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25 de mai. de 2010

Bactérias são capazes de provocar chuva e neve


Ao caminhar pelo campus da Universidade Estadual de Montana, o patologista botânico David Sands diz que o manto de neve caído sobre as montanhas ao redor da cidade contém uma surpresa. A causa da maior parte daquela neve, segundo ele, é um organismo vivo, uma bactéria chamada Pseudomonas syringae.

Nos últimos anos, Sands e outros pesquisadores acumulam evidências de que o bem conhecido grupo de bactérias habitante de lavouras têm distribuição muito mais ampla e pode ser parte do pouco estudado ecossistema do clima da região. O princípio é bem aceito, mas a amplitude do fenômeno continua a ser questão de debate.

O modelo de precipitação aceito é que a fuligem, poeira e outras coisas inertes formam os núcleos de chuva e flocos de neve. Os cientistas descobriram essas bactérias em abundância nas folhas de uma vasta gama de plantas silvestres e domésticas, incluindo árvores e gramíneas, em lugares como Montana, Marrocos, França, Alaska e no gelo há muito enterrado da Antártida. As bactérias foram encontradas em nuvens, córregos e valas de irrigação. Em um estudo de várias montanhas daqui, 70% dos cristais de neve examinados tinham se formado ao redor do núcleo de bactérias.

Algumas das bactérias promovem o congelamento como forma de atacar as plantas. Elas fabricam proteínas que as mantêm a temperaturas mais elevadas que o habitual; a água congelada resultante danifica a planta e permite o acesso das bactérias aos nutrientes de que precisam. A capacidade de promover o congelamento, além de temperaturas mais elevadas que as normais, levou Sands e outros cientistas a acreditar que as bactérias são parte de um sistema não estudado. Depois que as bactérias infectam as plantas e se multiplicam, diz ele, podem ser espalhadas como aerosóis no céu, onde parece que elas induzem a formação de cristais de gelo (que derretem quando caem na Terra, causando chuva) em temperaturas mais elevadas do que a poeira ou partículas minerais que também funcionam como os núcleos de cristais de gelo.

"A chuva é um mecanismo que ajuda a movimentar essas coisas", disse Cindy Morris, patologista botânica do Instituto Nacional Francês para a Investigação Agrícola, que estuda as bactérias. A capacidade das proteínas contidas nas bactérias para fazer neve é bem conhecida. Áreas de esqui usam um canhão para dispará-las no ar com água para produzir neve, e ela é utilizada nos esforços de semeadura das nuvens para criar chuva. Uma única bactéria, muito pequena para ser vista a olho nu, poderia produzir moléculas de proteína suficientes para 1.000 cristais de neve. Os pesquisadores acreditam que existem outras bactérias e fungos que fazem a mesma coisa.

Roy Rasmussen, um físico que estuda nuvens no Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos, diz que as pesquisas, principalmente por fitopatologistas, renovaram o estudo dos físicos de atmosfera sobre bactérias como causadora de chuvas. No entanto, algumas grandes questões permanecem.

"É uma boa teoria", disse Rasmussen. "A questão é: será que esses organismos entram na atmosfera em concentrações grandes o suficiente para surtir efeito? Minha intuição diz que isso pode ser importante para locais específicos e horários específicos, mas não é global."

Russ Schnell, cientista atmosférico da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, foi o primeiro a propor, em um estudo publicado pela revista Nature em 1970, junto com seu colega Gabor Vali, a importância de bactérias na formação de cristais de gelo em nuvens. "Mas não tínhamos técnicas para fazer mais", Schnell afirmou. "As ferramentas agora são incrivelmente melhores do que quando estávamos fazendo esta pesquisa. É uma coisa boa de se ver." O interesse pelas bactérias tem crescido por causa de publicações recentes e de duas reuniões internacionais sobre o assunto. Morris estimou que cerca de 30 cientistas ao redor do mundo pesquisam o papel das bactérias no clima.

Se Sands estiver correto sobre a importância das bactérias, haveria implicações para a destruição da vegetação através de pastoreio ou de extração de madeira, que poderiam diminuir a presença de bactérias e de contribuir para secas. Por outro lado, porque as bactérias florescem em algumas plantas e são escassas em outras, plantar a vegetação correta pode aumentar as chuvas. "O trigo ou cevada, dependendo de sua variedade, podem alterar em mil vezes o número de bactérias”, disse Sands.

A investigação continua. Na Inglaterra, os cientistas coletam amostras de água das nuvens, e analisam o DNA de micróbios nela. Pesquisadores na Virginia Tech têm sequenciado o DNA de 126 cepas de bactérias para criar um banco de dados que possa permitir aos cientistas rastreá-las. "É um sistema complicado", disse Brent C. Christner, professor da Universidade Estadual da Louisiana, que estuda a ecologia microbiana em gelo glacial e encontrou a bactéria na Antártida. "Você não pode trazê-las para o laboratório para enumerá-las e estudá-las." A pesquisa pode ter implicações para a mudança climática. Sands disse que as bactérias não crescem em temperaturas acima de 28 graus. Se as temperaturas ficarem muito quentes por muito tempo, disse ele, elas poderiam morrer.

23 de mai. de 2010

Minicurso de Biologia


Queridos alunos, postei os slides do nosso minicurso de doenças genética.Foi maravilho compartilhar esse dia com vocês.
Forte abraço!


21 de mai. de 2010

Cientistas americanos anunciam criação da primeira célula sintética
da BBC Brasil
Cientistas americanos dizem ter desenvolvido a primeira célula controlada por um genoma sintético.
Os especialistas do J. Craig Venter Institute, com sede nos Estados de Maryland e Califórnia, dizem esperar que a técnica possa criar bactérias programadas para resolver problemas ambientais e energéticos, entre outros fins.
O estudo será publicado nesta quinta na edição online da revista científica "Science". Para alguns especialistas, ele representa o início de uma nova era na biologia sintética e, possivelmente, na biotecnologia.
Science
Bactérias controladas por genoma sintético transplantado.
A equipe de pesquisadores, liderada por Craig Venter, já havia conseguido sintetizar quimicamente o genoma de uma bactéria. Eles também haviam feito um transplante de genoma de uma bactéria para outra.
Agora, os especialistas juntaram as duas técnicas para criar o que chamaram de "célula sintética", embora apenas o genoma da célula seja sintético - ou seja, a célula que recebe o genoma é uma célula natural, não sintetizada pelo homem.
"Esta é a primeira célula sintética já criada. Nós dizemos que ela é sintética porque foi obtida a partir de um cromossomo sintético, feito com quatro substâncias químicas em um sintetizador químico, seguindo informações de um computador", disse Venter.
"Isto se torna um instrumento poderoso para que possamos tentar determinar o que queremos que a biologia faça. Temos uma ampla gama de aplicações (em mente)", disse.
Os pesquisadores planejam, por exemplo, criar algas que absorvam dióxido de carbono e criem novos hidrocarbonetos. Eles também estão procurando formas de acelerar a fabricação de vacinas.
Outros possíveis usos da técnica seriam a criação de novas substâncias químicas, ingredientes para alimentos e métodos para limpeza de água, segundo Venter.
Estudo
No experimento, os pesquisadores sintetizaram o genoma da bactéria M. mycoides, adicionando a ele sequências de DNA como "marcas d'água" para que a bactéria pudesse ser distinguida das naturais (não sintéticas).
Como as máquinas sintetizadoras atuais só são capazes de juntar sequências relativamente curtas de letras de DNA de cada vez, os pesquisadores inseriram as sequências mais curtas em células de leveduras. As enzimas de correção de DNA presentes na levedura juntaram as sequências.
Depois, as sequências de tamanho médio foram inseridas em bactérias E. coli, antes de serem transferidas de volta para o fermento.
Após três rodadas deste processo, os pesquisadores conseguiram produzir um genoma com mais de um milhão de pares de bases de comprimento.
Concluída essa fase, os cientistas implantaram o genoma sintético da bactéria M. mycoides em outro tipo de bactéria, a Myoplasma capricolum.
O novo genoma assumiu o controle das células receptoras.
Embora 14 genes tenham sido apagados ou alterados na bactéria transplantada, as células apresentaram a aparência de bactérias M. Mycoides normais e produziram apenas proteínas M. mycoides, segundo os autores do estudo.
Repercussão
Em entrevista à BBC, o especialista em biologia sintética Paul Freeman, codiretor do EPSRC Centre for Synthetic Biology do Imperial College, em Londres, disse que o estudo de Venter e sua equipe pode marcar o início de uma nova era na biotecnologia.
"Eles demonstraram que o DNA sintético pode assumir o controle e operar as funções da nova célula receptora em termos de replicação e crescimento", disse Freeman.
Freeman lembra que a célula receptora é uma célula natural, não sintética, mas "o que Venter e sua equipe mostraram é que, após o transplante e várias divisões celulares, a célula receptora assumiu algumas das características ou fenótipo do novo genoma nela inserido".
"É um avanço extraordinário, oferecendo uma prova de que, em teoria, é possível que genomas inteiros sejam sintetizados quimicamente, montados e implantados em células receptoras".
"Claro que precisamos ter cautela, já que não temos certeza de que essa abordagem funcionaria em genomas maiores e mais complexos".
"Ainda assim, este avanço representa um marco na nossa capacidade de criar células feitas pelo homem para fins estabelecidos pelo homem", concluiu Freeman.
O estudo de Venter e sua equipe foi financiado pela empresa Synthetic Genomics. Três dos autores e o J. Craig Venter Institute possuem ações da companhia.
O instituto fez pedidos de patente para algumas das técnicas descritas no estudo.

célula artificial


Célula artificial levanta preocupações com questões éticas
A novidade anunciada na última quinta por pesquisadores americanos sacudiu o meio científico internacional: foi criado o primeiro genoma artificial.

Cientistas do mundo todo passaram a sexta-feira debatendo a fabricação da primeira célula artificial anunciada na última quinta por pesquisadores americanos. A novidade sacudiu o meio científico internacional e também levantou preocupações com questões éticas. A reportagem é da correspondente Giuliana Morrone.
A repercussão foi mundial. "E o homem criou a vida", disse a revista britânica ‘The Economist’. "Célula sintética é criada, segundo pesquisadores", disse o ‘New York Times’. "Cientistas criam organismo sintético", publicou o ‘Wall Street Journal’.
Eles se referiam ao resultado de uma pesquisa de 15 anos e US$ 40 milhões que criou a primeira célula artificial da história. O primeiro genoma artificial.
O genoma é formado por sequências de DNA e cada pedacinho de DNA é formado por pares de moléculas conhecidas como a, t, g, c. A combinação dessas letras determina as diferentes características de cada organismo. Os cientistas passaram toda a sequência de DNA do genoma de uma bactéria para um computador, mais de um milhão de pares de DNA. Depois, retiraram alguns pares de moléculas, alteraram o ordenamento deles e criaram sequências de DNA que tinham a função de identificar o genoma que estavam inventando. Eram como um sinal de nascença para diferenciá-lo de um genoma criado pela natureza.
Vamos imaginar que o genoma é o texto de uma página. É como se os cientistas primeiro, tivessem conseguido ler o texto. Depois, modificá-lo, tirando algumas palavras. Para, depois então, pegar uma folha em branco e reescrever o texto com a própria mão, criando algo novo, a partir de informações já existentes.
Seguindo esse plano, os cientistas montaram sequências curtas de DNA, usando as quatro letras: os pares de moléculas produzidos em laboratório, ou seja, sintéticos. Só que o genoma completo tem mais de um milhão e oitenta mil pares de moléculas e o máximo que se conseguia em laboratório eram pouco mais de mil pares em sequência.
Os cientistas usaram organismos vivos básicos, como uma bactéria e leveduras, para colar essas sequências menores até formar um genoma inteiro, um bastão enorme de DNA, um código genético sintético. Aí, eles transplantaram esse genoma completo para uma célula sem genoma. E foi esta a grande conquista: o código genético sintético passou a controlar a célula, que adquiriu as características definidas pelo novo genoma e que manteve aquela marca de nascença criada pelos cientistas, a prova de que estava criada uma célula sintética. E o mais impressionante: ela se reproduzia sozinha.
Até hoje, os cientistas tinham conseguido criar sinteticamente apenas vírus, que tem genomas muito mais simples do que uma célula e não se reproduzem sozinhos.
O chefe do grupo que realizou a pesquisa, Greg Venter, afirmou que a partir dessa descoberta, vacinas como a da gripe poderão ser feitas em horas. Hoje elas demoram meses para ser produzidas.
O bioquímico britânico Andrew Simpson foi o coordenador do Projeto Genoma no Brasil. Ele explicou detalhes da pesquisa. “Eles começaram com químicos que se pode comprar em uma loja, basicamente, e usaram várias manipulações complexas, até usando outros organismos como parte do processo, mas basicamente uma coisa totalmente não natural. Para mim é uma vida, uma forma de vida artificial”.
No mundo todo, muitos cientistas concordaram que a descoberta é um marco histórico. Mas alguns especialistas discordam. Ao jornal ‘The New York Times’, o geneticista David Baltimore reconheceu avanços da pesquisa, mas argumentou que Greg Venter superestimou o resultado da pesquisa e afirmou que a vida não foi criada, apenas copiada.
O diretor de bioética do Vaticano, Rino Fisichella, foi cuidadoso. Disse que é preciso ver como a descoberta será implementada no futuro. A diretora do Instituto Internacional de Bioética, Jennifer Miller, alertou que a preocupação é que a célula sintética possa se transformar numa arma biológica. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, determinou à Comissão de Bioética do Governo uma investigação sobre a pesquisa. A Câmara dos Deputados marcou uma audiência pública para a semana que vem.

CÉLULA SINTÉTICA

Genética
Craig Venter anuncia a 'célula sintética'
21 de maio de 2010
Por The New York Times
O pioneiro da pesquisa genômica Craig Venter deu um novo passo em sua busca para criar vida artificial, ao sintetizar o genoma completo de uma bactéria e usá-lo para criar uma célula. Venter chamou o resultado de "célula sintética" e apresentou a pesquisa como um marco que abrirá o caminho para criar micróbios úteis para o surgimento de produtos como vacinas e biocombustíveis
Numa entrevista coletiva na quinta-feira, Venter descreveu a célula como "a primeira espécie auto-replicante que temos no planeta, cujo parente mais próximo é um computador". "Esse é um avanço filosófico, muito mais que um avanço técnico", disse, ao sugerir que a "célula sintética" trará novas questões sobre a natureza da vida.

Outros cientistas concordam que ele alcançou uma façanha tecnológica ao sintetizar a maior parte do DNA até agora - um milhão de unidades de comprimento - e em torná-lo suficientemente precisos para substituir o próprio DNA da célula.

A abordagem ainda é considerada uma promessa, porque serão necessários muitos anos para se desenhar novos organismos e o desenvolvimento na fabricação de biocombustíveis vem sendo obtido com abordagens tradicionais de engenharia molecular, nas quais organismos existentes são modificados.

O objetivo de Venter é obter o controle total sobre o genoma da bactéria, primeiro sintetizando seu DNA em laboratório e depois desenhando um novo genoma despojado de suas funções naturais e equipado com novos genes que regulem a produtos de produtos químicos úteis. "É muito poderoso ser capaz de reconstruir cada uma das letras em um genoma e isso significa que você pode colocá-los em genes diferentes", disse o biólogo do Instituto de Pesquisa Scripps, na Califórnia.

Riscos - O presidente Barack Obama, na quinta-feira, em resposta ao relatório científico, pediu à comissão de bioética da Casa Branca um estudo completo dos temas envolvidos na biologia sintética para os próximos seis meses. Ele disse que o novo desenvolvimento levantou "preocupações reais" embora não especificasse quais eram elas.

Venter deu o primeiro passo rumo ao objetivo da célula sintética há três anos, mostrando que o DNA de uma bactéria natural poderia ser inserido em outro e assumiria a operação da célula hospedeira. No ano passado, sua equipe sintetizou um pedaço de DNA com 1,08 milhão de unidades químicas de que o DNA é composto. No último passo, o grupo liderado por Daniel Gibson, Hamilton Smith e Venter escreveu na edição da revista Science que o DNA sintético assume uma célula de bactéria da mesma forma que o DNA natural, fazendo as células gerarem proteínas específicas de acordo com a informação genética do novo DNA no lugar à de seu próprio genoma.


A equipe comprou pedaços de DNA de mil unidades de comprimento da Blue Heron, empresa especializada em síntese de DNA, e desenvolveu uma técnica para montar comprimentos mais curtos dentro de um genoma completo. O custo do projeto foi de 40 milhões de dólares, a maior parte pago pela Synthetic Genomics, uma empresa fundada por Venter.


A bactéria utilizada é inadequada para a produção de biocombustíveis, e Venter afirmou que trabalhará agora com outros organismos. A Synthetic Genomics tem um contrato com a Exxon para gerar biocombustíveis a partir de algas. A Exxon pretende gastar 600 milhões de dólares se as metas forem cumpridas. Venter disse que pretende construir "um genoma inteiro de modo que as algas podem variar de 50 a 60 parâmetros diferentes para criar organismos superprodutivos."


Em suas viagens de iate ao redor do mundo, Venter analisou o DNA de muitos micróbios na água do mar e agora tem uma biblioteca de cerca de 40 milhões de genes, principalmente a partir de algas. Esses genes serão um recurso para fazer as algas produzem substâncias úteis em cativeiro, disse ele.


Críticas - Alguns outros cientistas disseram que, além de montar um grande pedaço de DNA, Venter não abriu novos caminhos. "Em minha opinião, Craig deu importância exagerada à descoberta", disse David Baltimore, geneticista da Caltech. Ele descreveu o resultado como um "tour de force técnico," uma questão de escala no lugar de um avanço científico. "Ele não criou vida, só a imitou", disse Baltimore.

A abordagem de Venter "não é necessariamente o caminho" para a produção de microorganismos úteis, disse George Church, pesquisador do genoma da Harvard Medical School. Para Leroy Hood, do Instituto de Sistemas Biológicos de Seattle, o estudo de Venter é "chamativo".


Em 2002, Eckard Wimmer, da Universidade Estadual de Nova York, sintetizou o genoma do vírus da poliomielite. O genoma construído a partir de um vírus vivo da poliomielite infectou e matou ratos de laboratório. O trabalho de Venter sobre a bactéria é semelhante, em princípio, exceto que o genoma do vírus da poliomielite tem somente 7 500 unidades de comprimento, e do genoma da bactéria é 100 vezes maior.


O grupo ambientalista Amigos da Terra denunciou o genoma sintético como uma nova tecnologia perigosa e afirmou que "Venter deveria parar todo o tipo de pesquisa antes que existisse uma legislação para elas". A cópia sintetizada do genome de Venter veio de uma bactéria natural que infecta cabras. Ele garantiu que antes de copiar o DNA extirpou 14 genes possivelmente patológicos, de forma que a nova bactéria seria incapaz de causar danos. A afirmação de Venter de que criou uma célula "sintética" alarmou pessoas que imaginam que ele teria dado origem a uma nova forma de vida ou feito uma célula artificial. "É claro que isso é errado, seus ancestrais eram uma forma de vida biológica", disse Joyce, da Scripps.


Venter copiou o DNA de uma espécie de bactéria e a inseriu em outra. A segunda bactéria produziu todas as proteínas e organelas na chamada "célula sintética", seguindo especificações implícitas na estrutura do DNA inserido. "Minha preocupação é que algumas pessoas vão chegar a conclusão que eles criaram uma nova forma de vida", diz Jim Collins, um bioengenheiro da Universidade de Boston. "O que eles criaram é um organismo com um genoma sintetizado natural. Mas isso não representa a criação da vida a partir do zero ou a criação de uma nova forma de vida", disse ele.

17 de mai. de 2010

Fazer horas extras pode aumentar em 60% risco de doenças cardíacas


Pesquisa reforça suspeitas de que trabalhar demais não é saudável

Fazer horas extras diariamente, trabalhando entre 10 e 11 horas por dia, pode aumentar em 60% os riscos de doenças cardíacas, de acordo com um estudo publicado no site da revista especializada European Heart Journal.

A conclusão é o resultado de uma pesquisa com 6 mil funcionários públicos britânicos e descontou fatores de risco cardíaco tradicionais, como fumo.

Segundo os autores, o estudo mostra a importância do equilíbrio entre trabalho e tempo livre.

Ao todo, foram verificados 369 casos de pessoas que sofreram doenças cardíacas fatais, tiveram infartes ou desenvolveram angina.

Em vários casos, os médicos constataram um forte vínculo com o número de horas trabalhadas.

Personalidades 'tipo A'

Entre as explicações para essa relação, estariam o menor tempo para exercícios e relaxamento, além de estresse, ansiedade e depressão.

Além disso, os médicos dizem ter identificado uma relação entre pessoas muito dedicadas à carreira com personalidades "tipo A", altamente motivadas, agressivas e irritáveis.

"Funcionários que fazem horas extras também tendem a trabalhar quando estão doentes, ou seja, relutam em faltar ao trabalho mesmo doentes", diz a pesquisa.

A epidemiologista Mianna Virtanen, que coordenou o estudo pelo Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional em Helsinki, em parceria com a University College London, afirmou que as conclusões não são definitivas.

"É preciso pesquisar mais antes de termos segurança ao afirmar que fazer horas extras causaria doenças cardíacas coronárias", disse Virtanen.

O médico John Challenor, da Sociedade de Medicina Ocupacional afirmou que a pesquisa confirma diversos fatos que médicos já conheciam: "que o equilíbrio trabalho/tempo livre tem um papel vital no bem-estar".

Evolução dos folhetos germinativos

- Exercícios resolvidos

01. (FATEC) A organogênese é o processo de formação dos diferentes órgãos de um animal, a partir dos folhetos embrionários e é semelhante em todos os vertebrados. Sobre este processo, podemos afirmar que o ectoderme, o mesoderme e o endoderme originam, respectivamente, num animal adulto, as seguintes estruturas:



a) cristalinos, tubo digestório e músculos;

b) epiderme, derme e rins;

c) glândulas anexas do tubo digestório, músculos estriados e anexos da epiderme;

d) cérebro, esqueleto e pulmões;

e) medula espinhal, fendas branquiais e coração.



Resposta: D



02. (ALFENAS - MG) São derivados do folheto embrionário mesoderma:



a) epitélios do trato digestório, fígado e pâncreas;

b) sistema nervoso, epiderme e anexos da pele;

c) epitélios do aparelho respiratório e neuroipófise;

d) tecido nervoso, glândulas mamárias e epitélio bucal;

e) tecido ósseo, sangue e tecidos conjuntivos.



Resposta: E



03. (FATEC) Durante o processo embrionário, o endoderma e o ectoderma formam-se:



a) na fase blástula;

b) na fase gástrula;

c) nas fases blástulas e gástrula, respectivamente;

d) nas fases gástrula e blástula, respectivamente;

e) na fase nêurula.



Resposta: B



04. (FUVEST) Nos vertebrados, derme, pulmão e cérebro são, respectivamente, de origem:



a) mesodérmica, enodérmica e ectodérmica;

b) ectodérmica, endodérmica e mesodérmica;

c) mesodérmica, ectodérmica e endodérmica;

d) endodérmica, ectodérmica e mesodérmica;

e) ectodérmica, mesodérmica e endodérmica.



Resposta: A



05. “O chamado blastóporo dá origem a uma cloaca ou à abertura anal, enquanto a boca propriamente dita forma-se a partir de uma invaginação do ectoderma na região cefálica”.

O texto acima envolve animais genericamente designados por:



a) acelomados

b) protostômios

c) prototérios

d) deuterostômios

e) metatérios



Resposta: D



06. (ALFENAS - MG) Qual a característica que permite colocar planárias, aranhas, polvos e estrelas-do-mar em um mesmo grupo taxonômico?



a) presença de celoma

b) tipo de celoma

c) número de folhetos embrionários

d) origem da boca e do ânus

e) uma única abertura como boca e ânus



RESPOSTA: C



07. Para essa questão, assinale a alternativa incorreta:



Num embrião de sapo:



a) na fase de blástula, encontramos maior número de células pequenas num pólo e pequeno número de

células grandes no pólo oposto;

b) a mesoderma será responsável pela formação do tecido muscular;

c) a clivagem se deu de maneira total, desigual e radial;

d) a notocorda é responsável pela formação de medula nervosa;

e) na fase nêurula, a organização do corpo é semelhante à de nêurula dos demais cordados.



RESPOSTA: D



08. Assinale a alternativa correta:



a) Todos os tecidos conjuntivos de revestimento são de origem ectodérmica.

b) Todos os tecidos são de origem endodérmica.

c) Os tecidos nervosos são de origem endodérmica.

d) Todos os tecidos musculares são de origem ectodérmica.

e) O sangue é de origem mesodérmica.



RESPOSTA: E



09. (FUND. Carlos Chagas) Têm a mesma origem embrionária:



a) as escamas dos peixes ósseos e os pêlos dos mamíferos;

b) a notocorda e o sistema nervoso dos cordados;

c) a blastocela e o celoma dos vertebrados;

d) os arcos branquiais dos peixes e as costelas dos vertebrados terrestres;

e) a bexiga natatória dos peixes e os pulmões dos vertebrados terrestres.



RESPOSTA: E



10. Os tecidos conjuntivos derivam-se do:



a) ectoderma

b) mesênquima

c) endoderma

d) hipoblasto

e) trofoblasto



RESPOSTA: B

Polialelia

Considere os dados abaixo para responder as questões 1 e 2



No coelho doméstico, os genes para a cor da pelagem evidenciam a relação de dominância C>cch>ch>ca, bem como as seguintes relações genótipo/fenótipo:
C ® pelagem normal (aguti)
cch ® pelagem toda cinza-claro (chinchila)

ch ® pelagem branca e coloração nas pontas das orelhas, focinho, patas e cauda (himalaia)

ca ® pelagem Albina (sem pigmentação)



01. Uma caixa de coelhos continha uma fêmea himalaia , um macho albino e um macho chinchila. A fêmea teve oito descendentes: dois himalaias, quatro chinchilas e dois albinos. Qual o coelho foi o pai e quais eram os genótipos da fêmea, do macho e de seus descendentes?

RESOLUÇÃO: Pai chinchila de genótipo cch ca

Fêmea ch ca e descendentes: cch ch, cch ca, ch ca e ca ca.



02. O cruzamento de um coelho chinchila com um outro himalaia produziu descendentes da seguinte proporção: ¼ chinchila, ½ himalaia e ¼ albino. Quais são os genótipos parentais?

RESOLUÇÃO: Cch ca e ch ca



03. Uma planta apresenta três fenótipos diferentes quanto à cor de suas flores: brancas, azuis e amarelas. Realizando-se cruzamentos dirigidos, a partir de plantas puras, os resultados na F1 e na F2 foram:



P


brancas X amarelas


brancas X azuis


amarelas X azuis

F1


100% amarelas


100% azuis


100% azuis

F2


25% brancas e 75% amarelas


25% brancas e 75% azuis


25% amarelas e 75% azuis



Qual deve ser a relação de dominância?



a) amarelas > azuis > brancas

b) amarelas > brancas > azuis

c) azuis > brancas > amarelas

d) azuis > amarelas > brancas

e) brancas > amarelas > azuis



RESPOSTA: D



04. (FUVEST) Suponha que numa certa população exista um caráter relacionado com uma série de cinco alelos (alelos múltiplos). Nessa população, o número de genótipos possíveis, relacionados ao caráter em questão, será igual a:



a) 5

b) 10

c) 12

d) 14

e) 15



RESPOSTA: E



05. Numa série de alelos múltiplos, onde existem quatro alelos:



a) os quatro alelos podem estar presentes num gameta;

b) os quatro alelos podem estar presentes num indivíduo normal;

c) apenas dois alelos podem estar presentes num gameta;

d) apenas dois alelos podem estar presentes num indivíduo normal;

e) o número de alelos presentes num indivíduo normal pode variar de um a quatro.



RESPOSTA: D



06. (FUVEST) Uma criança sofreu um ferimento profundo e tomou soro antitetânico. Por que recebeu soro e não vacina? Qual a diferença entre soro e vacina?



RESOLUÇÃO: Porque a vacina é uma medida profilática, enquanto que o soro é uma medida curativa.

Soro contém anticorpos; vacina apresenta antígenos.



07. (FUVEST) Se quisermos provocar uma imunização específica e duradoura em uma pessoa, em relação a um determinado antígeno, qual dos dois procedimentos abaixo é o mais adequado?



a) Injeção do próprio antígeno do indivíduo a ser imunizado.

b) Injeção de soro sangüíneo de um animal previamente inoculado com o antígeno.

Justifique sua RESOLUÇÃO.



RESOLUÇÃO: Injeção do antígeno que constitui vacinação, processo específico e duradouro.



08. Nos acidentes com picadas de cobra, o ideal é ver ou matar a cobra, para poder identificá-la. Este procedimento é importante, porque, se a cobra em questão for a cascavel, deve-se administrar à vítima o soro:



a) polivalente

b) anticrotálico

c) antibotrópico

d) antielapídico

e) misto



RESPOSTA: B



09. Extraiu-se sangue de uma criança que havia sofrido caxumba, mas que já se encontrava restabelecida. Observou-se que em seu sangue havia certas proteínas capazes de inativar os vírus causadores dessa doença. Estas proteínas foram então adicionadas a um extrato de vírus da gripe, mas este não foram inativados.



Pergunta 1: No texto, o que você identificaria como anticorpo?

Resposta 1: Certas proteínas capazes de inativar os vírus causadores da caxumba.

Pergunta 2: No texto, o que você identificaria como antígeno?

Resposta 2: Vírus da caxumba.

Pergunta 3: Por que os vírus da gripe não foram inativados pelas proteínas da criança?

Resposta 3: Porque são específicos para caxumba.



Que perguntas, das numeradas de 1 a 3, estão respondidas corretamente?



a) apenas I

b) apenas II

c) apenas III

d) apenas I e II

e) todas



RESPOSTA: D



10. Um paciente, quando picado por uma cobra venenosa, cuja espécie seja corretamente identificada, deve receber:



a) antibiótico de amplo espectro, que elimina qualquer tipo de bactéria;

b) soro bacteriolítico, que produz a degradação do antígeno com que foi preparado;

c) vacina específica que neutralize os vírus inoculados;

d) soro específico, que age eficazmente sobre o antígeno conhecido;

e) soro polivalente, que elimina ampla gama de antígenos.



RESPOSTA: D

classificação embriológica

01. Como são classificados os animais em relação ao número de folhetos germinativos? Exemplifique.

RESOLUÇÃO: Dibláticos ou diploblásticos – Possuem somente dois folhetos germinativos, o ectoderma (ectoblasto) e o

endoderma (endoblasto). Compreendem os poríferos (esponjas) e os celenterados (ex.: medusa).

02. O que são animais pseudocelomados? Exemplifique.

RESOLUÇÃO: São animais que apresentam uma cavidade embrionária (pseudoceloma) revestida apenas parcialmente pelo

mesoderma (mesoblasto). O pseudoceloma da lombriga, verme asquielminto, é revestido internamente pelo

endoderma e externamente pelo mesoderma.

03. I. Três tecidos embrionários.

II. Celoma e deuterostomia.

III. Simetria bilateral o adulto.

IV. Notocorda e sistema circulatório fechado.

Das afirmações acima, mamíferos e equinodermas têm em comum:

a) I e III, somente;

b) I, II e IV, somente;

c) I, III e IV, somente;

d) I e II, somente;

e) I, II, III e IV.

Resposta: D

04. Para cada um dos 4 animais da tabela abaixo, assinale com um X as caselas correspondestes às características citadas:


Triblásticos

Celomados

Deuterostômios

Amniotas

Placentários

Minhoca

Sapo

Coruja

Veado

RESOLUÇÃO:

Triblásticos

Celomados

Deuterostômios

Amniotas

Placentários

Minhoca

X

X

-

-

-

Sapo

X

X

X

-

-

Coruja

X

X

X

X

-

Veado

X

X

X

X

X

05. Se o blastóporo de uma gástrula originar o ânus do futuro animal, este poderá ser:

a) um ouriço-do-mar

b) um gafanhoto

c) uma minhoca

d) um coral

e) uma esponja

Resposta: A

06. Sobre os anelídeos, podemos afirmar que são animais:

a) triblásticos, acelomados, com tubo digestório incompleto;

b) triblásticos, pseudocelomados, com tubo digestório incompleto;

c) triblásticos, celomados, com tubo digestório incompleto;

d) triblásticos, celomados, com tubo digestório completo;

e) triblásticos, pseudocelomados, com tubo digestório completo.

RESPOSTA: D

07. Associação:

I. Animal acelomado

II. Animal pseudocelomado

III. Animal celomado

I II III

a) planária minhoca lombriga

b) planária lombriga minhoca

c) lombriga planária minhoca

d) minhoca lombriga planária

e) lombriga minhoca planária

RESPOSTA: B

08. A figura abaixo representa um corte transversal de anfioxo, na qual estão indicadas quatro estruturas:

Esse animal é diblástico ou triblástico? Responda relacionando às quatro estruturas indicadas na figura.

RESOLUÇÃO: O anfioxo é triblástico.

A epiderme e o tubo nervoso desse animal originam-se a partir do ectoderma. O intestino é revestido pelo

endoderma. A notocorda origina-se a partir da lâmina cordo-mesoblástica.

Essa lâmina, além de originar a notocorda, também forma o mesoderma. A presença de três folhetos

germinativos (ectoderma, endoderma e mesoderma) caracteriza a classificação do animal como triblástico.

09. Por que os cordados são considerados animais deuterostômios e que outro filo animal apresenta a mesma

particularidade?

RESOLUÇÃO: Os cordados são deuterostômios porque o blastóporo transforma-se em ânus e a boca representa uma

neoformação. Além dos cordados, são deuterostômios os equinodermas.

10. O esquema que segue mostra um corte transversal do embrião de um animal cordado ou não-cordado? Justifique.

RESOLUÇÃO : A presença da estrutura n° 4 (notocorda) indica que o animal pertence ao filo dos cordados.

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