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6 de ago. de 2010

EQUINODERMOS - perte 1



O filo Echinodermata é constituído por cerca de 7.000 espécies distribuídas em seis classes: Crinoidea, Asteroidea, Ophiuroidea, Echinoidea, Holothuroidea e Concentricycloidea (Chia & Harrisson, 1994). O nome do grupo é derivado de duas palavras gregas: echinos, que significa ouriço, e derma, que significa pele, e se refere às projeções em forma de espinhos ou tubérculos presentes na superfície do corpo.

Trata-se de um grupo muito antigo, filogeneticamente relacionado aos Chordata (Hendler et al., 1995). Há indícios de um longo histórico pré-cambriano, pois parecem ter sido comuns em alguns habitats já no início do Cambriano, há cerca de 600 milhões de anos (Smith, 1992; Hendler et al., 1995). É deste período que datam os primeiros registros fósseis do filo, baseados nos restos de um animal pequeno, bentônico, bilateralmente simétrico e que provavelmente se alimentava de material em suspensão na água do mar (Chia & Harrisson, 1994). Deste ancestral primitivo teriam se originado dois outros grupos, hoje extintos: os carpóides e os helicoplacóides, estes últimos, precursores das formas atuais (Chia & Harrisson, 1994).

As classes de Echinodermata divergiram evolutivamente ainda no Pré-Cambriano (Ubaghs, 1967), sendo que as atuais surgiram no início do Paleozóico, há cerca de 550-450 milhões de anos (Smith, 1992). O registro fóssil do grupo conta atualmente com cerca de 16 classes e mais de 13.000 espécies extintas (Hendler et al., 1995).

Todos os representantes do filo são de vida livre, sendo raras as espécies comensais.

Em geral, os sexos são separados, sem dimorfismo sexual externo, com exceção dos Concentricycloidea, que apresentam, inclusive, órgão copulatório. Algumas espécies passam por um estádio larval planctônico, enquanto outras são vivíparas. Apesar de raro entre os Echinodermata, o hermafroditismo tem sido relatado em algumas espécies.

O alto poder de regeneração dos integrantes deste filo confere a algumas espécies a capacidade de se reproduzir assexuadamente por fissão, um processo de divisão do corpo que resulta em novos indivíduos completos e funcionais.

Embora a grande maioria das espécies seja marinha, algumas toleram a água salobra. Podem ser encontrados em todos os oceanos, latitudes e profundidades, da zona entremarés às regiões abissais, sendo mais abundantes na região tropical do que nas águas polares.

São predominantemente bentônicos, ocupando diversos tipos de substrato. Umas poucas espécies de holotúrias, porém, são pelágicas. Tendem a apresentar distribuição agregada, sendo encontradas em altas densidades. Em locais onde as condições são favoráveis, o substrato pode ficar totalmente coberto por ouriços-do-mar, ofiuróides ou estrelas-do-mar. Constituem o grupo mais abundante de animais dos fundos marinhos, chegando a compor 90% da biomassa total nas regiões abissais.

Muitos são adaptados para se fixar a substratos rochosos, enquanto outros vivem em substratos lodosos, arenosos, em madeira submersa ou em epibiose.

Organização Estrutural
A estrutura corporal dos equinodermas baseia-se na existência do sistema ambulacrário. Tomando como exemplo a estrela-do-mar, a face do corpo voltada para o solo ou outro substrato é a face oral; a oposta é a face aboral, onde está o ânus e a placa madrepórica. Essa placa é perfurada e permite a entrada de água do mar, que preenche todo o sistema. Pelo canal madrepórico, a água alcança o canal circular, onde existem dilatações chamadas vesículas de Poli. Dessas vesículas, saem cinco canais radiais, que se dirigem para os braços. Ao longo desses canais radiais, há centenas de pequenas bolsas, chamadas ampolas, de onde partem os pés ambulacrários.

As contrações da ampola forçam a água para dentro do pé ambulacrário, que então se distende e projeta-se para fora do corpo através de pequenos orifícios do esqueleto. Quando a ampola relaxa, o pé correspondente contrai e expulsa a água do seu interior, retraindo-se.

A contração e a retração contínuas e coordenadas dos pés ambulacrários permitem que a estrela-do-mar se locomova e use os pés com pequenas ventosas, podendo capturar alimentos, fixar-se a um substrato, abrir conchas de moluscos, etc.

Sistema digestivo
É completo. Os ouriços-do-mar possuem, na boca, uma estrutura raspadora chamada lanterna-de-Aristóteles. As estrelas-do-mar são capazes de everter o seu estômato, introduzindo-o no interior de conchas de moluscos, digeridos ainda vivos.



Sistema circulatório
Ausente ou é rudimentar, e a distribuição de materiais faz-se através da cavidade celomática. A excreção é feita diretamente através da água que ocupa o sistema ambulacrário, não havendo nenhuma outra estrutura excretora especializada.

O sistema nervoso
Formado por nervo anelar ao redor da faringe e nervos radiais,é rudimentar e não apresenta cefalização. Há células táteis e olfativas em toda a superfície do corpo. As estrelas-do-mar possuem células fotorreceptoras nas extremidades dos braços.

Sistema respiratório
Ocorre por difusão, entre a água do mar e a que ocupa o sistema ambulacrário. Nos pepinos-do-mar, há uma série de filamentos ao redor da boca, pelos quais passa o líquido celomático, que funcionam como brânquias. Não há pigmentos transportadores de oxigênio. Os ouriços-do-mar possuem brânquias dérmicas, análogas às brânquias periorais dos pepinos-do-mar e também ocupadas por líquido celomático. Entre as brânquias dérmicas e os numerosos espinhos, os ouriços-do-mar possuem apêndices chamados pedicelárias, dotados de pinças nas extremidades e empregados na limpeza de detritos que se depositam no corpo. Em algumas espécies, essas pedicelárias inoculam veneno.

Sistema esquelético
O endoesqueleto é constituído por placas calcárias, distribuídas em cinco zonas ambulacrais alternadas com cinco zonas interambulacrais. As zonas ambulacrais possuem numerosos orifícios, por onde se projetam os pés ambulacrais, estruturas relacionadas com a locomoção. Na face dorsal do esqueleto há uma placa central ou disco (onde se abre o ânus), rodeada por cinco placas, cada uma com um orifício genital. Uma dessas placas exibe, além do orifício genital, numerosos poros ligados ao sistema ambulacral: trata-se da placa madrepórica. Assentados sobre as placas estão os espinhos, dotados de mobilidade graças aos músculos presentes em sua base. Entre os espinhos, pequenas estruturas com a extremidade em forma de pinça, as pedicelárias, constituídas por dois ou três artículos, com funções de defesa e limpeza da superfície corporal.



O esqueleto é interno (endoesqueleto mesodermal), recoberto pela epiderme. O esqueleto é formado por placas calcárias fixas ou articuladas (móveis). As placas podem ter espinhos (daí o nome do filo) que se movem por meio de músculos e ainda pedicelárias que fazem a limpeza e defesa do corpo.


Esqueletos: vista dorsal à esquerda, vista ventral à direita.

Reprodução
Na reprodução sexuada os animais são dióicos e de fecundação externa. Nos ouriços-do-mar a larva é equinoplúteus, enquanto nas estrelas-do-mar as larvas são bipinária e braquiolária. São animais muito usados para estudos do desenvolvimento embrionário e partenogênese.

Desenvolvimento embrionário de uma estrela-do-mar.

Moluscos


Classe Cephalopoda ("pés na cabeça")
Moluscos sem concha externa, que apresentam uma estrutura interna e uma morfologia bastante diferentes dos demais. São o polvo, a lula, o náutilo e o calamar, animais exclusivamente marinhos. O pé dos cefalópodes é dividido em tentáculos.

Posição Sistemática
Reino: Animalia
Sub reino: Metazoa

Filo Mollusca
Classe Caudofoveata
Classe Solenogastres
Classe Polyplacophora
Classe Monoplacophora
Classe Gastropoda
Classe Cephalopoda
Classe Scaphopoda
Classe Bivalvia
Número de espécies
No mundo: 100.000
No Brasil: 1.600

Latim: molluscus = mole

Nomes populares: marisco, caramujo, mexilhão, caracol, polvo etc

Fonte: www.biomania.com.br

SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso dos moluscos é ganglionar, com três partes de gânglios nervosos de onde partem nervos para as diversas partes do corpo. Os cefalópodos possuem um grande gânglio cerebróide, semelhante ao encéfalo dos vertebrados.

O sistema nervoso possui dois pares de cordões que partem por detrás dos gânglios, ventralmente os cordões pedálicos, lateralmente os cordões pleuroviscerais. Nos primeiros constitui-se um par de gânglios (reunião de células nervosas) e nos segundos constituem-se três, os gânglios pleurais, parientais e viscerais. Todos os gânglios podem reunir-se à volta da faringe, num volumoso órgão central. Nos gastrópodes os gânglios são centralizados num anel nervoso.

Possuem órgãos sensoriais de tacto, olfacto, paladar, equilíbrio e em alguns, de visão, tendo assim olhos, estatocistos, e outros especiais, do sentido químico, os osfrádios. Têm também receptores tácteis e quimioreceptores ou olhos nos tentáculos.

CÉLULAS NERVOSAS
Sua visualização já possível logo que removida e dissecada da superfície do gânglio. Elas são ovais ou redondas nos cortes e variadas em seu tamanho, variando de 7 a 200 um. A presença de neurônios enormes nos moluscos pulmonados contrasta com todos os outros grupos de animais. Todos, com exceção dos menores neurônios, são poliplóides, e existem evidências de que diferentes replicações de DNA. Muito provavelmente, isso está ligado com o tamanho e a proporção de DNA que o neurônio possui, o que reflete na área total da célula. Quanto maior a área, mais porteínas são necessárias.

Os neurônios no Sistema Nervoso Central são, geralmente, monopolares. Uma característica importante das células nervosas dos moluscos é que eles podem mandar múltiplos estímulos no mesmo nervo, conectivo ou periférico. Uma explicação para este fato, e a que mais é aceita, é que este arranjo poderia aumentar a eficiência da liberação das moléculas mensageiras do neurônio para a fenda nervosa, e daí para a circulação sangüínea.

As sinapses entre os neurônios ocorrem com uma ultraestrutura semelhante as sinapses do sistema nervoso central dos vertebrados, exceto pela escassez de uma alta densidade pós-sináptica.

Fonte: www.pucrs.br

Filo Mollusca

Moluscos

Os moluscos representam um dos maiores e mais diversos filos de todo o reino animal. Junto aos artrópodes (insetos), estes possuem o maior número de animais descritos de todo o reino animal (Hickman, 1961). Tanto os moluscos extintos como os vivos compreendem cerca de 11% de todas as espécies animais que já existiram em todo o curso da história da terra.

O nome Mollusca é derivado da palavra em latin Molluscus, que significa mole. Uma das características mais distintas é um corpo interno mole que contrasta com uma concha exterior dura.

Moluscos são um diverso grupo de organismos que divergem de um ancestral comum chamado 'Arquimolusco'. Sua morfologia era composta de uma concha do tipo prato (apenas uma capa), um pé macio por onde se arrastava, um simples canal alimentar e um manto. Diferente dos moluscos modernos este organismo era segmentado.

Por todo o filo a estrutura do corpo é similar. Todos os organismos das diversas classes possuem uma cabeça para alimentação, um pé ventral e muscular usado para movimentação e víceras que compõem o resto do corpo acima do pé. As víceras também contêm orgãos internos que acomodam a cavidade do manto de onde todo o lixo é escretado.

Os moluscos são divididos em 8 (oito) classes, mas apenas 3 (três) possuem importância geológica. Estes são os bivalves, os cefalópodes e os gastrópodes.

Classes
A única classe extinta amplamente aceita é chamada de rostroconcha. Caracterizados por uma única concha pseudo-bivalve que encapsulava o manto e um pé para locomoção. Viveram entre o cambriano e o permiano. São considerados os ancestrais dos bivalves e dos escafópodes.

Os moluscos são encontrados em todos os ambientes. Existem moluscos vivendo em rios e lagos, no mar e em terra. Alguns vivem pressos a algum substrato, outros caminham ou nadam livremente e outros vivem interrados. Estes ainda podem ser carnívoros, parasitas, herbívoras e necrófagos.

Classe Monoplacófora
Em latin monoplacophora significa 'que possue apenas uma placa'.

Acreditavasse que estivessem extintos a pelo menos 400 millhões de anos, quando foram encontrados animais vivos em 1952 de Neopilina galatheae Lemche, 1957 - na costa do méxico a mais de 3500 metros de profundidade. Foi como encontrar um elo perdido entre os moluscos e os anelídios. Existem apenas 6 (seis) espécie conhecidas ainda viventes. São uma importante fonte de estudos evolucionários já que possuem um corpo que é base para a evolução de todos as outras classes de moluscos.

Embora tenham sido muito comuns no período Paleozóico em águas rasas, hoje não podem mais ser encontrados nestas áreas. O descobrimento de espécies de animais considerados extintos, nos leva a rever estas considerações. As águas rasas são fisicamente mais variáveis do que as águas profundas onde salinidades, pressão e temperatura são mais estáveis.

Ecologia
Considerados nada comuns em coleções particulares, devido as profundidades onde vivem, algumas espécies vivem em profundidades relativamente rasas. Na costa da Itália, espécimens de Veleropilina podem ser encontradas em profundidades de 180 metros. Mas a grande maioria ainda vive em profundidades abissais.

Estas profundidades não permitem que animais vivos sejam observados, então pouco se sobre a sua ecologia.

Observando-se a concha, baixa, que produz pouca resistência e o formato do pé, pode-se concluir que são animais adaptados para viver em águas rasas e de forte movimento. Talves este seja um legado dos tempos em que estes animais viviam em águas costeiras. Várias espécies têm sido encontradas em áreas com nódulos de ferro e mangânes, cascalho de coral, basalto e fundos lodosos ou rochosos.

Estrutura
São animais pequenos, que variam de 3 até 35 mm. Sua concha em forma de colher é composta de 3 camadas: perióstraco, uma camada prismática e uma nacarada.

Alimentação
Acredita-se que os Monoplacóforos alimentem-se de espólios. Há informações de vários tipos de alimentos como: protozoários, diatomácias, foraminíferos e esponjas.

Fonte: www.conchasbrasil.org.br

Filo Mollusca
Os moluscos são o segundo maior grupo de animais em número de espécies (cerca de 100.000 espécies), sendo suplantado apenas pelos artrópodes. Apresentam uma disparidade morfológica sem comparação dentre os demais filos de animais, reunindo os familiares caracóis (reptantes), ostras e mariscos (sésseis) e lulas e polvos (livre-natantes), assim como formas pouco conhecidas, como os quítons, conchas dente-de-elefante (Scaphopoda) e espécies vermiformes (Caudofoveata e Solenogastres).

Os moluscos invadiram quase todos os ambientes; costuma-se dizer que só não há moluscos voando. Ocorrem das fossas abissais até as mais altas montanhas; das geleiras da Antártica até desertos tórridos. Vários grupos de bivalves e gastrópodes saíram do mar e invadiram a água doce e, no caso dos gastrópodes, o ambiente terrestre. Existem moluscos predadores (até mesmo de vertebrados), herbívoros, ecto e endoparasitas, filtradores, comensais, sésseis, vágeis, pelágicos, neustônicos etc. Em certos ambientes representam grande biomassa e podem ser importantes na reciclagem de nutrientes.

Provas do contato do homem com os moluscos remontam a épocas pré-históricas. Conchas de moluscos fazem parte de jazigos arqueológicos, incluindo, aqui no Brasil, os "sambaquis". Os moluscos serviam de alimento e suas conchas eram utilizadas como ornamento e para a confecção de utensílios de corte, abrasão etc. Há relatos de muitas culturas em que conchas eram usadas como moedas ou mesmo ostentação de poder e sabedoria. Ainda hoje os moluscos são extremamente importantes na economia de muitos países, como fonte de alimento rico em proteínas, sendo coletados diretamente da natureza ou mesmo cultivados. Em muitos países, possibilitam até a existência de uma indústria de pérolas e de adornos de madrepérola. Apresentam interesse médico-sanitário, pois muitas espécies são vetores de doenças, enquanto outras, aparentemente, podem ser usadas no controle destas.

Morfologia
Os moluscos são animais triblásticos, celomados e protostômios. Apresentam o corpo mole, não segmentado, e com simetria bilateral. A cabeça ocupa posição anterior, onde abre-se a boca, entrada do tubo digestivo. Muitas estruturas sensoriais também localizam-se na cabeça, como os olhos. Sensores químicos também estão presentes nos moluscos e permitem pressentir a aproximação de inimigos naturais, quando o molusco rapidamente fecha sua concha, colocando-se protegido.

O pé é a estrutura muscular mais desenvolvida dos moluscos. Com ele, podem se deslocar, cavar, nadar ou capturar suas presas. O restante dos órgãos está na massa visceral. Nela, estão os sistemas digestivo, excretor, nervoso e reprodutor. Ao redor da massa visceral, está o manto, responsável pela produção da concha. Entre a massa visceral e o manto, há uma câmara chamada cavidade do manto. Nos moluscos aquáticos, essa cavidade é ocupada pela água que banha as brânquias; nos terrestres, é cheia de ar e ricamente vascularizada, funcionando como órgão de trocas gasosas, análoga a um pulmão.

Uma característica marcante da maioria dos moluscos é a presença da concha. Trata-se de uma carapaça calcária, que garante boa proteção ao animal. Nas lesmas e nos polvos, ela está ausente; nas lulas, é pequena e interna.

Organização Básica
Os moluscos são enterozoários (que têm cavidade digestiva) completos. Muitos deles possuem uma estrutura raladora chamada rádula. Com ela, podem raspar pedaços de alimentos, fragmentando-os em pequenas porções. A digestão dos alimentos se processa quase totalmente no interior do tubo digestivo (digestão extracelular). Algumas macromoléculas só completam a sua fragmentação no interior das células de revestimento do intestino (digestão intracelular).

A maioria dos moluscos apresentam sistema circulatório aberto ou lacunar, no qual o sangue é impulsionado pelo coração, passa pelo interior de alguns vasos e depois alcança lacunas dispostas entre os vários tecidos, nas quais circula lentamente, sob baixa pressão, deixando nutrientes e oxigênio, e recolhendo gás carbônico e outros resíduos metabólicos. Essas lacunas são as hemoceles. Os cefalópodos constituem uma exceção, pois têm sistema circulatório fechado.

Na cavidade celomática abrem-se os nefrídios, as estruturas excretoras. Pela abertura interna dos nefrídios (o nefróstoma), penetram substâncias presentes no sangue e no líquido celomático. Em alguns moluscos, como nos cefalópodos, os nefrídios encontram-se bastante agrupados, formando um "rim" primitivo.

Em quase todos os moluscos, a membrana do manto é vascularizada e permite a ocorrência de trocas gasosas entre o sangue e a água. Nos moluscos terrestres, como o caramujo-de-jardim (Helix sp.), a cavidade do manto é cheia de ar e comporta-se como um pulmão. Trata-se, portanto, de uma forma particular de respiração pulmonar. Nos moluscos aquáticos, existem lâminas ricamente irrigadas por vasos sangüíneos, no manto, e que formam as brânquias desses animais. Portanto, entre os moluscos podemos encontrar respiração pulmonar e respiração branquial.

O sistema nervoso dos moluscos é ganglionar, com três partes de gânglios nervosos de onde partem nervos para as diversas partes do corpo. Os cefalópodos possuem um grande gânglio cerebróide, semelhante ao encéfalo dos vertebrados o que permite a execução de atividades altamente elaboradas.

A locomoção da maioria dos representantes é lenta devida ao pé musculoso. Os que são rápidos, como as lulas e os polvos, locomovem-se graças à expulsão de jatos de água que saem através de um sifão. Muitos, porém, são fixos ao substrato, como as ostras e os mariscos na fase adulta.

Reprodução
A reprodução dos moluscos é sexuada e, na maioria dos representantes do grupo, a fecundação é interna e cruzada. O caramujo-de-jardim, por exemplo, é monóico. Na cópula, dois indivíduos aproximam-se e encostam seus poros genitais, pelos quais fecundam-se reciprocamente. Os ovos desenvolvem-se e, ao eclodirem, liberam novos indivíduos sem a passagem por fase larval (desenvolvimento direto).

Nos cefalópodes, o macho carrega um pacote de espermatozóides que é introduzido na cavidade do manto da fêmea para as fecundações. Após as fecundações, são liberados milhares de ovos, dotados de casca gelatinosa. As fêmeas de muitas espécies depositam os ovos em lugares protegidos , debaixo de rochas, no interior de cavernas etc. Certas fêmeas de polvos até cuidam dos ovos "arejando-os" com jatos de água expelidos pelo sifão. O desenvolvimento é direto, sem larva. A maioria dos filhotes que nasce servirá de alimento para diversos predadores. Poucos polvos e lulas chegam à vida adulta, pois a morte da progenitora coincide com o nascimento dos filhotes.

Fonte: www.sobiologia.com.br

Anelídios


Características Gerais dos Anelídeos
Posição Sistemática:

Reino: Animalia

Sub reino: Metazoa

Filo Annelida

Classe Polychaeta
Classe Oligochaeta
Classe Hirudinea

Número de espécies:

No mundo: 10.400 (Polychaeta)
No Brasil: 800 (Polychaeta)

11 (Oligochaeta)
4 (Hirudinea)


Anelídios

Os anelídeos são animais triploblásticos, ou seja, em seu desenvolvimento embrionário, formam-se três folhetos embrionários, que dão origem a todas as partes do seu corpo. São celomados (possuem uma cavidade corporal delimitada pelo mesoderma). Pelo celoma, circulam líquidos que facilitam a distribuição de materiais entre as várias partes do corpo. Na cavidade celomática, ficam alojados os órgãos do animal.

Em toda a extensão do corpo, a maioria dos anelídeos apresenta cerdas, expansões de quitina que se projetam externamente à cutícula. Elas comportam-se como apêndices de locomoção ou de fixação ao substrato sobre o qual o animal se encontra apoiado.

Ocorrem na água doce, salgada e solo úmido; podendo ser de vida livre, habitando galerias ou tubos.

Os anelídeos de vida livre são encontrados no solo, na água doce ou em ambientes marinhos.

Algumas espécies marinhas são fixas, habitando no interior de tubos calcários secretados pelo próprio verme. Outros se locomovem ativamente, explorando o ambiente à procura de alimento. Também podem ser ectoparasitas de vertebrados. A epiderme é constituída por epitélio simples, cilíndrico contendo células glandulares e sensoriais. Recobrindo-a encontramos uma cutícula permeável e não quitinosa.

Logo abaixo da epiderme aparecem duas camadas de células musculares: uma externa circular e outra interna longitudinal. Os anelídeos são os primeiros animais a apresentarem celoma.

O sistema digestivo é completo e apresenta forma tubular.

O sistema circulatório consiste de uma série de tubos ou vasos sangüíneos (sistema circulatório fechado). O sangue é bombeado através de vasos sangüíneos para outros órgãos do corpo por cinco pares de arcos aórticos ou corações. O sangue é constituído por placas que contém amebócitos livres e hemoglobina dissolvida.

A respiração pode ser por meio de brânquias em alguns habitantes de tubos, ou pela epiderme onde o oxigênio penetra e é transportado pelo sangue para outras partes do corpo. De maneira semelhante o dióxido de carbono e é eliminado através da cutícula.

O sistema excretor é constituído por nefrídeos, que removem excretas do celoma e corrente sangüínea diretamente para o exterior. Cada segmento ou metâmero possui um par de nefrídeos.

Os anelídeos apresentam reprodução sexuada; algumas espécies são hermafroditas (como a minhoca) outras são dióicas (por exemplo, muitos dos poliquetos marinhos).

Sistema Nervoso dos Anelídios

RESUMÃO

Simetria e Locomoção

Os animais assimétricos possuem diferentes formas que não possibilitam a separação do corpo em duas metades. (ex.: esponja)

Os animais simétricos radiais permitem a separação do animal em duas partes equivalentes. (ex.: cnidários).

Os animais bilaterais possuem lados esquerdo e direito,faces ventral e dor- sal e extremidades: anterior (fica localizada a central de comando, a cabeça) e posterior (é aquela que na maioria das vezes situa- se o ânus). (ex.: mamíferos)

OBS.: muitos animais que possuem esse tipo de simétria (bilateral) atuam como predadores.


1 - PORÍFEROS

O represente deste filo são as esponjas, os primeiros animais plurice- lulares a surgirem na Terra. São animais aquáticos fixos (vivem em rochas ou em outras estruturas submersas) e a maioria habita o ambiente marinho. As esponjas não apresentam praticamente nenhum tipo de mobilidade na fase adulta, sua alimentação depende da filtração de alimentos trazidos junto com a água.

A organização do corpo das esponjas é bem simples : não possuem órgãos nem sistema, apenas tecidos rudimentares. Não possuem boca, nem cavidade digestiva e muito menos as células, como as musculares e nervo- sas.

Uma esponja do tipo asconóide tem uma estrutura simples, lembra o aspecto de um vaso aberto em uma das extremidades.

Em esponjas desse tipo, a parede externa é constituída por células deno- minadas pinacócitos e a parede interna por células flageladas, os coanóci- tos, que forram o átrio. Entre as duas paredes têm um preenchimento com componentes do esqueleto e um grupo de células circulantes são os ame- bócitos. Na parede externa, inúmeros poros, são forrados por células tubu- lares, os porócitos. Os mesmos facilitam a entrada de água para o átrio. A água que chega até o átrio sai da esponja por um orifício chamado ósculo.
O esqueleto de uma esponja é constituído po finíssimas espícolas, que podem ser calcária ou siliosa, são produzidas pelas células circulantes especiais.

As espícolas de cálcio são características das esponjas calcárias. Já as espícolas siliosas são características das esponjas de vidro, são chamadas assim por causa da analogia à participação dos silicatos na confecção de vidros. Muitas espícolas, projetam- se para a camada externa e ao passar a mão pela superfície das esponjas podemos senti- las.

A organização das esponjas forma estruturas típicas, conhecidas como:

•Asconóide - possuem a forma de um vaso.

•Siconóide - possuem paredes pregueadas com a formação de canais inter- nos e externos.

•Leuconóide - o pregueamento é bem mais intenso, com camadas internas flageladas, repleta de coanócitos.
A água e os alimentos penetram pelos canais externos e atingem os canais internos flagelados, filtrada pelos coanócitos, a água atinge o átrio e abandona a esponja por um ou diversos ósculos.



REPRODUÇÃO DOS PORÍFEROS

As esponjas podem se reproduzir de duas formas :

Reprodução Assexuada

• Por Brotamento - é a forma mais comum, a partir desse processo, uma esponja produz brotos que se desenvolvem a partir de uam esponja-mãe. Esses brotos, permanecem ligados uns aos outros e organizam uma colônia.

• Por Formação de gêmulas - esse fenômeno ocorre em esponjas de água doce. Grupos de amebócitos e outras células se isolam e elaboram uma espessa membrana protetora contento espongina e espícolas. Essa fêmula forma- se em épocas de condições ambientais desfavoráveis, é uma forma de resistência - persiste longo tempo num ambiente e fica em estado metabólico até q ue as condições voltem ao normal. Nesse mo-mento a espessa membrana é rompida e as células retomam a atividade e reorganizam uma esponja.


Reprodução Sexuada

As esponjas podem ser seres monoícos ou dióicos. Não há órgãos reprodutores permanentes. Os espermatozóides como os óvulos são formados a partir de coanócitos, que diferenciam- se em gametas na estação reprodutiva.Nas esponjas monoícas não há auto fecundação. Os espermatozóides são liberados antes que haja a fecundação do óvulo, essa liberação ocorre pela corrente de água (que abandona a esponja pelo ósculo). Eles penetram em outra esponja, formam um zigoto, originando uma larva ciliada e natante que se fixa a um substrato dando origem a uma esponja adulta.


2 - CNIDÁRIOS ou CELENTERADOS

È um filo de animais aquáticos. As hidras são praticamente as únicas re- presentantes de água doce, além de fazerem parte do filo Coelenterata : as medusas (conhecidas como águas-vivas); as ânemonas-do-mar;os corais; as caravelas. Quando comparados aos poríferos, observamos muitas novi-ades : a presença de uma cavidade digestiva, "inaugurando" a digestão extracelular, e a existência de células nervosas.

Os celenterados são animais diblásticos, visto que seus tecidos originam-se de dois folhetos germinativos : a ectoderme e a endoderme.

Outra característica desse grupo é a existência de duas formas corporais:

Pólipo - é um bastão oco que contém uma abertura numa de suas extremidades, a boca rodeada de inúmeros braços(tentáculos).

Medusa - lembra a forma de um guarda-chuva cuja as margens são rodea- das por tentáculos que circundam uma boca central.


A HIDRA

A hidra verde, pólipo encontrados em lagoas, lagos e pequenos riachos de água limpa; servirá perfeitamente como padrão para melhor explicarmos os celenterados.

O pólipo de hidra é um bastão, em que uma das extremidades se apóia no substrato e a outra apresenta uma boca rodeada com os tentáculos (variam de 6 a 8 tentáculos longos). O tamanho da hira varia, chegando a 1,5cm com os tentáculos distendidos.

A cavidade intestinal é conhecida como cavidade gastrovascular e se estende até os tentáculos que são ocos.

Um exame na organização da parede do corpo da hidra revela a existência de tecidos verdadeiros que são formados por diferentes tipos de céulas or- ganizadas em duas camadas : uma interna forrando a cavidade digestiva, e outra externa de relação com o meio.

Entre essas camadas existe uma outra, sendo gelatinosa, chamada meso- gléia, não chega a constituir um tecido mas serve como mecanismo de suporte (parece com esqueleto). Em outros celenterados (principalmente nas medusas) a mesogléia é rigida, espessa e se assemelha muito com um tecido conjuntivo.

Na camada externa, podemos destacar dois tipos celulares : as células mioepiteliais e os cnidoblastos.
As mioepiteliais spossuem filamentos contráteis na base e servem à locomoção.

Os cnidoblastos são dotadas de um cílio na sua porção livre e de uma vesícula interna, o nematocisto, contendo um filamento enovelado.

Misturadas às células mioepiteliais e aos cnidoblastos, existem várias células sensoriais, dotadas de cílios. que ficam conectadas ao tecido nervoso.

Essas células constituem um importante mecanismo de relação da hidra com o ambiente, permitindo que ela atue como carnívora predadora, caça praticamente parada.

A camada interna é semelhante à externa, destacam-se também dois tipo celulares : as células glandulares e as epitélio-digestivas.

As células glandulares possuem várias vesículas de secreção cheias de enzimas digestivas, que são eliminadas para a cavidade digestiva.

As epitélio-digestivas são semelhantes às da parede externa, possuem dois flagelos e são também dotadas de filamentos contrátei, que torna o corpo da hidra elástico, principalmente quando o alimento é ingerido.
A digestão dos alimentos, é iniciada extracelularmente na cavidade digestiva e termina no enterior dessas células.

Junto à mesogléia, existe uma rede de neurônios que forma o tecido nervoso , esse tecido em rede é conectado às diversas cèlulas sensoriais espalhadas pelo corpo da hidra.
Não há um centro de controle, pois não há cérebro; trata- se de uma rede nervosa difusa de neurônios, é um mecanismo de coordenação primitivo, o primeiro que surge entre os animais pluricelulares.


REPRODUÇÃO DAS HIDRAS

Reprodução Assexuada

Essa reprodução é feita por brotamentos. Brotos laterais, em vários está- gios de crescimeno, ligados à hidra mãe e dela logo se destacam.


Reprodução Sexuada

As hidras são hermafroditas. Alguns testículos e apenas um ovário são for- mados, em épocas desfavoráveis do ano.

O único óvulo produzido é retido no ovário. Os esparmatozóides são libe- rados na ága, e vão à procura do óvulo. A fecundação ocorre no corpo da hidra, o zigoto é formado e circundado por uma espessa casca quitinosa e, após um certo tempo, o embrião, envolto pela casca protetora, destaca- se do corpo da hidra e permanece na casca durante toda a época desfavorável. Com a chegada da época favorável, esta casca se rompe e emerge a pequena hidra que cresce normalmente até sua fase adulta. Não há larva nesse desen- volvimento, o mesmo é direto.


CLASSIFICAÇÃO DOS CELENTERADOS

Os Hidrozoários

Esta classe possui inúmeros representantes, além da hidra. Todos os de- mais, são animais marinhos. Dentre eles, podemos citar a Obelia e a cara- vela (Physalia).

Na Obelia, a reprodução ocorre durante um ciclo em que se alternam pó- lipos (fase assexuada e duradoura) e medusas (fase sexuada e pouco du- radoura). podem existir dois pólipos : o nutridor e o reprodutor. Os póli- pos reprodutores geram medusas por brotamento, forma- se um zigoto ocor- re o desenvolvimento embrionário e surge uma larva ciliada, chamada plânula, que constitui uma importante forma de dispersão da espécie. Após fiixa a um substrato, a larva se transforma em um novo pólipo.


Os Cifozoários

Nesta classe, as fomas predominantes e sexuadas são bonitas medusas de coloridas, popularmente chamamos de "águas-vivas". Os pólipos são peque- nos e correspondem à fase assexuada.

As medusas têm formato de sino e são diferentes das do grupo dos hidro- zoários. Podem alcançar de 2 a 40cm de diâmetro, a gigante desse grupo situa- se no Atlântico, que pode chegar a ter 2m de diâmetro.
No caso da espécie Aurelia aurtita, a fecundação é interna. A plânula nada durante um tempo e origina um pólipo fixo, o cifistoma, esse pequeno pólipo é a geração assexuada e se reproduz por um processo conhecido por estroblização. Nesse processo, fragmentações sucessivas do corpo do póli- po formam uma pilha de discos que permanecem amontoados uns sobre os outros. Esses discos são chamados de éfira, eles se destacam após certo tempo e origina uma nova medusa, assim, fecha-se o ciclo.


Os Antozoários

Anêmonas e corais são os representantes mais conhecidos dessa classe.

A forma dos corais é variada, alguns possuem formato de pequenas árvore, outros possuem formato escultural, e ainda alguns possuem formato de cére- bro.

Os antozoários se reproduzem por brotamento ou fragmentação. A repro-dução sexuada envolve a formação e fusão de gametas e habitualmente exis- te uma larva (plânula) acontecendo na fase adulta.
Como nesta classe só há a forma de pólipo, não existe metagênese, após a reprodução sexuada, as plânulas se diferenciam em novos pólipos.



3 - PLATELMINTOS

Os platelmintos são vermes de corpo achatados (em forma de fita) dorci- ventramente.

Eles têm vida livre e são encontrados na água doce ou salgada ou ainda em terra úmida; alguns são parasitas, causando doenças em seres humanos e em outros animais.

A Planária

O estudo dos platelmintos pode ser feito a partir de um padrão, no qual usaremos a planária. As planárias podem viver em lagoas e riachos de pe - quena profundidade.

A primeira grande novidade deste grupo é o aparecimento de simetria bi- lateral. Na planária, isto é evidenciado por uma região ventral mais clara, que se apoia no substrato, e outra dorsal mais escura, que possui duas for- mações correspondentes aos "olhos".

Outras características marcante é a cefalização: a existência de uma "cabe- ça" como centro de comando do corpo, onde estão localizados os neurônios responsáveis pela organização dos gânglios "cerebróide" que funcionam como cérebro da planaria.

A percepção da luz é função dos "olhos", enviando estimulos ao "cérebro" que aciona a musculatura do animal e possibilita seu afastamento da fonte luminosa.

Alimentação e Digestão

O tubo digestivo da planária é incomplete, ao contrário do que se pode es-perar. A boca não é encontrada na cabeça, ela surge no meio da região ventral e fica na ponta de um tubo musculoso protátil, a faringe. O intestino possui três ramos principais : um que se dirige para a extremidade anterior e dois que se dirigem para extremidade posterior. Os três ramos são altamente ramificados, representa uma exelente adaptação para a difusão de alimento para todas as células corpóreas. Isso é bastante importante, já que as pla- nárias não possuem sistema circulatório. O intestino (amplamente rumifi- cado) é, um órgão de digestão, absorção e distribuição de alimentos.

A Excreção e as Trocas Gasosas

Pela primeira vez,surgem estruturas especializadas na osmorregulação e re- moção de resíduos tóxicos. Dois cordçoes laterais se abrem na parede do corpo e despejam o excesso de água que penetra (por osmose) no corpo da planária.

Esse excesso, é removido por células especiais globosas que contêm uma porção em forma de tubo, no interior do qual vários flagelos ficam em cons- tante batimento. esses batimentos recebem o nome de batimentos flagelares (lembram o piscar de uma chama de vela, motivo que dá o nome de células- flamas). Acredita- se que a principal função das células- flamas seja a de re- mover o excesso de água, provavelmente, também removem amônia e sais.


REPRODUÇÃO DAS PLANÁRIAS

Reprodução Assexuada

Pode ocorrer por simples fragmentação, duas metades, aos poucos, recons-tituem as porções faltantes, sendo que o fragmento anterior reconstitui o posteriorcom maior rapidez.

Reprodução Sexuada

Também é de grande ocorrência entre as planárias. Duas planárias se en-costam ventre a ventre e trocam espermatozóides, que são armazenados em vesículas apropriadas. Após trocarem gametas, elas se separam. Ocorrem as fecundações internas dos óvulos e cada animal deposita pequenos ovos junto á vegetação existente. Em cada ovo existe um embrião em desenvolvi- mento, do qual emerge uma planária. O desenvolvimento é direto, pois não há larva.


4 - NEMATELMINTOS

São vermes de corpo em forma de fio. Esses organismos pertencentes ao filo Nemathelminthes, também conhecidos como nemátodos ou nematóides. Têm o corpo cilíndrico, alongado e liso, o tubo digestivo é completo e termi- na no ânus (característi- ca que aparece pela primeira vez).

Os nematelmintos conquistaram os habitats marinho, dulcícola e terrestre. Embora haja muitos representantes de vida livre a maior parte é parasita de praticamente todos os tipos de plantas e animais.


A Lombriga

A lombriga é um representante típico do filo dos nematelmintos.

Uma doença muito comum no homem é a ascaridíase, causada pelo Asca- ris lumbricoides, a lombriga.
Seu corpo pode ser considerado um tubo dentro de outro tubo, o tubo ex-terno é a parede do corpo e o interno é o intestino retilíneo, que se estende da boca até o ânus.

Entre esses tubo existe uma cavidade, o pseudoceloma, onde se localizam vários órgãos, e um líquido que favorece a remoção de toxinas.

A parede do corpo é revestida por uma cutícula espessa, freqüentemente, durante o crescimento essa cutícula é trocada.

A locomoção de um lombriga é pouca. Suas células musculares são sim-ples e permitem apenas movimentos de flexão, por isso esses vermes são sempre vistos enrolados sobre si.

Reprodução dos Nematelmintos

Os sexos são separados.A fecundação é interna,de modo geral ocorre pos-tura de ovos e o desenvolvimento é indireto, com estágios larvais.


5 - ANELÍDEOS

Os anelídeos são vermes de corpo alongado e cilíndricos e divididos em anéis encontrados em ambientes terrestres, marinhos e dulcícola.

As estruturas excretoras, nervosas, digestivas etc. se repetem internamente em cada segmento, também chamado de metâmero, por isso, dizemos que o corpo dos anelídeos é metamerizado. Os metâmeros sâo separados uns dos outros por paredes divisórias conhecidas como septos.

Classificação do Anelídeos

Sâo três as classes mais importantes :

•Oligochaeta - possui representantes terrestres (minhocas) e de água do-ce (tubiflex). Apresentam corpo uniformemente segmentado de cerdas na região ventral; possuem uma porção bem diferenciada na região ante-reior do corpo, o clitelo, resultado da fusão de alguns segmentos, que desempenham importante papel na reprodução;
•Polychaeta - com representantes predominantemente marinhos, possuem expansões laterais em cada segmento do corpo, os parapódios, são dotados de muitas cerdas auxiliares da locomoção. Os organismos errantes deslocam- se livremente pelo solo oceânico e saem à procura de alimentos.
•Hirundinea ou Achaeta - é representada pelas sanguessugas, são encon- tradas em meio aquático ou terrestre, elas não possuem cerdas, possuem citelo. As sanguessugas, no passado, eram usadas para extrair sangue das pessoas doentes.

Minhoca

Usaremos a minhoca como "anelídeo padrão" para podermos estudá-los melhor.

A Pheretima hawayana (minhoca) tem em sua região dorsal,uma linha me- diana escura, que se estende da extremidade anterior à posterior, é o vaso sangüíneo dorsal reveladorda existência de sistema circulatório. Nele o sangue circula de trás para frente.

Na regiaão ventral, mais clara, pode- se ver outra linha mediana que cor-responde ao vaso sangüíneoventral. Este vaso flui em sentido contrário, de frente para trás.

O sangue é vermelho, contendo hemoglobina. Não há glóbulos vermelhos. O vaso dorsal é contrátil.O sangue é impelido para frente e atinge o vaso ventral por meio de quatro pares de vaos laterais de ligação, também contrá- teis, considerados os corações laterais da minhoca.

É um sistema circulatório fechado. o sangue nunca abandona os vaso e as trocas entre eles e os tecidos ocorrem pelas paredes dos capilares sangüí- neos.

A pele da minhoca é constituída de uma epiderme revestida por uma fina cutícula, mucosa de glândulas espelhadas pela parede do corpo. A umidade do solo em que vive, também contribui para o umidecimento da pele e faci-lita a troca de gases.

Se passarmos a mão pela região ventral, poderemos sentir certa aspereza da pele, decorrente da finissíma camada de cerdas.

Digestão

O tubo digestivo da minhoca é completo. À boca, segue de uma faringe sugadora de alimento, continuada por um longo esôfago, no meio do qual surge uma moela, que tem por função triturar os alimentos. Após o esôfago, o tubo digestivo começa a se alargar e constitui um longo intestino, que se abre no ânus.

Antes do intestino existem os chamados cecos intestinais, bolsas de fun-do cego que apliam a superfície de absorção de alimentos. Outro recurso destinado a ampliar a superfície de digestão e absorção do intestino é uma dobra chamada tiflossole, um pregueamento para dentro da parede intesti-nal,que aparece depois do ponto de surgimento dos cecos.

A Excreção

A excreção da minhoca é feita a partir de unidades pareadas que se repe-tem na maioria dos segmentos, chamados nefrídeos segmentos, cada um possui um funil ciliado (nefróstoma) mergulhado na cavidade celomática do segmento.

Do funil emerge um tubo enovelado que perfura o septo do segmento se- guinte e termina em um poro que se abre na parede lateral. O funil recolhe substâncias do líquido contido na cavidade celomática, mas ao longo desse tubo, ocorrem reabsorçõesde substaâncias utéis.

O produto de excreção é a uréia, outro fator de fertilização do solo já que é transformada em amônia, que pode ser aproveitada pelas plantas.

Reprodução das Minhocas

A minhoca é hermafrodita, mas não faz autofecundação.

Os espermatozóides amadurecem antes que os óvulos, o que é um recurso valioso para estimular a troca de gametas entre dois animais e favorecer a fecundação cruzada, gerando maior variabilidade nos descendentes.

O aparelho reprodutor masculino é formado por testículos e glândulas acessórias, com tubulos condutores de espermatozóides.

O aparelho reprodutor feminino consta de um par de ovários localizados no segmento anterior ao clitelo. Nos primeiros segmentos localizados na extremidade anterior existem vesículas, cada qual exteriorizando um poro, e conhecidas como receptáculos seminais. Esses receptáculos receberão os espermatozóides do outro e os amazenará até que ocorra a fecundação.

Os espermatozóides de cada uma passam para os receptáculos da outra e lá são armazenados, inicia- se assim o amadurecimento dos óvulos que são liberados pelo poro genital feminino no interior de um casulo aberto em ambas extremidades e produzido pelo clitelo, em seguida os animais se s
separam.

Os Hirudíneos

As sanguesssugas pertencem à essa classe e são encontradas no mar, na água doce e em meio terrestre úmido. Do mesmo modo em que as minho- cas, possuem corpo segmentado, clitelo e não têm cabeça diferenciada e muito menos parapódios. São hermafroditas e a reprodução é sexuada inclui os mesmos passos descritos para as minhocas. Não possuem cerdas, sendo por isso também chamadas de anelídeos aquetos, o corpo é levemente achatado dorsiventralmente.

A principal diferença entre as sangussugas e os ouros anelídeos é a pre-sença de ventosas fixadoras, que funcionam como "desentupidores de pia", localizam- se nas duas extremidades do corpo, a da região anterior abriga a boca e possui alguns dentículos raspadores e a da extremidade posterior não abriga o ânus, que se abre antes do local em que está a ventosa.

A maioria das sanguesseugas, como o nome deixa claro, atua como parasita de outros animais .
A locomoção delas se dá através de duas ventosas alternadamente, um mecanismo conhecido por "mede-palmos".


6 - MOLUSCOS

São animais de corpo mole, podemos citar alguns animais como exemplo: caracóis de jardim, caramujos, mariscos, ostras, lesmas, lulas e polvos.

Muitos moluscos podem ter uma concha calcária única ou formada por duas metades articuladas revestindo seu corpo, que funciona como esque-leto externo (exoesqueleto). Internamente, um conjunto de órgãos, conhecidos como massa visceral, é coberto por uma dobra de pele chama- da manto.

A locomoção da maioria da maioria dos moluscos devido a um pé mus-culoso. Outros são rápidos, como lulas e polvos, que se locomovem graças à expulsão de jatos de água que saem de um cifão. Muitos, são fixo e gru- dados ao substrato, como as ostras e os mariscos.

Podemos considerar o corpo dos moluscos composto por : cabeça, massa visceral e pé musculoso.

Classificação dos Moluscos

Os moluscos são dividos em três grandes classes :

•GASTROPODA - caramujos, caracóis, lesmas. Estão presentes na terra, na água doce e água do mar;
•BIVALVIA - ostras, mechilhões, mariscos. Estão presentes na água do mar e na água doce;
•CEPHALOPODA - lulas, polvos. Vivem em ambientes exclusivamen-te em ambientes marinhos.

Gastrópodos

O caracol de jardim representa bem essa classe. Quando o caracol está se movimentando, é possível perceber o pé musculoso estendido, é uma verdadeira sola musculosa que,ao movimentar o animal deixa um rastro mu-coso.

Acima do pé existem os órgãos internos, cujo conjunto é conhecido como massa visceral. Tudo está lá : estômago, intestino, coração, rim, pulmão, etc. Toda essa massa visceral fica coberta por um manto. Esse manto acaba formando uma cavidade interna que atua como pulmão. Junto à cabeça, há um orifício por onde o ar penetra passando à cavidade pulmo-nar. Em gastrópodos aquáticos essa cavidade abriga uma brânquia.

Junto ao orifício respiratório existe um outro, ânus, para eliminação dos restos alimentares.

A cabeça é outro importante componente do caracol, sendo o centro de comando e possui dois pares de tentáculos de função sensorial. Na ponta de cada tentáculo existe um olho.

A boca é ventral, onde existe uma língua raspadora (rádula). A rádula é uma adaptação de folhas, pois a celulose precisa ser bem fragmentada antes de chegar no tubo digestivo.

O habitat e a Reprodução do Caracol

Os caracóis de jardim sempre são encontrados debaixo de pedras, de madeiras e da vegetação, pois esse habitat mais úmido reduz a possibilida-de da perda de água por evaporação do corpo.

Os caracóis de jardim são hermafroditas. Só que o animal não se autofe- cunda, é preciso outro com o qual ele possa se juntar e efetuar a troca de gametas masculinos.

De cada ovo surgirá um novo caracol, com a forma igual a dos pais, mas com características genéticas diferentes, como resultado de uma reprodu- ção sexuada.

Circulação, Excreção e Coordenação Nervosa

Os sistemas circulatórios dos gastrópodos é do tipo lacunar ou aberto. De um coração simples sai um vaso que distribui o sangue para lacunas, onde se farão as trocas de alimentos e de gases respiratórios com os tecidos. Daí o sangue retorna ao coração.

O sangue da maioria dos moluscos contém um pigmento respiratório cha-mado hemocianina. A excreção é efetuada por rins simples. O sistema ner-voso é basicamente constituído por pares de gânglios ligados às tres prin-cipais regiões: cabeça, massa visceral e pé musculoso.

Os Cefalópodos

A classe dos cefalópodos incluem as lulas, os polvos, as sépias e os nau- tilus, dotados de locomoção de jato- propulsão, graças a eliminação de água, em jatos, por um cifão. A cabeça é muito modificada e rodeada, tem vários "braços" longos chamados de tentáculos.

A concha só existe nos nautilus que a têm enrolada, dotadas de várias câmaras, sendo que a última abriga o animal e as demais ficam cheias de gás, o que contribui para sua flutuação. Nas sépias, a concha é interna e constitui o chamado "osso de siba". Nas lulas, a concha interna é restrita a uma pena quitinosa leve. E nos polvos, a concha é inexistente.

A Forma do Corpo da Lula

A cabeça, volumosa, sofre modificações consideráveis e fica rodeada de diversos "braços" longos, os tentáculos.

O pé, também modificado passa a constituir o cifão. O manto envolve todo corpo, a massa visceral e a concha.

Duas expansões laterais do manto em forma de nadadeira permite a natação suave da lula.
Interna e lateralmente, na cavidade do manto existem duas brânquias que recebem continuamente água por oxigenação.

Sistema Circulatório

Ao contrário dos demais moluscos, sistema circulatório da lula é do tipo fechado possibilita o desenvolvimento de maior pressão sangüínea, favore- cendo o metabolismo e permitindo maior rapidez do animal.

Cabeça e o Sistema Nervoso

Dois olhos laterais permitem a construção de imagens. Muitos estudos revelam a sua semelhança com olho humano.

O sistema nervoso é bastante desenvolvido. Uma organização ganglionar que se assemelh a um verdadeiro cérebro permite a execução de atividades altamente elaboradas.

Neurônios gigantes conectam o cérebro a diversas partes do corpo. Cer-tos neurônios gigantes de lulas são muito utilizados nos estudos de neurofi-siologia.
Os equinodermos são animais exclusivamente marinhos, como a estrela-do-mar, o ouriço-do-mar e o pepino-do-mar. São cerca de 5500 espécies, de tamanhos médios, nunca sendo muito grandes ou pequenos.

São características exclusivas dos equinodermos:

Sistema hidrovascular, constituído por vasos em cujo interior, circula água;

Formações existentes na superfície do corpo dotadas de mandíbulas e acionados por músculos;

Endoesqueleto calcário: o esqueleto interno, recoberto pela epiderme de origem mesodérmica e constituído por placas calcárias que, em algumas espécies, emitem espinhos;

Resumindo as características do grupo, podemos dizer que os equinodermos são animais triblásticos, celomados, deuterostômios e de simetria radial de base pentarradiada quando adustos. As larvas apresentam simetria bilateral.

O corpo da estrela-do-mar apresenta-se formado por um disco central do qual partem, radialmente, cinco braços triangulares. Em algumas estrelas, o número de braços pode chegar a vinte ou mais.

Os secos são separados. Em cada braço há um par de gônados. Cada uma destas possui um pequeno canal que se abre num poro situado na parte superior do disco central. A estrela-do-mar possui um grande poder de regeneração.

O ouriço-do-mar, chamado de pindá pelos indígenas, vive em buracos de rochas onde chega a água domar. Seu corpo tem a forma de um globo achatado e é coberto por espinhos e, entre eles, pedicelárias.

Os pepinos-do-mar são animais de corpo alongado e mole. Suas placas calcárias são pequenas e não se soldam como ocorre no ouriço-do-mar.

Os equinodermos ofiuróides assemelham-se às estrelas-do-mar, mas seus braços são muito finos. Esses braços são articulados e capazes de movimentar água.

O lírio-do-mar possui um pedúnculo pelo qual se fixa ao solo marinho ou a recifes de corais. Na extremidade do pedúnculo existe um disco em forma de cálice do qual partem cinco braços ramificados. Alguns desses braços são capazes de se soltar e flutuar.

Artrópodes

O nome deste filo vem de arthros = articulação e poda = pé, os pés desses animais não são articulados, mas as pernas e outras extremidades como: as antenas e órgãos bucais são. artrópodes constituem o mais numeroso grupo animal existe na Terra, de cada 4 animais 3 são artrópodes. Em geral, o tórax é bem diferenciado do abdômen. Certos órgãos (antenas, olhos compostos, asas membranosas) são próprio desses animais. O desenvolvimento dos artrópodes pode envolver importantes metamorfoses e o crescimento só se efetua por mudas, pois o tegumento quitinoso não cresce.

Pertencem ao filo Artrópoda: borboletas, moscas, aranhas, caranguejos, escorpiões, centopéias, libélulas, besouros, tatu-bola e milhares de outros animais, distribuídos pelas 5 subdivisões existentes.

Insecta: São os insetos, é sem dúvida a divisão mais numerosa dos artrópodes, a maioria dos insetos são terrestres (solo e ar), mas existem algumas espécies que vivam em ambientes aquáticos, assim como a fase larval de alguns mosquitos como o Aedes Aegypti, Anopheles entre outros. os insetos possuem um par de olhos compostos, mandíbulas e sua respiração é realizada por traquéia. Alguns exemplos de insetos são: moscas, abelhas, traça, pulgas, borboletas e etc.

Crustacea: São os crustáceos, esse nome vem do fato de muitas espécies de crustáceos possuírem um exoesqueleto, formando uma crosta. A maioria desses animais são aquáticos como: lagostas siris, caranguejos, mas também existe alguns representantes terrestres, como o tatuzinho-de-jardim. E são raros os crustáceos fixos (anatipo, bálano). Existem crustáceos que não são visíveis a olho nú, como é o caso da dáfnia e plânctons.

Arachnida: Os aracnídeos incluem as aranhas, os escorpiões, os ácaros e os carrapatos. Os aracnídeos diferem - se dos demais artrópodes, por não possuírem antenas nem mandíbulas, alguns aracnídeos possuem veneno em sua armas, como uma forma de defesa e de paralisação de suas presas, como é o caso do escorpião e de algumas espécies de aranha.

Miriapoda: Estão incluídos nesse grupo, os animais que possuem muitas pernas articuladas, esse nome é apenas uma designação coletiva de dois grupos de animais: Chilopoda (quilópodes) e Diplopoda (diplópodes). Os quilópodes apresentam um par de pernas por segmento, sendo que o primeiro par e transformado em uma estrutura denominada de forcípula, que na extremidade possui uma glândula de veneno, usado para imobilizar suas presas, já que esses animais são carnívoros, ao contrário dos diplópodes, que são herbívoros e comem detritos vegetais. Um exemplo de quilópodes é a Lacraia. Os diplópodes não possuem forcípula e nem são venenosos e cada segmento do corpo possui 2 pares de pernas. Como forma de defesa, esses animais se enrolam e expelem de seu corpos uma substância com cheiro e gosto forte. Alguns exemplos de diplópodes são: Centopéia, piolho de cobra entre outros.

INTRODUÇÃO: Dentro do estudo dos invertebrados, o filo artrópodes merece atenção especial. Ele agrupa mais de 800 mil espécies, contia que supera todos os demais filos reunidos. Além disso, merecem citação a grande diversidade dessas espécies; Sua boa adaptação a diferentes ambientes; as vantagens em competição com outras espécies; a excepcional capacidade reprodutória; a eficiência na execução de suas funções; a resistência a substâncias tóxicas e a sua perfeita reorganização social, caso das abelhas, formigas e cupins.

O QUE SÃO ARTRÓPODES: Os invertebrados que possuem patas articuladas, nome formado de Athros, que significa articulações, o podes, que significa pés patas. Os artrópodes tem uma carapaça protetora externa, que é o seu esqueleto, formada por uma substância resistente e impermeável, chamada quitina, endurecida por conter muito carbonato de cálcio.

Ao crescer, o artrópode abandonam o esqueleto velho, pequeno, e fabrica outro, maior. Esse fenômeno é chamado muda. Ela ocorre várias vezes para que o animal possa atingir o tamanho adulto.

Os artrópodes, no entanto, não possuem apenas patas articuladas, mas sim todas as suas e extremidades, como as antenas e as peças bucais. Os seus membros inferiores são formados por partes que se articulam, ou seja, que se movimentam umas em relação às outras: os seus pés se articulam com suas pernas, que se articulam também comm suas coxas, que também se articulam com os ossos do quadril.

CLASSIFICAÇÃO DOS ARTRÓPODES: Os artrópodes podem ser classificados em cinco classes principais, usando como critério o número de patas.
INSETOS: São artrópodes com seis patas distribuída em três partes. Os insetos apresenta o corpo subdividido cabeça, tórax e abdome. Possuem um par de antenas e três pares de patas no tórax. Nas maioria das espécies, há dois pares de asas, mas há espécies com apenas um par e outros sem asas.

CARACTERÍSTICAS: O corpo dos insetos e formado por três regiões: cabeça, tórax e abdome.

Na cabeça das insetos, podemos notar antenas, olhos e peças bucais.

Antenas: São utilizadas para a orientação. Todos insetos tem um par de antenas.

Olhos: os insetos possuem dois tipos de olhos:

- 2 olhos compostos, isto é, formados por várias unidades, que permite enxergar em várias direções ao mesmo tempo;

- 3 olhos simples, também conhecidos por ocelos.

Esse conjunto de olhos proporciona aos insetos uma excelente visão. Eles podem enxergar coisas que não são visíveis ao homem.

Peças bucais: as peças bucais, todas dotadas de articulação, estão diretamente relacionadas com a alimentação. Assim, as peças bucais podem ser de vários tipos, conforme os hábitos alimentares dos insetos.

O tórax: dos insetos é dividido em três partes; em cada uma delas prende-se um par de patas.

É ainda no tórax que se prendem as asas, existentes na maioria dos insetos. Quando ao número de asas , existem 3 tipos de insetos: sem asas, com um par de asas e com dois pares de asas.

Respiração dos insetos: Os insetos respiram por traquéias, pequenos canais que ligam as células do interior do corpo com o meio ambiente. Ao longo de todo o corpo de um inseto podem ser ver os estimas , pequenas manhas onde se abrem as traquéias.

Reprodução dos insetos: Os insetos são animais de sexos separados e ovíparos. Depois que os ovos são botados pelas fêmeas, eles se desenvolvem e forma um novo inseto.

Alguns insetos tem desenvolvimento direto: do ovo nasce uma forma jovem, que já tem o aspecto do adulto, embora menor. É, por exemplo, o caso da traça. O desenvolvimento da mosca é indireto: ela nasce diferente do adulto, e passa por mudanças na forma do corpo, enquanto se transforma de recém- nascida em adulta. Dizemos que a mosca sofre metamorfose. Todas as formas que tem aspecto diferente do adulto chama-se larvas. Nem todos os insetos apresentam metamorfose, mas ela ocorre na maioria deles. Você já deve ter visto as lagartas das borboletas: elas são larvas que se transformarão em borboletas adultas.

A borboleta bota o ovo em uma folha, e desse ovo nasce uma lagarta, que é a primeira forma de larva desses insetos. Em seguida, a lagarta se transforma, passando por outras formas de larva, até originar a borboleta adulta.

Classificação dos insetos: Existem aproximadamente 800 mil espécies de insetos, distribuídas por mais de 30 ordens. Um dos critérios usados para a classificação dos insetos é o número e a forma das asas. Aqui você vai conhecer apenas 5 ordens, escolhidas como exemplo.
Os insetos e a ecologia: O equilíbrio ecológico, em todo ecossistema, é mantido graças a uma série de relações, algumas positivas e outras negativas. Uma relação altamente positiva é a que ocorre entre os insetos voadores e as flores. Para que as plantas se reproduzam há necessidade de que o grão de pólen de uma flor seja transportada até outra flor. Esse transporte chama-se polinização, e é realizado pelos insetos voadores e por vários outros agentes. O transporte do pólen, é realizado em grande parte pelos insetos, é de extrema importância na preservação de matas, florestas, jardins, pomares. É, enfim, essencial à preservação de numerosos ecossistemas. Um exemplo de relação negativa é o que ocorre entre o gafanhoto e as plantações. O gafanhoto é um predador voraz e vive em enormes bandos, capazes de destruir rapidamente plantações inteiras. Um outro inseto menos voraz é o bicho-da-seda, uma mariposa cujas larvas alimentam-se de folhas, principalmente de amoreiras.

Embora alimentam-se dessas folhas, as larvas do bicho-da-seda são muito úteis, pois produzem a seda, tão importante na industrialização de tecidos.

Os insetos e a saúde humana: Os insetos trazem poucos benefícios diretos à saúde humana. A abelha, no entanto, é um exemplo de benefício direto, pois produz o mel, que usamos como alimento e possui ótimo valor nutritivo. A maior parte das relações diretas entre os insetos e o homem é nociva. Assim, por exemplo, muitas abelhas, que são tão úteis, são também venenosas, e seus venenos podem provocar forte dor e grande reação local. As picadas de abelha, no entanto, geralmente não causam grandes males.

O maior mal que os insetos causam a saúde humana é a transmissão de outros seres vivos, que causam doenças.

É o caso, por exemplo, da mosca- doméstica, que pousa no lixo e em outros lugares contaminados e depois pousa nos nossos alimentos, trazendo sujeira e micróbios. Assim, ela pode causar diversas doenças, como a disenteria.

Outros exemplos de doenças transmitidas por insetos são a elefantíase, a malária, a febre amarela, a doença de chagas e o dengue.

ARACNÍDEOS: Os aracnídeos são representados pelas aranhas, pelos escorpiões e pelos carrapatos. Todos eles possuem um par de quelíceras e quatro pares de patas locomotoras.

As quelíceras são apêndices em forma de pinças, situados na parte anterior da cabeça. É um exemplo uma aranha jovem e uma adulta. Seus corpos têm a mesma forma.Todos os aracnídeos não sofrem metamorfose.

Outra característica importante dos aracnídeos é que eles têm a cabeça e o tórax numa peça só, chamada cefalotórax.

É fácil distinguir um aracnídeo de um inseto, pelo exame externo do corpo.

Classificação dos aracnídeos: Os Aracnídeos podem ser distribuídas por 3 ordens, com base no aspecto externo do corpo:
Araneídeos englobam todas as espécies de aranhas, venenosas ou não.

Escorpionideos, que reúne os escorpiões. O escorpião é um aracnídeo que provoca um certo receio nas pessoas, pelo seu aspecto e comportamento agressivo.

Ácaros, que são os carrapatos e alguns parasitas micróbicos.

CRUSTÁCEOS: Crustáceos são os artrópodes que possuem uma crosta protegendo o corpo. Os principais representantes dessa classe são os camarões, as lagostas,os caranguejos e os siris, todos com 5 pares de patas. São, portanto, decápodes( deca= dez; podes= patas, pés).

Na maioria dos decápodes, as 2 patas dianteiras são modificadas e bem desenvolvidas como adaptação à preenção de alimentos.

Classificação dos crustáceos: O número de patas é um bom critério, que permite dividir a classe dos crustáceos em duas ordens: Decápodes e Isópodes.

Os decápodes você já conhece: São crustáceos de dez patas.

Os isópodes são crustáceos que possuem numerosas patas, todas semelhantes. O exemplo mais conhecido é um isópodes encontrado em toda a costa litorânea do Brasil, conhecido por tatuí, tatuíra ou tatuzinho de de praia.

Revestimento do corpo dos crustáceos: O esqueleto é um sistema encarregado da sustentação do corpo, tanto em vertebrados como em invertebrados; nos vertebrados, o esqueleto fica dentro do corpo, e nos invertebrados fica fora, revestindo o corpo. Dizemos, então, que os vertebrados tem endoesqueleto (esqueleto interno) e que os invertebrados tem exoesqueleto (esqueleto externo).

Dentre os artrópodes, os crustáceos são os que possuem exoesqueleto mais volumoso e mais desenvolvido; Ele forma a crosta, que deu nome aos crustáceos, e que reveste e protege o corpo desses animais. Essa crosta é constituída por quitina e carbonato de cálcio.

Externamente, podemos reconhecer duas partes no corpo dos crustáceos: o cefalotórax e abdômen.

No cefalotórax localizam-se dois pares de antenas e um par de olhos compostos, que geralmente situam-se na extremidade de dois pedúnculos; são por isso, chamados olhos pedunculados. Esses olhos são movimentados pelos pedunculos, permitindo assim, uma ampla exploração do ambiente.

Os crustáceos são, na sua maioria animais aquáticos, e de respiração branquial.

Caranguejo ou siri?

Muita gente confunde caranguejo com siri.

Eles podem, no entanto, ser diferenciado facilmente por várias características

Duas delas muito evidentes:

- O corpo do siri é mais achatado do que o corpo do caranguejo, que é mais "arredondado"'.

-As patas traseiras do siri são largas, como remos, ao passo que as patas do caranguejo são pontudas.

Essas duas características devem-se ao fato de que os siris estão mais bem adaptados ao nado, do que os caranguejos.

Os crustáceos e a saúde humana: Os crustáceos são inofensivos ao homem. Além disso, são largamente utilizados na alimentação humana. Na verdade, praticamente todos os artrópodes utilizados como alimento são crustáceos: camarão, lagosta, siri, caranguejo, tatuíra etc...

Quilópodes e Diplópodes: Tem como principal característica a divisão de corpo em vários segmentos, onde se prendem as patas.

Os quilópodes e os diplópodes possuem um par de antenas e olhos simples, não possuindo olhos compostos.

Quilópodes: Principal exemplo: centopéia (lacraia, escolopendra).

Principais características:

- 1 par de patas em cada segmento

- corpo dividido em 2 regiões, cabeça e tronco.

Diplópodes: Principal exemplo: piolho-de-cobra (embuá).

Principais características:

- 2 pares de patas em cada segmento;

- corpo dividido em três regiões: cabeça, tórax e abdômen.

Os Quilópodes, os Diplópodes e a saúde humana: Os Quilópodes e os Diplópodes não têm interesse especial para saúde humana. A única agressão ao homem é praticada pelas centopéias, que possuem um par de pinças de veneno na cabeça, que podem provocar picadas dolorosas.

Cordasdos
Os cordados constituem um grupo zoológico que compreende animais adaptados para a vida aquática e terrestre.

Os cordados dividem-se em: protocordados e eucordados.

Os protocordados são destituídos de coluna vertebral e de caixa craniana. Já os eucordados ou vertebrados possuem coluna vertebral e têm crânio com encéfalo.

Embriologia

• Simetria bilateral.
• Celomados, com celoma bem desenvolvido.
• Deuterostômios.
• Triblásticos.

Sistemas

• Sistema Digestório → Sistema digestório completo.

• Sistema Nervoso → Sistema nervoso constituído por encéfalo, medula espinal e rede nervosa periférica.

• Sistema Excretor → Excreção realizada pelos rins formados de néfrons.

• Sistema Circulatório → Sistema circulatório fechado e coração com duas ou mais câmaras.

• Sistema Respiratório → Respiração pulmonar, branquial e cutânea complementar.

• Sistema Reprodutor → Os Cordados são dióicos (sexos separados) com poucas exceções.

• Peixes → podem ter fecundação externa ou interna e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto.

• Anfíbios → têm fecundação externa e o desenvolvimento é indireto (as larvas são os girinos).

• Répteis → têm fecundação interna e desenvolvimento direto, no interior de ovos terrestres dotados de casca membranosa.

• Aves → têm fecundação interna e desenvolvimento direto, no interior de ovos terrestres com casca calcária.

• Mamíferos → têm fecundação interna, desenvolvimento direto. Poucas espécies de Mamíferos são opívaras; na maioria o desenvolvimento do embrião ocorre no interior do útero materno.

• Sistema Sensorial → Sistema Sensorial bem desenvolvido, com órgãos dos sentidos especializados em captar estímulos tácteis, olfativos, visuais e auditivos.

Qual a vantagem evolutiva?

Possuem Notocorda e Metameria, Deuterostômios e Enterocelomados.

Nematelmintos



Principais Características
Este filo é formado de vermes cilíndricos afilados nas extremidades sem segmentação e de dimensões muito variadas.

São vermes pois tem o corpo cilíndrico e sem membros.

Ambientes
Existem espécies parasitas, mas a maioria é de vida livre. Os nematelmintos de vida livre habitam o solo úmido, a areia dos desertos e das praias, a água estagnada, o mar. Os parasitas infestam os animais e as raízes, frutos, outras partes das plantas e o homem.

Forma e tipo de alimentação
É o primeiro filo na escala evolutiva a apresentar sistema digestivo completo (com boca e ânus). O alimento é ingerido pela boca (na parte anterior do corpo) e é empurrado por uma faringe curta e musculosa até o intestino, onde os alimentos são semidigeridos e englobados pelas células da parede intestinal, onde terminam de ser digeridos (digestão extra e intracelular). O material não digerido é eliminado pelo ânus.Os que parasitam plantas se alimentam da seiva e do conteúdo das células; e os que parasitam animais destroem células, para nutrirem-se de seu conteúdo, ou retiram alimento do muco do tubo digestivo.

Respiração
Sistema respiratorio ausente. Nas espécies de vida livre a respiração é aeróbia; as trocas são feitas por difusão através da pele. Nos parasitas a respiração é anaeróbia(ocorre na ausência de oxigênio).

Tipo e forma de reprodução
Animais de sexos separados com dimorfismo sexual. Fêmeas com grande fertilidade e existência de estágios larvários.

A reprodução é sexuada
Os espermatozóides, que não têm flagelos, deslocam-se por movimentos amebóides, e a fecundação é interna.

Esqueleto
Há uma ampla cavidade cheia de fluido, que serve como “esqueleto hidrostático”, pois mantém a forma do animal e proporciona sustentação, facilitando ainda a distribuição de substâncias (como nutrientes, resíduos e gases).

Representantes
Os asquelmintos (que já foram classificados como Aschelminthes, Nemathelminthes, Nematelmintos ou Pseudocoelomata)Entre os asquelmintos, o grupo mais numeroso e de maior importância para o homem é a classe Nematoda, à qual muitos autores atribuem a categoria de filo (filo Nematelminthes). Dentre os parasitas podem ser citados a lombriga, o ancislóstomo, o oxiúro, o bicho geográfico e a filária.

Fonte: vestcev.com.br

Filo Platelmintos



CARACTERÍSTICAS GERAIS

Dugesia tigrina

Os vermes apresentam considerável progresso em relação aos poríferos e celenterados. Podemos constatar isso caracterizando os platelmintos: trata-se de animais de simetria bilateral, triblásticos, acelomados, com sistema nervoso centralizado, sistema digestivo incompleto e dispondo de sistema excretor e gônadas permanentes.

A maioria das espécies pertence a classe Trematoda. Possuem o corpo achatado dorso-ventralmente. A maioria das espécies é parasita, vivendo no trato digestivo de muitos animais, especialmente vertebrados. Os de vida livre encontram-se nos mais variados ambientes: em todos os mares, na água doce e mesmo na terra, onde preferem a umidade encontrada sob pedras, troncos podres e cascas de árvores. Os platelmintos marinhos de vida livre, que freqüentemente exibem cores vistosas, são carnívoros e saprófagos; vivem também em locais protegidos, geralmente embaixo de pedras e seixos, em fendas e entre algas. Os que parasitam organismos marinhos, como peixes, podem ter um impacto econômico negativo.

Os Turbelária são de vida livre, apresentam o corpo achatado dorso-ventralmente, ovalado ou alongado, comumente com projeções cefálicas; usualmente têm boca em posição ventral e não possuem ventosas. A epiderme é ciliada e rica em glândulas mucosas. Os Trematoda, todos parasitas, são também achatados dorso-ventralmente, o corpo é ovalado ou arredondado, revestido por uma cutícula (sem epiderme ou cílios) e com uma ou mais ventosas para fixação.

Filo dividido em 3 classes: Turbelários, trematódeos, e cestóides:
Turbelárias
Reúne platelmintos de vida livre, podendo ser aquáticas ou terrestres. Ex.: Planária.

Tremotoda
Espécies ectoparasitas e endoparasitas. Corpo revestido por uma cutícula resistente. Na região anterior exitem, eventualmente, ventosas para a melhor fixação do animal ao hospedeiro.

Cestoda
Reúne as tênias ou solitárias, chamadas desse forma, pois, ao se fixarem ao hospedeiro, liberam substâncias impedindo outras se fixarem.

SISTEMA NERVOSO DOS PLATELMINTOS

Sistema Nervoso dos Platelmintos
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Rede Nervosa Platelmintos. Comparações de diferentes Turbelários em cortes transversais.
COMM, Comissuras entre as cordas nervosas ventral e dorsal;
D.N.CORD, Corda nervosa dorsal;
EPID, Epiderme;
LAT.N.CORD, Corda nervosa lateral;
MUSC, Musculatura;
SUBM. PLEX, Nervo submuscular do plexo;
SUBEP. PLEX, Nervo subepidermal do plexo;
VLAT. CORD, Corda nervosa ventrolateral;
V. CORD, Corda ventral nervosa;
V. N. PLATE, Placa ventral nervosa.

Nos platelmintos, as células nervosas se agrupam, formando dois cordões nervosos, localizados ventralmente. Essa posição do sistema nervoso é uma característica comum a todos os invertebrados. Os cordões nervosos se comunicam por meio de fibras transversais, e o sistema nervoso assume o aspecto de uma escada. Na região anterior, estão dois grandes gânglios cerebróides, regiões de maior condensação de células nervosas. Outros gânglios são encontrados ao longo dos cordões nervosos. Esse tipo de sistema nervoso é chamado ganglionar.

A tendência evolutiva de se agrupar células nervosas na região anterior do corpo é conhecida como cefalização, e se inicia com os platelmintos.

As planárias possuem órgãos capazes de captar estímulos luminosos, mecânicos e químicos.

CÉLULAS NERVOSAS DOS PLATELMINTOS

Células Nervosas dos Platelmintos
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Células nervosas de platelmintos:
A) Grandes células bipolares
B) Invervação de fibras musculares dorsoventrais de um nervo
C) Conexões entre neurônios pelas estruturas laterais
D) Parte de uma célula nervosa da corda nervosa próxima ao cérebro
E) Redes finais de quatro fibras nervosas
F) Células sensoriais e seus processos na pele
A escala em "C" é aplicada de "C" a "F". Não há escala para "A"

As inclusões nervosas são similares as comuns: condriomas, vacúolos, golgi e centrossomos próximos ao núcleo celular, como nos moluscos e artópodos. As fibras nervosas possuem tamanho aproximado de 20 u de diâmetro. Secções transversais do nervo mostram que a estrutura é semelhante a dos anelídeos e artrópodos.

Os tipos de células nervosas mostraram um avanço se comparadas aos celenterados pela presença de muitas células unipolares ao invés de bipolares e multipolares. As células unipolares são, em sua maioria, muito semelhantes aquelas encontradas nos invertebrados mais evoluídos, tendo diferentes tipos de ramificações no sistema nervoso central, e algumas vezes no sistema nervoso periférico. Alguns autores defendem que as células nervosas unipolares somente são encontradas no cérebro. Na realidade há uma predominância delas naquela região. De qualquer modo isto é marca uma grande evolução histológica.

Hanström e Monti demonstraram, através de sucessivas impregnações de Golgi, que existem diferentes tipos de células na escala de complexidade dos sistemas nervosos. Podem ser neurônios unipolares com o corpo celular nas cordas ventrais, neurônios unipolares com ascendentes ou descendentes processos de comissuras e, o mais alto grau relatado, neurônios unipolares descendentes com espaços colaterais.

Foram ainda definidos sete tipos de corpo celular nas células nervosas: (a) a maior célula (12 a 16 U), sendo praticamente todas unipolares, com um núcleo redondo, central e com pouca cromatina e com um citoplasma e suas organelas pouco denso; (b) também constituído por células grandes, envolvidas em dois ou mais processos com o cérebro e apresentam uma quantidade um pouco maior de cromatina em seu núcleo simples; (c) são as menores e aparentemente todas unipolares. Seu núcleo possui grânulos de cromatina nenhum nucléolo definido; (d) são levemente maiores que as células do tipo C. Seu núcleo é mais denso e possui definição de nucléolo; (e) os núcleos são irregulares em tamanho e estão localizados entre as fibras e as cápsulas cerebrais. O citoplasma nunca foi descrito; (f) são as células que são encontradas no interior e no exterior das massas granulares. Possuem um fino citoplasma que circunda a densa região do núcleo com muita cromatina concentrada; (g) são as células da glia, ocorrendo nas fibras.

Fonte: www.pucrs.br

CNIDÁRIOS


Celenterados ou cnidiários:
Aquáticos em sua maioria marinhos

Dotados de células urticantes

Durante o ciclo vital, a maioria passa por uma fase de medusa com vida livre e outra de pólipo com vida séssil (fixa)





Celenterados ou cnidários
Pluricelulares, enterozóarios (com cavidade gástrica), diblásticos - exclusivamente aquáticos; dotados de células urticantes (cnidoblastos); duas formas básicas; pólipo (fixo) e medusa (livre-natante); isolados ou coloniais; sistema nervoso difuso; pode apresentar reprodução por metagênese.

Animais aquáticos, principalmente marinhos. Poucas espécies vivem em água doce.

As medusas ou águas-vivas constituem uma ameaça para banhistas e pescadores, podendo ocasionar "queimaduras sérias".

As colônias de corais enfeitam os fundos dos oceanos e servem de abrigo para muitas outras espécies de seres vivos. Os recifes de corais podem proteger algumas ilhas !

Numerosas pessoas usam os exoesqueletos dos corais para confeccionarem bijouterias.

Características gerais
Os celenterados, ou cnidários, são os primeiros metazoários a exibir uma cavidade digestiva ou cavidade gastrovascular (1a ocorrência nos animais), com uma abertura única que funciona como boca e ânus, portanto o tubo digestivo é incompleto. Todos os membros do filo possuem, ao redor da boca, tentáculos dotados de células urticantes (cnidoblastos) que auxiliam na captura de alimentos. A digestão enzimática do alimento começa nessa cavidade extracelularmente e termina no interior (intracelularmente) das células muscular-digestivas, que fazem parte da gastroderme.

São animais de corpo mole e aquáticos
Os cnidoblastos, exclusivos dos celenterados, são células especiais, dotadas de uma cápsula - nematocisto - contendo toxinas e um filamento inoculador enovelado. Na superfície externa do cnidoblasto há um cnidocílio que, quando estimulado, provoca a abertura do nematocisto; o filamento inoculador é evertido, descarregando suas toxinas sobre a presa.



Os cnidoblastos se distribuem pela epiderme e degeneram após serem disparados. A sua regeneração, assim como dos outros tipos celulares, será feita por células intersticiais indiferenciadas.

O sistema nervoso é difuso (1a ocorrência nos animais) e formado por neurônios que se interligam da mesogléia para a gastroderme e epiderme. Não apresentam cérebro ou centro coordenador dos impulsos nervosos.

Os celenterados apresentam respiração e excreção por difusão simples e em qualquer parte da superfície corporal.

Há dois tipos morfológicos básicos de celenterados:
pólipo: séssil, forma cilíndrica, base presa a substrato; boca superior, rodeada por tentáculos; vivem isolados ou formando grandes colônias (brotamento), unidos uns aos outros por seu exoesqueleto (corais). Existem ainda, as colônias flutuantes ou superorganismos, como as caravelas (Physalia sp), que possuem várias formas de pólipos (= polimórficas): gastrozóides (nutrição), gonozóides (reprodução), dactilozóides (defesa = muitos cnidoblastos).


Pólipo

Medusa: livre-natante, forma semelhante a "guarda-chuva" É livre natante. A boca fica voltada para baixo e pode estar circulada por longos tentáculos onde se concentram numerosos cnidoblastos: células típicas desse filo, que "disparam e injetam" um líquido urticante e de efeito paralisante nos animais (funções de captura e defesa !).


Medusa

A Cyanea capilata é medusa de mares frios ( 3 m; 40 m de extensão dos tentáculos !)
Em diversas espécies, as formas de pólipo e medusa se alternam dentro do mesmo ciclo vital. Há outras espécies em que só ocorre um dos dois tipos morfológicos.

O corpo dos celenterados apresenta duas camadas celulares, separadas por uma mesogléia gelatinosa: a epiderme (externa) e a gastroderme (interna), que possuem células contráteis e sensoriais.



A locomoção ocorre graças a fibrilas contrácteis das células epiteliais gastrodérmicas que permitem aos celenterados movimentos de contração e distensão do corpo e tentáculos. Nas formas medusóides, a contração do corpo provoca a expulsão de jatos de água através da boca; a medusa se desloca no sentido oposto ao jato de água, alternando contrações e distensões. Algumas formas polipóides (Hydra) deslocam-se por meio de verdadeiras cambalhotas: fixando a região oral soltam a região basal do substrato para novamente fixá-la em outro ponto.

Nas formas medusóides existem os ropálios, estrutura sensoriais formados por células fotorreceptoras, e os estatólitos, relacionados ao equilíbrio do corpo.


Hidra - brotamento

Diversidade
O filo dos celenterados compreende formas de vida isoladas e coloniais, representadas pelas águas-vivas (medusas), hidras, corais e anêmonas.

É possível agrupar as diferentes espécies de celenterados em três classes: Hidrozoa, Cifozoa e Antozoa.

Classe Hidrozoa
Marinhos e dulcícolas; há espécies coloniais e isoladas, com polimorfismo.

Medusas de pequeno tamanho (com véu).

Apresentam alternância de gerações (metagênese): Obelia.

Reprodução: assexuada nos pólipos (brotamento) e sexuada nas medusas.

Hidra (pólipo isolado), Obelia (colonial), caravela (Physalia).


Classe Cifozoa
Exclusivamente marinhos, geralmente polimórficos. As medusas (águas-vivas)sem véu, são predominantes no ciclo (metagênese), chegando a atingir até 2 metros de diâmetro; os pólipos são diminutos, reproduzindo- se por estrobilização. Durante a metagênese o desenvolvimento é indireto (larva plânula). Exemplo: Aurelia.



Classe Antozoa
Representada exclusivamente por formas polipóides isoladas como as anêmonas-do-mar (Actínia sp ou rosa-do-mar) , ou coloniais como os corais. Estes últimos secretam esqueleto calcário e formam os recifes de corais.

Reprodução assexuada por bipartição ou brotamento.

Reprodução sexuada com formação de larva plânula.



Reprodução
A maioria dos celenterados apresenta reprodução sexuada e assexuada, sendo grande o número de espécies que apresenta alternância de gerações (metagênese). Nesse caso, a forma polipóide produz assexuadamente pequenas medusas que, após um período de desenvolvimento, produzem gametas de cuja fusão resulta o zigoto.

A fecundação é externa na maioria dos celenterados, havendo espécies em que o encontro dos gametas ocorre dentro da cavidade gástrica. Nos casos em que o desenvolvimento é indireto (todas as espécies marinhas) o zigoto formado dá origem a uma larva ciliada (plânula). Após algum tempo a larva se fixa ao substrato dando origem a um novo organismo (pólipo).

Nas espécies que apresentam apenas a forma de pólipo, esse se reproduz sexuadamente originando novos pólipos. Os espermatozóides são liberados na água, nadando ao encontro do óvulo. A fecundação e as primeiras divisões ocorrem com o zigoto ainda preso ao organismo materno. Como sequência do processo, o embrião se destaca e transforma-se em um pólipo jovem que na maturidade repete o ciclo.



Fonte: www.escolavesper.com.br



gr. PORUS = PASSAGEM / FER = PORTADOR
1. Origem
Os animais pertencentes ao filo dos celenterados e ao filo dos poríferos foram provavelmente os primeiros animais a povoar o planeta. Isso ocorreu há aproximadamente 1 bilhão de anos.

De todos os animais os poríferos é o que apresentam estrutura mais simples.Os poríferos sugiram ainda antes dos celenterados . Uma prova disso é um aspecto bem primitivo que podemos observar nas esponjas: elas não apresentam digestão extracelular (fora da célula). Cada célula alimenta por si. Não há uma cavidade digestória onde o alimento é parcialmente digerido primeiro para depois ser distribuído por todas as células. Em todos os outros animais isso ocorre, até mesmo nos celenterados.

Há várias teorias para explicar a origem desses animais. Uma delas afirmam que surgiram de seres constituídos apenas por uma célula e dotados de flagelos.Flagelo é um filamento móvel que os seres unicelulares usam para se locomover.

De acordo com essa teoria, os organismos unicelulares teriam se reunido formando colônias.Com o passar do tempo, as divisões das tarefas e a dependência entre as células foram transformando essa colônia num só individuo. Um reforço dessa teoria, segundo seus defensores, seria o fato da maioria dos animais de estruturas mais complexas apresentarem algumas células dotadas de flagelo, como é o caso do espermatozóide.



2. Habitat
O filo Porífera é constituído por cerca de 5 mil espécies de animais, todos aquáticos. Eles são predominantemente marinhos (minoria em água doce), sendo encontrados desde o nível das praias até uma profundidade de 6 mil metros. Os poríferos são animais sésseis, fixando-se sobre rochas, conchas, etc.

Os Poríferos são aquáticos e a maioria vive no mar. A maneira mais fácil de se achar um é procurando em rochas e madeiras submersas no litoral de regiões tropicais e subtropicais, porém também podem ser encontrados em mares árticos. As espécies mais comuns de esponjas formam crostas amarela, laranja ou cinza. Exemplo de esponja: Spongia, porífero marinho muito usado antigamente para lavar e esfregar.

Exceto quanto a cerca de 150 espécies de água doce, as aproximadamente 5000 espécies descritas de esponjas são animais marinhos. Elas abundam em todos os mares, onde quer que as rochas, conchas, madeiras submersas ou corais providenciem um substrato adequado. Algumas espécies até vivem em areia macia ou leitos de lama. A maioria das esponjas prefere águas relativamente rasas, mas alguns grupos (incluindo a maioria das esponjas de vidro) vivem em águas profundas.

Eles são animais necessariamente aquáticos, popularmente chamados de esponjas. Podem viver na água doce, mas a maioria está no mar fixa sobre pedras, conchas, ou pilares de pontes. Possuem tamanhos variando desde alguns milímetros até mais de 20 centímetros.



3. Morfologia
As esponjas menores e simples mostram simetria radial, enquanto a maioria é assimétrica.

As esponjas são animais multicelulares inferiores, incapazes de movimento, de aspecto semelhante ao de várias plantas. Espécies diferentes apresentam-se como crostas finas e chatas, em forma de vaso, ramificadas, globulares ou de forma variada. Muitas são coloridas de cinzento ou pardo e outras são de cores brilhantemente vermelhas, alaranjadas ou azuis.

O tamanho varia entre alguns milímetros a vinte centímetros ou mais.


Poríferos
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O revestimento se faz pela epiderme constituída por fina camada de células achatadas, os pinacócitos.

A sustentação é garantida por mesênquima gelatinoso, interno à camada de pinacócitos: no mesênquima estão mergulhadas espículas de calcário ou silício, células indiferenciadas ou amebócitos.O endoesqueleto é formado por espículas minerais (calcárias ou silicosas, secretadas pelas células escleroblastos) e por filamentos da proteína espongina.

Os amebócitos são células indiferenciadas que poderão repor (regenerar) todos os demais tipos celulares.

A parede do corpo é formada por duas camadas celulares. A camada mais externa é dermal, de origem ectodérmica, e a mais interna, denominada gastral, tem origem endodérmica. Entre as duas camadas celulares, há um mesênquima gelatinoso. A cavidade central do corpo é chamada átrio ou espongiocela. Nas duas camadas celulares e no mesênquima, encontramos os seguintes tipos celulares: Pinacócitos: são células achatadas que, justapostas, formam a camada dermal.

Coanócitos
São células flageladas e providas de um colarinho, uma formação membranosa que envolve o flagelo. Revestem a cavidade atrial e constituem a camada gastral.

Porócitos
São células, percorridas por uma perfuração cônica. São estas perfurações dos porócitos que constituem os numerosos poros que ligam o átrio ao meio externo.

Miócitos
São células alongadas e contrácteis, que formam esfíncter em torno dos poros e do ósculo.

Amebócitos
Células, situadas no mesênquima, que possuem movimento emebóide, realizando várias funções.

Tipos de Esponjas
ÁSCON

Ascon

O tipo Áscon é a forma mais primitiva dos espongiários, tem forma tubular ou de um vaso fixo a um substrato. No ápice deste tipo de esponja aparece uma abertura denominada de ósculo, por onde sai a água que penetra pela superfície porosa da esponja. O corpo da esponja apresenta uma camada dermal de origem ectodérmica (externa) e outra camada gastral de origem endodérmica (interna). Entre as duas existe uma mesênquima gelatinoso. No centro existe uma cavidade chamada de átrio ou espongiocela.

SÍCON

Sícon

Apresenta como uma urna alongada, fixada pela extremidade superior, circundado por uma coroa de espículas longas e afiliadas. A superfície do corpo possui numerosas elevações ou papilas, das quais saem pequenas espículas. Entre as papilas aparecem os poros.

Cortada longitudinalmente, apresenta a parede do corpo espessa e com uma série de dobras, formando curtos canais horizontais. Distinguimos dois tipos de canais: inalantes e exalantes. Os primeiros abrem-se na superfície externa e terminam em fundo cego. Os canais exalantes, são internos e desembocam no átrio.

A superfície externa e os canais inalantes são revestidos pela camada dermal, formada por pinacócitos, ficando os coanócitos limitados aos canais exalantes. O mesênquima gelatinoso é bem mais desenvolvido do que no áscon, contém amebócitos e espículas.

LÊUCON

Leucon

É o tipo mais evoluído, o átrio é reduzido, enquanto a parede do corpo é bastante desenvolvida e percorrida por um complicado sistema de canais e câmaras. Os coanócitos encontram-se revestindo câmaras esféricas, também denominada câmaras vibráteis, interpostas num sistema de canais. Os canais partem dos poros e atingem as câmaras transportando água são denominadas inalantes ou aferentes. Das câmaras saem os canais exalantes ou eferentes que atingem o átrio.

Os coanócitos só aparecem nas câmaras vibráteis. Os pinacócitos revestem a superfície externa, o átrio e os diversos canais. No desenvolvimento do mesênquima encontramos amebócitos e espículas.

CLASSE CALCÁRIA
As Calcárias possuem espículas de carbonato de cálcio. Nessa classe encontram-se esponjas dos tipos áscon, sícon e lêucon. São esponjas pequenas e vivem em águas rasas.

CLASSE HEXACTINÁRIA
As Hexactinálidas possuem espículas silicosas. Na maioria das vezes essas espículas formam uma rede que se assemelha a vidro quando seca, por isso são conhecidas como esponjas-de-vidro.

CLASSE DESMOSPÔNGIA
As Desmospôngias possuem espículas silicosas, fibras de espongina ou ambas. A esta classe pertence a maioria das esponjas. São todas do tipo leucon e apresentam formatos irregulares. Vivem em águas rasas e profundas, e entre elas estão as esponjas de banho.

4. Sistema Respiratório
A respiração é feitas por difusão, principalmente pela epiderme, do mesmo modo como são absorvidos os alimentos.


Sistema Respiratório das Poríferas
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5. Sistema Digestório
Quanto a alimentação, as esponjas são animais filtradores, alimentam-se de algas microscópicas, protozoários, larva, etc. O alimento é digerido pelos coanócitos e distribuídos através de células denominadas de amebocitos.

Os pinacócitos fixam-se num substrato, a água entra por numerosos poros (porócitos) na superfície do seu corpo e após circular na cavidade do átrio ou espongiocele (paragáster) sairá pelo ósculo, que é a abertura no pólo superior. Esse sentido de movimentação da água é determinado pelo batimento unidirecional (direção oposta ao corpo celular) de flagelos dos coanócitos. Outra função destas “células em colarinho” é fagocitar os alimentos que estão em suspensão na água e realizarem a única forma de digestão desses animais: intracelular.

6. Reprodução
Assexuada por brotamento (gemiparidade)
No caso, ocorre a formação de uma gema (ou broto), no corpo da esponja-mãe, formando novos indivíduos. Estes por sua vez, podem separar-se do organismo original ou manter-se unidos formando colônias.

Espécie de água doce
Forma-se pequenas gêmulas, contendo um grupo de amebócitos, que são envolvidos por uma camada de espículas. As gêmulas são formas de resistência que suportam algum tempo de seca em riachos e lagos. Com a volta das águas, elas se hidratam, e rompem camadas externas, fazendo com que suas células se organizam, formando uma nova esponja.

Reprodução sexuada
Alguns amebócitos presentes no mesênquima sofrem diferenciação, originando óvulos e espermatozóides. Nas células os indivíduos apresentam sexos separados, assim os machos liberam espermatozóides na água. Assim eles são levados, e quando atingem o atrito de uma esponja fêmea, penetram na parede do corpo e fecundam os óvulos que ali encontram. O zigoto formado divide-se, formando uma pequena bola de células, que se liberta do corpo da esponja fêmea. Esse montante de células nada, com a ajuda de células flagelada, para fora do ósculo, ganhando o meio externo. Após um tempo nadando, o embrião se fixa sobre um substrato, desenvolvendo uma nova esponja.


Reprodução das Poríferas
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Reprodução Sexuada das Esponjas
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7. Aproveitamento Econômico
A importância das esponjas é bastante reduzida em relação a outros filos. Algumas são de grande valor comercial, pois o seu esqueleto pode ser usado para o banho como esponja(Demospongeae - subgrupo Keratosa), após decomposição de todas as células vivas, já que são muito macias e absorventes. Antigamente pessoas que sofriam de problemas de tiróide utilizam os poríferos já que são ricos em iodo, que é indispensável para a produção de tiroxina pela tiróide.

No grupo que tem importância comercial, um matéria proteíca, chamado esponjina, constitui uma grande porção do esqueleto.

8. Doenças Transmitidas
ESPONJAS
Essencialmente marinhas, dos mares árticos até os tropicais, vivem desde a linha de maré baixa até profundidades de 6.000 metros. Incapazes de movimento e com o aspecto semelhante ao de várias plantas, apresentam o corpo poroso com formato e coloração variados e tamanhos que vão de 1 mm a 2 m de diâmetro. Fixam-se a rochas, conchas e outros objetos sólidos. Apresentam um esqueleto de sustentação formado de fibras irregulares de espongina __ escleroproteína contendo enxôfre, daí o odor desagradável após algum tempo fora da água __, combinadas com espículas calcárias (esponjas calcárias) ou silicosas (esponjas de vidro). A título de curiosidade, a esponja comercial, usada no banho, é o esqueleto flexível (espongina) de uma esponja marinha com todas as partes vivas retiradas. Em algumas espécies, mais evoluídas, as espículas estendem-se para fora da superfície do corpo produzindo uma aparência cerdosa. Seu epitélio externo, formado por células finas e chatas, pode secretar substâncias químicas irritantes (peçonha) para a pele humana.

Aspectos Médicos
O resultado de um contato com as espécies mais perigosas, onde suas espículas penetram na pele com a conseqüente inoculação da peçonha, é uma dermatite desagradável e/ou dolorosa (reações alérgicas e/ou inflamatórias).

Prevenção
Para evitar acidentes com as esponjas-marinhas, na verdade não muito comuns, recomenda-se o uso de luvas para o manuseio destes animais. A roupa de neoprene dos mergulhadores protege em caso de contato brusco.

Tratamento
O tratamento da lesão causada pela esponja visa eliminar os efeitos da dermatite e se resume às medidas abaixo descritas. Irrige a região afetada com ácido acético à 5% (vinagre) por 10 a 15 minutos. Após essa aplicação, seque a pele. Depile o local afetado com esparadrapo ou lâmina, para remover a maior parte das espículas que possam estar encravadas na pele. Repita o tratamento com ácido acético à 5% por 5 minutos. Aplique uma camada fina de loção de hidrocortisona 0,5 a 21%, 2 vezes ao dia, até que a irritação desapareça. Não inicie o tratamento com a aplicação de hidrocortisona antes do ácido acético. Nas manifestações alérgicas graves, com formação de grande edema, flictenas e fortes dores locais, administre medicação sistêmica (antihistamínicos e/ou corticosteróides), de acordo com a gravidade do caso. Caso haja sinais de instalação de infecção, suspenda os corticóides e administre antibióticos com ampla cobertura para germes gram-positivos e anaeróbios principalmente (penicilinas).

9. Importância para o homem
Os poríferos possuem grande importância ecológica - fazem simbiose com organismo fotossintéticos (zooxantelas - matriz amarelada ou cianobactérias - matriz verde, violeta, marrom), vivem em águas rasas e claras, aumento na taxa metabólica entre 33% e 80%. Abriga grande comunidade de organismos aquáticos. Servem de alimento para muitas teias alimentares.

Geralmente estão associados com recifes de corais, abrigando grande diversidade de organismos marinhos.

Fonte: br.geocities.com

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