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21 de set. de 2010

Sucesso alheio faz mulheres (e homens gays) quererem emagrecer

Reclamar da magreza das modelos nas passarelas e da cinturinha fina das moças nas capas de revistas (e encorajá-las a engordar) pode não ser o suficiente para evitar a influência que as imagens da mídia têm sobre os índices de bulimia e anorexia por aí. Um estudo norte-americano mostrou que, no fim das contas, ver pessoas bem-sucedidas, independentemente do quão magras elas são, acende em alguns de nós o desejo de emagrecer.

O psicólogo Norman Li, da Singapore Management University, em Cingapura, junto com quatro colegas de universidades dos EUA, mostrou fotos de modelos, acompanhadas de pequenas descrições de personalidade de cada uma (tudo fictício), a 841 voluntários na cidade de Austin, no Texas (EUA).

Em entrevistas posteriores, notaram que as mulheres heterossexuais se diziam menos felizes com os próprios corpos e mais propensas a comer menos depois de ver fotos de mulheres bem-sucedidas e competitivas – descritas no textinho como tendo um superemprego ou como “jogando para ganhar”, por exemplo. E isso apesar de as moças das fotos não serem especialmente magras e serem todas, mais ou menos, do mesmo peso.

Entre os homens heterossexuais, não houve efeito algum. Mas entre os gays, a história se repetiu: a exposição a homens competitivos e bem-sucedidos os levou a comer menos nos dias seguintes. Já entre as mulheres homossexuais, novamente, não houve qualquer efeito.

Segundo o líder do estudo, esse comportamento tem origem evolucionária. Ele sugere que, como as pessoas tendem a ganhar peso conforme envelhecem, passamos a identificar magreza com juventude e atratividade – e, consequentemente, com vantagens competitivas em geral. Mas o porquê disso não afetar os indivíduos atraídos por mulheres… ainda é um mistério.

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