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7 de jul. de 2011

UE proíbe importações de sementes egípcias por causa da E.coli


A União Europeia decidiu nesta terça-feira banir importações de sementes e leguminosas do Egito até 31 de outubro após um carregamento de sementes de feno-grego (ou alforva) importado do país ter sido apontado como a provável origem do recente surto da bactéria E.coli que matou 49 pessoas na Europa, a maioria delas na Alemanha.

Um relatório da Agência Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) apontou sementes de feno-grego importadas para a produção de brotos por uma empresa alemã como a fonte do surto que teve seu ápice entre maio e junho, no qual mais de quatro mil pessoas foram contaminadas.

"O relatório publicado hoje nos leva a retirar algumas sementes egípcias dos mercados da União Europeia e implementar uma proibição temporária nas importações de todas as sementes e leguminosas vindas daquele país", disse o comissário do bloco para a Saúde, John Dalli, por meio de um comunicado.

Segundo a EFSA, foi proibida a importação de “sementes, frutas e esporos usados para plantações; leguminosas, com ou sem casca, congelados ou frescos; feno-grego; leguminosas secas, com casca ou descascados, cortados ou não; soja em grãos, partidos ou não; outras sementes e frutas oleaginosas, partidas ou não”.

A União Europeia determinou ainda que sejam recolhidas, testadas e destruídas todas as sementes de feno-grego exportadas para o continente desde 2009 pela empresa egípcia identificada como a responsável pelo pacote contaminado.

A EFSA não divulgou o nome da empresa egípcia.

Bactéria

Autoridades alemãs inicialmente responsabilizaram fazendeiros espanhois pelo surto, o que levou a Espanha a reagir, dizendo que irá exigir indenização pelos prejuízos.

A E.coli é normalmente transmitida por meio de fezes e se prende às paredes do intestino.

Cientistas dizem que a cepa da bactéria responsável pelo surto europeu é um híbrido agressivo tóxico a seres humanos e não identificado previamente em contaminação de alimentos.

A maioria das vítimas se recuperou após alguns dias de tratamento, mas centenas de pessoas infectadas desenvolveram sintomas potencialmente fatais, com reflexos nos sistemas renal e nervoso.

Nutricionista ganha processo contra criador de dieta polêmica


Um tribunal francês deu ganho de causa nesta terça-feira a um nutricionista que estava sendo processado pelo autor de uma dieta polêmica por dizer que ela pode ser prejudicial à saúde.

Jean-Michel Cohen disse que a dieta rica em proteína criada pelo também francês Pierre Dukan - autor de livros de sucesso como Dicionário de Dietética e Nutrição e Eu Não Consigo Emagrecer - poderia causar em algumas pessoas aumento de colesterol, problemas cardiovasculares e câncer de mama.

Dukan processou Cohen por difamação, mas o tribunal parisiense considerou que o nutricionista exerceu seu direito à liberdade de expressão ao fazer os comentários.

O tribunal também condenou Dukan a pagar 3 mil euros (cerca de R$ 6,7 mil) a Cohen como indenização por danos causados.

Celebridades

Acredita-se que a chamada Dieta Dukan seja seguida por cerca de 3 milhões de francesas. Ela também é associada a celebridades como a mulher do Príncipe William, Kate Middleton, a atriz Penélope Cruz e a cantora Jennifer Lopez.

A dieta começa com uma rápida perda de peso, na qual apenas proteína e farelo de aveia são consumidos.

Na segunda fase, vegetais pobres em carbohidratos, como os que não têm amido, podem ser consumidos a cada dois dias.

Na terceira fase, os seguidores da dieta podem comer normalmente, embora por um dia semanalmente, eles devam consumir apenas proteínas. Eles também se comprometem a fazer atividade física.

Na França, mais de 600 mil cópias do livro Eu Não Consigo Emagrecer foram vendidas, transformando-o em best-seller. Quando foi lançado na Grã-Bretanha, há cerca de um ano, o livro também entrou para a lista dos mais vendidos.


bbc

Efeito 'similar à maconha' explica gula por comidas gordurosas, diz estudo


Um estudo revelou que a gordura contida em alimentos como batatas fritas desencadeia um mecanismo biológico de gula no organismo que atua de modo similar aos efeitos da maconha.

A pesquisa, feita por cientistas da Universidade de Califórnia, descobriu que quando provaram comidas gordurosas, ratos, utilizados como cobaias na pesquisa, começaram a produzir substâncias químicas conhecidas como endocanabinóides, uma espécie de lipídios biologicamente ativos, que exercem um efeito semelhante ao da maconha sobre o indivíduo.

O processo, relata a pesquisa, tem início na língua, onde as gorduras contidas no alimento geram um sinal que viaja do cérebro, através de um feixe de nervos conhecido como nervo vago, para o intestino. Lá, ocorre o estímulo na produção de endocanabionóides, e a substância provoca uma onda de ativação celular, que induz à ingestão desenfreada de alimentos gordurosos.

''Nós sabemos que comidas gordurosas podem ter um um bom sabor, mas os mecanismo moleculares e sinais por trás dessa resposta eram desconhecidos. Agora sabemos que comidas gordurosas geram um sinal na língua que leva o intestino delgado a produzir as substâncias químicas conhecidas como a maconha natural do corpo humano, que induzem ao consumo de gordura '', afirma Daniele Piomelli, que comandou a pesquisa.

A pesquisa pode indicar novos caminhos na luta para conter a obesidade e outras doenças, segundo os cientistas envolvidos no estudo.

A ampla disponibilidade de alimentos gordurosos em países industrializados é considerada um fator determinante para condições como a obesidade, diabetes, câncer e doenças cardiovasculares.

O estudo sugere que pode ser possível conter a compulsão de se comer alimentos gordurosos ao se obstruir atividades endocanabinóide, por meio da utilização de medicamentos que bloqueiam a ação desses lipídios.

Como tai drogas bloqueadoras não precisam penetrar no cérebro, elas não teriam porque causar efeitos colaterais, como ansiedade e depressão, que surgem quando a ação endocanabinóide é bloqueada no cérebro, conta Piomelli.

Falta de higiene bucal pode afetar fertilidade, diz estudo


Um estudo da Austrália sugere que problemas de saúde bucal podem afetar a fertilidade feminina.

A pesquisa da Universidade do Oeste da Austrália sugere que uma higiene bucal precária é tão ruim para a fertilidade de uma mulher quanto a obesidade, fazendo com que elas demorem em média dois meses a mais para engravidar.

Os cientistas apresentaram a pesquisa em uma conferência sobre fertilidade na Suécia. Segundo os pesquisadores, mulheres com gengivas doentes precisaram de sete meses para conceber, comparados com o prazo considerado normal, de cinco meses.

De acordo com os pesquisadores, a causa pode estar ligada à doença periodontal, caracterizada por inflamação na gengiva. Se esta não for tratada, poderá desencadear uma série de reações capaz de prejudicar o funcionamento normal do corpo.

A doença periodontal já foi ligada à doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e aborto, além de baixa qualidade do esperma em homens.

"Até agora não existiam estudos publicados que investigavam se a doença nas gengivas pode afetar as chances de uma mulher conceber, então este é o primeiro relatório que sugere que a doença na gengiva pode ser um dos vários fatores que podem ser modificados para mulher melhorar as chances de uma gravidez", afirmou Roger Hart, professor líder da pesquisa.

Inflamação

O estudo da Universidade do Oeste da Austrália contou com a participação de mais de 3,5 mil mulheres.

Aquelas com problemas de gengiva apresentaram níveis elevados de marcadores para inflamação no sangue.

De acordo com o líder da pesquisa, Roger Hart, mulheres que estão tentando ter um filho agora precisam passar antes no dentista além de parar de fumar, beber, manter um peso saudável e tomar suplementos de ácido fólico.

"É bom senso aconselhar a mulher a ter certeza de que está saudável se ela quer tentar ter um filho", disse o especialista em fertilidade britânico Allan Pacey.

Médico reanima menino depois de parada cardíaca de 40 minutosUm menino de cinco anos, cujo coração parou durante 40 minutos,


Um menino de cinco anos, cujo coração parou durante 40 minutos, foi trazido de volta pelo médico do hospital onde estava internado na Grã-Bretanha, que abriu seu peito e massageou o coração com as próprias mãos.

Joshua Baker sofreu a parada cardíaca em dezembro de 2010, dias depois de passar por uma operação cardíaca arriscada no Hospital de Glenfield, em Leicester.

Notícias relacionadasCirurgia refaz conexão de veias em coração de bebê recém-nascidoAmericano carrega em mochila aparelho que bombeia coração artificialPaciente recebe primeiro stent biodegradável na Grã-Bretanha
Tópicos relacionadosSaúde, Geral, Grã-Bretanha O coração de Joshua parou de bater quando os pais do menino, Rebecca e Lee Baker, estavam perto de sua cama. Médicos e enfermeiras correram, mas um dos cirurgiões do caso de Joshua, Giles Peek, passava pelo local.

Peek abriu o peito do menino e começou a massagear o coração de Joshua durante 40 minutos até que ele voltasse a bater sozinho.

Logo depois, os médicos avisaram aos pais que, mesmo se Joshua sobrevivesse até o dia seguinte, o menino provavelmente teria algum dano cerebral devido ao fato de seu cérebro ter ficado sem oxigênio.


Os pais de Joshua permaneceram na UTI do hospital durante o incidente (Foto: Caters)
No entanto, meses depois de ter sofrido a parada cardíaca, Joshua se recuperou e voltou a viver uma vida normal.

Doença grave

Duas semanas depois de nascer, Joshua foi diagnosticado com uma doença grave e congênita do coração.

Antes dos dois anos de idade, o menino passou por quatro grandes operações e sete procedimentos menores. Em novembro de 2010, durante exames de rotina, os médicos descobriram que um dos lados do coração de Joshua estava com um problema grave que só poderia ser resolvido com uma operação longa e complexa.

A operação, para fortalecer os ventrículos do coração, era muito arriscada e os médicos alertaram a família que Joshua teria apenas 20% de chance de sobreviver.

No entanto, ele sobreviveu à operação e foi mantido na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Glenfield, onde sofreu a parada cardíaca e foi reanimado pelo médico Giles Peek.

O menino ficou na Unidade de Terapia Intensiva por duas semanas, até se recuperar.

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