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15 de jan. de 2013

Conheça algumas das dietas 'milagrosas' mais estranhas da história


Nesta semana, um ministro do governo britânico foi um dos últimos a alertar as pessoas sobre os perigos das dietas 'milagrosas', mas isso não impediu que tais regimes ganhassem popularidade no mundo inteiro através dos séculos. Por quê?
A história mostra que desde os tempos de gregos e romanos os seres humanos já adotavam rotinas de restrições alimentares.

"A palavra grega diatia, da qual deriva a palavra dieta, descrevia todo um estilo de vida", diz Louise Foxcroft, historiadora e autora do livro Calories and Conserts: A History of Dieting Over 2,000 years (ou Calorias e Espartilhos: Uma História da Dieta através de 2 mil anos, em tradução livre).Mas, se por um lado naquela época os regimes eram baseados na preocupação exclusiva com a saúde física e mental, foram os vitorianos quem deram o pontapé inicial nas chamadas 'dietas milagrosas', como as adotadas por celebridades e rapidamente difundidas nos quatro cantos do planeta.
"A prática da dieta na Antiguidade era vista como uma forma de melhorar a saúde física e mental. As pessoas realmente pegaram um gosto por essas dietas ditas milagrosas no século 19. Foi durante esse tempo que começou a haver uma preocupação excessiva com a estética e, assim, a indústria do regime explodiu", explica Foxcroft.
Portanto, quais são as dietas milagrosas mais estranhas e prejudiciais à saúde da história?

Mastigue e salive bastante

Na virada do século 20, o americano Horace Fletcher popularizou a ideia de que uma das maneiras mais efetivas de perder peso era mastigar e cuspir bastante.
O fletcherismo, como foi chamado seu processo de emagrecimento, dizia que as pessoas deveriam mastigar a comida até todas as calorias fossem "extraídas" e depois cuspir o material fibroso que restou.
Fletcher detalhava minuciosamente quantas mastigadas a pessoa tinha de dar para cada tipo de comida. Segundo ele, um determinado tipo de alho, por exemplo, teria de ser mastigado em torno de 700 vezes.
Por mais estranha que pudesse parecer, a dieta do americano tornou-se bastante popular e atraiu vários seguidores famosos, como os escritores Henry James e Franz Kafka.
Segundo Foxcroft, o regime chegava ao ponto de cronometrar os jantares de modo que as pessoas mastigassem a comida.
"A dieta também previa que seu seguidor defecaria apenas uma vez a cada duas semanas e que seu cocô não teria odor. Pelo contrário, as fezes teriam um odor similar a 'biscostos recém-tirados do forno'", diz.
"Fletcher carregava uma amostra de suas próprias fezes com ele para ilustrar o feito de sua dieta", acrescenta.

Dieta dos vermes

Também no início do século passado, uma dieta inusitada fez enorme sucesso. O regime previa a ingestão de tênias (ou solitárias) para emagrecer. A cantora de ópera Maria Callas teria sido uma das celebridades daquela época a ter comido parasitas para perder peso.
As pessoas que seguiam essa dieta deveriam ingerir ovos dos parasitas, frequentemente em forma de pílulas. A teoria baseava-se na ideia de que tão logo as tênias atingissem a maturidade no intestino dos pacientes, absorveriam a comida, dando início ao processo de emagrecimento, por vezes, acompanhado de diarreia e vômito.
Uma vez que o usuário atingisse o peso desejado, tomaria uma pílula para matar os parasitas que, no melhor dos casos, morreriam.
A pessoa teria, então, de excretá-los, o que poderia causar complicações no abdômen e no reto.
O regime era arriscado em vários sentidos. Não apenas o parasita poderia crescer em até 9 metros de comprimento dentro do corpo do seguidor da dieta, como também poderia provocar inúmeras doenças, como dores de cabeça, problemas oftalmológicos, meningite, epilepsia e demência.
"Durante o século 19, a dieta tornou-se um grande negócio", diz a historiadora Annie Gray, especializada em nutrição.
"A publicidade ficou cada vez mais sofisticadas, com mais e mais produtos dietéticos sendo colocados à venda."
O boom da indústria da dieta também foi facilitado pelo crescimento no número de celebridades, dos meios de comunicação e dos novos medicamentos, acrescenta Foxcroft.

Arsênico

Remédios, pílulas de emagrecimento e 'poções mágicas' tornaram-se um grande negócio no século 19. Mas tais medicamentos normalmente continham ingredientes perigosos, incluindo arsênico e estricnina.
"Eles foram alardeados como aceleradores do metabolismo, tal qual as anfetaminas", diz Foxcroft.
Apesar de a quantidade de arsênico nas pílulas ser pequena, era também muito perigosa.
Não eram raras as vezes em que os seguidores dessa dieta tomavam uma dosagem acima da recomendada para perder peso mais rápido, morrendo por envenenamento.
Além disso, o arsênico nem sempre aparecia na bula como um dos ingredientes do remédio, o que fazia com que as pessoas desconhecessem o que estavam tomando.
Lord Bryon / Getty
Lord Byron ajudou a dar o pontapé na obsessão pública sobre como os famosos perdem peso
"Não havia muito controle sobre a venda de tais venenos naquela época e qualquer um podia obtê-los para todos os fins", diz Foxcroft.
"Isso propiciou o surgimento de falsos médicos, que se diziam especialistas em dietas para promover e vender tais produtos. Muitas pessoas caíam nesse 'milagre de cura'", acrescenta.

Vinagre

As dietas de celebridades são mais antigas do se pensa. Lord Byron foi um dos primeiros ícones desse tipo de regime e ajudou a dar o pontapé na obsessão pública sobre como os famosos perdem peso.
Como as celebridades de hoje em dia, o poeta britânico trabalhava duro para manter a cintura. No início de 1800, ele popularizou um tipo de dieta que consistia majoritariamente na ingestão de vinagre.
A proposta desse regime era de que, para limpar o organismo das impurezas, a pessoa precisaria beber vinagre diariamente e comer batatas embebidas no líquido. Os efeitos colaterais incluíam vômito e diarreia.
Por causa da imensa influência cultural de Byron, havia muita preocupação sobre o efeito da dieta na juventude daquela época.
Isso porque muitos escritores acabaram restringindo-se à alimentação composta por vinagre e arroz para tentar chegar ao estilo e à palidez de Byron.
"Muitas de nossas meninas estão vivendo sua adolescência em semi-jejum", escreveu um crítico daquela época.
No início do século 19, os padrões de alimentação também se tornaram mais prescritivos, como a maneira de sentar-se à mesa ou promover um jantar, diz Gray.
"Isso fez com que as pessoas começassem a se preocupar com o seu físico. A Rainha Vitória, da Inglaterra, por exemplo, vivia aterrorizada com seu peso."

Borracha

Espartilhos / Getty
Espartilhos eram usados por mulheres e homens na tentativa de esconder peso
Em meados de 1800, o americano Charles Goodyear descobriu como melhorar a borracha além de seu estado natural por meio de um processo conhecido como 'vulcanização'.
Com a Revolução Industrial e a produção em massa, o uso da borracha foi, de repente, expandido maciçamente.
A partir daí, foram fabricantes aos milhares ceroulas e espartilhos feitos do material. A ideia era de que a borracha disfarçaria o excesso de peso, mas, mais importante, esquentaria o usuário, fazendo-o suor e, eventualmente, perder peso.
Tais peças de roupa eram usadas tanto por homens quanto por mulheres, diz Foxcroft.
"Naquela época, todo o tipo de roupa e tratamento era anunciado como uma maneira de perder peso", completa Gray.
A dieta durou até a Segunda Guerra Mundial, quando a borracha passou a ser empregada exclusivamente no confronto.

Coca-Cola faz anúncio advertindo contra riscos da obesidade


A maior companhia de refrigerantes do mundo, a Coca-Cola, lançou um comercial de TV nos Estados Unidos advertindo contra os riscos da obesidade.
O anúncio de 2 minutos afirma que a empresa busca oferecer alternativas de baixas calorias a seus consumidores.
Médicos e especialistas afirmam que refrigerantes estão ligados à onda de obesidade nos Estados Unidos, onde um terço das crianças e 2 em cada 3 adultos são classificados como obesos.
A Coca-Cola nega que o anúncio seja uma reação à pressão sofrida pela empresa.

Resistência a antibióticos tem nova interpretação

Algumas cepas de terríveis infecções bacterianas, como a MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina, na sigla em inglês), apresentam resistência genética a antibióticos. Alguns agentes infecciosos, no entanto, parecem adquirir a capacidade de resistir a medicamentos que deveriam eliminá-las – sem apresentar o comportamento típico de resistência a antibióticos associada aos genes.

Durante décadas, pesquisadores acharam que essa resistência ocorria porque muitos antibióticos bloqueavam o crescimento celular. Assim, mesmo que a maioria das bactérias fosse morta pela droga, um grupo seleto simplesmente se desligava, entrando em uma espécie de hibernação, o que permitia que a infecção persistisse. Em outras palavras: se as bactérias não cresciam, também não morriam.

Mas um novo estudo sugere que o oposto está ocorrendo: algumas bactérias sobreviventes na verdade estão crescendo e se multiplicando ainda sob o ataque dos antibióticos. As descobertas foram publicadas na Science online, em 3 de janeiro.

“Nós achávamos que as bactérias sobreviventes compunham uma população fixa que parava de se dividir”, disse Neeraj Dhar, do Instituto Federal de Tecnologia Suíço, em Lausanne, e coautor do estudo. Em vez disso, uma população estável de bactérias esconde uma colônia “muito dinâmica”, contou ele.

Os pesquisadores estudaram a Mycobacterium smegmatis, uma parente próxima da bactéria que causa a tuberculose (a Mycobacterium tuberculosis), e tem frequente resistência ao tratamento com antibióticos. Turberculose continua sendo um grande risco à saúde em muitos países.

A análise tradicional de uma cultura persistente de M. smegmatis revelaria que a população não estava crescendo, o que levou os cientistas a pensar que a colônia tinha sido reduzida a “células persistentes” não-proliferantes que conseguia evitar o ataque de antibióticos ficando `quietinhas`.

Ao usar imagens temporizadas, obtidas por meio de um microscópio, de cultura de células em microfluidos (o que permite observar mudanças de pequena escala), os pesquisadores encontraram uma história bem diferente.

“Usando microfluidos, nós agora podemos observar cada bactéria individualmente, em vez de termos que contar uma população”, disse John McKinney, também do Instituto Federal de Tecnologia Suíço.

As células sobreviventes não estavam `fingindo de mortas`, elas apresentaram tendência a crescer igual a das células eliminadas.

McKinney e sua equipe observaram que mesmo após a introdução de um antibiótico e a morte da maioria das células bacterianas, uma grande porcentagem das chamadas células persistentes continuou a se dividir – 129 das 153 células progenitoras que os cientistas acompanharam se dividiram pelo menos uma vez durante o tratamento com antibióticos. E esse ciclo de crescimento, divisão e morte continuou por pelo menos 10 dias de exposição ao antibiótico.

O antibiótico era a isoniazida (conhecida pelos nomes Laniazid e Nydrazid), muito usada no tratamento contra a tuberculose.

A isoniazida só se torna ativa quando entra em contato com uma enzima da bactéria, chamada KatG. A enzima, porém, não era produzida consistentemente, como descobriram os pesquisadores. Em vez disso, células individuais a produziam em surtos aparentemente aleatórios. As células que por acaso tinham pausas em sua produção de KatG no momento certo geralmente não ativavam o antibiótico – e assim se salvavam da morte certa.

Células de M tuberculosis, que deveriam ser essencialmente idênticas geneticamente, mostraram propensão variada à sobrevivência, indicando possível papel de diferenças epigenéticas (como as de expressões de genes) na determinação da sobrevivência da célula. “Essa diversidade é crítica para a resistência microbiana em ambientes flutuantes porque garante que alguns indivíduos possam sobreviver a um estresse letal que de outra forma levaria a população à extinção”, explicaram os pesquisadores em seu artigo.

Como a sobrevivência celular não parece estar ligada a mudanças genéticas permanentes nesse caso, a colônia bacteriana deve permanecer suscetível a futuros antibióticos, o que poderia ser uma boa notícia para o tratamento de infecções.

No entanto, dado o baixo nível de crescimento continuado e mudanças durante a exposição a antibióticos, “as bactérias podem sofrer mutações e assim desenvolver resistência em presença do antibiótico”, explicou Dhar.

Essa descoberta agora mostra uma imagem mais clara de como a resistência a antibióticos pode se desenvolver em infecções bacterianas persistentes.

Com tantas bactérias individuais se reproduzindo, “algumas delas poderiam se adaptar a estressantes que não encontraram anteriormente, graças à seleção de indivíduos resistentes”, lembrou McKinney.

Algumas das descobertas poderiam ajudar na produção de antibióticos mais eficazes e talvez medicamentos  para outras doenças, como células cancerosas resistentes, apesar de os pesquisadores reconhecerem que o comportamento resistente de outras infecções bacterianas pode ser bem diferente.

Mesmo assim, essas ideias oferecem “uma nova abordagem para entender porque algumas infecções são tão difíceis de eliminar”, declarou McKinney.

LINK PARA O VÍDEO: http://bcove.me/7ye3kix7 

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Conceitos básicos em Genética

Queridos alunos, estamos começando mais um ano de muito estudo, aprendizagem e troca de conhecimentos.
Vamos começar com os conceitos básicos em genética:


Cariótipo → Conjunto de cromossomos de cada célula de um organismo.

Herança Biológica (hereditariedade) → Transmissão das informações genéticas de pais para filhos durante a reprodução.

Genes → Seguimento da molécula de DNA que contém uma instrução gênica codificada para a síntese de uma proteína.

Genótipo → Constituição genética de um indivíduo que em interação com o meio ambiente determina suas características.

Fenótipo → Características ou conjunto de características físicas, fisiológicas ou comportamentais de um ser vivo.

Cromossomo → Cada um dos longos filamentos presentes no núcleo das células eucarióticas, constituídos basicamente por DNA e proteínas.

Cromossomos Homólogos → Cada membro de um par de cromossomos geneticamente equivalentes, presentes em uma célula diploide, apresentando a mesma sequência de lócus gênico.

Lócus Gênico → Posição ocupada por um gene no cromossomo.

Homozigótico → Indivíduo em que os dois genes alelos são idênticos.

Heterozigóticos → Indivíduos em que os dois alelos de um gene são diferentes entre si.

Dominância → Propriedade de um alelo (dominante) de produzir o mesmo fenótipo tanto em condição homozigótica quanto heterozigótica.

Segregação dos Alelos → Separação dos alelos de cada gene que ocorre com a separação dos cromossomos homólogos durante a meiose.

Codominância → Propriedade do alelo de um gene expressar-se sem encobrir ou mesmo mesclar sua expressão com a de seu outro alelo, em indivíduos heterozigóticos.

Interação Gênica → Ação combinada de dois ou mais genes na produção de uma mesma característica.

Herança Quantitativa (Poligênica) → Tipo de herança biológica em que uma característica é codificada por dois ou mais genes, cujos alelos exercem efeitos cumulativos sobre a intensidade da característica (peso, altura, pigmentação da pele).
 

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