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24 de set. de 2012

Mulher perde sete filhos pela mesma doença genética


Mulher perde sete filhos pela mesma doença genética

Atualizado em  20 de setembro, 2012 - 11:37 (Brasília) 14:37 GMT
Sharon Bernardi | Foto: BBC
Sharon Bernardi decidiu apoiar pesquisas sobre doença de Leigh após perder sete filhos
A britânica Sharon Bernardi descobriu, da pior forma possível, uma rara doença genética em sua família: perdeu sete filhos até que os médicos identificassem que um problema no DNA de suas células aumenta as chances da ocorrência da doença de Leigh, que atinge o sistema nervoso de forma letal.
Seu drama a levou a apoiar pesquisas cujo objetivo é desenvolver uma técnica para substituir o material genético presente em suas mitocôndrias (partículas celulares) pelo de uma mulher saudável.
Esta espécie de "transplante genético" poderia dar fim ao seu sofrimento e finalmente dar a Sharon a possibilidade de ter uma família.
Seu drama começou com o primeiro filho, e mesmo após sete tentativas, ela ainda tem esperanças.
A cada gestação ela achava que seria diferente. Durante a gravidez costumava sentir-se bem, e os partos em geral corriam dentro da normalidade, mas logo algo começava a dar errado.
Seus três primeiros filhos morreram horas após o nascimento e ninguém sabia a razão.
"Levamos bastante tempo para superar o primeiro e aí aconteceu novamente. Fiquei perplexa. Fiquei em choque", reconta a britânica.

Diagnóstico genético

Após a terceira criança morrer, os médicos começaram a suspeitar que as mortes não eram mera coincidência, mas as pesquisas genéticas iniciais não chegaram a respostas conclusivas.
Ao mesmo tempo, a mãe de Sharon revelou que tinha dado à luz três natimortos (quando o feto já nasce sem vida) antes do seu nascimento.
Mais tarde, a análise dos médicos revelou que oito recém-nascidos já haviam morrido em outros núcleos da família.
"Eu não sabia sobre a história de minha mãe. Não tinha por que eu saber. Eu sou filha única, e acho que naquela época as pessoas não falavam muito sobre as coisas como agora", diz Sharon.
doença de Leigh

Edward

Algum tempo depois, em uma nova tentativa, ela deu à luz Edward, seu quarto filho.
Dessa vez os médicos estavam mais preparados, e, 48 horas após o parto, o bebê recebeu transfusões de sangue para prevenir a acidose lática, um tipo de intoxicação causada pelo sangue que acabou matando seus três irmãos.
Cinco semanas depois, o casal recebeu autorização para levar o bebê para casa, em Sunderland, no norte da Inglaterra, para passar o primeiro Natal em família.
Aos quatro anos ele começou a sofrer espasmos, e foi aí que a equipe médica finalmente diagnosticou com exatidão a origem do problema.
A doença de Leigh é causada por problemas nas mitocôndrias - pequenas estruturas que funcionam como uma espécie de usina de força de cada célula. A doença afeta o cérebro, em particular, o sistema nervoso. Ela se manifesta geralmente no início da infância. Entre os primeiros sintomas estão deficiências na habilidade de sucção, perda de controle do movimento da cabeça e de habilidades motoras.
"Pode parecer estranho, mas fiquei aliviada de, finalmente, ter uma resposta", diz Sharon.
No caso de Edward, sempre havia o risco de que ele morresse durante um desses ataques de espasmos, que chegavam a durar dias, e embora os médicos tivessem alertado os pais de que o garoto só viveria até os cinco anos, Edward conseguiu lidar com os intensos sintomas da doença de Leigh até sua morte, os 21 anos, no ano passado.
"É difícil quando tudo que você quer é ter uma família, e finalmente você tem um bebê como o Edward, e você acha que finalmente está chegando a algum lugar com todas as suas esperanças e sonhos, e aí alguém lhe diz que em algum momento seu filho vai morrer", diz a britânica.

Egoísmo e esperança

O casal continuou tentando ter um bebê saudável, sem sucesso. Sharon deu à luz outra três crianças, mas nenhuma viveu mais do que dois anos. Cada vez que mais um bebê morria, eles diziam a si mesmos que seria a última tentativa, e após a última morte, em 2000, eles desistiram.
"As pessoas me perguntam, o que Edward tinha de diferente? Como ele sobreviveu ainda bebê, se já tinha todos os problemas que mais tarde só aumentariam? Eu não, mas Edward tinha uma força dentro dele. Ele lutou durante toda a sua vida. Eu acho que estava na personalidade dele".
Ter perdido todos os filhos é algo que afeta o casamento de Sharon. "Também afeta a família, os avós e suas esperanças e sonhos de terem netos", conta.
A britânica diz que muitos já acusaram o casal de serem egoístas por quererem algo que não podem ter – sua própria família, com crianças saudáveis. "Não me acho egoísta, só quero que meu filho tenha saúde".
O sofrimento dos filhos de Sharon a convenceu da necessidade de apoiar a criação de técnicas que possam remediar os problemas em mitocôndrias com as mesmas falhas que as suas.
"Quando você vê alguém com dor, você não quer ver mais pessoas com dor. Você não quer ver uma criança nascer só para sofrer e morrer antes de completar dois anos, ou, caso sobrevivam, que tenham deficiências devastadoras".
"Não se trata de ser egoísta. Não tem nada a ver com querer bebês sob medida. Não estamos sendo injustos com pessoas com deficiências. É uma tentativa de criar um bebê saudável. É uma tentativa de dar um futuro a uma criança", diz Sharon.

'Robô-cobra' é nova aposta para tratar câncer


O robô cobra desenvolvido pela OC Robotics
Robô chega a pontos de difícil alance no corpo, de forma pouco invasiva
Uma "cobra" de 30cm se move pelo corpo de um homem deitado em uma maca, avançando pelo seu fígado. Ela para, "fareja" um ponto à sua esquerda e vira à direita.
Trata-se de um robô médico, guiado por um cirurgião experiente e criado para alcançar pontos do corpo que os médicos só conseguiriam ver durante um procedimento cirúrgico invasivo.
Por enquanto, o equipamento é apenas um protótipo e não foi usado em pacientes reais - apenas em laboratório. Mas seus criadores britânicos dizem que, quando o aparelho estiver pronto e aprovado, será uma arma da medicina para encontrar e remover tumores.
A "cobra mecânica" é uma entre várias tecnologias de combate ao câncer que estão sendo apresentadas nesta semana na Conferência de Engenharia Oncológica da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha.
A maioria dos equipamentos exibidos ainda está em fase inicial de desenvolvimento, mas Safia Danovi, representante da organização Cancer Research UK, lembra que pesquisas em inovações são extremamente importantes no combate ao câncer.
"Novas tecnologias que façam as cirurgias mais precisas e eficientes são fundamentais", diz ela. "Graças a pesquisas, inovações como cirurgias por pequenas incisões e a robótica estão mudando as perspectivas para os pacientes de câncer, e essa tendência precisa continuar."

Orifícios ou incisões

O câncer causa 13% das mortes anuais registradas no mundo, aponta a Organização Mundial da Saúde. Ainda que alguns tratamentos usem técnicas não invasivas, os médicos muitas vezes necessitam adotar procedimentos cirúrgicos de risco.
Os "robôs-cobra", por sua vez, são tão minimamente invasivos quanto possível dentro da tecnologia atual. Eles usam orifícios do corpo ou incisões locais como pontos de entrada, explica Rob Buckingham, diretor-gerente da OC Robotics, empresa de Bristol (Inglaterra) responsável pelos equipamentos.
O aparelho permite que o cirurgião observe e "sinta" o corpo do paciente, usando câmeras e dispositivos ultrassensíveis. Com isso, pode complementar um sistema de cirurgia robótica em uso há uma década: o sistema Da Vinci, desenvolvido nos EUA, que é um robô com quatro braços equipados com pinças.
Ainda que o equipamento não realize a cirurgia de forma autônoma, ele permite que os médicos realizem cirurgias complexas de forma menos invasiva e mais precisa.
O Da Vinci é controlado por um cirurgião, através de pedais e alavancas.
Apesar do alto custo (US$ 2,2 milhões, ou R$ 4,4 milhões) do sistema Da Vinci, ele já é adotado por diversos hospitais no mundo.
Mirosurge, da alemã DLR
Centro alemão DLR desenvolveu novos braços robóticos para cirurgias
Outra opção é um longo e fino braço mecânico chamado Mirosurge, desenvolvido pelo centro espacial alemão DLR. Também é um protótipo, mas engenheiros da DLR defendem que ele é mais versátil que o sistema Da Vinci.
"Ele tem sensores que impedem que diferentes braços mecânicos se choquem (durante um procedimento)", diz Sophie Lantermann, da DLR, agregando que os custos do Mirosurge também são menores.

Remoção do tumor

Um dos desafios no combate ao câncer é garantir que, na cirurgia, todo o tumor seja removido. Para tal, os cirurgiões precisam saber exatamente onde o tumor acaba, tarefa nem sempre fácil.
Na Universidade de Berna, na Suíça, cientistas têm injetado um medicamento no corpo do paciente que, uma vez que alcança o tumor, torna-se incandescente perante a luz.
Essa tecnologia de imagem também é aplicada a instrumentos usados para "navegar" pelo corpo, da mesma forma que um GPS ajuda a encontrar um caminho.
"A ideia é controlar os instrumentos cirúrgicos para que um cirurgião possa ver, pela tela do computador, como esses instrumentos se movem pelo corpo", explica Stefan Weber, do centro ARTORG de Pesquisas de Engenharia Biomédica na Universidade de Berna.
"Se você observa o fígado, por exemplo, verá que é um órgão homogêneo de cor vermelha e marrom. Mas para ver onde estão os tumores, fazemos uma tomografia do paciente, um modelo 3D do órgão e dos vasos sanguíneos e nesse modelo conseguimos enxergar o tumor, para dizer ao cirurgião onde ele deve operar."
Weber conta que essa detecção dos vasos sanguíneos, que alinha o modelo com a anatomia do paciente, e a precisão do procedimento "é algo que os computadores não eram capazes de fazer há cinco anos".
Uma técnica semelhante está sendo desenvolvida na Holanda. Mas Rob Buckingham, da OC Robotics, explica que um dos principais objetivos da conferência oncológica de Leeds é fazer com que todas essas tecnologias trabalhem em conjunto.
"Se começamos a combinar, por exemplo, nosso 'robô-cobra' - para alcançar partes traseiras dos órgãos do corpo - com sensores que podem identificar um alvo, pode haver benefícios clínicos", diz ele.
BBC

ROTAVÍRUS


Existem sete sorotipos diferentes de Rotavirus, mas somente três deles infectam o homem e causam gastrenterite aguda. Essa variedade de sorotipos explica por que a pessoa pode ser infectada mais de uma vez, embora seja possível desenvolver certo grau de proteção cruzada que torna mais leve a infecção por um tipo diferente de Rotavírus.
A infecção pode ocorrer em qualquer idade. A estimativa é que até os cinco anos todas as crianças terão pelo menos um episódio de infecção e que uma em cada 300 infectadas pode morrer em consequência das complicações.
Nos adultos, a infecção costuma ser mais benigna.
O Rotavirus é transmitido por via fecal-oral, pelo contato direto entre as pessoas, por utensílios, brinquedos, água e alimentos contaminados. Medidas de saneamento básico são fundamentais para prevenir a transmissão do vírus.
Sintomas
Em alguns casos, a infecção pode ser assintomática. Quando os sintomas aparecem, os mais importantes são: 1) diarreia aguda, geralmente aquosa, sem sinais de muco e sangue; 2) vômitos; 3) febre e mal-estar; 4) coriza e tosse, às vezes; 5) desidratação, nos quadros graves.
Os quadros leves são autolimitados: a infecção dura alguns dias e regride. Os mais graves estão associados à desidratação e podem ter complicações fatais.
Diagnóstico
O diagnóstico clínico pode ser confirmado por um exame laboratorial específico para pesquisar a existência do vírus nas fezes do doente. A amostra deve ser coletada nos primeiros dias da infecção.
Tratamento
Não existem medicamentos específicos para combater a infecção por Rotavírus. O fundamental é manter a criança hidratada, repondo constantemente o líquido perdido nos vômitos e nas evacuações. São sinais de desidratação: letargia, irritabilidade, muita sede, diminuição do volume da urina, boca seca, olhos encovados, ausência de lágrimas, perda do turgor da pele.
Os quadros leves podem ser tratados em casa, com soro caseiro, muito líquido e alimentação normal, especialmente se for leite materno, mas sempre respeitando a orientação médica. Os quadros graves exigem internação hospitalar.
Vacina
A vacina contra o Rotavírus é produzida com vírus humano atenuado e não faz parte do calendário do Programa Nacional de Imunizações. Segundo estudos realizados, o grau de proteção não é total e depende de que as duas doses sejam ministradas precocemente. Não há consenso entre os pediatras sobre sua indicação.
Recomendações
* Lave as mãos cuidadosamente e com freqüência, especialmente depois de usar o banheiro e de trocar as fraldas das crianças, antes das refeições e quando for preparar os alimentos;
* Lave bem e deixe mergulhados em solução desinfetante frutas e legumes que vão ser ingeridos crus;
* Use água tratada para beber e no preparo dos alimentos;
* Mantenha sempre bem limpos os utensílios de mesa e os que são usados na cozinha;
* Lembre-se de que o soro caseiro e os produtos equivalentes contêm sais minerais importantes para reidratar o paciente não encontrados na água pura;
* Procure o médico tão logo a criança apresente episódios de diarréia aguda.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS


Organização Celular
Com exceção dos vírus, todos os seres vivos são formados por células. Célula é a menor parte com forma definida que constitui um ser vivo dotada de capacidade de auto-duplicação (pode se dividir sozinha). São as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. Podem ser comparadas aos tijolos de uma casa. As células, em geral, possuem tamanho tão pequeno que só podem ser vistas por meio de microscópio. Dentro delas ocorrem inúmeros processo que são fundamentais para manter a vida.
Os seres humanos possuem aproximadamente 100 trilhões de células; um tamanho de célula típico é o de 10 µm (1 µm = 0,000001m); uma massa típica da célula é 1 nanograma (1ng = 0,000000001g). A maior célula conhecida é a gema do ovo de avestruz.
Um ovo de avestruz, de tamanho médio, tem 15 cm de comprimento, 12 cm de largura, e peso de 1.4 kg. São os maiores ovos de uma espécie viva (e as maiores células únicas), embora eles sejam na verdade os menores em relação ao tamanho da ave.
 


Composição química
Está representada por: 
  • Substâncias inorgânicas: água e sais minerais. 
  • Substâncias orgânicas (possuem o carbono como elemento principal): carboidratos, lipídios, proteínas, ácidos nucléicos e vitaminas. 
A composição química aproximada da matéria viva é de 75 a 85% de água; 1% de sais minerais; 1% de carboidratos; 2 a 3% de lipídios; 10 a 15% de proteínas e 1% de ácidos nucléicos.

Número de células

Todos os seres vivos são constituídos de células, mas o número de células varia de um ser para outro.
Existem os seres unicelulares, a palavra unicelular tem origem no latim uni, que significa "um, único". Esse são as bactérias, as cianobactérias, protozoários, as algas unicelulares e as leveduras.

 
Bactéria Escherichia coli, vista em microscópio eletrônico, ser unicelular.

Formas das células dos protozoários, seres unicelulares.

Os seres pluricelulares são formados por várias células, a palavra pluricelular tem origem no latim pluri, que significa "mais, maior"

A cebola é um vegetal, portanto um ser pluricelular.p
 
Corte do tecido da cebola, mostrando as várias células colocadas uma ao lado da outra.

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Tipos de células
Os diferentes tipos de células podem ser classificadas em duas categorias quanto a sua organização do núcleo.
  • Células procariotas - não apresenta uma membrana envolvendo o núcleo, portanto o conteúdo nuclear permanece mistura com os outros componentes celulares. Os únicos pertencentes a esse grupo são as bactérias, as cianofitas e as micobacterias.
  • Células Eucariotas - no núcleo da célula eucariota fica "guardado" o material genético e, em volta do núcleo existe uma membrana que o separa do citoplasma.
No citoplasma dessa células podem ser encontradas diversas estruturas membranosas.
 

Desenhos ilustrando a diferença de uma célula procariota (acima) e eucariota (a baixo).



Á esquerda, temos representado uma célula eucariótica vegetal
e á direita uma célula eucariótica animal



8 de ago. de 2012

Cientista quer converter ondas cerebrais de Hawking em palavras

Stephen Hawking | Crédito da foto: APUm cientista americano diz ter encontrado uma maneira de proteger a capacidade física de comunicação do ser humano com base em um estudo que conduziu sobre os padrões cerebrais do renomado físico britânico Stephen Hawking.
Philip Low espera que, com o tempo, Hawking possa "escrever" as palavras com o seu cérebro, substituindo, assim, o atual sistema de reconhecimento de voz do físico britânico, que interpreta os movimentos musculares de seu rosto.
O cientista defende que a inovação poderia evitar o risco da síndrome do "encarceramento", quando os movimentos do corpo são paralisados (com exceção dos olhos), mas as faculdades mentais se mantêm ativas.
Paralelamente à descoberta, a empresa de tecnologia Intel também está trabalhando em uma alternativa semelhante.

iBrain

Hawking foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença degenerativa que paralisa os músculos do corpo, em 1963. Na década de 1980, foi capaz de usar pequenos movimentos do polegar para mover um cursor de computador de modo a escrever frases.
Sua condição piorou mais tarde e ele teve de mudar para um sistema que detecta o movimento em sua bochecha direita através de um sensor infravermelho instalado em seus óculos, que mede, por sua vez, mudanças na luz.
Como os nervos em seu rosto estão se deteriorando rapidamente, Hawking pronuncia apenas uma palavra por minuto, o que o levou a buscar ajuda.
O temor é de que Hawking possa, em algum momento, perder a capacidade de se comunicar através dos movimentos do seu corpo. Caso isso aconteça, ele ficaria "preso" em seu corpo, uma vez que seu cérebro não deixaria de funcionar.
Em 2011, Hawking permitiu que Low analisasse seu cérebro usando um dispositivo chamado iBrain, desenvolvido pela Neurovigil, com sede no Vale do Silício.
Um porta-voz do físico britânico disse à BBC que "o professor Hawking está sempre interessado em apoiar a investigação em novas tecnologias que o ajudem a se comunicar."

Decodificação

O iBrain é um sistema que se assemelha a um fone de ouvido e registra as ondas cerebrais por meio de leituras de eletroencefalograma (EEG) a partir da atividade elétrica do couro cabeludo do usuário.
Low diz que criou um software que pode analisar os dados e detectar sinais de alta freqüência que se acreditava terem se perdido por causa do crânio.
"Uma boa analogia para entender o processo é quando você se afasta de uma sala de concerto onde há música tocada por uma série de instrumentos", disse o pesquisador à BBC.
"À medida em que vai mais longe, você deixa de ouvir elementos de alta freqüência, como o violino e viola, mas continuar a ouvir o trombone e violoncelo. Bem, quanto mais longe você estiver do cérebro, mais se perdem os padrões de alta frequência", acrescenta.
"O que temos feito é encontrá-los e trazê-los de volta usando um algoritmo", completa o cientista.
Segundo Low, quando pensa em mover seus membros, Hawking emite um sinal que poderá ser detectado quando o algoritmo for aplicado a dados de EEG.
Esse processo, diz o pesquisador, poderia atuar como um botão de liga e desliga e produzir a fala, "se você construir uma ponte para um sistema semelhante ao já utilizado para detectar movimentos no rosto".
Low, no entanto, afirmou que mais pesquisas são necessárias para verificar se seu computador pode distinguir diferentes tipos de pensamentos, como, por exemplo, imaginar mover a mão esquerda ou a perna direita.
Caso alcance seu objetivo, o cientista diz que Hawking poderia usar combinações variadas para criar diferentes tipos de gestos virtuais, acelerando o tempo para selecionar palavras. Para isso, Low pretende testar o sistema com outros pacientes os Estados Unidos.

Os esforços da Intel

Em janeiro passado, a Intel anunciou que também havia começado a trabalhar na criação de um novo sistema de comunicação para Hawking, depois de um pedido do físico ao cofundador da empresa Gordon Moore.
A fabricante de chips tenta, agora, desenvolver um novo software de reconhecimento facial 3D para acelerar a velocidade com que Hawking pode escrever.
"Com esse sistema, será possível controlar uma nova interface de usuário que usa o vocabulário de gestos e avanços em várias tecnologias de previsão de palavras", afirmou um porta-voz da Intel à BBC.
"Estamos trabalhando estreitamente com Hawking para entender suas necessidades e projetar um sistema adaptado a ele."

O que comeremos em 20 anos?


Projeções de especialistas indicam que o aumento populacional, dos preços dos alimentos e a limitação na disponibilidade de recursos vão mudar os hábitos alimentares humanos nas próximas décadas.
Alguns analistas calculam que o preço dos alimentos pode dobrar nos próximos cinco a sete anos, tornando itens hoje comuns, como carne, em artigo de luxo.
Veja abaixo algumas alternativas que, embora estranhas à primeira vista, são apontadas como caminhos prováveis para resolver lacunas na demanda por alimentos.

Insetos

O governo holandês já investiu um milhão de euros em pesquisa sobre como inserir carne de insetos nas dietas de seus cidadãos e preparar leis para regulamentar sua criação.
Insetos fornecem tanto valor nutricional quanto carne de mamíferos, mas custam e poluem muito menos. Cerca de 1, 4 mil espécies poderiam ser consumidas pelo homem, compondo salsichas ou hambúrgueres.
Boa parte da humanidade já come insetos, especialmente na Ásia e África. Mas os mercados ocidentais devem resistir à ideia e vão ser necessárias grandes campanha de marketing para tornar aceitável ideia de incluir insetos como gafanhotos, formigas e lagartas no cardápio.

Uso de som

Já é bem conhecida a influência que aparência e cheiro podem ter sobre o que comemos, mas uma área em expansão que pode render descobertas interessantes é a dos estudos sobre o efeito do som sobre o paladar.
Um estudo da Universidade de Oxford descobriu que é possível ajustar o gosto der determinados alimentos através da música que se ouve ao fundo.
A música pode, por exemplo, fazer uma comida parecer mais doce do que ela é. Esse recurso pode ajudar a reduzir o consumo de açúcar.
Outro exemplo: Sons graves de instrumentos de sopro de metal (como saxofones ou tubas) acentuariam o gosto amargo de alimentos.
Empresas podem passar a recomendar listas de músicas para melhorar a "experiência" do consumo de seus produtos.

Carne de laboratório

Cientistas holandeses criaram carne em laboratório usando células-tronco de vaca e esperam desenvolver o primeiro "hambúrguer de proveta" até o fim de 2012.
A produção de carne artificial poderia trazer grandes benefícios ao meio ambiente, pela redução no número de cabeças de gado - grandes emissores de CO2 - e nas áreas de floresta desmatada para a criação de pastos. A carne de laboratório poderia ser manipulada para ter níveis bem mais saudáveis de gordura e nutrientes.
Os pesquisadores holandeses dizem que a meta é fazer a carne in vitro ter o mesmo gosto que a tradicional - coisa que ainda está longe de ter.

Algas

Elas podem alimentar homens e animais, oferecer uma alternativa em graves crises alimentícias e ainda abrem mão do gasto de terra ou água potável para seu cultivo.
Cientistas ainda apontam para o potencial de algas como fontes de biocombustíveis - o que reduziria a dependência dos combustíveis fósseis.
Alguns especialistas preveem que fazendas de algas poderiam se tornar a mais promissora forma de agricultura intensiva.
Elas já existem em países asiáticos como o Japão.
Como os insetos, elas poderiam ser introduzidas em nossas dietas sem que soubéssemos. Cientistas na Grã-Bretanha estudam a substituição de sal marinho por algas em pães e outros alimentos industrializados.
Grãos têm um forte sabor, mas com baixo índice de sal, sendo portanto, mais saudáveis.
Com informações de Denise Winterman da BBC News

Surto de Ebola atinge a capital de Uganda


Um surto do vírus Ebola em Uganda atingiu a capital Kampala. Ao menos 14 pessoas já morreream desde que o primeiro caso foi registrado há três semanas no oeste do país.
O presidente Yoweri Museveni disse em rede nacional de TV que ao menos dois casos foram relatados na capital, sendo que uma das vítimas morreu no hospital.

Museveni afirmou que o governo se esforça para rastrear todos os que tiveram contato com os pacientes.Segundo o presidente, médicos e enfermeiros que trabalharam nos casos foram colocados em quarentena.
Não existe tratamento ou vacina para o vírus Ebola, cujos sintomas incluem febre, vômitos e diarréia.
Um surto anterior em Uganda há doze anos matou mais de 200 pessoas.

Estudo desvenda mecanismo que gera resistência à quimioterapia


Uma pesquisa de cientistas americanos afirma que uma proteína está ligada ao mecanismo que gera a resistência à quimioterapia em pacientes que sofrem de câncer.
Em um artigo publicado na revista científicaNature Medicine, os pesquisadores afirmaram que a quimioterapia leva células especializadas em curar feridas em volta dos tumores a produzirem uma proteína que ajuda o câncer a resistir ao tratamento.
Cerca de 90% dos pacientes com casos de câncer na próstata, mama, pulmão e intestinal que sofrem metástase, quando o câncer se espalha, desenvolvem resistência à quimioterapia.
O tratamento para estes casos é feito com intervalos, para que o corpo do paciente possa se recuperar da toxicidade da quimioterapia. Mas estes intervalos permitem que as células do tumor se recuperem e desenvolvam a resistência.
No estudo dos pesquisadores do Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, analisaram células fibroblásticas, que normalmente têm um papel muito importante na recuperação em casos de feridas e na produção de colágeno, o principal componente de tecidos de ligação, como os tendões, por exemplo.
A quimioterapia gera danos no DNA, o que faz com que estas células produzam uma quantidade de uma proteína chamada WNT16B trinta vezes maior do que deveriam.
Esta proteína é o "combustível" que faz com que as células cancerosas cresçam e invadam tecidos que cercam o tumor além de causar a resistência à quimioterapia.
Já se sabia que esta proteína estava envolvida no desenvolvimento do câncer, mas não na resistência ao tratamento.

Eficácia do tratamento

Os cientistas esperam encontrar uma forma de cortar esta resposta destas células e melhorar a eficácia do tratamento do câncer.
"As terapias para o câncer estão evoluindo cada vez mais para serem muito específicas", disse Peter Nelson, o pesquisador que liderou o estudo.
"Nossas descobertas indicam que o microambiente do tumor também pode influenciar o sucesso ou fracasso de terapias mais precisas", acrescentou.
Fran Balkwill, especialista em microambiente de tumores na organização de caridade britânica Cancer Research UK afirmou que esta e "outras pesquisas mostram que tratamentos de câncer não afetam apenas células cancerosas, mas também podem atingir células dentro e em volta dos tumores".
"Às vezes isto pode ser bom, por exemplo, a quimioterapia pode estimular as células do sistema imunológico a atacarem os tumores."
"Mas, este trabalho confirma que células saudáveis que cercam o tumor também podem ajudar o tumor a desenvolver resistência ao tratamento", disse.
"O próximo passo é encontrar formas de atingir estes mecanismos de resistência e ajudar tornar a quimioterapia mais eficaz", acrescentou.

23 de jun. de 2012

Pesquisa revela segredo da longevidade no Japão


O Japão tem a maior média de expectativa de vida do mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das Nações Unidas (ONU), e o segredo não é somente a alimentação, como se pensava.
Segundo Kenji Shibuya, professor do departamento de política global de saúde da Universidade de Tóquio, as razões da longevidade japonesa têm tanto a ver com o acesso a medidas de saúde pública quanto a uma dieta equilibrada, educação, cultura e também atitudes de higiene no dia-a-dia.
O especialista e uma equipe de pesquisadores estudaram vários aspectos da cultura, da política e da economia japonesa que influenciam na forma de viver da população e publicaram o estudo no jornal médico The Lancet.
''A expectativa de vida do japonês aumentou rapidamente entre os anos 50 e 60, primeiramente, por causa da queda da taxa de mortalidade infantil'', explicou à BBC Brasil o professor Shibuya.
Depois, as autoridades concentraram esforços para combater a mortalidade adulta. O resultado positivo foi, em grande parte, consequência dessa política de saúde adotada pelo país.

Histórico de sucesso

Hoje, um bebê quando nasce no Japão pode esperar viver até 86 anos se for uma menina, e quase 80 se for menino.
Mas segundo o estudo conduzido pelo professor Shibuya, os japoneses nem sempre tiveram a perspectiva de viver por tanto tempo.
Em comparação com dados de 1947, houve um salto de mais de 30 anos na expectativa de vida de uma pessoa.
Esse crescimento começou no final da década de 50, quando o país passou a experimentar um desenvolvimento econômico acelerado.
Cantor de rua japonês Yu Rikiya (Arquivo pessoal, Yu Rikiya)
Yu Rikiya diz que acesso a muitas atividades prolonga a vida
No pós-guerra, o governo começou a investir em ações de saúde pública, introduzindo o seguro nacional de saúde em 1961, tratamento grátis para tuberculose e infecções intestinais e respiratórias, além de campanhas de vacinação.
Uma das principais ações foi a redução das mortes por acidente vascular cerebral (AVC). ''Isso foi um dos principais impulsionadores do aumento sustentado da longevidade japonesa depois de meados dos anos 1960'', contou o estudioso.
''O controle da pressão arterial melhorou através de campanhas, como a de redução do consumo de sal, e uma maior utilização de tecnologias de custo-benefício para a saúde, como medicamentos anti-hipertensivos com cobertura universal do seguro de saúde.''

Educação e cultura

Porém Shibuya lembra que o crédito dessa conquista não é só do governo. ''Em 1975, muitas doenças não transmissíveis já estavam em níveis extremamente baixos em comparação com outras nações de alta renda, devido em grande parte a uma herança cultural de cuidados com a alimentação e prática de atividades físicas'', sugere.
Além disto, segundo o estudo, os japoneses dão uma atenção à higiene em vários aspectos da vida diária. “Essa atitude pode, em parte, ser atribuída a uma complexa interação de cultura, educação, clima (por exemplo, temperatura e umidade), ambiente (por exemplo, ter água em abundância e ser um país consumidor de arroz) e a velha tradição xintoísta de purificar o corpo e a mente antes de se encontrar com outras pessoas”, diz o estudo.
''Eles também são conscientes em relação à saúde. No Japão, check-ups regulares são normais e oferecidos em larga escala em escolas e no trabalho, a todos, pelo governo'', afirma ainda o estudo. ''Em terceiro, a comida japonesa tem benefícios nutricionais balanceados e a dieta da população tem melhorado de acordo com o desenvolvimento econômico ao longo das décadas.''
Para o cantor de rua japonês Yu Rikiya, de 68 anos, o segredo é o fato de haver muitas atividades voltadas para pessoas de idade mais avançada. “Essas pessoas têm um motivo toda semana para continuar vivendo. Fazem o que gostam, se divertem e não se estressam”, sugere ele.
Além de produzir e vender os próprios CDs, Yu Rikiya canta na noite e diz que nunca se preocupou com o avanço da idade. ''Temos acesso a médicos, tratamentos e remédios. Ganho o suficiente para comer e sustentar a família. Saio com amigos para beber e curtir a vida. Então, para que se preocupar?'', questiona, sorrindo.
''Quero viver muito ainda, produzir mais música e, quem sabe, ainda ser famoso um dia'', planeja.

Envelhecimento

O lado negativo do sucesso do Japão em conseguir manter a população saudável é o desequilíbrio populacional. Até agora, cerca de 24% da população tem mais de 65 anos.
Mas cálculos do governo apontam que, em 2060, a porcentagem de idosos será de 40%, numa população que se reduzirá dos atuais 127 milhões para 87 milhões.
Segundo o estudo, a expectativa de vida deve aumentar ainda mais, chegando a 84 anos para homens e 90 para as mulheres.
''O rápido envelhecimento da população japonesa é um desafio para o sistema de saúde do Japão em termos de financiamento e qualidade dos cuidados'', aponta Shibuya.
''Simplesmente aumentar a expectativa de vida não faz mais sentido. Devemos focar mais em maximizar de forma saudável essa expectativa de vida'', sugere.
Outros desafios que o Japão enfrenta são altos índices de alcoolismo, tabagismo e suicídio, problemas gerados em parte por causa do aumento do desemprego e do prolongamento da crise econômica

Cirurgia inédita retira tumor de feto dentro de útero


Médicos do hospital americano Jackson Memorial, em Miami, conseguiram remover um tumor raro da boca de um feto dentro do útero da mãe, no que anunciaram como a primeira cirurgia do tipo realizada no mundo.
A cirurgia foi realizada em 2010, mas só foi divulgada nesta semana.

Sua mãe, Tammy Gonzalez, conta que em um exame realizado às 17 semanas de gravidez viu uma "bolha" saindo da boca do feto.A menina Leyna Gonzalez nasceu em outubro daquele ano, cinco meses depois da operação que salvou sua vida.

A mãe ouviu dos médicos que se tratava de um teratoma oral, um tumor raro, e que sua filha teria poucas chances de sobrevivência.
Segundo os médicos do Jackson Memorial, esse tipo de tumor é tão raro que foi diagnosticado no hospital somente uma vez nos últimos 20 anos.

Operação

A operação durou apenas pouco mais de uma hora, e o tumor foi retirado com laser.
A mãe recebeu anestesia local, enquanto uma agulha era introduzida no saco amniótico, que envolve o feto.
Tammy disse que os médicos foram "salvadores".
"Quando eles finalmente cortaram a coisa toda, e eu vi aquilo flutuando, foi como se esse enorme peso fosse tirado das minhas costas, e eu pude finalmente ver o seu rosto", lembra a mãe.
A única marca da cirurgia é uma pequena cicatriz no lábio da menina.

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