulheres, disse o pesquisador

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