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6 de abr. de 2010

Proteína vegetal enriquece a sua dieta


Diferentes na composição e nos alimentos em que aparecem, as proteínas vegetais (soja, grão de bico, feijão) viraram mania nacional e estão diariamente presentes em nossa mesa, em especial, no cardápio de uma dieta vegetariana। Mas será que a proteína vegetal é mais saudável do que a animal (carnes, ovos)? "Ela tem vantagens e desvantagens como qualquer outro alimento e, ao contrário do que se pensa, alimentos que são ricas fontes deste tipo de proteína podem ser mais gordurosos do que as principais fontes de proteína animal", explica a nutricionista da Clínica Hagla, Paula Cabral. Proteína vegetal x proteína animal Para Patrícia Ramos, nutricionista do Hospital Bandeirantes, existem algumas diferenças básicas em relação aos dois tipos de proteínas. A maior está na composição, ou seja, no tipo e na quantidade de aminoácidos que cada uma destas proteínas leva.A quantidade de nutrientes também varia de acordo com a proteína. São ótimas fontes do nutriente: soja, quinua, oleaginosas, aveia, coco, verduras, leguminosas, leite de soja, arroz integral, amaranto, grão de bico, feijão, lentilha, abacate, dentre outras.

100 gramas de carne vermelha = 100 gramas de soja?
Mas será que é possível viver só com a proteína vegetal sem prejudicar a saúde? Sim, porém, não há equivalência entre o teor de proteínas de uma fonte animal e de outra fonte vegetal. "Elas não se equivalem. Há muito mais proteínas nas fontes animais do que nas vegetais. Seria preciso comer muita soja, por exemplo, para atingir o nível de proteína presente na carne vermelha, por exemplo. Mas, em compensação, há nas vegetais um índice de fibras muito maior", explica Paula.
Aminoácidos presentes em ambos os tipos de proteínas(Quantidade mínima necessária por dia)-Leucina: 55 mg-Licina: 51 mg -Cleonina: 27mg- Criptofano: 7mg
Fontes de proteína vegetal são ricas em fibras ou têm a digestão facilitada quando ingeridas com fibras
Uma dieta à base apenas de proteína vegetal faz mal a saúde?
Não. É possível manter o corpo saudável fazendo uma dieta à base de proteína vegetal, porém, isso só acontece quando a proteína vegetal está associada a um cardápio equilibrado: "Os dois tipos são saudáveis e podem suprir nossas necessidades diárias de proteínas, porém, para que a saúde não fique comprometida, é preciso ingerir outros nutrientes, pois, não é só de proteínas que vivemos", explica Patrícia Ramos.A adaptação à proteína também varia de acordo com o organismo de cada um. "Não há danos à saúde. Existem pessoas que têm uma tolerância maior à proteína animal, já outras, preferem a vegetal e, nem por isso, alguma delas vai ter deficiência deste nutriente. É uma questão que deve ser avaliada por cada उम

As aparências enganam: a vegetal pode ser mais gordurosa
O que deve ficar claro quando se fala de proteínas é que elas compõem alimentos e, por isso, estão associadas a outros nutrientes que também são importantes para uma dieta equilibrada. Se os alimentos que ingerimos são ricos em proteína vegetal e têm grande quantidade de calorias e gordura, mesmo sendo vegetal, serão calóricos e gordurosos. "Se você ingere uma oleaginosa, que é fonte de proteína vegetal, está ingerindo gordura no prato também. Não há alimento livre de gordura, só por que é vegetal", explica Paula.
Benefícios para a saúde
- Prevenção de doenças cardíacas Apesar de não serem livres de gordura, as fontes de proteína vegetal, em geral, são menos calóricas e gordurosas que as animais e, por isso, comprometem menos a saúde do coração. "As proteínas são ótimas, porque previnem doenças cardiovasculares em função dos baixos índices de gordura encontrados na maioria dos alimentos em que estão presentes", explica a nutricionista do Hospital Bandeirantes.
Saiba Mais

Alta concentração de fibras Paula Cabral explica que as fontes de proteína vegetal são ricas em fibras ou têm a digestão facilitada quando ingeridas com fibras e que, por isso, funcionam como verdadeiros limpadores do organismo:"Elas promovem uma verdadeira faxina intestinal. Elas favorecem a digestão e o metabolismo", explica.

5 de abr. de 2010

Determinação do sexo



Pela análise do cariótipo podemos distinguir o sexo em numerosos seres vivos. Esse fato decorre da existência de um sistema genético de determinação do sexo, condicionado por cromossomos especiais, denominados cromossomos sexuais. Tal determinação sexual compreende quatro tipos: XY, XO, ZWe ZO.

Tipo XY

O sistema XY ocorre no homem, nos demais mamíferos e nos insetos dípteros. As fêmeas são caracterizados por XX e os machos por XY.

Tipo XO

A determinação sexual do tipo XO ocorre em algumas espécies de insetos, pertencentes aos hemípteros (percevejos),ortópteros (baratas e gafanhotos)e coleópteros (besouros),além dos nematóides (vermes). Nesses casos as células macho apresentam um cromossomo a menos que a fêmea, porque falta oY. Assim, fala-se em fêmea XX e macho XO.

Tipo ZW

No sistema ZW os cromossomos sexuais são invertidos: o macho apresenta dois cromossomos sexuais iguais, ZZ, enquanto a fêmea apresentadois diferentes, umZ e outro W.Este sistema aparece em lepidópteros (borboletas, mariposas), peixes e aves.

Tipo ZO

Ocorre em galinhas domésticas e répteis. Os machos são homogaméticos, com dois cromossomos sexuais iguais (ZZ) e as fêmeas são heterogaméticas, apresentando apenas um cromossomo sexual Z.

Determinação Sexual pela Cromatina Sexual

A identificação do sexo por meio do exame de cromossomos sexuais só é possível nas células em divisão. Todavia, mesmo em células em interfase, nas quais não se distinguem os cromossomos, podemos determinar e identificar o sexo.

Determinação do Sexo por Haploploidismo

Nos himenópteros (abelhas, vespas e formigas) a determinação sexual não envolve cromossomos sexuais. A rainha é uma fêmea fértil, cujos óvulos fecundados produzem fêmeas diplóides, enquanto os óvulos não fecundados evoluem partenogeneticamente para machos haplóides. As fêmeas férteis (rainhas) ou estéreis (obreiras) são determinadas pelo tipo de alimentação que as larvas recebem durante oseu desenvolvimento.

Enquanto as larvas das futuras operárias recebem apenas mel e pólen, as larvas que evoluirão para rainhas recebem ainda a geléia real, uma secreção glandular das operárias adultas.

Determinação do Sexo pelo Balanço Gênico

Na Drosophila melanogaster, conhecida vulgarmente como mosca-da-fruta, o sexo depende de um balanço entre o número de cromossomos X e o número de lotes (conjuntos) de autossomos.

Ginandromorfismo

É o fenômeno pelo qual um indivíduo de uma espécie bissexuada tem um "mosaico" (desenho)de partes masculinas e femininas. Em tais espécies faltam os hormônios sexuais circulantes, de modo que o fenótipo depende exclusivamente dos genótipos de cada célula, resultando da soma dos efeitos dos mesmos sobre as células do animal.

Determinação não Genética do Sexo

Existem casos em que a determinação do sexo é realizada pela ação do meio ambiente. Na maioria das vezes têm grande importância os hormônios sexuais.

Na drosófila e em outros insetos, as características sexuais secundárias dependem dos cromossomos e não dos hormônios, o que se prova facilmente: o transplante de testículo ou de ovário para o sexo oposto não altera os caracteres sexuais secundários desses insetos.

Alguns exemplos:

a) Galinhas: essas aves possuem um ovário normal do lado esquerdo e um testículo atrofiado do outro lado. Retirando-se o ovário, o testículo pode desenvolver-se e mudar o sexo para o masculino (reversão de sexo), aparecendo crista e plumagem vistosa, canto, porte ereto, e, inclusive, fertilidade como macho. O mesmo pode ser obtido pela remoção do ovário e implantação do testículo de um galo. A remoção dos testículos de um macho imaturo dará origem a uma ave com todas as características deuma galinha normal.

b) Gado Bovino: na prenhez gamelar, em que os gêmeos são de sexos diferentes, o testículo do sexo masculino desenvolve-se antes que o ovário do feto feminino. Os hormônios masculinos, devido à fusão da corrente sangüínea na placenta passam ao organismo da fêmea, tornando-se esta interssexuada, estéril: é a chamada freemartin ou vaca maninha ou machorro.

c) Bonellia viridis: trata-se de um verme equiurídeo que apresenta marcante dimorfismo sexual. A fêmea tem 8 cm de comprimento e sua tromba, quando distendida, chega a 1 m. O macho mede 1,5 mm de comprimento e vive na tromba da fêmea, alimentando-se de secreções desta. Trata-se de um animal de desenvolvimento indireto, ou seja, apresenta forma larvária. Quando a larva se desenvolve fora do organismo materno,origina uma fêmea; porém, quando se desenvolve dentro do organismo materno, dá origem a um macho, por ação hormonalda mãe. Se a larva for retirada do organismo da mãe antes da maturação completa, transformar-se-á em intersexuado.

Os Genes dos Cromossomos Sexuais

Os cromossomos X e Y apresentam um segmento homólogo, contendo genes alelos e duas regiões não homólogas, com genes não-alelos.

Os genes situados nos cromossomos sexuais são divididos em três grupos:

genes ligados ao sexo, que são os genes do segmento não homólogo de X;

genes holândricos, situados no segmento não-homólogo de Y;

genes parcialmente ligados ao sexo, isto é, genes localizados nos segmentos homólogos de X e Y.

Herança Ligada ao Sexo

Genes localizados exclusivamente no cromossomo sexual X são conhecidos como genes ligados ao sexo ou genes ligados ao X. A herança desses genes é conhecida como herança ligada ao sexo. Sendo as fêmeas XX e os machos XY, é evidente que os genes ligados ao sexo serão encontrados em dose dupla nas fêmeas e em dose simples nos machos.

Herança Holândrica ou Restrita ao Sexo

Os chamados genes holândricos são exclusivos do cromossomo Y. Tais genes só ocorrem nos indivíduos de sexo masculino e passam de geração a geração, sempre pela linhagem masculina.Atuando em dose simples, os genes holândricos nunca apresentam relação de dominância ou de recessividade.

Herança Influenciada pelo Sexo

É aquela em que os genes comportam-se como dominantes em um sexo e recessivos em outro. Tais genes não se localizam nos heterocromossomos, mas, sim, nos autossomos.

Cromossomos

Cromossomos (Kroma=cor, soma=corpo) são filamentos espiralados de cromatina, existente no suco nuclear de todas as células, que coram intensivamente com uso de corante citológico(carmin acético, orceína acética, reativo de Schiff), composto por DNA e proteínas, sendo observável à microcopia de luz durante a divisão celular.

Constituição

Em células em intérfase não se observama microscopia de luz, os cromossomos individualizados. Percebe-se no núcleo apenas o conjunto dos cromossomos formando uma massa denominada cromatina. A cromatina é constituída de nucleoproteínas (RNA e DNA em maior parte), além de proteínas globulares, fosfatídeos e elementos minerais tais como cálcio e magnésio. Ela pode se apresentar sob a forma de eucromatina ou de heterocromatina. A heterocromatina é a parte mais condensada e de maior coloração por corantes básicos em núcleos interfásicos, entretanto parece estar relacionada com menor atividade gênica.

DNA

O DNA, constituinte fundamental do cromossomo, é formado por bases nitrogenadas, entre elas as purinas, representadas pela adenina e guanina, e pelas piridimindas, representadas pela citosina e timina. No mRNA e timina é substituída pela uracila. A molécula de DNA é uma hélice dupla helicóidal, em que o filamento externo é constituído por fósforo e açúcar e a parte mais interna pelas ligação por pontes duplas de hidrogênio entre adenina e guanina e triplas entre citosina e timina.

DNA-Histonas

Outro aspecto importante é a associação entre DNA e histonas. As histonas formam um complexo juntamente com os grupos fosfatados do DNA carregados negativamente. As histonas são carregadas positivamente, sendo conhecidas por "proteínas básicas". As cargas positivas são fornecidas por uma alta proporção de aminoácidos lisina e arginina. Algumas histonas são denominadas "ricas em lisina" e outras "ricas em arginina". Em geral são encontradas somente nos organismos em que a diferenciação celular ocorre (eucariotas). São distinguidas, em função da proporção lisina/arginina, cinco diferentes tipos de histonas (h6, 2 H2A, 2 H2B e 2 H3). A complexação das histonas além de causar um aumento do diâmetro do DNA, de cerca de 20 a 30 angstron, muda também as propriedades físicas do DNA. A temperatura de fusão (temperatura na qual os fios de DNA mudam da forma de hélice dupla regular para a forma de fio simples, é bastante aumentada.

Propriedades

Se autoreproduzem durante as divisões nucleares conservando suas propriedades morfológicas e fisiológicas.

São entidades permanentes no núcleo. Células em condições de inanição apresentam numero de cromossomos constante.

Absorvem luz ultra-violeta ( 2600 Å)

Nos diplóides, cada cromossomo tem seu homólogo.

Estrutura

Em sua estrutura, o cromossomo apresenta a unidade estrutural filamentosa de DNA que se apresenta em forma de espiral, sendo envolvido por uma substância protéica denominada matriz. Destacam-se as seguintes partes:

Cromômeros- A cromatina não é um filamento uniforme, mas apresenta em toda sua extensão engrossamentos bastante irregulares com aspectos de granulações (Cromômeros). Seu tamanho e localização são constantes para cada cromossomo. Cromatídeos - É o resultado da divisão longitudinal do cromossomo durante a divisão celular. Centrômero- Constrição primária que divide o cromossomo em dois braços e influi no movimento durante a divisão celular. Comumente há um centrômero por cromossomo mas existem organismos dicêntricos ou policêntricos. Satélite - Porção terminal de material cromossômico separado do cromossomo por uma constrição secundária. Zona SAT - Região relacionada com a formação do nucléolo durante a telófase. O estudo da morfologia dos cromossomos por fixação e coloração básica é mais fácil durante a metáfase e anáfase da divisão celular, pois os filamentos apresentam-se mais compactos e condensados.

Tamanho e Posição do Centrômero

Os cromossomos se distinguem quanto ao tamanho, classificando-se como longos ( > 10 µM), médios (4-8 µM) e curtos (< endomitose =" multiplicação">

Metacêntrico: Centrômero mediano. Os dois braços tem relação de comprimento 1:1 até 2,5:1. (Forma de V)

Acrocêntrico: Centrômero próximo de um dos extremos do cromossomo. Relação de 3:1 a 10:1.

Telocêntrico: Centrômero estritamente terminal. O cromossomo tem um único braço.

Sub-metacêntrico.: Apresenta-se em forma de J. Cromossomos homólogos além de ter mesmo tamanho e manter a mesma posição relativa dos centrômero, apresentam mesma posição de constrições secundárias, presença de satélites e distribuição de cromômeros.

Cromossomos Sexuais e Autossomais

Outro fato importante é a distinção, em certas espécies, dos cromossomos autossomais e sexuais. Assim, por exemplo, os machos de algumas espécies, incluindo a espécie humana, o sexo está associado a um par de cromossomos morfologicamente diferente de seu homólogo (heteromórfico). Esses cromossomos são designados por X e Y. Os demais cromossomos são denominados de autossomais.

Número de Cromossomos

O numero de cromossomo é, em geral, constante para os indivíduos de uma mesma espécie. O número básico de cromossomos da espécie ou o conjunto completo de cromossomos diferentes é denominado por genoma. Assim, o genoma humano é representado por 23 cromossomos. Em organismos diplóides as células somáticas apresentam 2n cromossomos no qual n veio de seu genitor feminino e os n restantes do genitor masculino. Pelo processo meiótico, formam-se gametas com n cromossomos. Assim, o estado haplóide, ou gamético, quando a espécie de referência é diplóide, contém o genoma da espécie. Espécies poliplóides, como por exemplo o trigo hexaplóide (6x = 42), podem tem em seus gametas mais de um genoma, conforme ilustrado a seguir

CélulaEsp. HumanaDrosophilaTrigo
Somática2x=462x=86x = 42
Gametas (n)n = 23n = 4n = 21
Genoma (x)x =23x = 4x = 7


O número de cromossomos não tem relação direta com a posição da espécie no esquema de classificação fílogenético. Por exemplo:

Espécie
Número de Cromossomos
Humana
46
Milho
20
Ervilha
14
Drosophila
8
Dália
64
Tatu
64
Cavalo
64

Fonte: www.ufv.br

CROMOSSOMOS

Um cromossomo ou cromossoma é uma longa sequência de DNA, que contém vários genes, e outras sequências de nucleótidos com funções específicas nas células dos seres vivos.

Nos cromossomos dos eucariontes, o DNA encontra-se numa forma semi-ordenada dentro do núcleo celular, agregado a proteínas estruturais, as histonas, e toma a designação de cromatina. Os procariontes não possuem histonas nem núcleo. Na sua forma não-condensada, o DNA pode sofrer transcrição, regulação e replicação.

Durante a mitose (ver divisão celular), os cromossomos encontram-se condensados e têm o nome de cromossomos metafásicos e é a unica ocasião em que se podem observar com um microscópio óptico.

O primeiro investigador a observar cromossomos foi Karl Wilhelm von Nägeli em 1842 e o seu comportamento foi descrito em detalhe por Walther Flemming em 1882. Em 1910, Thomas Hunt Morgan provou que os cromossomos são os portadores dos genes.

Cromossomos dos eucariontes

Os eucariontes possuem múltiplos cromossomos lineares dentro do núcleo celular. Cada cromossomo tem um centrómero e um ou dois braços saindo do centrómero, os cromatídeos. As extremidades dos cromossomos possuem estruturas especiais chamadas telómeros. A replicação do DNA pode iniciar-se em vários pontos do cromossomo.

Cromossomos dos procariontes

Os cromossomos das bactérias podem ser circulares ou lineares. Algumas bactérias possuem apenas um cromossomo, enquanto outras têm vários. O DNA bacteriano toma por vezes a forma de plasmídeos, cuja função não se encontra bem definida.

Cromossomo. (1) Cromatídeo. Cada um dos dois braços idênticos dum cromossomo depois da fase S. (2) Centrómero. O ponto de ligação de dois cromatídeos, onde se ligam os microtúbulos. (3) Braço curto. (4) Braço longo.

Cromatina

Conhecem-se dois tipos de cromatina:

Eucromatina, que consiste em DNA activo, ou seja, que se pode expressar como proteinas, e Heterocromatina, que consiste em DNA inactivo e que parece ter funções estruturais durante o ciclo celular. Podem ainda distinguir-se dois tipos de heterochromatin: Heterocromatina constitutiva, que nunca se expressa como proteínas e que se encontra localizada à volta do centrómero (contém geralmente sequências repetitivas); e Heterocromatina facultativa, que, por vezes, se expressa.

Diferentes níveis de condensação do DNA. (1) Cadeia simples de DNA . (2) Filamento de cromatina (DNA com histonas). (3) Cromatina condensada em interfase com centrómeros. (4) Cromatina condensada em profase. (Existem agora duas cópias da molécula de DNA) (5) Cromossoma em metafase

Nos primeiros estados da mitose, os filamentos de cromatina tornam-se cada vez mais condensados. Eles deixam de funcionar como material genético acessível e formam uma estrutura muito condensada. Eventualmente, os dois cromatídeos (filamentos de cromatina condensada) tornam-se visíveis como um cromossoma, ligados no centrómero. Microtúbulos longos associam-se ao centrómero e a dois extremos opostos da célula. Durante a mitose, os microtúbulos separam os cromatídeos e puxan-nos em direcções opostas, de maneira a que cada célula filha herde um conjunto de cromatídeos. Após a divisão das células, os cromatídeos descondensam-se e podem funcionar de novo como cromatina. Apesar da sua aparência os cromossomas têm uma estrutura complexa (Fig. 2). Por exemplo, os genes com funções similares estão muitas vezes juntos no núcleo, mesmo que estejam bastante distanciados no cromossoma. O curto braço de um cromossoma pode ser esticado por um cromossoma satélite que contém informação para codificar RNA ribossómico.

Espécie # de cromossomos Espécie # de cromossomos Drosófila 8 Humano 46 Centeio 14 Macaco 48 Cobaio 16 Carneiro 54 Rôla 16 Cavalo 64 caracol 24 Galo 78 Minhoca 32 Carpa 104 Porco 40 Borboleta ~380 Trigo 42 Samambaia ~1200

Os membros normais de uma espécie em particular possuem todos o mesmo número de cromossomas (Tabela 1). As espécies que se reproduzem assexuadamente têm um conjunto de cromossomas, que é igual em todas as células do corpo. As espécies que se reproduzem sexuadamente têm células somáticas, que são diplóides [2n] (têm dois conjuntos de cromossomas, um proveniente da mãe e outro do pai) ou poliplóides [Xn] (têm mais do que dois conjuntos de cromossomas), e gâmetas (células reprodutoras), que são haplóides [n] (têm apenas um conjunto de cromossomas). Os gâmetas são produzidos por meiose de uma célula diplóide da linha germinativa. Durante a meiose, os cromossomas correspondestes do pai e da mãe podem trocar pequenas partes de si próprios (crossover), e assim criar novos cromossomas que não foram herdados unicamente de um dos progenitores. Quando um gâmeta masculino e um gâmeta feminino se unem (fertilização), forma-se um novo organismo diplóide.

Cariótipo

Para determinar o número (diplóide) de cromossomas de um organismo, as células podem ser fixadas em metafase in vitro com colquicina. Estas células são então coradas (o nome cromossoma foi dado pela sua capacidade de serem corados), fotografadas e dispostas num cariótipo (um conjunto ordenado de cromossomas, Fig. 3). Tal como muitas espécies com reprodução sexuada, os seres humanos têm cromossomas sexuais especiais (diferentes dos autossomas para as funções corporais). Estes são XX nas fêmeas e XY nos machos. Nas fêmeas, um dos dois cromossomas X está inactivo e pode ser visto em microscópio como os corpos de Barr.

Aberrações cromossómicas

O funcionamento defeituoso quer da segregação cromossómica quer do crossover pode provocar doenças graves. Estas podem ser divididas em dois grupos:

Anomalia cromossómica ou displasia cromossómica parcial (malformação), que resultam normalmente de um crossover anormal. Alguns exemplos são: Síndroma Cri-du-Chat, que é causada pela delecção de parte do braço curto do cromossoma 5. As vítimas emitem sons agudos que se assemelham ao miado de um gato. Têm os olhos afastados, cabeça e maxilar pequenos e atraso mental. Síndroma de Wolf-Hirschhorn, que é causada pela delecção parcial do braço curto do cromossoma 4. É caracterizada por crescimento tardio acentuado e deficiência mental. Falta ou excesso de cromossomas, chamada aneuploidia, que resulta de uma segregação cromossómica incompleta e está muitas vezes relacionada com o cancro. Alguns exemplos são: Síndroma de Down (um cromossoma 21 a mais). Também é conhecida como mongolismo ou trissomia 21. Os sintomas são controlo muscular diminuído, crânio assimétrico, olhos oblíquos e atraso mental. Síndroma de Klinefelters (XXY). Os homens com síndroma de Klinefelter são normaçmente estéreis. TÊm tendência a ter braços e pernas mais compridos e a ser mais altos do que é comum. Outros sintomas comuns são fadiga, apatia, falta de sentimento e uma tendência maior para desenvolver distúrbios psicológicos. Síndroma de Turner (X em vez de XX ou XY). Na síndroma de Turner, as características sexuais femininas existem mas subdesenvolvidas. As pessoas que sofrem de síndroma de Turner tÊm muitas vezes pequena estatura, testa estreita, características oculares e desenvolvimento ósseo anormais, nomeadamente no peito (pectus excavatum).

Fonte: http://pt.wikipedia.org

Enzimas

As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas. Elas estão entre as biomoléculas mais notáveis devido a sua extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito superiores aos dos catalisadores produzidos pelo homem. Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas.

Como catalisadores celulares extremamente poderosos, as enzimas aceleram a velocidade de uma reação, sem no entanto participar dela como reagente ou produto.

As enzimas atuam ainda como reguladoras deste conjunto complexo de reações.

As enzimas são, portanto, consideradas as unidades funcionais do metabolismo celular.

NOMENCLATURA DAS ENZIMAS

Existem 3 métodos para nomenclatura enzimática:

Nome Recomendado: Mais curto e utilizado no dia a dia de quem trabalha com enzimas; Utiliza o sufixo "ase" para caracterizar a enzima. Exs: Urease, Hexoquinase, Peptidase, etc.

Nome Sistemático: Mais complexo, nos dá informações precisas sobre a função metabólica da enzima. Ex: ATP-Glicose-Fosfo-Transferase

Nome Usual : Consagrados pelo uso; Exs: Tripsina, Pepsina, Ptialina.

CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS

As enzimas podem ser classificadas de acordo com vários critérios. O mais importante foi estabelecido pela União Internacional de Bioquímica (IUB), e estabelece 6 classes:

Oxidorredutases: São enzimas que catalisam reações de transferência de elétrons, ou seja: reações de oxi-redução. São as Desidrogenases e as Oxidases.

Se uma molécula se reduz, tem que haver outra que se oxide.

Transferases : Enzimas que catalisam reações de transferência de grupamentos funcionais como grupos amina, fosfato, acil, carboxil, etc. Como exemplo temos as Quinases e as Transaminases.

Hidrolases : Catalisam reações de hidrólise de ligação covalente. Ex: As peptidades.

Liases: Catalisam a quebra de ligações covalentes e a remoção de moléculas de água, amônia e gás carbônico. As Dehidratases e as Descarboxilases são bons exemplos.

Isomerases: Catalisam reações de interconversão entre isômeros ópticos ou geométricos. As Epimerases são exemplos.

Ligases: Catalisam reações de formação e novas moléculas a partir da ligação entre duas já existentes, sempre às custas de energia (ATP). São as Sintetases.

PROPRIEDADES DAS ENZIMAS

São catalisadores biológicos extremamente eficientes e aceleram em média 109 a 1012 vezes a velocidade da reação, transformando de 100 a 1000 moléculas de substrato em produto por minuto de reação.

Atuam em concentrações muito baixas e em condições suaves de temperatura e pH.

Possuem todas as características das proteínas. Podem ter sua atividade regulada. Estão quase sempre dentro da célula, e compartimentalizadas.

COFATORES ENZIMÁTICOS E COENZIMAS

Cofatores são pequenas moléculas orgânicas ou inorgânicas que podem ser necessárias para a função de uma enzima. Estes cofatores não estão ligados permanentemente à molécula da enzima mas, na ausência deles, a enzima é inativa.

A fração protéica de uma enzima, na ausência do seu cofator, é chamada de apoenzima.

Enzima + Cofator, chamamos de holoenzima.

Coenzimas são compostos orgânicos, quase sempre derivados de vitaminas, que atuam em conjunto com as enzimas. Podem atuar segundo 3 modelos:

- Ligando-se à enzima com afinidade semelhante à do substrato.

- Ligando-se covalentemente em local próximo ou no próprio sítio catalítico da apoenzima.

- Atuando de maneira intermediária aos dois extremos acima citados.

ENZIMA

Enzimas são um grupo de substâncias orgânicas de natureza protéica, com actividade intra ou extracelular que têm funções catalisadoras, induzindo reações químicas que, sem a sua presença, dificilmente aconteceriam. Também aumentam a velocidade das reações químicas, possibilitando o metabolismo dos seres vivos.

Algumas enzimas são armazenadas nas lisossomas (uma das organelas das células).

Para cada nutriente existe uma enzima que depois pode ser reaproveitada, exemplo:

-amido - amilase,

-carboidrato - carboidrase,

-lipídio - lipase,

-sacarose - sacarase (um tipo de carboidrase),

-proteína - protease,

-lactose - lactase,

-maltose - maltase

Histórico

As enzimas foram descobertas no século XIX, aparentemente por Pasteur, que concluiu que a fermentação do açúcar em álcool pela levedura é catalisada por fermentos. Ele postulou que esses fermentos (as enzimas) eram inseparáveis da estrutura das células vivas do levedo.

Em 1897, Eduard Buchner descobriu que os estratos de levedo podiam fermentar o açúcar até álcool e provou que as enzimas envolvidas na fermentação continuavam funcionando mesmo quando removidas das células vivas.

Em 1926, James Summer isolou e cristalizou a urease e demonstrou que os cristais de urease consistiam inteiramente de proteína e postulou que todas as enzimas são proteínas, mas esta idéia permaneceu controversa por algum tempo.

Na década de 1930, John Northrop e seus colegas cristalizaram a pepsina e a tripsina bovinas e descobriram que essas moléculas também eram proteínas.

J.B.S. Haldane escreveu um tratado intitulado “Enzimas”, onde continha a notável sugestão de que as interações por ligações fracas, entre a enzima e seu substrato, poderiam ser usadas para distorcer a molécula do substrato e catalisar a reação.

Nomenclatura

A determinação do nome das enzimas é normatizada por um comitê especializado , o Nomenclature Committee of the International Union of Biochemistry and Molecular Biology (NC-IUBMB).

Observação: Isso tudo é QUESTIONÁVEL. Segundo pesquisadores de Oxford, as enzimas representam um determinado grupo de grânulos protéicos oriundos da biogênese de macromoléculas de procariotos gram negativos.

Classes de Enzimas

EC1 - Oxirredutases.

EC2 - Transferases.

EC3 - Hidrolases.

EC4 - Liases.

EC5 - Isomerases.

EC6 - Ligases.

Fonte: pt.wikipedia.org

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