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7 de abr. de 2013

LISTA DE EXERCÍCIOS 1-BIOESTAR


2007
Se a exploração descontrolada e predatória verificada atualmente continuar por mais alguns anos, pode-se antecipar a extinção do mogno. Essa madeira já desapareceu de extensas áreas do Pará, de Mato Grosso, de Rondônia, e há indícios de que a diversidade e o número de indivíduos existentes podem não ser suficientes para garantir a sobrevivência da espécie a longo prazo.
A diversidade é um elemento fundamental na sobrevivência de qualquer ser vivo. Sem ela, perde-se a capacidade de adaptação ao ambiente, que muda tanto por interferência humana como por causas naturais.
Internet: (com adaptações).
Com relação ao problema descrito no texto, é correto afirmar que:
A) a baixa adaptação do mogno ao ambiente amazônico é causa da extinção dessa madeira.
B) a extração predatória do mogno pode reduzir o número de indivíduos dessa espécie e prejudicar sua diversidade genética.
C) as causas naturais decorrentes das mudanças climáticas globais contribuem mais para a extinção do mogno que a interferência humana.
D) a redução do número de árvores de mogno ocorre na mesma medida em que aumenta a diversidade biológica dessa madeira na região amazônica.
E) o desinteresse do mercado madeireiro internacional pelo mogno contribuiu para a redução da exploração predatória dessa espécie.

Nos últimos 50 anos, as temperaturas de inverno na península antártica subiram quase 6 oC. Ao contrário do esperado, o aquecimento tem aumentado a precipitação de neve. Isso ocorre porque o gelo marinho, que forma um manto impermeável sobre o oceano, está derretendo devido à elevação de temperatura, o que permite que mais umidade escape para a atmosfera. Essa umidade cai na
forma de neve.
Logo depois de chegar a essa região, certa espécie de pingüins precisa de solos nus para construir seus ninhos de pedregulhos. Se a neve não derrete a tempo, eles põem seus ovos sobre ela. Quando a neve finalmente derrete, os ovos se encharcam de água e goram.
Scientific American Brasil, ano 2, n.º 21, 2004, p.80 (com adaptações).

A partir do texto acima, analise as seguintes afirmativas.
I O aumento da temperatura global interfere no ciclo da água na península antártica.
II O aquecimento global pode interferir no ciclo de vida de espécies típicas de região de clima polar.
III A existência de água em estado sólido constitui fator crucial para a manutenção da vida em alguns biomas.
É correto o que se afirma:
A apenas em I.
B apenas em II.
C apenas em I e II.
D apenas em II e III.
E em I, II e III.

Devido ao aquecimento global e à conseqüente diminuição da cobertura de gelo no Ártico, aumenta a distância que os ursos polares precisam nadar para encontrar alimentos. Apesar de exímios nadadores, eles acabam morrendo afogados devido ao cansaço.
A situação descrita acima:
A) enfoca o problema da interrupção da cadeia alimentar, o qual decorre das variações climáticas.
B) alerta para prejuízos que o aquecimento global pode acarretar à biodiversidade no Ártico.
C) ressalta que o aumento da temperatura decorrente de mudanças climáticas permite o surgimento de novas espécies.
D) mostra a importância das características das zonas frias para a manutenção de outros biomas na Terra.
E) evidencia a autonomia dos seres vivos em relação ao habitat, visto que eles se adaptam rapidamente às mudanças nas condições climáticas.

Quanto mais desenvolvida é uma nação, mais lixo cada um de seus habitantes produz. Além de o progresso elevar o volume de lixo, ele também modifica a qualidade do material despejado. Quando a sociedade progride, ela troca a televisão, o computador, compra mais brinquedos e aparelhos eletrônicos. Calcula-se que 700 milhões de aparelhos celulares já foram jogados fora em todo o
mundo. O novo lixo contém mais mercúrio, chumbo, alumínio e bário. Abandonado nos lixões, esse material se deteriora e vaza. As substâncias liberadas infiltram-se no solo e podem chegar aos lençóis freáticos ou a rios próximos, espalhando-se pela água.
Anuário Gestão Ambiental 2007, p. 47-8 (com adaptações).

A respeito da produção de lixo e de sua relação com o ambiente, é correto afirmar que
A) as substâncias químicas encontradas no lixo levam, freqüentemente, ao aumento da diversidade de espécies e, portanto, ao aumento da produtividade agrícola do solo.
B) o tipo e a quantidade de lixo produzido pela sociedade independem de políticas de educação que proponham mudanças no padrão de consumo.
C) a produção de lixo é inversamente proporcional ao nível de desenvolvimento econômico das sociedades.
D) o desenvolvimento sustentável requer controle e monitoramento dos efeitos do lixo sobre espécies existentes em cursos d’água, solo e vegetação.
E) o desenvolvimento tecnológico tem elevado a criação de produtos descartáveis, o que evita a geração de lixo e resíduos químicos.

2008

O gráfico abaixo ilustra o resultado de um estudo sobre o aquecimento global. A curva mais escura e contínua representa o resultado de um cálculo em que se considerou a soma de cinco fatores que influenciaram a temperatura média global de 1900 a 1990, conforme mostrado na legenda do gráfico. A contribuição efetiva de cada um desses cinco fatores isoladamente é mostrada na parte inferior do gráfico.

Os dados apresentados revelam que, de 1960 a 1990, contribuíram de forma efetiva e positiva para aumentar a temperatura atmosférica:
A) aerossóis, atividade solar e atividade vulcânica.
B) atividade vulcânica, ozônio e gases estufa.
C) aerossóis, atividade solar e gases estufa.
D) aerossóis, atividade vulcânica e ozônio.
E) atividade solar, gases estufa e ozônio.
Os ingredientes que compõem uma gotícula de nuvem são o vapor de água e um núcleo de condensação de nuvens (NCN). Em torno desse núcleo, que consiste em uma minúscula partícula em suspensão no ar, o vapor de água se condensa, formando uma gotícula microscópica, que, devido a uma série de processos físicos, cresce até precipitar-se como chuva.
Na floresta Amazônica, a principal fonte natural de NCN é a própria vegetação. As chuvas de nuvens baixas, na estação chuvosa, devolvem os NCNs, aerossóis, à superfície, praticamente no mesmo lugar em que foram gerados pela floresta. As nuvens altas são carregadas por ventos mais intensos, de altitude, e viajam centenas de quilômetros de seu local de origem, exportando as partículas contidas no interior das gotas de chuva.
Na Amazônia, cuja taxa de precipitação é uma das mais altas do mundo, o ciclo de evaporação e precipitação natural é altamente eficiente.
Com a chegada, em larga escala, dos seres humanos à Amazônia, ao longo dos últimos 30 anos, parte dos ciclos naturais está sendo alterada. As emissões de poluentes atmosféricos pelas queimadas, na época da seca, modificam as características físicas e químicas da atmosfera amazônica, provocando o seu aquecimento, com modificação do perfil natural da variação da temperatura com a altura, o que torna mais difícil a formação de nuvens.
Paulo Artaxo et al. O mecanismo da floresta para fazer chover. In: Scientific American Brasil, ano 1, n.º 11, abr./2003, p. 38-45 (com adaptações).
Na Amazônia, o ciclo hidrológico depende fundamentalmente:
A) da produção de CO2 oriundo da respiração das árvores.
B) da evaporação, da transpiração e da liberação de aerossóis que atuam como NCNs.
C) das queimadas, que produzem gotículas microscópicas de água, as quais crescem até se precipitarem como chuva.
D) das nuvens de maior altitude, que trazem para a floresta NCNs produzidos a centenas de quilômetros de seu local de origem.
E) da intervenção humana, mediante ações que modificam as características físicas e químicas da atmosfera da região.

As florestas tropicais estão entre os maiores, mais diversos e complexos biomas do planeta. Novos estudos sugerem que elas sejam potentes reguladores do clima, ao provocarem um fluxo de umidade para o interior dos continentes, fazendo com que essas áreas de floresta não sofram variações extremas de temperatura e tenham umidade suficiente para promover a vida. Um fluxo puramente físico de umidade do oceano para o continente, em locais onde não há florestas, alcança poucas centenas de quilômetros. Verifica-se, porém, que as chuvas sobre florestas nativas não dependem da proximidade do oceano. Esta evidência aponta para a existência de uma poderosa “bomba biótica de umidade” em lugares como, por exemplo, a bacia amazônica. Devido à grande e densa área de folhas, as quais são evaporadores otimizados, essa “bomba” consegue devolver rapidamente a água para o ar, mantendo ciclos de evaporação e condensação que fazem a umidade chegar a milhares de quilômetros no interior do continente.
A. D. Nobre. Almanaque Brasil Socioambiental. Instituto Socioambiental, 2008, p. 368-9 (com adaptações).
As florestas crescem onde chove, ou chove onde crescem
as florestas? De acordo com o texto,
A onde chove, há floresta.
B onde a floresta cresce, chove.
C onde há oceano, há floresta.
D apesar da chuva, a floresta cresce.
E no interior do continente, só chove onde há floresta.

Um grupo de ecólogos esperava encontrar aumento de tamanho das acácias, árvores preferidas de grandes mamíferos herbívoros africanos, como girafas e elefantes, já que a área estudada era cercada para evitar a entrada desses herbívoros. Para espanto dos cientistas, as acácias pareciam menos viçosas, o que os levou a compará-las com outras de duas áreas de savana: uma área na qual os herbívoros circulam livremente e fazem podas regulares nas acácias, e outra de onde eles foram retirados há 15 anos. O esquema a seguir mostra os resultados observados nessas duas áreas.

De acordo com as informações acima,
A) a presença de populações de grandes mamíferos herbívoros provoca o declínio das acácias.
B) os hábitos de alimentação constituem um padrão de comportamento que os herbívoros aprendem pelo uso, mas que esquecem pelo desuso.
C) as formigas da espécie 1 e as acácias mantêm uma relação benéfica para ambas.
D) os besouros e as formigas da espécie 2 contribuem para a sobrevivência das acácias.
E) a relação entre os animais herbívoros, as formigas e as acácias é a mesma que ocorre entre qualquer predador e sua presa.

Um estudo recente feito no Pantanal dá uma boa idéia de como o equilíbrio entre as espécies, na natureza, é um verdadeiro quebra-cabeça. As peças do quebra-cabeça são o tucano-toco, a arara-azul e o manduvi. O tucano-toco é o único pássaro que consegue abrir o fruto e engolir a semente do manduvi, sendo, assim, o principal dispersor de suas sementes. O manduvi, por sua vez, é uma das poucas árvores onde as araras-azuis fazem seus ninhos.
Até aqui, tudo parece bem encaixado, mas... é justamente o tucano-toco o maior predador de ovos de arara-azul — mais da metade dos ovos das araras são predados pelos tucanos. Então, ficamos na seguinte encruzilhada: se não há tucanos-toco, os manduvis se extinguem, pois não há dispersão de suas sementes e não surgem novos manduvinhos, e isso afeta as araras-azuis, que não têm onde fazer seus ninhos. Se, por outro lado, há muitos tucanos-toco, eles dispersam as sementes dos manduvis, e as araras-azuis têm muito lugar para fazer seus ninhos, mas seus ovos são muito predados.
Internet: (com adaptações).
De acordo com a situação descrita,
A o manduvi depende diretamente tanto do tucano-toco como da arara-azul para sua sobrevivência.
B o tucano-toco, depois de engolir sementes de manduvi, digere-as e torna-as inviáveis.
C a conservação da arara-azul exige a redução da população de manduvis e o aumento da população de tucanos-toco.
D a conservação das araras-azuis depende também da conservação dos tucanos-toco, apesar de estes serem predadores daquelas.
E a derrubada de manduvis em decorrência do desmatamento diminui a disponibilidade de locais para os tucanos fazerem seus ninhos.

Usada para dar estabilidade aos navios, a água de lastro acarreta grave problema ambiental: ela introduz indevidamente, no país, espécies indesejáveis do ponto de vista ecológico e sanitário, a exemplo do mexilhão dourado, molusco originário da China. Trazido para o Brasil pelos navios mercantes, o mexilhão dourado foi encontrado na bacia Paraná-Paraguai em 1991.
A disseminação desse molusco e a ausência de predadores para conter o crescimento da população de moluscos causaram vários problemas, como o que ocorreu na hidrelétrica de Itaipu, onde o mexilhão alterou a rotina de manutenção das turbinas, acarretando prejuízo de US$ 1 milhão por dia, devido à paralisação do sistema. Uma das estratégias utilizadas para diminuir o problema é
acrescentar gás cloro à água, o que reduz em cerca de 50% a taxa de reprodução da espécie.
GTÁGUAS, MPF, 4.ª CCR, ano 1, n.º 2, maio/2007 (com adaptações).
De acordo com as informações acima, o despejo da água de lastro:
A) é ambientalmente benéfico por contribuir para a seleção natural das espécies e, conseqüentemente, para a evolução delas.
B) trouxe da China um molusco, que passou a compor a flora aquática nativa do lago da hidrelétrica de Itaipu.
C) causou, na usina de Itaipu, por meio do microrganismo invasor, uma redução do suprimento de água para as turbinas.
D) introduziu uma espécie exógena na bacia Paraná- Paraguai, que se disseminou até ser controlada por seus predadores naturais.
E) motivou a utilização de um agente químico na água como uma das estratégias para diminuir a reprodução do mexilhão dourado.

2009
A atmosfera terrestre é composta pelos gases
nitrogênio (N2) e oxigênio (O2), que somam cerca de 99%, e por gases traços, entre eles o gás carbônico (CO2), vapor de água (H2O), metano (CH4), ozônio (O3) e o óxido nitroso
(N2O), que compõem o restante 1% do ar que respiramos. Os gases traços, por serem constituídos por pelo menos três átomos, conseguem absorver o calor irradiado pela Terra, aquecendo o planeta. Esse fenômeno, que acontece há bilhões de anos, é chamado de efeito estufa. A partir da Revolução Industrial (século XIX), a concentração de gases traços na atmosfera, em particular o CO2, tem aumentado significativamente, o que resultou no aumento da temperatura em escala global. Mais recentemente, outro fator tornou-se diretamente envolvido no aumento da concentração de CO2 na atmosfera: o desmatamento.
BROWN, I. F.; ALECHANDRE, A. S. Conceitos básicos sobre clima,
carbono, florestas e comunidades. A.G. Moreira & S.
Schwartzman. As mudanças climáticas globais e os
ecossistemas brasileiros. Brasília: Instituto de Pesquisa
Ambiental da Amazônia, 2000 (adaptado).
Considerando o texto, uma alternativa viável para combater o efeito estufa é
A) reduzir o calor irradiado pela Terra mediante a substituição da produção primária pela industrialização refrigerada.
B) promover a queima da biomassa vegetal, responsável pelo aumento do efeito estufa devido à produção de CH4.
C) reduzir o desmatamento, mantendo-se, assim, o potencial da vegetação em absorver o CO2 da atmosfera.
D) aumentar a concentração atmosférica de H2O, molécula capaz de absorver grande quantidade de calor.
E) remover moléculas orgânicas polares da atmosfera, diminuindo a capacidade delas de reter calor.

O ciclo biogeoquímico do carbono compreende
diversos compartimentos, entre os quais a Terra, a atmosfera e os oceanos, e diversos processos que permitem a transferência de compostos entre esses reservatórios. Os estoques de carbono armazenados na forma de recursos não renováveis, por exemplo, o petróleo, são limitados, sendo de grande relevância que se perceba a importância da substituição de combustíveis fósseis por combustíveis de fontes renováveis. A utilização de combustíveis fósseis interfere no ciclo do carbono, pois provoca:
A) aumento da porcentagem de carbono contido na Terra.
B) redução na taxa de fotossíntese dos vegetais
superiores.
C) aumento da produção de carboidratos de origem vegetal.
D) aumento na quantidade de carbono presente na atmosfera.
E) redução da quantidade global de carbono armazenado nos oceanos.

As mudanças climáticas e da vegetação ocorridas nos trópicos da América do Sul têm sido bem documentadas por diversos autores, existindo um grande acúmulo de evidências geológicas ou paleoclimatológicas que evidenciam essas mudanças ocorridas durante o
Quaternário nessa região. Essas mudanças resultaram em restrição da distribuição das florestas pluviais, com expansões concomitantes de habitats não-florestais durante períodos áridos (glaciais), seguido da expansão das florestas pluviais e restrição das áreas não-florestais durante períodos úmidos (interglaciais).
Disponível em: http://zoo.bio.ufpr.br. Acesso em: 1 maio 2009.
Durante os períodos glaciais,
A) as áreas não-florestais ficam restritas a refúgios ecológicos devido à baixa adaptabilidade de espécies não-florestais a ambientes áridos.
B) grande parte da diversidade de espécies vegetais é reduzida, uma vez que necessitam de condições semelhantes a dos períodos interglaciais.
C) a vegetação comum ao cerrado deve ter se limitado a uma pequena região do centro do Brasil, da qual se  expandiu até atingir a atual distribuição.
D) plantas com adaptações ao clima árido, como o desenvolvimento de estruturas que reduzem a perda de água, devem apresentar maior área de distribuição.
E) florestas tropicais como a amazônica apresentam distribuição geográfica mais ampla, uma vez que são densas e diminuem a ação da radiação solar sobre o solo e reduzem os efeitos da aridez.

Uma pesquisadora deseja reflorestar uma área de mata ciliar quase que totalmente desmatada. Essa formação vegetal é um tipo de floresta muito comum nas margens de rios dos cerrados no Brasil central e, em seu clímax, possui vegetação arbórea perene e apresenta dossel fechado, com pouca incidência luminosa no solo e nas plântulas. Sabe-se que a incidência de luz, a disponibilidade de nutrientes e a umidade do solo são os principais fatores do meio ambiente físico que influenciam no desenvolvimento da planta. Para testar unicamente os efeitos da variação de luz, a pesquisadora analisou, em casas de vegetação com condições controladas, o desenvolvimento de plantas de 10 espécies nativas da região desmatada sob quatro condições de luminosidade:
uma sob sol pleno e as demais em diferentes níveis de sombreamento. Para cada tratamento experimental, a pesquisadora relatou se o desenvolvimento da planta foi bom, razoável ou ruim, de acordo com critérios específicos. Os resultados obtidos foram os seguintes:

Para o reflorestamento da região desmatada,
A) a espécie 8 é mais indicada que a 1, uma vez que aquela possui melhor adaptação a regiões com maior incidência de luz.
B) recomenda-se a utilização de espécies pioneiras, isto é, aquelas que suportam alta incidência de luz, como as espécies 2, 3 e 5.
C) sugere-se o uso de espécies exóticas, pois somente essas podem suportar a alta incidência luminosa característica de regiões desmatadas.
D) espécies de comunidade clímax, como as 4 e 7, são as mais indicadas, uma vez que possuem boa capacidade de aclimatação a diferentes ambientes.
E) é recomendado o uso de espécies com melhor desenvolvimento à sombra, como as plantas das espécies 4, 6, 7, 9 e 10, pois essa floresta, mesmo no estágio de degradação referido, possui dossel fechado, o que impede a entrada de luz.

O cultivo de camarões de água salgada vem se
desenvolvendo muito nos últimos anos na região Nordeste do Brasil e, em algumas localidades, passou a ser a principal atividade econômica. Uma das grandes preocupações dos impactos negativos dessa atividade está relacionada à descarga, sem nenhum tipo de tratamento, dos efluentes dos viveiros diretamente no ambiente marinho, em estuários ou em manguezais. Esses efluentes possuem matéria orgânica particulada e dissolvida, amônia, nitrito, nitrato, fosfatos, partículas de sólidos em suspensão e outras substâncias que podem ser consideradas contaminantes potenciais.
CASTRO, C. B.; ARAGÃO, J. S.; COSTA-LOTUFO, L. V. Monitoramento da toxicidade de efluentes de uma fazenda de cultivo de camarão marinho. Anais do IX Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia, 2006 (adaptado).
Suponha que tenha sido construída uma fazenda de carcinicultura próximo a um manguezal. Entre as perturbações ambientais causadas pela fazenda, espera-se que:
A) a atividade microbiana se torne responsável pela reciclagem do fósforo orgânico excedente no ambiente marinho.
B) a relativa instabilidade das condições marinhas torne as alterações de fatores físico-químicos pouco críticas à vida no mar.
C) a amônia excedente seja convertida em nitrito, por meio do processo de nitrificação, e em nitrato, formado como produto intermediário desse processo.
D) os efluentes promovam o crescimento excessivo de plantas aquáticas devido à alta diversidade de espécies vegetais permanentes no manguezal.
E) o impedimento da penetração da luz pelas partículas em suspensão venha a comprometer a produtividade primária do ambiente marinho, que resulta da atividade metabólica do fitoplâncton.

Gabarito
2007b-e-b-d
2008 e-b-b-c-d-e
2009 d-b-e-b e-  





6 de abr. de 2013

ASSUNTOS QUE MAIS CAEM NO ENEM


Msc. Marcos Morris (biólogo, engenheiro agrônomo e Doutorando em Fisiopatologia Médica na Universidade de Brasília) que destacava, dentre outras importâncias, o assunto de cada questão de Biologia de 3 das últimas edições do Enem (2009, 2010 e 2011). Vale a pena relembrar:
PROVA 2009 – 1º DIA (45 Questões)
Questão 01 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 02 – Fisiologia Humana – Análise e Interpretação de Gráficos
Questão 03 – Doenças – Prevenção (Vacina x Soro)
Questão 04 – Genética – Conceitos Básicos
Questão 06 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental e Ciclos Biogeoquímicos
Questão 07 – Biotecnologia – DNA recombinante
Questão 08 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 09 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 10 – Metabolismo Energético – Interpretação de Texto
Questão 11 – Fisiologia Humana – Homeostase
Questão 16 – Citologia – Síntese Protéica – Dogma da Biologia Molecular – Análise de Imagem
Questão 21 – Fisiologia Humana – Reprodução e Fecundação – Análise de imagens
Questão 22 – Fisiologia Humana e Biotecnologia – Interpretação de Texto
Questão 23 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 33 – Evolução – Seleção Natural – Análise de Imagens
Questão 34 – Ecologia – Sustentabilidade – Interpretação de Texto
Questão 41 – Genética – DNA mitocondrial e padrões de herança
Questão 42 – Ecologia – Sustentabilidade – Interpretação de Texto

PROVA 2010 – 1º DIA (45 Questões)
Questão 49 – Doenças – Interpretação de Texto
Questão 50 – Doença – Vacina x Soro – Conceitos básicos e aplicabilidade real.
Questão 54 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental
Questão 55 – Ecologia – Ciclos Biogeoquímicos
Questão 56 – Botânica – Fisiologia Vegetal – Interpretação de Texto
Questão 57 – Ecologia – Desequilíbrio Ecológico
Questão 59 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 61 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 62 – Metabolismo Energético – Interpretação de Texto
Questão 64 – Evolução – Conceitos de Seleção Natural
Questão 69 – Zoologia – Bactéria – Características Gerais
Questão 76 – Doenças – Prevenção
Questão 77 – Ecologia – Biomas Terrestres
Questão 86 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 87 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 88 – Fisiologia Humana – Interpretação de Texto
Questão 89 – Ecologia – Sustentabilidade – Interpretação de Texto
Questão 90 – Biotecnologia

PROVA 2011 – 1º DIA (45 Questões)
Questão 47  Ecologia – Níveis tróficos
Questão 48 – Fisiologia Humana – Tecido sanguíneo (células sanguíneas)
Questão 49 – Fisiologia Humana – Tecido sanguíneo (células sanguíneas) – Interpretação de hemograma
Questão 51 – Ecologia – Desequilíbrios Ambientais – Soluções e propostas – Interpretação de texto
Questão 54 – Fisiologia Humana – Tecido Sanguíneo (células sanguíneas)
Questão 57 – Ecologia – Cadeia Alimentar – Controle Biológico de Pragas
Questão 61 – Citologia – Síntese Protéica – Dogma central da Biologia
Questão 64 – Doenças – Conceituação de endemias e pandemia
Questão 65 – Biotecnologia – Conceito de epigenética – Interpretação de texto e conceituação
Questão 68 – Biotecnologia – Interpretação de texto
Questão 69 – Fisiologia Humana – Tecido sanguíneo (células sanguíneas)
Questão 76 – Ecologia – Interpretação de texto e resultados
Questão 82 – Ecologia – Relações ecológicas
Questão 87 – Zoologia – Classificação Biológica
Questão 88 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Soluções e Propostas
Questão 90 – Ecologia – Poluição Ambiental – Efeito estufa

Com o levantamento em mãos, o referido professor destacou os assuntos relacionados a Biologia que costumam aparecer com maior frequência no Enem. São eles:
- Ecologia
- Fisiologia Humana
- Doenças
- Biotecnologia
Dessa forma, percebemos facilmente que não basta apenas estudar o conteúdo que é ensinado dentro da sala de aula. Buscar leituras complementares e atualidades é fundamental!
Para tanto, destacamos a vocês leitores alguns sites e blogues que podem ajudar, e muito, o estudo de biologia para o Enem 2013. Alguns trazem os conteúdos da referida disciplina. Outros apresentam leituras relacionadas e atuais. Vale a pena conhece-los:

ASSUNTOS QUE MAIS CAEM NO ENEM


O prof Msc. Marcos Morris (biólogo, engenheiro agrônomo e Doutorando em Fisiopatologia Médica na Universidade de Brasília) que destacou, dentre outras importâncias, o assunto de cada questão de Biologia de 3 das últimas edições do Enem (2009, 2010 e 2011). Vale a pena relembrar:
PROVA 2009 – 1º DIA (45 Questões)
Questão 01 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 02 – Fisiologia Humana – Análise e Interpretação de Gráficos
Questão 03 – Doenças – Prevenção (Vacina x Soro)
Questão 04 – Genética – Conceitos Básicos
Questão 06 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental e Ciclos Biogeoquímicos
Questão 07 – Biotecnologia – DNA recombinante
Questão 08 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 09 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 10 – Metabolismo Energético – Interpretação de Texto
Questão 11 – Fisiologia Humana – Homeostase
Questão 16 – Citologia – Síntese Protéica – Dogma da Biologia Molecular – Análise de Imagem
Questão 21 – Fisiologia Humana – Reprodução e Fecundação – Análise de imagens
Questão 22 – Fisiologia Humana e Biotecnologia – Interpretação de Texto
Questão 23 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 33 – Evolução – Seleção Natural – Análise de Imagens
Questão 34 – Ecologia – Sustentabilidade – Interpretação de Texto
Questão 41 – Genética – DNA mitocondrial e padrões de herança
Questão 42 – Ecologia – Sustentabilidade – Interpretação de Texto

PROVA 2010 – 1º DIA (45 Questões)
Questão 49 – Doenças – Interpretação de Texto
Questão 50 – Doença – Vacina x Soro – Conceitos básicos e aplicabilidade real.
Questão 54 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental
Questão 55 – Ecologia – Ciclos Biogeoquímicos
Questão 56 – Botânica – Fisiologia Vegetal – Interpretação de Texto
Questão 57 – Ecologia – Desequilíbrio Ecológico
Questão 59 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 61 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 62 – Metabolismo Energético – Interpretação de Texto
Questão 64 – Evolução – Conceitos de Seleção Natural
Questão 69 – Zoologia – Bactéria – Características Gerais
Questão 76 – Doenças – Prevenção
Questão 77 – Ecologia – Biomas Terrestres
Questão 86 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 87 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Interpretação de Texto
Questão 88 – Fisiologia Humana – Interpretação de Texto
Questão 89 – Ecologia – Sustentabilidade – Interpretação de Texto
Questão 90 – Biotecnologia

PROVA 2011 – 1º DIA (45 Questões)
Questão 47  Ecologia – Níveis tróficos
Questão 48 – Fisiologia Humana – Tecido sanguíneo (células sanguíneas)
Questão 49 – Fisiologia Humana – Tecido sanguíneo (células sanguíneas) – Interpretação de hemograma
Questão 51 – Ecologia – Desequilíbrios Ambientais – Soluções e propostas – Interpretação de texto
Questão 54 – Fisiologia Humana – Tecido Sanguíneo (células sanguíneas)
Questão 57 – Ecologia – Cadeia Alimentar – Controle Biológico de Pragas
Questão 61 – Citologia – Síntese Protéica – Dogma central da Biologia
Questão 64 – Doenças – Conceituação de endemias e pandemia
Questão 65 – Biotecnologia – Conceito de epigenética – Interpretação de texto e conceituação
Questão 68 – Biotecnologia – Interpretação de texto
Questão 69 – Fisiologia Humana – Tecido sanguíneo (células sanguíneas)
Questão 76 – Ecologia – Interpretação de texto e resultados
Questão 82 – Ecologia – Relações ecológicas
Questão 87 – Zoologia – Classificação Biológica
Questão 88 – Ecologia – Desequilíbrio Ambiental – Soluções e Propostas
Questão 90 – Ecologia – Poluição Ambiental – Efeito estufa

Com o levantamento em mãos, o referido professor destacou os assuntos relacionados a Biologia que costumam aparecer com maior frequência no Enem. São eles:
- Ecologia
- Fisiologia Humana
- Doenças
- Biotecnologia
Dessa forma, percebemos facilmente que não basta apenas estudar o conteúdo que é ensinado dentro da sala de aula. Buscar leituras complementares e atualidades é fundamental!
Para tanto, destacamos a vocês leitores alguns sites e blogues que podem ajudar, e muito, o estudo de biologia para o Enem 2013. Alguns trazem os conteúdos da referida disciplina. Outros apresentam leituras relacionadas e atuais. Vale a pena conhece-los:

PRINCIPAIS TOPICOS PARA O ENEM


Principais tópicos de revisão na Biologia:
O ENEM é uma prova baseada nas habilidades de sua matriz. De fato, existe uma grande abordagem dos problemas ambientais atuais, principalmente no Brasil. Seguem abaixo os principais tópicos que devem ser revisados para prova!
Cadeia Alimentar:
Fluxo de Energia:
Relaçoes Ecológicas:
Efeito Estufa / Aquecimento Global:
Magnificação Trófica:
Resumo de Fisiologia:
Sistema Digestivo:

Introdução a Ecologia - Aula 1 - Bioestar



BOA TARDE, QUERIDOS ALUNOS DO BIO ESTAR!
RESUMO DA NOSSA PRIMEIRA AULA
BONS ESTUDOS
KATIA QUEIROZ




Conceitos importantes
· Elementos abiótico – tudo aquilo desprovido de vida. Ex: radiação solar, temperatura, solo, etc.).
· Elementos bióticos –  conjunto de seres vivos. Ex: animais, plantas, fungos e microrganismo.
· Habitat –  lugar que um organismo ocupa em um ecossistema.
· Nicho ecológico – descrição do modo de vida de um organismo.
Organização dos seres vivos no ambiente
Espécieà populaçãoà comunidade à  ecossistema à biomas à biosfera
· Espécie – conjunto de organismos semelhantes, capazes de reproduzir e gerar descendentes férteis.
· População – conjuntos de organismos de uma mesma espécie vivendo em um determinado lugar e época.
· Comunidade – conjunto de varias espécies que vivem em um determinado lugar e época.
· Ecossistema – conjunto dos elementos abióticos, bióticos e suas recíprocas relações em um determinado lugar.
· Biomas – são grandes ecossistemas com vegetação característica, influenciada pelos fatores climáticos. Ex: Deserto, floresta tropical, 

CADEIAS ALIMENTARES
s cadeias alimentares, ou cadeias tróficas, são sequencias de eventos consecutivos de relações de alimentação de um grupo de organismos por outros, formando níveis tróficos, que englobam os produtores, consumidores e decompositores.
As setas indicam o sentido do fluxo de alimento na cadeia alimentar. 

O componente biótico de um ecossistema relaciona-se entre si e estipula níveis para essas relações. Podemos, então, classificar os seres vivos de acordo com as funções específicas que desempenharão dentro de um ecossistema.
Organismos autótrofos – São assim chamados todos os organismos que têm a capacidade de transformar a matéria inorgânica em matéria orgânica, normalmente, utilizando a luz solar e produzindo o oxigênio. Têm essa capacidade todos os fotossintetizantes e quimiossintetizantes (que ao invés da luz solar, utilizam substâncias químicas oxidadas).
Organismos heterótrofos – São assim considerados todos os organismos que não são capazes de produzir o seu próprio alimento, tendo assim, que utilizar a energia produzida pelos autótrofos ou mesmo por outros heterótrofos (dependendo de sua dieta).
Produtores – São sempre autótrofos, produzem alimento que será usado na cadeia, e por isso estão obrigatoriamente no início de qualquer cadeia alimentar. A energia transformada a partir da luz solar e do gás carbônico será repassada a todos os outros componentes restantes da cadeia ecológica. Os principais produtores conhecidos são plantas e algas microscópicas (fitoplâncton).
Consumidores – São os organismos que necessitam alimentar-se de outros organismos para obter a energia que eles não podem produzir para si próprios. Vão-se alimentar dos autótrofos e de outros heterótrofos podendo ser consumidores primários, consumidores secundários, consumidores terciários e assim por diante. Na alimentação, nem toda a energia obtida será integralmente usada, isto é, parte dessa energia não será absorvida e será eliminada com as fezes; outra parte será dissipada em forma de calor. Assim, grande parte da energia será “perdida” no decorrer de uma cadeia alimentar, diminuindo sempre a cada nível. Podemos, então, dizer que o fluxo de energia num ecossistema é unidirecional começando sempre com a luz solar incidindo sobre os produtores, e diminuindo a cada nível alimentar dos consumidores.
Decompositores – São organismos que atuam exatamente em papel contrário ao dos produtores. Eles transformam matéria orgânica em matéria inorgânica, reduzindo compostos complexos em moléculas simples, fazendo que estes compostos retornem ao solo para serem utilizados novamente por outro produtor, gerando uma nova cadeia alimentar. Os decompositores mais importantes são bactérias e fungos. Por se alimentarem de matéria em decomposição são considerados saprófitos.
O conjunto de uma série de ecossistemas é chamado de teia alimentar. Nesse caso, várias teias se entrelaçam, fazendo que as relações ecológicas sejam múltiplas e o alimento disponível possa ser utilizado por vários indivíduos, realmente compondo um ecossistema. 
Importante: 
1. A energia é unidirecional. 
2. A matéria é cíclica.

Níveis Tróficos
1. O conjunto de indivíduos que se nutre no mesmo patamar alimentar, ou seja, alimentam-se basicamente dos mesmos nutrientes e estão colocados em um mesmo nível trófico.
2. Os produtores estão colocados no 1.° nível trófico.
3. Os consumidores primários, aqueles que se alimentam dos produtores, são herbívoros e constituem o 2.° nível trófico. 
4. Os consumidores secundários compõem o 3.° nível trófico, sendo os carnívoros.

5. Após esses, existe o 4.° nível trófico, e assim por diante.
6. Os decompositores ocupam sempre o último nível da transferência de energia, formando um grupo especial que degrada tanto produtores quanto consumidores.
Importância de se conhecer as cadeias alimentares
Justifica-se pela possibilidade do uso natural de animais ou plantas a fim de controlar ou equilibrar o ecossistema, de forma a evitar o uso de pesticidas e de quaisquer outras formas artificiais que possam desequilibrar em longo prazo o ambiente, ou ainda, provocar sérias reações nos animais e até nos seres humanos que ali habitam.

3 de abr. de 2013

O que a ciencia sabe sobre sexo

Um cientista aperta o botão start, e uma radiação fortíssima, 30 mil vezes maior que o campo magnético da Terra, atravessa duas pessoas deitadas na sala ao lado. Nos átomos delas, alguma coisa acontece: empurrados pela força, os prótons mudam de alinhamento e emitem sinais eletromagnéticos, captados por sensores ligados a um computador. Alguns minutos depois, as cobaias recebem a ordem final: “Ok, podem gozar”. Um homem e uma mulher acabam de transar, pela primeira vez na história, dentro de um aparelho de ressonância magnética (como ele é muito apertado, foi preciso recrutar um casal de acrobatas). E a ciência consegue ver, como jamais havia sido possível, o que realmente acontece no corpo humano durante o ato sexual. O fisiologista Pek van Andel constatou que o pênis é cerca de 6 centímetros mais comprido do que parece (pois parte dele fica escondida dentro do corpo) e que, ao penetrar a mulher, ele fica com formato de bumerangue. Por essas descobertas “geniais”, ganhou o Prêmio Ig Nobel – paródia do Prêmio Nobel que contempla as descobertas mais estapafúrdias da ciência. Os cientistas do sexo nem sempre sabem direito o que estão procurando, mas às vezes encontram coisas incríveis: a última descoberta da ciência sexual é uma máquina que promete orgasmos infinitos, e praticamente instantâneos, ao toque de um botão. Gostou? Então relaxe, fique à vontade, e vamos começar as preliminares.
O colecionador de vaginas
Não é de hoje que a ciência faz experiências radicais para entender melhor o ato sexual. O pioneiro da sexologia moderna foi o médico americano Robert Latou Dickinson. Em 1890, uma época extremamente puritana (os ginecologistas evitavam olhar para a vagina das pacientes), ele deu um show de ousadia: usando tubos de ensaio e uma lanterna, foi o primeiro a medir com precisão todos os ângulos e tamanhos do órgão sexual feminino. Com os dados, criou um acervo de 102 modelos que representam a vagina e seus componentes nas mais variadas formas e estados. Pode parecer coisa de tarado, mas também é ciência. Dickinson criou uma teoria anatômica do orgasmo, defendendo cientificamente a posição em que a mulher poderia obter mais prazer durante o ato sexual (resposta: sentada por cima do homem).
O trabalho dele inspirou o biólogo Alfred Kinsey, que entre 1947 e 1953 entrevistou 18 mil pessoas para escrever dois livros, os Relatórios Kinsey, que são considerados um marco da sexologia. Eles descrevem, com um grau de detalhes inédito, os hábitos e as preferências das pessoas na cama. As revelações caíram como uma bomba nos EUA, mas a grande descoberta de Kinsey foi outra. Examinando gagos, amputados e pessoas com paralisia cerebral, ele percebeu que, durante o sexo, as deficiências motoras podem ser temporariamente ignoradas pelo cérebro: gagos perdem a gagueira, amputados deixam de sentir os membros fantasmas e cessam os espasmos musculares que atormentam as pessoas com paralisia cerebral. Como é possível? Sem acesso às técnicas de mapeamento do cérebro que existem hoje em dia, Kinsey arriscou uma explicação evolutiva: durante o sexo, várias regiões do cérebro são desativadas para eliminar as “distrações” cognitivas e aumentar as chances de uma transa bem-sucedida, que vai até o fim e cumpre sua missão na Terra – produzir descendentes.
A idéia foi confirmada nos anos 90, quando cientistas holandeses constataram forte desaceleração no córtex orbitofrontal (ligado ao raciocínio e à ansiedade) e nos lobos temporais (que controlam a memória e a fala) quando as pessoas estão transando.
O grande problema é que, empolgado com suas pesquisas, Kinsey e equipe deixaram os questionários de lado e partiram para a ação: eles começaram a promover, no porão da casa do biólogo, sessões de masturbação, sexo hetero e homossexual, masoquismo e surubas em geral, tudo filmado para posterior análise. Foi demais para a sociedade da época, que já achava os sexólogos pervertidos e imorais. Para driblar o preconceito, nos anos 60 os pesquisadores William Masters e Virginia Johnson mudaram o foco da sexologia. Eles adotaram uma terminologia mais sóbria – um casal transando era chamado de “unidade reagente”, e atingir o orgasmo era “completar o ciclo de resposta sexual” – e levaram o sexo para o laboratório, cercando-o de tecnologia.
Enquanto observavam casais, prostitutas e prostitutos durante a atividade sexual, eles mediam a pressão, os batimentos cardíacos e as secreções das cobaias. O casal de pesquisadores também inventou um pênis-câmera, que gravava imagens de dentro da vagina. Com essa engenhoca, eles fizeram algumas descobertas curiosas. Por exemplo: durante o ato sexual, a cor dos órgãos sexuais femininos permite saber se uma mulher já teve filhos (parte da vagina fica cor de vinho). A evolução do pênis-câmera veio com a sonda vaginal fotopletismográfica. É um palitinho, parecido com um absorvente higiênico do tipo Tampax, que emite uma luz infravermelha no interior da vagina. A luz refletida pelos vasos capilares da região mostra se eles estão mais ou menos cheios de sangue, ou seja, se a mulher está mais ou menos excitada. A médica Cindy Meston, do Laboratório de Fisiologia Sexual, no Texas, fez o principal estudo com esse aparelho. As voluntárias deveriam colocar a sonda enquanto assistiam a clipes pornográficos e indicar (com o polegar para cima ou para baixo) se gostavam do que viam. O experimento mostra como é complicada a relação entre corpo e mente: mesmo que a maioria das mulheres não aprovasse clipes com cenas de sexo entre gays, lésbicas e animais, a sonda indicava o contrário.
As tentativas de medir cientificamente a excitação também foram motivadas, algumas vezes, pelo preconceito. Veja o caso do pletismógrafo peniano, inventado nos anos 50 pelo cientista checo Kurt Freund. O aparelho é composto por uma câmara de plástico e um anel de borracha, que são colocados no pênis para medir o fluxo de sangue e as mudanças de tamanho no órgão. Só que a maquininha foi desenvolvida com um objetivo polêmico: identificar os gays “infiltrados” no Exército checo. Não deu muito certo, e por um motivo simples: com um mínimo de sangue-frio, eles conseguiam disfarçar sua excitação. Determinado a ir além, o governo canadense criou um aparelho ainda mais sofisticado, apelidado de Fruit Machine (“máquina da fruta”, em inglês), que media a dilatação das pupilas de policiais enquanto eles assistiam a filmes eróticos. Isso porque, quando uma pessoa se interessa por algo que vê, suas pupilas se dilatam. Mas os cientistas não contaram com outro truque do corpo: as pupilas também se dilatam para deixar entrar mais luz nos olhos quando a iluminação no ambiente é pouca. Como os vídeos exibidos eram escuros e desfocados, as medições saíram todas erradas. Se levados ao pé da letra, os resultados do projeto teriam mostrado, por exemplo, que os homens da Polícia Montada Canadense eram tarados por... cavalos.
Falando em animais, eles têm um papel importante na sexologia, pois se prestam a experiências que seriam constrangedoras ou perigosas demais para nós. Graças aos bichos, o fisiologista alemão Hausmann fez uma descoberta crucial para entender o papel do orgasmo na reprodução humana. Em 1840, ele matou e dissecou uma cadela que tinha acabado de cruzar, e descobriu que os espermatozóides do macho tinham chegado muito depressa ao óvulo da fêmea. E teorizou que o orgasmo deveria ter sido responsável por isso. No século 20, a ciência moderna confirmou a idéia: o orgasmo realmente libera um hormônio, a ocitocina, que gera contrações no útero. Essas contrações puxam os espermatozóides para dentro, ajudando-os a chegar ao óvulo. Ou seja: além de estimular as pessoas a fazer sexo, o orgasmo também aumenta as chances de reprodução. Hausmann matou muitos bichos, mas sua descoberta acabou sendo benéfica aos animais: hoje, em muitas fazendas de criação bovina e suína, existem funcionários especializados em “bolinar” as fêmeas antes da inseminação – para que elas engravidem mais facilmente.
Todo mundo sabe que a lingerie é um forte instrumento de excitação sexual, mas o médico egípcio Ahmed Shafik resolveu medir seu efeito. Ele testou 75 ratos de laboratório, que foram obrigados a usar “cuequinhas” durante um ano. Os ratinhos que vestiam cuecas de poliéster fizeram menos sexo do que aqueles vestidos com lã ou algodão. Tudo porque o atrito do poliéster com a pele deixava o pênis dos ratos carregado de eletricidade estática. Quando os pobrezinhos queriam transar e encostavam nas fêmeas, elas levavam choque e se afastavam.
A medida do prazer
Se o orgasmo move o mundo, a falta dele também. No começo do século 20, a princesa Marie Bonaparte queria descobrir por que não conseguia chegar ao orgasmo. Ela encomendou um estudo no qual médicos mediram a vagina de 243 mulheres, que foram entrevistadas sobre suas vidas sexuais. Com base nisso, concluiu que as mulheres baixinhas, de seios pequenos ou com clitóris mais perto da uretra eram capazes de ter mais orgasmos. Até hoje, essa teoria não foi comprovada pela ciência.
Mas o médico americano Stuart Meloy pode ter descoberto a cura definitiva para quem não tem orgasmos – e criado um novo tipo de divertimento para as pessoas em geral. Ele estava operando uma paciente que sofria dores crônicas nas costas e resolveu implantar eletrodos na espinha dorsal dela. A idéia era enviar impulsos elétricos para o cérebro, bloqueando os sinais de dor. Só que Meloy descobriu um efeito bem diferente. Quando ligou a corrente elétrica pela primeira vez, a paciente soltou um gemido, ficou muito excitada e disse: “Você vai ter que ensinar ao meu marido como fazer isso”. Acabava de ser inventada a primeira “máquina de orgasmos” da história. Ela se chama Nasf (Neurally Augmented Sexual Function, ou “função sexual neurologicamente aumentada”), e consiste em um par de eletrodos implantados na espinha dorsal e conectados a um pequeno gerador que produz impulsos elétricos – ele é implantado sob a pele, na base da coluna. O dispositivo tem um controle remoto, que permite escolher as variações de intensidade dos choquinhos.
Quando chegam ao cérebro, esses impulsos provocam excitação sexual e orgasmo. Noventa e um por cento das mulheres que participaram do primeiro teste aprovaram o aparelho. Agora o dr. Meloy está começando a testar o Nasf em homens. Ele acredita que, com o uso prolongado, o implante poderia fortalecer as ligações elétricas entre os órgãos sexuais e o cérebro, gerando um benefício permanente: mais prazer mesmo sem o uso do aparelho. Meloy espera que, daqui a no máximo dois anos, o Nasf já esteja disponível no mercado para uso terapêutico. Pode ser o começo do sexo puramente digital: com orgasmos rápidos, e quase ilimitados, sem mão naquilo nem aquilo na mão. Bastaria apertar um botão.

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