Tecnologia do Blogger.

17 de fev. de 2010

Água e sais minerais

Parte I: Água e Sais Minerais

1) 0 constituinte inorgânico mais abundante na matéria viva é:

a) a água .
b) a proteína.
c) o sal de sódio .
d) o lipídio .
e) o glucídio .

2) Os valores pH = 2, pH = 7 e pH = 9 são, respectivamente, de soluções:

a) ácidas, básicas e neutras.
b) básicas, ácidas e neutras.
c) neutras, ácidas e básicas.
d) ácidas, neutras e básicas.
e) neutras, ácidas e ácidas.

3) 0 pH da água pura é:

a) zero.
b) 7
c) 14
d) 1
e) 10

4) Dentre as propriedades fisico-químicas da água, com grande importância sob o ponto de vista biológico, podem-se citar:

a) o alto calor específico, o pequeno poder de dissolução e a grande tensão superficial.
b) o baixo calor específico, o grande poder de dissolução e a pequena tensão superficial.
c) o baixo calor específico, o pequeno poder de dissolução e a pequena tensão superficial.
d) o alto calor específico, o alto poder de dissolução e a pequena tensão superficial.
e) o alto calor específico, o alto poder de dissolução e a grande tensão superficial.

5) (CESESP-PE) São funções da água no protoplasma celular:

I - atuar como dissolvente da maioria das substâncias
II - não atuar na manutenção do equilíbrio osmótico dos organismos em relação ao meio ambiente
III - constituir o meio dispersante dos colóides celulares
IV - participar das reações de hidrólise
V - agir como ativador enzimático
A alternativa que contém as funções verdadeiras é:

a) I, II, III
b) III, IV, V
c) I, III, IV
d) V, II, III
e) III, II, I

6) (EFOA-MG). "A taxa de água varia em função de três fatores básicos: atividade do tecido ou órgão (a quantidade de H2O é diretamente proporcional à atividade metabólica do órgão ou tecido em questão); idade (a taxa de água decresce com a idade) e a espécie em questão (homem 63%, fungos 83%, celenterados 96% etc.)". Baseado nestes dados,o item que representa um conjunto de maior taxa hídrica é:

a) coração, ancião, cogumelo
b) estômago, criança, abacateiro
c) músculo da perna, recém-nascido, medusa
d) ossos, adulto, "orelha-de-pau"
e) pele, jovem adolescente, coral

7) (UFBA-BA). A quantidade de água nas células e nos tecidos:

a) tende a diminuir com o aumento da idade
b) tende a aumentar com o aumento da idade
c) permanece constante com o aumento da idade
d) não tem qualquer relação com a idade
e) tem relação com a idade mas é a mesma em qualquer espécie

8) (UFPR-PR). Com relação ao papel desempenhado pela água nas estruturas celulares dos seres vivos, qual das afirmações não é correta?

a) É o veículo de eliminação dos excretas provenientes do metabolismo celular.
b) Age como catalisador enzimático de numerosas reações intracelulares.
c) Oferece grandes condições de estabilidade aos colóides protoplasmáticos.
d) Tem participação direta nos fenômenos osmóticos entre a célula e o meio extracelutar.
e) Participa das reações de hidrólise.

9) (CESGRANRIO-RJ). A percentagem de água é progressivamente decrescente nos seguintes tecidos:

a) adiposo, muscular, substância cinzenta do cérebro
b) muscular, tecido nervoso de embrião, tecido nervoso de adulto
c) muscular, ósseo e adiposo
d) epitelial, ósseo e nervoso
e) nervoso, adiposo e muscular

10) (UFES-80) Dos componentes da matéria viva, quais deles existem em maior proporção em qualquer célula?

a) proteínas
b) hidratos de carbono
c) lipídios
d) água
e) eletrólitos

11) (UFCE-CE). Das alternativas abaixo, referentes à química da célula viva, escolha as que são corretas:
(O1) Das substâncias orgânicas que constituem a célula, podemos citar: carboidratos, lipídios, aminoácidos, proteínas e ácidos nuclêicos.
(02) Dos componentes inorgânicos presentes na célula, a água é o mais abundante, tendo como função, entre outras, a de solvente de íons minerais e de muitas substâncias orgânicas.
(04) Além de favorecer a ocorrência de reações químicas, a água é indispensável no transporte de substâncias.
(08) Os sais minerais existentes na célula estão sob duas formas: imobilizados como componentes de estruturas esqueléticas e dissolvidos na água na forma de íons.
(16) Quanto ao íon Mg + + (magnésio) é certo que tem papel importante na coagulação do sangue.

Dê como resposta a soma dos números das alternativas corretas.

a) 3 d) 15
b) 10 e) 47
c) 12

12) (FCMSC-SP) Pode-se dizer corretamente que o teor de água nos tecidos animais superiores:

a) é maior quanto maior o seu metabolismo e diminui com o aumento da idade:
b) é maior quanto maior o seu metabolismo e aumenta com o aumento da idade.
c) é maior quanto menor o seu metabolismo e diminui com o aumento da idade.
d) é maior quanto menor o seu metabolismo e aumenta com o aumento da idade.
e) apresenta variações diferentes das citadas nas alternativas anteriores.

13) (F.Lusíada-Santos) A taxa de água em um organismo pode variar de acordo com alguns fatores. São eles:

a) espécie, enzimas e proteínas.
b) idade, espécie e proteínas.
c) atividade, idade e espécie.
d) atividade, enzimas e proteínas.
e) idade, enzimas e proteínas.

14) A respeito da água como constituinte celular, foram formuladas as seguintes afirmações:
I- A água age como solvente natural dos íons e outras substâncias encontradas nas células.
II- A água geralmente se encontra dissociada ionicamente mantendo o pH e a pressão osmótica das células.
III- A água funciona como enzima em muitas reações intracelulares.
IV- A água é indispensável para a atividade celular, visto que os processos fisiológicos só ocorrem em meio aquoso.
Estão corretas as afirmações:

a) I e II d) I e IV
b) I e Ill e) III e IV
c) lI e lIl

15) A água participa em todos os fenômenos abaixo, exceto:

a) Manutenção da temperatura corpórea.
b) Participação em reações metabólicas
c) Transporte de substâncias
d) Transporte de energia
e) Manutenção da vida em regiões geladas

16) Não é correto afirmar que os sais minerais:

a) estão, na maioria das vezes, no meio intracelular, dissociados em íons.
b) na sua fórmula integral, participam com função estrutural da natureza de alguns tecidos, como por exemplo os sais de cálcio no tecido ósseo.
c) têm papel importante no fenômeno da osmose.
d) controlam a respiração celular.
e) ajudam a manter constante o pH da célula.

17) O papel dos íons fosfato e carbonato no organismo é:

a) facilitar a osmose através da membrana celular.
b) quebrar as moléculas orgânicas maiores em moléculas orgânicas menores.
c) atuar como componente de estruturas de sustentação.
d) proceder como catalisadores em reações metabólicas intracelula­res.
e) regular a transmissão do impulso nervoso.

18) (PUC-SP) Dietas pobres em alimentos que são fontes de sais de ferro para o nosso organismo poderão ocasionar:

a) anemia.
b) dificuldade de coagulação do sangue.
c) distúrbios nervosos.
d) sangramento das mucosas.
e) raquitismo.

19) (PUC-SP) 0 papel principal do íon P04- na célula é:

a) manter o equilíbrio osmótico.
b) formar ligações de alta energia.
c) atuar como oxidante energético.
d) regular o equilíbrio ácido-base.
e) atuar como catalisador em reações metabólicas.

20) (PUCSP) 0 papel principal dos íons CO3 na célula é:

a) manter o equilíbrio osmótico
b) formar ligações de alta energia
c) atuar como oxidante energético
d) regular o equilíbrio ácido-básico mantendo o pH neutro da célula
e) atuar como catalisador em reações metabólicas intracelulares

Introdução á citologia





A Célula - uma unidade biológica


A célula pode ser definida como uma massa de substância viva delimitada por uma membrana que protege o citoplasma e o núcleo.
É capaz de realizar todas as funções vitais importantes para ela, sendo considerada a unidade biológica (morfológica e funcional) na estrutura dos organismos.


CITOLOGIA

 Etmologia: do grego kytos = célula e logos = estudo.
 Conceito: parte da Biologia que se ocupa do estudo da célula relativamente à sua estrutura, suas funções e sua importância.


DESCOBERTAS

 Robert Hooke (1665) – primeira observação de células em fragmento de cortiça.
 Theodor Schwann (1839) – conclui que todos os seres vivos são formados de células.
 Rudolf Virchow (1858) – afirma que toda célula é proveniente de outra célula.


MICROSCOPIA

É o estudo das estruturas celulares, feito com o auxílio do microscópio.

 Microscópio óptico: funciona com luz e tem pequeno poder de resolução*. É possível observar células vivas em atividade.
 Microscópio eletrônico: usa feixes de elétrons e tem grande poder de resolução (mais de 500 000 vezes). Só é possível observar células mortas, porém em todas as dimensões.

* poder de resolução é a capacidade de aumento ou de distinguir entre dois pontos muito próximos.


TEMPO DE VIDA

 Células lábeis: pouco diferenciadas, de curta duração e que não se reproduzem. Após cumprirem suas funções, morrem e são substituídas.
Ex: as hemácias e os gametas.
 Células estáveis: mais diferenciadas, de longa duração, se reproduzem e regeneram.
Ex: células musculares lisas e células epiteliais.
 Células permanentes: altamente diferenciadas, com funções muito especializadas, duram a vida toda do organismo, não se reproduzem nem regeneram.
Ex: células musculares estriadas e células nervosas.


DIMENSÕES CELULARES

 Microscópicas: a maioria delas. Ex: bactérias, protozoários.
 Macroscópicas: gema de ovos, alvéolos de laranja, óvulo humano, célula da bainha da folha da bananeira.


MEDIDAS

As células são medidas em:

 µm (micrometro) = 0,001 mm (1 milésimo de milímetro)
 nm (nanometro) = 0,000 001 mm (1 milionésimo de milímetro)
 Å (Ångström) = 0,000 000 1 mm (1 décimo milionésimo de milímetro)

A grande maioria ou quase totalidade das células tem dimensões microscópicas, medidas em micrômetros. Existem, porém, células macroscópicas como a gema do ovo, a fibra do algodão e as células das algas Nitella sp. e Acetabularia sp., que são medidas em centímetros (cm).
As menores células conhecidas pertencem às bactérias do gênero Mycoplasma (PPLO), que podem ser menores que alguns vírus e são medidas em nanômetros.


PROCARIOTAS e EUCARIOTAS

 Procarióticas: células onde o núcleo não é individualizado por falta de cariomembrana, não apresentam orgânulos membranosos. O material nuclear está disperso no citoplasma. Encontradas nas bactérias e cianobactérias.
 Eucarióticas: o núcleo é individualizado, a cariomembrana envolve o material nuclear, são mais evoluídas e possuem orgânulos membranosos. Encontradas nos protistas, fungos, vegetais e animais.


ORGÂNULOS ou ORGANELAS

São estruturas celulares destinadas à realização de funções vitais.

 Orgânulos não-membranosos: centríolos, ribossomos, microtúbulos, cromossomos e nucléolo.
 Orgânulos membranosos: mitocôndrias, plastos, vacúolos, retículo endoplasmático, complexo golgiense e lisossomos.


CÉLULA VEGETAL e CÉLULA ANIMAL

 Célula vegetal: formato prismático, com parede celular e plastos. Não possuem lisossomos nem centríolo, os vacúolos são grandes e em pequena quantidade (vacúolos de suco celular).
 Célula animal: geralmente arredondadas, sem parede celular nem plastos. Apresentam lisossomos, os vacúolos são pequenos e em grande quantidade (vacúolos digestivos e pulsáteis).



A ORGANIZAÇÃO CELULAR DOS SERES VIVOS

A célula - sua estrutura e funcinamento


Com exceção dos vírus, todos os demais seres têm as suas estruturas fundamentadas na célula. Muitos são apenas unicelulares, outros são multicelulares. Mas, a despeito de algumas diferenças, a arquitetura fundamental da célula se repete com impressionante semelhança em todos os níveis de organização, o que justifica considerarmos a célula como a unidade biológica.
Na sua diminuta dimensão, a célula demonstra um admirável arranjo na disposição de microestruturas diferentes, que representam os seus orgânulos. A ela cabe a realização de importantes funções, como o determinismo genético, a síntese de proteínas, o armazenamento e a liberação de energia, a produção de substâncias que devem atuar no meio extracelular controlando as funções do organismo, ou até mesmo cuidando em manter o equilíbrio físico-químico (hidrossalino e ácido-básico) fundamental à preservação da vida.

A parte da Biologia que estuda a célula se chama Citologia.

O termo célula foi usado pela primeira vez em 1665, por Robert Hooke, quando observava em um microscópio rudimentar um pequeno fragmento de cortiça. A cortiça é um tecido vegetal obtido da casca de caules velhos de certas árvores, no qual as células já morreram e desapareceram. Mas as células deixam o seu vestígio no contorno das camadas de suberina, substância que antes as envolvia. Vendo aquela grande quantidade de diminutos espaços vazios na estrutura da planta, Hooke resolveu chamá-los de células – pequeninas celas. Tempos depois outros cientistas conseguiram ver a célula viva e descobriram que ela é um corpo minúsculo, cheio de conteúdo e com funções muito importantes. Mas o nome célula foi conservado.

Em virtude de suas minúsculas dimensões, as células só podem ser estudadas com ajuda do microscópio. Ele é um aparelho que aumenta as imagens.

 O microscópio óptico ou de luz (MO) usa um feixe de luz que atravessa a célula, passa por um sistema de lentes e vai projetar no olho do observador a imagem imensamente aumentada. Como a maior parte da estruturas celulares não tem cor, usam-se corantes específicos para determinadas partes da célula. Os tecidos têm de ser preparados em cortes finíssimos, para que a luz os atravesse. Pode-se observar a célula viva, dependendo da técnica de preparação.

 O microscópio eletrônico (ME) usa um feixe de elétrons que é detonado por um canhão de elétrons numa câmara de vácuo, onde é posto o material com a célula a ser examinada. A imagem é observada, indiretamente, em uma tela. Só podemos observar células mortas embora seja possível vê-la por todos os ângulos.

O microscópio óptico oferece aumentos de 100 até 1 200 vezes, enquanto o eletrônico pode ampliar a imagem mais de 500 000 vezes. A capacidade de aumento de um microscópio é denominada poder de resolução, que é a capacidade de distinção entre dois pontos muito próximos.

Células Procariotas e Eucariotas

Em alguns organismos mais simples a célula não apresenta um núcleo individualizado, bem visível, em cujo interior se concentra o material genético. Falta-lhe a membrana nuclear, carioteca ou cariomembrana; o conteúdo nuclear se apresenta espalhado por todo o interior celular, dando a impressão de que a célula não possui núcleo. Ela o possui, apenas não está individualizado; encontra-se disperso ou difuso no citoplasma. Esse tipo de célula é chamado de procariota e, os organismos que são formados por células desse tipo são os procariontes. Bactérias e cianófitas (algas cianofíceas) são procariontes e estão agrupadas no reino Monera.
Todos os demais seres possuem células com núcleo bem individualizado, dotadas de cariomembrana e são chamados eucariontes, e suas células, visivelmente nucleadas, são qualificadas de eucariotas. São os protistas, fungos, vegetais e animais.

A Origem das Células

Segundo a hipótese que tenta explicar a origem da vida, as primeiras células que surgiram eram procariotas anaeróbias. Essas células, para sobreviver, realizavam a fermentação. Posteriormente apareceram as células procariotas fotossintetizantes. Estas tinham a capacidade de realizar a fotossíntese, liberando o oxigênio (O2) para a atmosfera terrestre. Depois delas surgiram as células procariotas aeróbias, que passaram a utilizar o O2 para respirar.
Tudo isso aconteceu há cerca de 3,5 bilhões a 2 bilhões de anos. A partir dessa época surgiram as células eucariotas. A princípio, essas células tinham a estrutura de uma célula procariota anaeróbia. Sua membrana começou a formar evaginações e invaginações de tal forma que sua superfície tornou-se bastante ampliada. Essas transformações da membrana foram originando organelas, como o retículo endoplasmático, o complexo de Golgi e a própria carioteca.
Acredita-se que os cloroplastos e as mitocôndrias são as únicas organelas que não tiveram essa origem. As mitocôndrias teriam se formado a partir de bactérias aeróbias que foram englobadas por seres eucariontes anaeróbios. A partir daí, passaram a viver numa relação mutualística: o eucarionte dava proteção à bactéria aeróbia (agora mitocôndria) e desta aproveitava a capacidade respiratória que lhe fornecia a energia necessária à sua sobrevivência.
Da mesma forma, alguns procariontes fotossintetizadores associaram-se com certos eucariontes passando a viver mutualisticamente. No curso da evolução esses procariontes tornaram-se cloroplastos vivendo em organismos eucariontes, agora fotossintetizadores.

As Dimensões das Células

1 µm (micrômetro) = 0,001 mm (1 milésimo de milímetro)
1 nm (nanômetro) = 0,000 001 mm (1 milionésimo de milímetro)
1 Å (Ångström) = 0,000 000 1 mm (1 décimo milionésimo de milímetro)

A grande maioria ou quase totalidade das células tem dimensões microscópicas, medidas em micrômetros. Existem, porém, células macroscópicas como a gema do ovo, a fibra do algodão e as células das algas Nitella sp. e Acetabularia sp., que são medidas em centímetros (cm).
As menores células conhecidas pertencem às bactérias do gênero Mycoplasma (PPLO), que podem ser menores que alguns vírus e são medidas em nanômetros.

Estruturas Celulares dos Eucariontes

Existem algumas diferenças notáveis entre células animais e vegetais, mas, a arquitetura e o padrão geral de funcionamento são os mesmos para todas.
As células vegetais costumam ter contornos prismáticos, com grandes vacúolos centrais, deixando o citoplasma comprimido na periferia. A sua membrana plasmática é protegida por uma parede celular formada de celulose.
A célula animal costuma ser arredondada ou achatada, sem ângulos acentuados, revelando ausência de grandes vacúolos, bem como de parede celular.
A maior parte dos orgânulos intracelulares é delimitada por membranas lipoprotéicas. São os orgânulos membranosos como o retículo endoplasmático, complexo golgiense, mitocôndrias, cloroplastos, lisossomos e núcleo que, juntamente com a membrana plasmática, formam o sistema de membranas da célula.
Alguns poucos orgânulos não são delimitados por membranas como os ribossomos, centríolos e cromossomos que formam o sistema não-membranoso.


MEMBRANAS CELULARES: OS PORTÕES DAS CÉLULAS

A membrana plasmática é o envoltório celular, regula a entrada e saída de substâncias e impede que o conteúdo celular se derrame para o exterior.
Ela se apresenta ao ME com duas camadas escuras, mais densas, separadas por uma camada mais clara, menos densa.
Atualmente se admite que a membrana plasmática é formada por uma dupla camada lipídica (fosfolipídios) e mergulhadas nessa matriz lipídica encontram-se as moléculas de proteínas com ampla capacidade de movimentação e deslocamento, cabendo-lhes papel de relevante importância na retenção e no transporte de outras moléculas através da membrana, entre os meios intra e extracelulares.

As substâncias lipossolúveis atravessam a membrana, passando diretamente através da dupla camada lipídica.
As demais são transportadas pelas moléculas protéicas que se movimentam, recolhendo-as de um lado e largando-as do outro. Íons e pequenas moléculas hidrossolúveis, inclusive a própria água, atravessam a membrana por minúsculos canais formados pelas moléculas protéicas.

Especializações da Membrana Plasmática

A membrana plasmática revela adaptações especiais como: microvilosidades, desmossomos, interdigitações, plasmodesmos, cílios e flagelos.

 Microvilosidades são minúsculas expansões em forma de dedos na superfície da célula que se projetam para o meio extracelular quando se torna necessário ampliar a área de absorção da célula. São numerosíssimas nas células epiteliais de revestimento da mucosa intestinal.
 Desmossomos são destinados à maior fixação de uma célula às suas vizinhas. Cada desmossomo compreende duas metades, cada um pertencente a uma célula. O espaço entre eles contém uma substância cimentante formada por moléculas de glicoproteínas.
 Interdigitações representam um recurso para proporcionar a melhor ligação das células entre si num tecido. A superfície celular descreve saliências e reentrâncias que se encaixam perfeitamente nas das células vizinhas.
 Plasmodesmos compreendem pontes de continuidade do citoplasma entre células vizinhas, graças a diminutas interrupções nas membranas de separação entre tais células. São exclusivos das células vegetais.
 Cílios e flagelos são expansões celulares finas e muito móveis que contribuem para a movimentação celular com deslocamento ou para proporcionar o aparecimento de correntes líquidas ao redor das células. Em bactérias, protozoários, euglenófitas, pirrófitas e em células reprodutoras (gametas masculinos) de plantas e animais (anterozóides e espermatozóides) esses orgânulos atuam na motricidade celular. Em tecidos animais, como no epitélio ciliado das trompas de Falópio e no epitélio ciliado da traquéia, eles formam um fluxo de líquido. Em células bacterianas essas estruturas são apenas expansões citoplasmáticas. Já nos protozoários e organismos multicelulares, flagelos e cílios são mais complexos e ligados ao centríolo (microtúbulos).Os cílios são curtos e numerosíssimos, enquanto os flagelos são longos e pouco numerosos.

DNA

Btu9xi48Q_g&hl=pt_BR&fs=1&">

Mendel e a ervilha






16 de fev. de 2010

ÁCIDOS NUCLEICOS










Na natureza há dois tipos de ácidos nucleicos: DNA ou ácidodesoxiribonucleico e RNA ou ácido ribonucleico. Analogamente a um sistema de comunicação, essas informações são mantidas dentro da célula em forma de código, que no caso denomina-se código genético.
Em sua estrutura primária, os ácidos nucleicos (DNA e RNA) podem ser vistos como uma cadeia linear composta de unidades químicas simples chamadas nucleotídeos. Um nucleotídeo é um composto químico e possui três partes: um grupo fosfato, uma pentose (molécula de açúcar com cinco carbonos) e uma base orgânica (Figura 3). Nas moléculas de DNA a pentose é uma desoxiribose enquanto que nas moléculas de RNA a pentose é uma ribose. A base orgânica, também conhecida como base nitrogenada, é quem caracteriza cada um dos nucleotídeos, sendo comum o uso tanto do termo seqüência de nucleotídeos quanto o termo seqüência de bases. As bases são adenina (A), guanina (G), citosina (C), timina (T) e uracila (U), sendo as duas primeiras chamadas de purinas e as três últimas chamadas de pirimidinas. No DNA são encontradas as bases A, G, C e T. No RNA encontra-se a base U ao invés da base T.


Moléculas de DNA compõem-se de duas fitas, que ligam-se entre si formando uma estrutura helicoidal, conhecida como hélice dupla. As duas fitas unem-se pela ligação regular das bases de seus nucleotídeos. A base A sempre liga-se a base T (por 2 pontes de hidrogênio) e a base G sempre liga-se a base C (por 3 pontes de hidrogênio)(Figura 5). As duas fitas são anti-paralelas, ou seja, as fitas possuem orientação 5' 3' opostas uma em relação a outra.

O RNA é uma molécula intermediária na síntese de proteínas, ela faz a intermediação entre o DNA e as proteínas.
Ele é formado por uma cadeia de ribonucleotídeos, que, por sua vez, são formados por um grupo fosfato, um açucar (ribose), e uma base nitrogenada


Esses ribonucleotídeos são ligados entre si através de uma ligação fosfodiéster entre o carbono 3' do nucleotídeo de "cima" e o carbono 5' do nucleotídeo de "baixo"


As principais diferenças entre o RNA e o DNA são sutis, mas fazem com que o último seja mais estável do que o primeiro. O RNA é formado por uma fita simples, o açúcar de seu esqueleto é a ribose e uma de suas bases pirimídicas (de anel simples) é diferente da do DNA. Ele possui Uracila ao invés de Timina.

O Código Genético

A primeira interpretação lógica do código genético só foi feita em 1960. Foi descoberto que um conjunto de 3 nucleotídeos consecutivos são o código para um aminoácido de uma proteína, e.g., uma enzima.
Através do controle da síntese de enzimas, os ácidos nucléicos controlam o funcionamento e crescimento da célula. Como só existem 4 bases diferentes, só existem (43) 64 combinações
possíveis. O significado de cada uma destas combinações já é conhecido - a maioria representa um determinado amino ácido; alguns representam sinais de pontuação, como onde começar ou terminar uma síntese.

Este tipo de relação entre ácidos nucléicos e proteínas é não somente o mesmo em todos os seres vivos, como o mesmo "dicionário" pode ser utilizado para decifrar o código de qualquer organismo vivo na face da terra. Um problema fundamental, portanto, para a origem da vida é a origem do código genético.O renomado cientista H.J. Muller estimou que no cromossomo humano existem cerca de 4 x 109 pares de bases. Como existem 4 bases diferentes, o número de combinações possíveis no cromossomo humano é algo como 4 elevado na 4 x 109, um número muitíssimo grande. Portanto, o ser humano é um ser extraordinariamente improvável: a grande maioria de todas estas possibilidades levaria para uma completa disfunção biológica! Pode-se dizer que, nestes 3 trilhões de anos de vida, houve, também, uma seleção natural nas sequências possíveis de nucleotídeos.

Este tipo de relação entre ácidos nucléicos e proteínas é não somente o mesmo em todos os seres vivos, como o mesmo "dicionário" pode ser utilizado para decifrar o código de qualquer organismo vivo na face da terra. Um problema fundamental, portanto, para a origem da vida é a origem do código genético.O renomado cientista H.J. Muller estimou que no cromossomo humano existem cerca de 4 x 109 pares de bases. Como existem 4 bases diferentes, o número de combinações possíveis no cromossomo humano é algo como 4 elevado na 4 x 109, um número muitíssimo grande. Portanto, o ser humano é um ser extraordinariamente improvável: a grande maioria de todas estas possibilidades levaria para uma completa disfunção biológica! Pode-se dizer que, nestes 3 trilhões de anos de vida, houve, também, uma seleção natural nas sequências possíveis de nucleotídeos.
Existem, ainda, outros fatos em comum para todos os organimos vivos na Terra. Por exemplo: só existe uma classe de moléculas que armazenam energia para processos biológicos nas células de todos os seres vivos, os fosfatos nucleotídicos. Um representante desta classe é a ATP (trifosfato de adenosina). Uma outra curiosidade: embora existam vários bilhões de compostos orgânicos possívies, menos do que 1500 são utilizados pela vida atual no planeta; e estes são construidos a partir de menos de 50 blocos moleculares simples.
Uma outra coincidência que intriga os cientistas: os espermatozóides possuem cílios e flagelos para sua locomoção em ambientes líquidos. Estas fibras sempre estão organizadas em grupos de 9 periféricas e 1 interna. Certas bactérias, como a paramecia, também tem cílios e a forma de organização, 9:1, é idêntica! A porfirina é a base molecular para a hemoglobina, nos animais, e para a clorofila, nas plantas. A relevância estereoquímica de determinados estereoisômeros é a mesma em todos os organismos vivos. Muitos biólogos dizem que todas estas coincidências são um forte apoio para a teoria de que todos os seres vivos são descendentes de uma única célula.


Os principais tipos de RNA são os RNAs mensageiros (mRNAs), os transportadores (tRNAs) e os ribossomais (rRNA). Os RNAs mensageiros são aqueles que codificam as proteínas e que devem ter seus códons lidos durante o processo de tradução. Os RNAs ribossomais fazem parte da estrutura do ribossomo, junto com diversas outras proteínas e são eles que catalisam a ligação entre dois aminoácidos na síntese de proteínas. Os RNAs transportadores são aqueles que fazem a conexão códon-aminoácido pois carregam um aminoácido específico de acordo com seu anticódon (complementar ao códon do mRNA).
É interessante notar que, por ser uma fita simples, o RNA pode formar pontes intracadeia, o que faz com que ele possa ter uma infinidade de arranjos tridimensionais, importantes em sua função.


Total de visualizações de página

 
Desenvolvido por Othon Fagundes