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5 de jul. de 2010

Por que humanos e baleias vivem muito após a época reprodutiva?

Acasalamento entre diferentes grupos pode ser uma das explicações
por Katherine Harmon
iStockphoto/Lazareva



A maioria dos mamíferos não vive muito tempo após seus anos férteis: depois de servir aos fins reprodutivos, geralmente morrem. Apenas três espécies de mamíferos são conhecidas por quebrar esse padrão. As orcas (Orcinus orca), as baleias-piloto (Globicephala macrorhynchus) e humanos (e possivelmente alguns outros grandes macacos) – todos têm fêmeas que geralmente vivem por décadas depois de seu período fértil. Então o que podemos ter em comum com esses cetáceos?

Um novo estudo publicado on-line no dia 30 de junho na Proceedings of The Royal Society B: Biological Sciences descreve uma forte ligação com determinados padrões sociais, que podem fazer com que as fêmeas vivam além da época de reprodução.

Nas espécies em que os machos saem do grupo à procura de fêmeas para reprodução, estas ficam cercadas por um número crescente deles. Esse modelo aumenta as opções para conhecer novos companheiros, diminuindo as chances de se acasalar com um parente, dizem os pesquisadores Rufus Johnstone, do Departamento de Zoologia da University of Cambridge, e Michael Cant, do Centro de Ecologia e Conservação da University of Exeter, em seu estudo.

Embora as sociedades humanas modernas realizem todo o tipo de acasalamento (homossexual, etc.), os pesquisadores apontam que, em sociedades mais antigas ou tradicionais, o casamento de uma mulher com homem de outro grupo social sempre foi mais comum. A análise genética comprova essa longa história humana de acasalamento com indivíduos de outros grupos. “Nas duas espécies de baleias, os pesquisadores notaram que ambas acasalam fora de seus grupos locais.”

Johnstone e Cant explicam que os padrões de acasalamento não são provavelmente o único fator que contribui para uma longa vida pós-reprodutiva nas três espécies. “Aprender mais sobre a circulação de fêmeas para outros grupos sociais ajuda a revelar a semelhança básica entre primatas e baleias, e de sua estrutura social”.

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