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6 de fev. de 2011

Técnica com transplante de tumor a camundongo ‘cura’ paciente de câncer de pâncreas


Pesquisadores espanhois conseguiram eliminar um tumor maligno de um paciente com câncer de pâncreas em estado avançado graças a uma técnica que envolveu o transplante do tumor para camundongos.
O paciente, o americano Mark Gregoire, havia recebido em maio de 2006 o prognóstico de uma sobrevida de poucas semanas. Três de seus sete irmãos morreram em consequência do mesmo tipo de câncer de pâncreas, que mata 95% dos pacientes.
Mais de quatro anos depois, Gregoire, de 65 anos, não apresenta mais sinais do tumor em seu corpo, apesar de os médicos ainda advertirem que é cedo para dizer que ele foi totalmente curado.
Os pesquisadores, da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, e do Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas (CNIO, na sigla em espanhol), de Madri, desenvolveram as células do tumor que acometia Gregoire em camundongos de laboratório, para que pudessem testar simultaneamente a reação do tumor a dezenas de possibilidades de remédios sem expor o paciente aos possíveis efeitos colaterais.
Com isso, eles descobriram que o câncer de Gregoire podia ser tratado com a droga mitomicina-C, uma droga que inibe a divisão das células tumorais. O paciente vinha recebendo doses de quimioterapia padrão para câncer de pâncreas, sem resultados, mas se recuperou rapidamente com o novo tratamento.
“Todos os tumores têm um ponto vulnerável, mas a dificuldade é identificar isso, por conta da diversidade genômica dos tumores”, explicou à BBC Brasil o coordenador do estudo, Manuel Hidalgo.
“A probabilidade de que outro paciente com câncer de pâncreas tenha o mesmo tipo de tumor que Gregoire é de 1% a 3%”, diz ele. As variações possíveis de tratamentos chegam a quase cem, segundo ele. “Daí a necessidade de personalizar o tratamento”, afirma.
Genoma
Paralelamente ao estudo do efeito dos remédios com a ajuda dos camundongos, os médicos sequenciaram o DNA das células cancerígenas do paciente para identificar a mutação genética responsável pelo desenvolvimento do câncer.
“Analisamos cerca de 20 mil genes e encontramos uma mutação em um deles que explica por que o tumor responde bem à mitomicina-C”, relata Hidalgo.
Assim, será possível no futuro identificar se outro paciente tem um tumor com a mesma variação genética que a de Gregoire, eliminando a necessidade do procedimento com os camundongos.
O estudo do caso de Mark Gregoire foi relatado em um artigo publicado na última edição da revista especializada Molecular Cancer Therapeutics. Segundo Hidalgo, a técnica com o transplante do tumor a camundongos vem sendo ainda testada com outros 15 pacientes, com nível de sucesso semelhante.
Segundo Hidalgo, a agressividade dos tumores está relacionada em parte à falta de tratamento adequado a eles, o que pode ser resolvido pela nova técnica. “Se tivermos tratamentos mais eficazes, os tumores podem ser mais bem controlados”, afirma.
O pesquisador afirma que a técnica até agora vem sendo testada com pacientes de câncer de pâncreas, mas pode ser também usada para tumores de cólon, pulmão ou pele (melanoma), cujas células podem ser transplantadas mais facilmente para animais.

BBC

Brasil é destino cada vez mais atraente para jovens cientistas, diz Economist


Em sua edição desta semana, a revista brtânica The Economist afirma que o Brasil vem se tornando um destino cada vez mais atraente para a realização de pesquisas científicas e acadêmicas.
A revista traz dados que mostram o crescimento dessa área no país e cita iniciativas do governo que impulsionaram a pesquisa, que é um dos líderes mundiais em pesquisa, especialmente nas áreas de medicina tropical, bioenergia e biologia botânica.
No entanto, afirma que o maior trunfo do Brasil são as possibilidades oferecidas pelas universidades brasileiras para que os pesquisadors possam avançar.
"Você pode ter seu próprio laboratório aqui e pode até começar uma linha de pesquisa totalmente nova. Aqui, você é um pioneiro", afirma a geneticista botânica da Unicamp, na publicação.
Além disso, a revista destaca o fato de que as bolsas para pesquisadores iniciantes têm um valor equiparável aos padrões mundiais, mas faz uma ressalva: o mesmo não acontece para acadêmicos mais experientes.
Incentivo
"No entanto, a Fapesp está tentando (mudar essa cenário). A instituição publicou um anúncio na revista científica Nature sobre um progama de dois anos para se estudar em universidades de São Paulo", afirma a publicação.
"E apesar de a maioria das respostas ter vindo de cientistas de início de carreira, são os mais experientes que estão sendo chamados para conversar. E a Fapespa espera que durante esses dois anos, eles aprendam o português e - alguns deles - decidam ficar no país."
Segundo a revista, o Brasil formou 500 mil alunos no ensino superior e 10 mil PhDs em um ano - dez vezes mais do que há 20 anos. O país também aumento sua participação no volume total de estudos científicos publicados no mundo: de 1,7% em 2002 para 2,7% em 2008.
A Economist afirma ainda que fazer parte da iniciativa científica global está ligado também ao orgulho nacional. "Ao investir em ciência em seu próprio território, países tropicais garantem que não são apenas os problemas das nações ricas e temperadas que são resolvidos"

Google desenvolve aplicativo em 3D para o corpo humano


O Google, maior site de buscas do mundo, desenvolveu um novo aplicativo que permite explorar o corpo humano em detalhe, o Google Body Browser.
A ferramenta ainda está em fase de testes e funciona somente em navegadores que possuem webGL, uma tecnologia que permite visualização 3D em páginas da internet sem a necessidade de nenhum aplicativo adicional, como as novas versões do Mozilla Firefox e do Google Chrome.
O Google Body Browser funciona de maneira parecida com o Google Earth, e permite navegar pelos diversos sistemas do corpo humano, ampliar e identificar órgãos, músculos, ossos e tecidos.
O produto foi criado inicialmente para explorar as possibilidades da nova tecnologia, e ainda não se sabe quando será lançado.
O webGL deverá ser um recurso padrão em navegadores a partir de 2011.

Menina de 10 anos é a ‘mais jovem descobridora de uma supernova’


Uma menina canadense de dez anos de idade se tornou a pessoa mais jovem até hoje a identificar uma supernova – estrela que, ao explodir, brilha intensamente até perder luminosidade.
Kathryn Gray estava estudando imagens obtidas em um observatório amador, no último domingo, quando notou uma supernova.
As fotos haviam sido mandadas para seu pai, Paul Gray, um astrônomo amador, que ajudou Kathryn a fazer a descoberta, descartando que se tratasse de um asteroide e verificando a lista de supernovas já conhecidas.
A descoberta foi averiguada e registrada pela Sociedade Real de Astronomia do Canadá (RASC, na sigla em inglês), que considerou Kathryn a pessoa mais jovem que se tem conhecimento a conduzir tal feito.
“Estou muito empolgada. É uma ótima sensação”, disse à menina ao jornal canadense Star.
“É fantástico que alguém tão jovem demonstre paixão pela astronomia. Que descoberta incrível”, disse Deborah Thompson, da RASC.
Eventos raros
A supernova – batizada de 2010lt – foi descoberta na galáxia UGC 3378, a cerca de 240 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Camelopardalis.
Eventos raros, as supernovas consistem em explosões que marcam a morte violenta de estrelas maiores que o Sol.
Para identificar esses eventos é preciso observar imagens antigas de campos estelares e compará-las com imagens novas. A supernova se revela como um ponto mais brilhante que estrelas comuns, por isso, pode ser vista por meio de um telescópio simples.
Os eventos interessam aos astrônomos “porque produzem a maioria dos elementos químicos que fizeram a Terra e outros planetas e porque supernovas distantes podem ser usadas para estimar o tamanho e a idade do Universo”, diz a RASC em um comunicado.

Abstinência antes do casamento ajuda vida sexual, sugere estudo


Um estudo publicado pela revista científica Journal of Family Psychology, da Associação Americana de Psicologia, sugere que casais que esperam para ter relações sexuais depois do casamento acabam tendo relacionamentos mais estáveis e felizes, além de uma vida sexual mais satisfatória.
Entre os ouvidos para a pesquisa, pessoas que praticaram abstinência até a noite do casamento deram notas 22% mais altas para a estabilidade de seu relacionamento do que os demais.
As notas para a satisfação com o relacionamento também foram 20% mais altas entre os casais que esperaram, assim com as questões sobre qualidade da vida sexual (15% mais altas) e comunicação entre os cônjuges (12% maiores).
Para os casais que ficaram no meio do caminho - tiveram relações sexuais após mais tempo de relacionamento, mas antes do casamento - os benefícios foram cerca de metade daqueles observados nos casais que escolheram a castidade até a noite de núpcias.
Mais de duas mil pessoas participaram da pesquisa, preenchendo um questionário de avaliação de casamento online chamado RELATE, que incluía a pergunta "Quando você se tornou sexualmente ativo neste relacionamento?".
Religiosidade
Apesar de o estudo ter sido feito pela Universidade Brigham Young, financiada pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida como Igreja Mórmon, o pesquisador Dean Busby diz ter controlado a influência do envolvimento religioso na análise do material.
"Independentemente da religiosidade, esperar (para ter relações sexuais) ajuda na formação de melhores processos de comunicação e isso ajuda a melhorar a estabilidade e a satisfação no relacionamento no longo prazo", diz ele.
"Há muito mais num relacionamento que sexo, mas descobrimos que aqueles que esperaram mais são mais satisfeitos com o aspecto sexual de seu relacionamento."
O sociólogo Mark Regnerus, da Universidade do Texas, autor do livro Premarital Sex in America, acredita que sexo cedo demais pode realmente atrapalhar o relacionamento.
"Casais que chegam à lua de mel cedo demais - isso é, priorizam o sexo logo no início do relacionamento - frequentemente acabam em relacionamentos mal desenvolvidos em aspectos que tornam as relações estáveis e os cônjuges honestos e confiáveis

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