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3 de mai. de 2013

Devemos temer uma pandemia da nova gripe?


Surgiu uma nova doença na área - ao menos se você mora no leste da China.
Tanto tempo depois de as pessoas e a mídia perderem o interesse na gripe aviária H5N1, agora começamos a nos acostumar com um novo conjunto de letras e números. Mas devemos nos preocupar com a H7N9?

Em cerca de um mês, mais de cem pessoas foram infectadas na China. Uma em cada cinco morreu, e muitas estão hospitalizadas em estado grave. A nova gripe causa pneumonia e pode levar à falência múltipla de órgãos."Sim e não" resumem as respostas dos especialistas. Sim, por causa do potencial de vírus da gripe em provocar epidemias globais (pandemias). E não, porque o vírus por enquanto está confinado à China e não tem a capacidade, no momento, de ser transmitido entre humanos.
O vírus é originário de galinhas, e as pessoas que adoeceram haviam estado em feiras de animais vivos ou haviam tido contato com aves infectadas.
"Acho que estamos preocupados porque temos de nos preparar. Alarmados? Não. O vírus em humanos ainda está restrito a uma região chinesa", diz John McCauley, diretor de um centro colaborador da Organização Mundial da Saúde na Grã-Bretanha.
"(A China) tem uma população grande, mas a infecção parece estar limitada ao contato com animais e não está se espalhando de humano para humano."

'Apocalipse' e mutações

Durante anos, infectologistas e a OMS advertiram - muitas vezes de forma apocalíptica - quanto aos perigos da H5N1. O "H" e o "N" do nome são as proteínas do vírus, que recebe o nome de seus diferentes subtipos. O H5N1 tem infectado e matado humanos desde 1997 - foram 628 casos e 374 mortes.
Agora, essa variação não está mais nas manchetes internacionais, mas causou oito mortes no Camboja neste ano. Apesar disso, felizmente é predominantemente uma doença aviária e não se transmite facilmente entre humanos.
Isso não significa, porém, que o H5N1 ou o H7N9 não possam proporcionar a infecção entre humanos. No ano passado, cientistas mostraram que, com cerca de cinco mutações, a gripe aviária poderia adquirir essa capacidade de transmissão.
A H7N9 já passou por duas dessas mutações, em cerca de um mês. Mas é impossível prever se esse processo continuará.
"É como jogar dados ou na loteria. No momento, limitar o número de pessoas infectadas pelo vírus é o melhor que podemos fazer para minimizar a chance de que ele cause uma pandemia", diz a professora Wendy Barclay, do Imperial College, em Londres.

Incapacidade de previsão

Especialistas em influenza oscilam no tênue limite entre alertar o público ou alarmá-lo.
"Esperamos por anos pela transmissão entre humanos do H5N1. Mas isso não significa que essa transmissão não possa ocorrer esta noite ou amanhã. Temos que ser honestos quanto à incapacidade de prever se e quando isso vai acontecer", diz o professor Jeremy Farrar, diretor de um programa do Wellcome Trust no Vietnã considerado referência em pesquisa de doenças infecciosas.
Ao contrário do H5N1, o novo vírus da gripe não adoece as aves, o que faz com que seja muito difícil identificar os bandos infectados. Especialistas internacionais elogiaram as autoridades chinesas pela forma como elas compartilharam informações a respeito da recente epidemia.
Muitos manterão seu ceticismo quanto ao risco de uma pandemia de gripe, lembrando que a crise da gripe suína de 2009 foi menos séria do que o previsto.
Mas pandemias são, historicamente, responsáveis pela morte de milhões de pessoas. Por isso, vão continuar os esforços em busca de uma vacina e na tentativa de monitorar o vírus H7N9.

BBC

23 de abr. de 2013

MODELOS BIOLÓGICOS







PROJETO : VOCÊ É O QUE VOCÊ COME;











15 de abr. de 2013

.Cientistas identificam origem de mamíferos placentários

Um grupo de cientistas de diversos países conseguiu mapear a origem de todos os mamíferos placentários: trata-se de um pequeno animal peludo que se alimenta de insetos.
Ao contrário dos monotremados, que põem ovos, e dos marsupiais, que nutrem seus fetos em bolsas, como no caso dos cangurus, os mamíferos placentários crescem dentro de um útero e são alimentados por meio de uma placenta durante a gestação.
Mamífero placentário | Foto: AFP

 

O grupo é vasto e inclui animais como baleias, elefantes, cachorros, morcegos e os seres humanos.
Um artigo na revista especializada Science fornece mais detalhes sobre o potencial habitat da criatura ancestral, que teria surgido pouco após o desaparecimento dos dinossauros.
O local de origem dessa espécie tinha sido tema de intensos debates durante muitos anos.

Diversidade

Os mamíferos placentários, ao contrário dos que botam ovos e dos marsupiais, são um grupo muito diverso, atualmente com mais de 5 mil espécies.
Elas incluem animais que podem voar, nadar e correr, e pesam entre algumas gramas e centenas de toneladas.
E decifrar o passado distante deles com base em fósseis e animais vivos atualmente é de fato uma tarefa subjetiva.
Mas os trabalhos mais recentes tratam da questão com detalhes sem precedentes, levando até seis anos para desenvolver uma base de dados físicos e genéticos cerca de dez vezes maior do que qualquer uma construída anteriormente – usando técnicas modernas.
Para construir essa base de dados, os especialistas juntaram mais de 4.500 detalhes de fenótipo: comprimento de membros, formato de dentes, comprimento de pelagem, se presente, dentre outros, de 86 diferentes espécies vivas e 40 fósseis de animais extintos.
Maureen O'Leary, da Universidade Stony Brook, de Nova York, diz que o grupo mudou a maneira de lidar com pesquisa em paleontologia.
"A anatomia e a pesquisa em paleontologia tinham uma perspectiva muito do século 19 –de que sentaríamos em pequenos grupos em laboratórios descrevendo fósseis. Esta é uma parte muito eficiente e importante do que fazemos, mas ao tentar trazer isso para o século 21 e usando novos softwares, nós conseguimos juntar um grupo de cientistas e lidar com um problema muito maior", explica.

RIM ARTIFICIAL

Um rim "criado" em laboratório foi transplantado para animais onde começou a produzir urina, afirmam cientistas norte-americanos.
A técnica, desenvolvida pelo Hospital Geral de Massachusetts e apresentada na publicação Nature Medicine, resulta em rins menos eficazes do que os naturais. Mesmo assim, os pesquisadores de medicina regenerativa afirmam que ela representa uma enorme promessa.

 

  • tecnicas semelhantes para desenvolver partes do corpo mais simples já tinham sido utilizadas antes, mas o rim é um dos órgãos mais complicados de ser desenvolvido.
Os rins filtram o sangue para remover resíduos e excesso de água. Eles também são o órgão com o maior número de pacientes na fila de espera de transplantes.
A técnica dos cientistas americanos consiste em usar um rim velho, retirar todas as suas células antigas e deixar apenas uma espécie de esqueleto, uma estrutura básica, que funcione como uma espécie de armação. A partir daí, o rim seria então reconstruído com células retiradas do paciente.
Isso teria duas grandes vantagens sobre os habituais transplantes de rim.
Como o novo tecido será formado com células do paciente, não será necessário o uso de drogas antirrejeição, que evitam que o sistema imunológico bloqueie o funcionamento do órgão "estranho" ao corpo.
Seria possível também aumentar consideravelmente o número de órgãos disponíveis para transplante. A maioria dos órgãos usados atualmente acaba rejeitada.

Teia de células

Nesse estudo, os pesquisadores usaram um rim de rato e aplicaram um detergente para retirar as células velhas.
A teia de células restante, formada por proteínas, tem a forma do rim, e inclui uma intrincada rede de vasos sanguíneos e tubos de drenagem.
Esta rede de tubos foi utilizada para bombear as células adequadas para a parte direita do rim, onde se juntaram com a "armação" para reconstruir o órgão.
O órgão reconstituído foi mantido em um forno especial por 12 dias para imitar as condições no corpo de um rato.
Quando os rins foram testadas em laboratório, a produção de urina chegou a 23% das estruturas naturais.
 
A equipe, então, transplantou o órgão para um rato. Uma vez dentro do corpo, a eficácia do rim caiu para 5%.
No entanto, o pesquisador principal, Harald Ott, disse à BBC que a restauração de uma pequena fração da função normal já pode ser suficiente: "Se você estiver em hemodiálise, uma função renal de 10% a 15% já seria suficiente para livrar o paciente da hemodiálise. Ou seja, não temos que ir até o fim (garantir os 100% da função renal)."
Ele disse que o potencial é enorme: "Se você pensar sobre os Estados Unidos, há 100 mil pacientes aguardando por transplantes de rim e há apenas cerca de 18 mil transplantes realizados por ano."
"O impacto clínico de um tratamento bem-sucedido seria enorme."

'Realmente impressionante'

Seriam necessárias ainda várias pesquisas antes de que o procedimento fosse aprovado para uso em pessoas.
A técnica necessita ser mais eficiente, para a restauração de um maior nível de função renal. Os pesquisadores também precisam provar que o rim continuaria a funcionar por um longo tempo.
Haverá também os desafios impostos pelo tamanho de um rim humano. É mais difícil colocar as células novas no lugar certo em um órgão maior.
O professor Martin Birchall, cirurgião do University College de Londres, envolveu-se em transplantes de traqueia produzidos a partir de armações desenvolvidas em laboratório.
Sobre a pesquisa com o rim, ele disse: "É extremamente interessante, e realmente impressionante."
"Eles (os pesquisadores que desenvolveram o rim de rato) abordaram algumas das principais barreiras técnicas para tornar possível a utilização de medicina regenerativa para tratar de uma necessidade médica muito importante."
Ele disse que tornar o desenvolvimento de órgãos acessível a pessoas que necessitam de um transplante de órgão poderia revolucionar a medicina: "Do ponto de vista cirúrgico, é quase o nirvana da medicina regenerativa que você possa atender à maior necessidade de órgãos para transplante no mundo - o rim."
 
BBC

7 de abr. de 2013

LISTA DE EXERCÍCIOS 1-BIOESTAR


2007
Se a exploração descontrolada e predatória verificada atualmente continuar por mais alguns anos, pode-se antecipar a extinção do mogno. Essa madeira já desapareceu de extensas áreas do Pará, de Mato Grosso, de Rondônia, e há indícios de que a diversidade e o número de indivíduos existentes podem não ser suficientes para garantir a sobrevivência da espécie a longo prazo.
A diversidade é um elemento fundamental na sobrevivência de qualquer ser vivo. Sem ela, perde-se a capacidade de adaptação ao ambiente, que muda tanto por interferência humana como por causas naturais.
Internet: (com adaptações).
Com relação ao problema descrito no texto, é correto afirmar que:
A) a baixa adaptação do mogno ao ambiente amazônico é causa da extinção dessa madeira.
B) a extração predatória do mogno pode reduzir o número de indivíduos dessa espécie e prejudicar sua diversidade genética.
C) as causas naturais decorrentes das mudanças climáticas globais contribuem mais para a extinção do mogno que a interferência humana.
D) a redução do número de árvores de mogno ocorre na mesma medida em que aumenta a diversidade biológica dessa madeira na região amazônica.
E) o desinteresse do mercado madeireiro internacional pelo mogno contribuiu para a redução da exploração predatória dessa espécie.

Nos últimos 50 anos, as temperaturas de inverno na península antártica subiram quase 6 oC. Ao contrário do esperado, o aquecimento tem aumentado a precipitação de neve. Isso ocorre porque o gelo marinho, que forma um manto impermeável sobre o oceano, está derretendo devido à elevação de temperatura, o que permite que mais umidade escape para a atmosfera. Essa umidade cai na
forma de neve.
Logo depois de chegar a essa região, certa espécie de pingüins precisa de solos nus para construir seus ninhos de pedregulhos. Se a neve não derrete a tempo, eles põem seus ovos sobre ela. Quando a neve finalmente derrete, os ovos se encharcam de água e goram.
Scientific American Brasil, ano 2, n.º 21, 2004, p.80 (com adaptações).

A partir do texto acima, analise as seguintes afirmativas.
I O aumento da temperatura global interfere no ciclo da água na península antártica.
II O aquecimento global pode interferir no ciclo de vida de espécies típicas de região de clima polar.
III A existência de água em estado sólido constitui fator crucial para a manutenção da vida em alguns biomas.
É correto o que se afirma:
A apenas em I.
B apenas em II.
C apenas em I e II.
D apenas em II e III.
E em I, II e III.

Devido ao aquecimento global e à conseqüente diminuição da cobertura de gelo no Ártico, aumenta a distância que os ursos polares precisam nadar para encontrar alimentos. Apesar de exímios nadadores, eles acabam morrendo afogados devido ao cansaço.
A situação descrita acima:
A) enfoca o problema da interrupção da cadeia alimentar, o qual decorre das variações climáticas.
B) alerta para prejuízos que o aquecimento global pode acarretar à biodiversidade no Ártico.
C) ressalta que o aumento da temperatura decorrente de mudanças climáticas permite o surgimento de novas espécies.
D) mostra a importância das características das zonas frias para a manutenção de outros biomas na Terra.
E) evidencia a autonomia dos seres vivos em relação ao habitat, visto que eles se adaptam rapidamente às mudanças nas condições climáticas.

Quanto mais desenvolvida é uma nação, mais lixo cada um de seus habitantes produz. Além de o progresso elevar o volume de lixo, ele também modifica a qualidade do material despejado. Quando a sociedade progride, ela troca a televisão, o computador, compra mais brinquedos e aparelhos eletrônicos. Calcula-se que 700 milhões de aparelhos celulares já foram jogados fora em todo o
mundo. O novo lixo contém mais mercúrio, chumbo, alumínio e bário. Abandonado nos lixões, esse material se deteriora e vaza. As substâncias liberadas infiltram-se no solo e podem chegar aos lençóis freáticos ou a rios próximos, espalhando-se pela água.
Anuário Gestão Ambiental 2007, p. 47-8 (com adaptações).

A respeito da produção de lixo e de sua relação com o ambiente, é correto afirmar que
A) as substâncias químicas encontradas no lixo levam, freqüentemente, ao aumento da diversidade de espécies e, portanto, ao aumento da produtividade agrícola do solo.
B) o tipo e a quantidade de lixo produzido pela sociedade independem de políticas de educação que proponham mudanças no padrão de consumo.
C) a produção de lixo é inversamente proporcional ao nível de desenvolvimento econômico das sociedades.
D) o desenvolvimento sustentável requer controle e monitoramento dos efeitos do lixo sobre espécies existentes em cursos d’água, solo e vegetação.
E) o desenvolvimento tecnológico tem elevado a criação de produtos descartáveis, o que evita a geração de lixo e resíduos químicos.

2008

O gráfico abaixo ilustra o resultado de um estudo sobre o aquecimento global. A curva mais escura e contínua representa o resultado de um cálculo em que se considerou a soma de cinco fatores que influenciaram a temperatura média global de 1900 a 1990, conforme mostrado na legenda do gráfico. A contribuição efetiva de cada um desses cinco fatores isoladamente é mostrada na parte inferior do gráfico.

Os dados apresentados revelam que, de 1960 a 1990, contribuíram de forma efetiva e positiva para aumentar a temperatura atmosférica:
A) aerossóis, atividade solar e atividade vulcânica.
B) atividade vulcânica, ozônio e gases estufa.
C) aerossóis, atividade solar e gases estufa.
D) aerossóis, atividade vulcânica e ozônio.
E) atividade solar, gases estufa e ozônio.
Os ingredientes que compõem uma gotícula de nuvem são o vapor de água e um núcleo de condensação de nuvens (NCN). Em torno desse núcleo, que consiste em uma minúscula partícula em suspensão no ar, o vapor de água se condensa, formando uma gotícula microscópica, que, devido a uma série de processos físicos, cresce até precipitar-se como chuva.
Na floresta Amazônica, a principal fonte natural de NCN é a própria vegetação. As chuvas de nuvens baixas, na estação chuvosa, devolvem os NCNs, aerossóis, à superfície, praticamente no mesmo lugar em que foram gerados pela floresta. As nuvens altas são carregadas por ventos mais intensos, de altitude, e viajam centenas de quilômetros de seu local de origem, exportando as partículas contidas no interior das gotas de chuva.
Na Amazônia, cuja taxa de precipitação é uma das mais altas do mundo, o ciclo de evaporação e precipitação natural é altamente eficiente.
Com a chegada, em larga escala, dos seres humanos à Amazônia, ao longo dos últimos 30 anos, parte dos ciclos naturais está sendo alterada. As emissões de poluentes atmosféricos pelas queimadas, na época da seca, modificam as características físicas e químicas da atmosfera amazônica, provocando o seu aquecimento, com modificação do perfil natural da variação da temperatura com a altura, o que torna mais difícil a formação de nuvens.
Paulo Artaxo et al. O mecanismo da floresta para fazer chover. In: Scientific American Brasil, ano 1, n.º 11, abr./2003, p. 38-45 (com adaptações).
Na Amazônia, o ciclo hidrológico depende fundamentalmente:
A) da produção de CO2 oriundo da respiração das árvores.
B) da evaporação, da transpiração e da liberação de aerossóis que atuam como NCNs.
C) das queimadas, que produzem gotículas microscópicas de água, as quais crescem até se precipitarem como chuva.
D) das nuvens de maior altitude, que trazem para a floresta NCNs produzidos a centenas de quilômetros de seu local de origem.
E) da intervenção humana, mediante ações que modificam as características físicas e químicas da atmosfera da região.

As florestas tropicais estão entre os maiores, mais diversos e complexos biomas do planeta. Novos estudos sugerem que elas sejam potentes reguladores do clima, ao provocarem um fluxo de umidade para o interior dos continentes, fazendo com que essas áreas de floresta não sofram variações extremas de temperatura e tenham umidade suficiente para promover a vida. Um fluxo puramente físico de umidade do oceano para o continente, em locais onde não há florestas, alcança poucas centenas de quilômetros. Verifica-se, porém, que as chuvas sobre florestas nativas não dependem da proximidade do oceano. Esta evidência aponta para a existência de uma poderosa “bomba biótica de umidade” em lugares como, por exemplo, a bacia amazônica. Devido à grande e densa área de folhas, as quais são evaporadores otimizados, essa “bomba” consegue devolver rapidamente a água para o ar, mantendo ciclos de evaporação e condensação que fazem a umidade chegar a milhares de quilômetros no interior do continente.
A. D. Nobre. Almanaque Brasil Socioambiental. Instituto Socioambiental, 2008, p. 368-9 (com adaptações).
As florestas crescem onde chove, ou chove onde crescem
as florestas? De acordo com o texto,
A onde chove, há floresta.
B onde a floresta cresce, chove.
C onde há oceano, há floresta.
D apesar da chuva, a floresta cresce.
E no interior do continente, só chove onde há floresta.

Um grupo de ecólogos esperava encontrar aumento de tamanho das acácias, árvores preferidas de grandes mamíferos herbívoros africanos, como girafas e elefantes, já que a área estudada era cercada para evitar a entrada desses herbívoros. Para espanto dos cientistas, as acácias pareciam menos viçosas, o que os levou a compará-las com outras de duas áreas de savana: uma área na qual os herbívoros circulam livremente e fazem podas regulares nas acácias, e outra de onde eles foram retirados há 15 anos. O esquema a seguir mostra os resultados observados nessas duas áreas.

De acordo com as informações acima,
A) a presença de populações de grandes mamíferos herbívoros provoca o declínio das acácias.
B) os hábitos de alimentação constituem um padrão de comportamento que os herbívoros aprendem pelo uso, mas que esquecem pelo desuso.
C) as formigas da espécie 1 e as acácias mantêm uma relação benéfica para ambas.
D) os besouros e as formigas da espécie 2 contribuem para a sobrevivência das acácias.
E) a relação entre os animais herbívoros, as formigas e as acácias é a mesma que ocorre entre qualquer predador e sua presa.

Um estudo recente feito no Pantanal dá uma boa idéia de como o equilíbrio entre as espécies, na natureza, é um verdadeiro quebra-cabeça. As peças do quebra-cabeça são o tucano-toco, a arara-azul e o manduvi. O tucano-toco é o único pássaro que consegue abrir o fruto e engolir a semente do manduvi, sendo, assim, o principal dispersor de suas sementes. O manduvi, por sua vez, é uma das poucas árvores onde as araras-azuis fazem seus ninhos.
Até aqui, tudo parece bem encaixado, mas... é justamente o tucano-toco o maior predador de ovos de arara-azul — mais da metade dos ovos das araras são predados pelos tucanos. Então, ficamos na seguinte encruzilhada: se não há tucanos-toco, os manduvis se extinguem, pois não há dispersão de suas sementes e não surgem novos manduvinhos, e isso afeta as araras-azuis, que não têm onde fazer seus ninhos. Se, por outro lado, há muitos tucanos-toco, eles dispersam as sementes dos manduvis, e as araras-azuis têm muito lugar para fazer seus ninhos, mas seus ovos são muito predados.
Internet: (com adaptações).
De acordo com a situação descrita,
A o manduvi depende diretamente tanto do tucano-toco como da arara-azul para sua sobrevivência.
B o tucano-toco, depois de engolir sementes de manduvi, digere-as e torna-as inviáveis.
C a conservação da arara-azul exige a redução da população de manduvis e o aumento da população de tucanos-toco.
D a conservação das araras-azuis depende também da conservação dos tucanos-toco, apesar de estes serem predadores daquelas.
E a derrubada de manduvis em decorrência do desmatamento diminui a disponibilidade de locais para os tucanos fazerem seus ninhos.

Usada para dar estabilidade aos navios, a água de lastro acarreta grave problema ambiental: ela introduz indevidamente, no país, espécies indesejáveis do ponto de vista ecológico e sanitário, a exemplo do mexilhão dourado, molusco originário da China. Trazido para o Brasil pelos navios mercantes, o mexilhão dourado foi encontrado na bacia Paraná-Paraguai em 1991.
A disseminação desse molusco e a ausência de predadores para conter o crescimento da população de moluscos causaram vários problemas, como o que ocorreu na hidrelétrica de Itaipu, onde o mexilhão alterou a rotina de manutenção das turbinas, acarretando prejuízo de US$ 1 milhão por dia, devido à paralisação do sistema. Uma das estratégias utilizadas para diminuir o problema é
acrescentar gás cloro à água, o que reduz em cerca de 50% a taxa de reprodução da espécie.
GTÁGUAS, MPF, 4.ª CCR, ano 1, n.º 2, maio/2007 (com adaptações).
De acordo com as informações acima, o despejo da água de lastro:
A) é ambientalmente benéfico por contribuir para a seleção natural das espécies e, conseqüentemente, para a evolução delas.
B) trouxe da China um molusco, que passou a compor a flora aquática nativa do lago da hidrelétrica de Itaipu.
C) causou, na usina de Itaipu, por meio do microrganismo invasor, uma redução do suprimento de água para as turbinas.
D) introduziu uma espécie exógena na bacia Paraná- Paraguai, que se disseminou até ser controlada por seus predadores naturais.
E) motivou a utilização de um agente químico na água como uma das estratégias para diminuir a reprodução do mexilhão dourado.

2009
A atmosfera terrestre é composta pelos gases
nitrogênio (N2) e oxigênio (O2), que somam cerca de 99%, e por gases traços, entre eles o gás carbônico (CO2), vapor de água (H2O), metano (CH4), ozônio (O3) e o óxido nitroso
(N2O), que compõem o restante 1% do ar que respiramos. Os gases traços, por serem constituídos por pelo menos três átomos, conseguem absorver o calor irradiado pela Terra, aquecendo o planeta. Esse fenômeno, que acontece há bilhões de anos, é chamado de efeito estufa. A partir da Revolução Industrial (século XIX), a concentração de gases traços na atmosfera, em particular o CO2, tem aumentado significativamente, o que resultou no aumento da temperatura em escala global. Mais recentemente, outro fator tornou-se diretamente envolvido no aumento da concentração de CO2 na atmosfera: o desmatamento.
BROWN, I. F.; ALECHANDRE, A. S. Conceitos básicos sobre clima,
carbono, florestas e comunidades. A.G. Moreira & S.
Schwartzman. As mudanças climáticas globais e os
ecossistemas brasileiros. Brasília: Instituto de Pesquisa
Ambiental da Amazônia, 2000 (adaptado).
Considerando o texto, uma alternativa viável para combater o efeito estufa é
A) reduzir o calor irradiado pela Terra mediante a substituição da produção primária pela industrialização refrigerada.
B) promover a queima da biomassa vegetal, responsável pelo aumento do efeito estufa devido à produção de CH4.
C) reduzir o desmatamento, mantendo-se, assim, o potencial da vegetação em absorver o CO2 da atmosfera.
D) aumentar a concentração atmosférica de H2O, molécula capaz de absorver grande quantidade de calor.
E) remover moléculas orgânicas polares da atmosfera, diminuindo a capacidade delas de reter calor.

O ciclo biogeoquímico do carbono compreende
diversos compartimentos, entre os quais a Terra, a atmosfera e os oceanos, e diversos processos que permitem a transferência de compostos entre esses reservatórios. Os estoques de carbono armazenados na forma de recursos não renováveis, por exemplo, o petróleo, são limitados, sendo de grande relevância que se perceba a importância da substituição de combustíveis fósseis por combustíveis de fontes renováveis. A utilização de combustíveis fósseis interfere no ciclo do carbono, pois provoca:
A) aumento da porcentagem de carbono contido na Terra.
B) redução na taxa de fotossíntese dos vegetais
superiores.
C) aumento da produção de carboidratos de origem vegetal.
D) aumento na quantidade de carbono presente na atmosfera.
E) redução da quantidade global de carbono armazenado nos oceanos.

As mudanças climáticas e da vegetação ocorridas nos trópicos da América do Sul têm sido bem documentadas por diversos autores, existindo um grande acúmulo de evidências geológicas ou paleoclimatológicas que evidenciam essas mudanças ocorridas durante o
Quaternário nessa região. Essas mudanças resultaram em restrição da distribuição das florestas pluviais, com expansões concomitantes de habitats não-florestais durante períodos áridos (glaciais), seguido da expansão das florestas pluviais e restrição das áreas não-florestais durante períodos úmidos (interglaciais).
Disponível em: http://zoo.bio.ufpr.br. Acesso em: 1 maio 2009.
Durante os períodos glaciais,
A) as áreas não-florestais ficam restritas a refúgios ecológicos devido à baixa adaptabilidade de espécies não-florestais a ambientes áridos.
B) grande parte da diversidade de espécies vegetais é reduzida, uma vez que necessitam de condições semelhantes a dos períodos interglaciais.
C) a vegetação comum ao cerrado deve ter se limitado a uma pequena região do centro do Brasil, da qual se  expandiu até atingir a atual distribuição.
D) plantas com adaptações ao clima árido, como o desenvolvimento de estruturas que reduzem a perda de água, devem apresentar maior área de distribuição.
E) florestas tropicais como a amazônica apresentam distribuição geográfica mais ampla, uma vez que são densas e diminuem a ação da radiação solar sobre o solo e reduzem os efeitos da aridez.

Uma pesquisadora deseja reflorestar uma área de mata ciliar quase que totalmente desmatada. Essa formação vegetal é um tipo de floresta muito comum nas margens de rios dos cerrados no Brasil central e, em seu clímax, possui vegetação arbórea perene e apresenta dossel fechado, com pouca incidência luminosa no solo e nas plântulas. Sabe-se que a incidência de luz, a disponibilidade de nutrientes e a umidade do solo são os principais fatores do meio ambiente físico que influenciam no desenvolvimento da planta. Para testar unicamente os efeitos da variação de luz, a pesquisadora analisou, em casas de vegetação com condições controladas, o desenvolvimento de plantas de 10 espécies nativas da região desmatada sob quatro condições de luminosidade:
uma sob sol pleno e as demais em diferentes níveis de sombreamento. Para cada tratamento experimental, a pesquisadora relatou se o desenvolvimento da planta foi bom, razoável ou ruim, de acordo com critérios específicos. Os resultados obtidos foram os seguintes:

Para o reflorestamento da região desmatada,
A) a espécie 8 é mais indicada que a 1, uma vez que aquela possui melhor adaptação a regiões com maior incidência de luz.
B) recomenda-se a utilização de espécies pioneiras, isto é, aquelas que suportam alta incidência de luz, como as espécies 2, 3 e 5.
C) sugere-se o uso de espécies exóticas, pois somente essas podem suportar a alta incidência luminosa característica de regiões desmatadas.
D) espécies de comunidade clímax, como as 4 e 7, são as mais indicadas, uma vez que possuem boa capacidade de aclimatação a diferentes ambientes.
E) é recomendado o uso de espécies com melhor desenvolvimento à sombra, como as plantas das espécies 4, 6, 7, 9 e 10, pois essa floresta, mesmo no estágio de degradação referido, possui dossel fechado, o que impede a entrada de luz.

O cultivo de camarões de água salgada vem se
desenvolvendo muito nos últimos anos na região Nordeste do Brasil e, em algumas localidades, passou a ser a principal atividade econômica. Uma das grandes preocupações dos impactos negativos dessa atividade está relacionada à descarga, sem nenhum tipo de tratamento, dos efluentes dos viveiros diretamente no ambiente marinho, em estuários ou em manguezais. Esses efluentes possuem matéria orgânica particulada e dissolvida, amônia, nitrito, nitrato, fosfatos, partículas de sólidos em suspensão e outras substâncias que podem ser consideradas contaminantes potenciais.
CASTRO, C. B.; ARAGÃO, J. S.; COSTA-LOTUFO, L. V. Monitoramento da toxicidade de efluentes de uma fazenda de cultivo de camarão marinho. Anais do IX Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia, 2006 (adaptado).
Suponha que tenha sido construída uma fazenda de carcinicultura próximo a um manguezal. Entre as perturbações ambientais causadas pela fazenda, espera-se que:
A) a atividade microbiana se torne responsável pela reciclagem do fósforo orgânico excedente no ambiente marinho.
B) a relativa instabilidade das condições marinhas torne as alterações de fatores físico-químicos pouco críticas à vida no mar.
C) a amônia excedente seja convertida em nitrito, por meio do processo de nitrificação, e em nitrato, formado como produto intermediário desse processo.
D) os efluentes promovam o crescimento excessivo de plantas aquáticas devido à alta diversidade de espécies vegetais permanentes no manguezal.
E) o impedimento da penetração da luz pelas partículas em suspensão venha a comprometer a produtividade primária do ambiente marinho, que resulta da atividade metabólica do fitoplâncton.

Gabarito
2007b-e-b-d
2008 e-b-b-c-d-e
2009 d-b-e-b e-  





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