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26 de jul. de 2010

A penetração nas células animais pelo vírus envolve processos diferentes, pois as células animais são protegidas por uma bicamada de fosfolipídeos e lipoproteínas. A maioria das viroses penetra nesta membrana por um processo chamado endocitose: ocorre uma invaginação da membrana que "engole" o vírus; isto ocorre, geralmente, em uma área da membrana que contém uma proteína chamada clatrina. A membrana, então, "gospe" o vírus envelopado por um pedaço da membrana plasmática, resultando em uma vesícula, que funde com os endosomas citoplasmáticos (outro tipo de vesículas) e, então, com os lisossomos, uma das organelas celulares. Os lisossomos são vesículas ricas em enzimas. A membrana que envolve o vírus se funde com os lisossomos e libera o vírus no citoplasma.

Para aquelas viroses onde o genoma é um RNA que pode servir como mensageiro, o terceiro passo é a tradução deste RNA para formar proteínas virais; algumas destas são enzimas que sintetizam ácidos nucléicos (polimerases). Após um tempo, a célula já produz proteínas e genoma virais para formar outras unidades do virus. A reprodução está completa.

Vírus
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Algumas viroses animais podem permanecer "incubadas" no hospedeiro, em um estado de latente de "dormência". Embora seu DNA seja incoporado ao DNA das células hospedeiras, as células não tem, inicialmente, nenhuma alteração funcional. A cada replicação do DNA celular, a fração correspondente ao DNA viral é também replicada. Embora as células continuem sadias, elas carregam as informações genéticas do vírus. Um determinado fator perturbante pode desencadear a segunda fase de ataque do vírus, onde as funções das células infectadas são alteradas, e mais vírus são produzidos. Este processo foi descoberto em 1950 pelo microbiologista francês André Lwoff, e é chamado lisogenia. Outras vezes, as células que carregam as informações virais se comportam como células cancerígenas, em um processo conhecido como transformação maligna. Ao contrário das células sadias, que são programadas para morrer (apoptose), as células malignas impedem a apoptose, resultando em um crescimento desordenado do número de células, ou seja, no câncer.

Embora muitas das viroses tenham sido descobertas e caracterizadas com base nas doenças que provocam, a maioria não causa nenhum mal. De fato, muitas são atém benéficas. Algumas técnicas para tratamento genético, por exemplo, envolvem o auxílio de viroses para substituir genes defeituosos em todas as células de um organismo.

A química tem sido de imenso valor no combate às viroses. Antibióticos e outros agentes antimicrobiais não são eficazes, pois as viroses mimetizam as funções biológicas das células hospedeiras - matá-los significaria matar, também, as células sadias do organismo. Certos compostos orgânicos sintéticos (vide quadro), como a ribavirina, aciclovir e zidovudina e azidotimidina (AZT) seletivamente inibem o crescimento de células infectadas. Outra classe de armas contra os vírus são os interferons, que são naturalmente produzidos pelas células.

Armas químicas contra as VIROSES

Aciclovir

O 9-{2-hidroxietoxi}metil]-9H-guanina é um análogo da deoxiguanosina que possui j a cadeia alquílica lateral no lugar da deoxirribose, açúcar comum aos nucleotídeos de DNA. É utilizado, principalmente, contra o vírus do Herpes. Esta droga é ativada pela enzima viral timidina-kinase, tornando-se inibidora da DNA-polimerase viral, ou seja, bloqueando a duplicação do DNA de células infectadas.

Ribavirin

(1-b-D-ribofuranosil-1,2,4-tiazole-3-carboxamida) é um análogo da guanosina. Inibe a replicação in vitro de o uma ampla faixa de DNA e RNA-viroses, como o vírus do sarampo, da herpes, e certos viroses causadoras de câncer. Suspeita-se que esta droga interfira na tradução da informações contidas no m-RNA, "atrapalhando" a síntese de proteínas virais.

A Z T

A droga 3'-Azido-3'-deoxitimidina tornou-se bastante conhecida pelo seu recente emprego no combate contra a AIDS, embora já venha sendo utilizada no tratamento de várias outras viroses. Esta substância inibe a ação da enzima DNA-polimerase, impedindo a duplicação de células infectadas.

Adamantina

O 1-aminoadamantano é uma amina tricíclica simétrica que inibe seletivamente a replicação do vírus influenza A, mesmo em baixas concentrações (<>

Fonte: www.qmc.ufsc.br


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