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28 de mai. de 2012

COMO ELABORAR UMA AVALIAÇÃO

Avaliação

Instrumentos para avaliar seu aluno: Como elaborar e aplicá-los

Giselle Farias Nolaço

Para muitos professores, antes valia o ensinar. Hoje a ênfase está no aprender. Isso significa uma mudança em quase todos os níveis educacionais: currículo, gestão escolar, organização da sala de aula, tipos de atividade e, claro, o próprio jeito de avaliar a turma.
O professor deixa de ser aquele que passa as informações para virar quem, numa parceria com crianças e adolescentes, prepara todos para que elaborem seu conhecimento. Em vez de despejar conteúdos em frente à classe, ele agora pauta o seu trabalho no jeito de fazer a garotada desenvolver formas de aplicar o conhecimento no dia-a-dia.
Na prática, um exemplo de mudança é a seguinte: a média bimestral é enriquecida com pareceres. Em lugar de apenas provas, o professor utiliza a observação diária e multidimencional e instrumentos variados, escolhidos de acordo com cada objetivo.
O importante é que, no processo, a avaliação forneça dados que possibilitem ao professor compreender o que o aluno aprendeu ou não, para fazer intervenções que o ajudem a superar suas dificuldades e avançar. Os instrumentos podem guiar o olhar do professor nesse sentido.
O essencial nessa perspectiva é colocar a avaliação a serviço da inclusão dos alunos no processo de sua aprendizagem. Isso faz com que os diversos instrumentos utilizados sejam organizados em torno de atividades que tenham sentido e relevância para os alunos.
Mas uma coisa que muitos professores precisam administrar no momento da avaliação é o conceito de prova desenvolvido pelos alunos ao longo dos anos, conceito sintetizado nas palavras de Paulo Ronca (1991):

Só se estuda se tiver prova.
Só se estuda para a prova
Só se estuda se cair na prova.
Só se estuda o que cair na prova.

Assim, o problema não é só acabar com as provas, mas dar um novo significado ao momento da aprendizagem.

Avaliação Formativa

A avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou selecionar. Fundamenta-se nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais. Fundamenta-se em aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que se continue a aprender.
Este enfoque tem um princípio fundamental: deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no mesmo processo de ensino-aprendizagem. Somente neste contexto é possível falar em avaliação inicial (avaliar para conhecer melhor o aluno e ensinar melhor) e avaliação final (avaliar ao finalizar um determinado processo didático).
Se a avaliação contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, pode-se dizer que ela se converte em uma ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino.

Qual deveria ser então o sentido e a finalidade da avaliação?

Conhecer melhor o aluno: suas competências curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus interesses, suas técnicas de trabalho. A isso poderíamos chamar de avaliação inicial.
Constatar o que está sendo aprendido: o professor vai recolhendo informações, de forma contínua e com diversos procedimentos metodológicos e julgando o grau de aprendizagem, ora em relação a todo grupo-classe, ora em relação a um determinado aluno em particular.
Adequar o processo de ensino aos alunos como grupo e àqueles que apresentam dificuldades, tendo em vista os objetivos propostos.
Julgar globalmente um processo de ensino-aprendizagem: ao término de um determinado conteúdo, por exemplo, se faz uma análise e reflexão sobre o sucesso alcançado em função dos objetivos previstos e revê-los de acordo com os resultados apresentados.

Instrumentos de avaliação


“O conhecimento de diferentes instrumentos para avaliação e da melhor forma de utilizá-los é um dos recursos de que o professor competente deve dispor. O domínio deste conhecimento está ligado à convicção de que a avaliação não deve servir de instrumento de pressão para manter a disciplina em aula ou de fazer o aluno estudar”. ( Moretto,2007)
Veja a seguir alguns exemplos de instrumentos de avaliação e como você pode utilizá-los:


· Observação e registro pelo professor – a educação do olhar


Não há observação possível senão para quem sabe aquilo que deseja ver, ou seja, para observar é preciso direcionar o olhar, registrar aquilo que é percebido e fazer uma análise dos dados obtidos e registrados.
A questão é o quê registrar, quando e como fazê-lo?
O quê – fatos marcantes, especialmente significativos no contexto de ensino e aprendizagem e relacionados ao desenvolvimento das atividades pelos alunos e grupos. Da mesma forma, é possível registrar a adequação do material utilizado, das escolhas didáticas e da própria atuação docente.
Quando – Durante a aula ou ao final de uma atividade, buscando indícios de aproximação às metas do projeto de ensino. Se o professor não tiver clareza sobre os pontos de chegada do seu trabalho, não saberá o que observar. Já ao término de uma etapa de trabalho, é possível perceber a aproximação dos alunos às metas estabelecidas. Neste caso, o registro assume o caráter de síntese apreciativa.
Como – Muitos professores sentem dificuldades em fazer registros de suas observações, especialmente quando percebem a impossibilidade de observar todos os alunos simultaneamente ou quando possuem um número grande de turmas ou alunos por sala de aula. Cabe ao professor organizar sua observação elegendo um pequeno grupo de cada vez enquanto realiza uma atividade. Todos os alunos serão observados, num momento ou outro. O registro não precisa e não deve ser complexo. Bastam algumas frases que retratem um comportamento não habitual, uma indicação clara de compreensão ou incompreensão do que está sendo trabalhado ou que aponte indícios do que está bem ou não e dos avanços.
As informações resultantes dessas observações e registros são mais eficazes do que aquelas que poderiam ser obtidas em uma prova ou trabalho pontual. Permitem a interferência imediata do professor que poderá rever algumas atividades, propor outras ou avançar no tema em estudo.
Os registros exigem um constante olhar para as metas e servem de mapa do processo de aprendizagem de cada aluno e da classe como um todo, além de auxiliar na reflexão sobre a própria prática do professor.

· Análise de produções / registros dos alunos – diagnosticar e intervir

As produções ou registros produzidos pelos os alunos assumem diversas formas, incluindo desde respostas para questões e atividades, até desenhos e textos que são propostos em diferentes momentos do trabalho:
a) Ao iniciar um novo tema – as produções têm como objetivo investigar os conhecimentos prévios dos alunos sobre determinado assunto e a partir disso o professor poderá organizar suas ações docentes. Ex: uma professora da 3ª série pediu a seus alunos que escrevessem uma carta para a 2ª série contando tudo o que sabiam sobre o cubo.
b) Após uma atividade – os alunos fazem registros sobre o que fizeram, aprenderam (ou não) e perceberam durante a realização de uma atividade ou bloco de atividades. Esses registros podem ser individuais, coletivos ou feitos em grupos, dependendo do tipo de produção pedida e daquilo que o professor deseja saber sobre cada aluno, a classe ou alguns alunos em especial.
De acordo com a série, há uma gama de possibilidades, orais e escritas, na elaboração de textos pelos alunos
c) Ao término de um assunto – a melhor produção é em forma de texto, ele permite a finalização do assunto com uma etapa de reflexão e sistematização de noções e conceitos. Pode ser a produção de uma síntese, resumo ou até mesmo um parecer sobre o tema desenvolvido. Os alunos vão percebendo o caráter de fechamento e a importância de apresentar informações precisas, idéias centrais e significativas do tema abordado. O professor aproveita para verificar como as noções e conceitos foram compreendidos ou equívocos que ainda permanecem.
Não se pretende passar a falsa impressão de que todos os alunos acham simples a elaboração de registros ou que desde o início suas produções serão completas.
São necessárias intervenções do professor para que os alunos progridam e qualifiquem seus textos. Reformulações de textos coletivos, revisões em duplas, reescritas de textos, são estratégias que fazem parte desse processo de acompanhamento da aprendizagem do aluno. Nesse sentido, a produção de textos ou registros pelos alunos não é solicitada para atribuição de nota, mas para se obter pistas sobre o caminhar do aluno em relação ao processo de ensino-aprendizagem. De um lado, o conjunto de informações obtidas com a análise dos registros dos alunos, integrado às observações do professor, permite que ele possa refletir sobre os alunos e também sobre seu próprio trabalho. De outro, se constitui para o aluno em um momento de aprendizagem, uma vez que ele tem a chance de pensar sobre suas ações e produções, tendo também, a oportunidade de articular noções e conceitos aprendidos.


· Provas escritas ou orais: elas não são as vilãs da história


A prova é o instrumento mais característico do sistema de avaliação tradicional. No entanto, ela também pode ser uma fonte útil de informação. Esse instrumento é adequado especialmente quando desejamos avaliar procedimentos específicos, a capacidade de organizar idéias, a clareza de expressão e a possibilidade de apresentar soluções originais. Porém, tem suas limitações quando queremos, por exemplo, analisar como os alunos utilizam conhecimentos em situações em que deles são exigidas argumentações em discussões com outras pessoas, ou seja, quando estamos avaliando habilidades.
A avaliação é feita de formas diversas, com instrumentos variados, sendo o mais comum deles, em nossa cultura, a prova escrita. Por esse motivo, em lugar de queremos a eliminação das provas, o professor deve seguir o princípio: se tivermos que elaborar provas, que sejam bem-feitas, atingindo seu real objetivo, que é verificar se houve aprendizagem significativa de conteúdos relevantes.
“É preciso ressaltar que a avaliação da aprendizagem precisa ser coerente com a forma de ensinar. Se a abordagem no ensino foi dentro dos princípios da construção do conhecimento, a avaliação da aprendizagem seguirá a mesma orientação.” (MORETTO,2007)
O uso da prova como instrumento pode ser analisado sob diversas perspectivas. É possível estudar formas de propor as provas: orais, escritas, com consulta, sem consulta, em duplas ou grupos etc..
Há, também, a falsa prova que consiste em apresentar aos alunos uma prova com questões resolvidas, com erros e acertos, de modo que a tarefa é que eles sejam os professores, devendo analisar e indicar os erros, corrigindo-os posteriormente, acrescentando uma pequena lista de indicações que possam ser úteis para quem fez aquela prova. A falsa prova pode ser realizada em duplas ou individualmente e permite perceber como os alunos utilizam o que aprenderam para analisar cada questão e sua respectiva resposta.


Orientações para o momento de elaboração da prova
( os trechos a seguir foram baseados no livro de Vasco Moretto - ver bibliografia. Todo professor/ educador deveria ler esse livro, pois além de dar ótimas instruções em relação à avaliação, também dá todas as noções necessárias para criar questões para atividades do dia-a-dia, melhorando assim toda a sua atuação como educador)

Antes de elaborar um prova o professor tem que tem que aprender a forma de elaborar uma pergunta. Se a pergunta não for clara e precisa, ela permite muitas respostas. Outro ponto importante que o professor deve está atento é em relação é saber contextualizar cada questão.
Uma característica muito comum do ensino é o uso e o abuso da memorização. As escolas com essas características são, freqüentemente, chamadas de tradicionais. No processo de avaliação da aprendizagem, nesse contexto, há perguntas que apelam apenas para uma memorização mecânica, sem contextualização ou significado. Elas são aprendidas por força da repetição.
Logo abaixo segue alguns exemplos de como elaborar boas questões para suas avaliações e atividades. E além disso, traz as diferenças entre avaliações tradicionais e construtivistas:
Um exemplo de questões onde é necessário a repetição do que o aluno aprendeu, ou seja, a memorização:

-“Cite o nome de todas as capitanias hereditárias e seus respectivos donatários”

A repetição dessas informações por alunos do ensino fundamental mostra um ensino e uma aprendizagem baseada num sucesso falso.
Veja a seguir as diferenças entre as provas com características da linha tradicional e da linha construtivista:

Algumas características das provas na linha tradicional:

ü Exploração exagerada da memorização

A memorização certamente tem seu lugar no processo da aprendizagem, desde que seja uma memorização acompanhada da compreensão do significado do objeto de conhecimento. O que a escola da linha dita tradicional explorou com mais ênfase foi a memorização em busca de acúmulo de informações, em grande parte sem muito significado para os alunos.

ü Falta de parâmetros para correção

Esta é uma característica encontrada em diversas provas e que deixa o aluno “nas mãos do professor”. Com a falta de definição dos critérios para a correção, vale o que o professor queria que o aluno tivesse respondido. Por isso, muitos alunos, em momentos de avaliação, levantam a mão e perguntam o que o professor quer com a questão.

ü Utilização de palavras de comandos sem precisão

Há palavras de comando usadas com freqüência na elaboração de provas (e também em atividades de sala) e que não têm sentido preciso no contexto. Algumas delas são: comente, discorra, como, dê sua opinião, conceitue você, como você justifica, o que você sabe sobre, quais, caracterize, identifique as principais características. Isso não quer dizer que você não possa utilizá-las, mas que elas precisam ter sentido dentro do contexto em que são usadas, permitindo a parametrização correta da questão.
Exemplo:

Identifique as principais características dos dois tipos de regimes políticos: parlamentarismo e presidencialismo.

Nesse tipo de questão o professor tem que aceitar (se a resposta estiver correta) se aluno colocar uma característica como várias. Não possui um padrão de correção.

Para melhor compreensão das três características da provas ditas tradicionais, segue algumas questões com análise de seus enunciados

Questão 1:

O que é cultura? Dê exemplos.

ü Comentário:

Conceituar cultura não é fácil e muito menos defini-la, como sugere a pergunta “O que é?”.
O que significa dar exemplos? Seria dizer: “cultura indígena, oriental, ocidental, dos esquimós”? Estas são exemplos de culturas diferenciadas. Seria esta a resposta “esperada”?

ü Outra forma de perguntar:

Você ouve com freqüência frases como estas: “Isso é uma cultura...”, “Tal comportamento faz parte de sua cultura...”, “A cultura africana deixou fortes marcaras na sociedade brasileira” e “A cultura indígena tem características bem diferenciadas da cultura dos brancos”. O conceito de cultura é muito complexo. Podemos, no entanto, observar nos grupos sociais elementos que constituem “traços culturais” que os diferenciam de outros grupos sociais. Descreva três traços culturais que marcam sua própria comunidade e que estejam ligados aos temas: alimentação, religião, hábitos de vestir.

ü Comentários:
A questão apresenta três partes distintas: a 1ª recorda conceitos que constituem as concepções prévias dos alunos. A 2ª o conceito de grupos sociais, é uma pista da visão escolar de cultura, que poderá servir de ancoragem para a resposta. Por fim a pergunta parametrizada (parâmetro de correção): apresentar três traços // da própria comunidade // ligados a três temas.


Questão 2:

Como é a organização das abelhas numa colméia?

ü Respostas dos alunos:

“É jóia!”; “É maravilhosa!”; “É fantástica!”; “É estupenda!”; “É muito boa!”

ü Comentário:

Pelo comando da questão – como – todas as respostas estão corretas. Sabe-se que não era isso que o professor queria, pois ele pensa na explicação dada em aula e tem certeza que o aluno “saber o que ele quer como resposta”, e isso que ele irá exigir na correção.

ü Outra forma de perguntar:

Vimos em nossas aulas de Ciências como é maravilhosa a organização das abelhas numa colméia, pois cada grupo de elementos da colméia tem uma função específica, para que o todo funcione em harmonia. Partindo dessa idéia, responda:

a) Descreva a função de ao menos quatro grupos de elementos da colméia:

b) Apresente por escrito uma relação entre o funcionamento da colméia e o de nossa escola, no que se refere ao cumprimento das funções de cada um.

ü Comentários:

Nesta forma de elaboração, não deixou de questionar sobre a colméia e seu funcionamento.
Introduziu-se o tema transversal de cidadania, que é uma recomendação dos PCNs.

Características das provas na linha construtivista

ü Contextualização

O texto deve servir de contexto e não de pretexto.
Quando dizemos que uma questão deveria ser contextualizada, significa que, para responder a ela, o aluno deveria buscar apoio no enunciado da mesma. Elaborar um contexto não é apenas inventar uma história, ou mesmo colocar um bom texto ligado ao assunto tratado na questão. É preciso que o aluno tenha que buscar dados no texto e, a partir deles, responder à questão, com as palavras do aluno. Lembre-se: o que dá sentido ao texto é o contexto.


ü Parametrização

A parametrização é a indicação clara e precisa dos critérios de correção.
Por exemplo, “Disserte sobre ditaduras e democracias” é uma questão sem parâmetros para correção, enquanto “Escreva quatro substantivos próprios que iniciam com vogal” é um exemplo de questão parametrizada. Nela o parâmetro é escrever quatro substantivos.

ü Exploração da capacidade de leitura e de escrita do aluno

Uma característica das provas na perspectiva construtivista é a aplicação de textos que fazem com que o aluno tenha contato com a leitura, mesmo que seja curta, para provocar um resposta, também de forma escrita e com argumentação, que leve o aluno a escrever, exercitando-se na lógica e na correção do texto.

ü Uso de questões operatórias e não apenas transcritórias

As questões operatórias são aquelas que exigem do aluno operações mentais mais ou menos complexas ao responder, pois estabelece relações significativas num universo simbólico de informações. Já as questões transcritórias são aquelas onde a resposta depende de uma simples transcrição de informações, muitas vezes aprendidas através da memorização e normalmente sem muito significado para o aluno em seu contexto do dia-a-dia.

A finalidade tanto do ensino como da avaliação da aprendizagem é criar condições para o desenvolvimento de competências do aluno. Por esse motivo, o aluno deve estar preparado para ler textos de todos os tipos como de revistas, jornais, manuais, encartes, folhetos, e interpretá-los coerentemente. Por esse motivo que quanto mais completa for a formulação das questões, tanto melhor será a formação do aluno para a sua vida profissional.
A habilidade de elaborar bem as provas é um recurso que o professor competente precisa ter. Elaborar bem é saber contextualizar de acordo com os objetivos estabelecidos, perguntar de forma clara e precisa, questionar apenas conteúdos relevantes e não colocar “pegas” para derrubar o aluno.

Cada instituição de ensino exige de seus professores um "estilo" básico para suas avaliações, que devem seguir um padrão geral. Veja abaixo algumas sugestões/conjunto de recomendações para que o professor possa preparar o seu instrumento de avaliação, sobretudo a prova escrita:

1- Ter à mão as habilidades que deseja avaliar:

· Elaborar as questões de forma que, através da resposta, o aluno demonstre a aquisição de habilidades e não apenas “conceitos decorados”.
· Ter clareza, em cada questão que quer que o aluno demonstre e cobrar de si mesmo este critério no momento da correção.
· Verificar se o conteúdo cobrado é importante, relevante no contexto e potencialmente significativo.

2- Organizar as questões de forma a situar o pensamento do aluno para que este, organizado, estabeleça relações que facilitem a compreensão:

· Separar as questões que fazem parte do conhecimento escolar (relatar informações), raciocínio e aplicação de habilidades no cotidiano, procurando não sobrecarregar o aluno.
· Buscar concepções prévias do aluno, ligadas ao conteúdo explorado.

3- Determinar com clareza e precisão o objetivo da questão e com isso elaborar perguntas com os mesmos critérios (claras e precisas)

4- Contextualizar a questão, colocando-a numa situação de possível compreensão para o aluno.

5- Elaborar as questões de forma que a prova seja, sobretudo, mais um momento de estudo.

6- Não colocar questões que desencadeiam uma seqüência óbvia, porém incorreta (generalizações).

7- Quando a avaliação possuir texto, procure aqueles que têm sentido com o tema que você escolheu para sua prova. Não pegue um texto qualquer, veja o conteúdo, se está no nível de entendimento de seus alunos, principalmente a linguagem, e observe também o tipo textual. Antes de utilizar textos originados da Internet cheque a sua procedência, se as informações que estão ali estão corretas e depois disso copie e cole no editor de texto para que você faça um leitura minuciosa e as correções devidas (ortografia, gramática, concordância, coerência e formatação) e só depois é que você pode utilizá-lo em suas avaliações e também atividades de sala. Não esqueça que é fundamental colocar a fonte dos textos (livros, revistas, sites, etc.).

8- A fonte padrão para as avaliações é: Times New Roman ou Arial, tamanho 12. Somente no caso de turmas de alfabetização use o tamanho 14 e caixa alta.

9- O parágrafo deve ter o alinhamento justificado e espaçamento entre linhas simples.

10- O layout da página deve vir com as margens esquerdas e direitas: 2,5 cm, superior e inferior 2,0 cm.
Outras formas de avaliar seu aluno:

· Teste

É um tipo de prova bem sucinta, com as questões contextualizadas, geralmente não apresenta texto para fazer interpretação e possui poucas páginas (para o Ensino Fundamental I é de, no máximo, três páginas). Para elaborá-lo deve ser seguido as mesmas orientações de uma avaliação normal (veja nos tópicos anteriores).

· Trabalhos e Pesquisas

“A pesquisa é uma das melhores maneiras de se aprender”, diz a escritora e orientadora educacional Ruth Rocha, autora do livro Pesquisar e aprender (Scipione).
Antes de pedir uma pesquisa, explica Ruth, o professor deve conhecer seus alunos e verificar o material de que dispõe. Cheque o acervo da biblioteca da escola e do bairro, verifique em sites quais possuem o conteúdo apropriado para o uso na pesquisa, procure também em revistas, jornais e outros meios que possam oferecer recursos para que os alunos pesquisem. Só assim é possível indicar a bibliografia para a turma.
É muito importante que antes de pedir uma pesquisa o professor ensine seus alunos a forma que deve ser feita, dê os detalhes que precisam estar na pesquisa, ou seja, delimite o tema.

Ø Resumo
Os alunos têm dificuldade para fazer síntese. Comece indicando pequenos capítulos de livros que falem sobre o tema em estudo e peça que resumam em vinte linhas. Outro caminho é formular perguntas. “Respondendo com suas próprias palavras, o aluno irá ao centro da questão”, afirma Ruth.

Em Pesquisar e Aprender, Ruth Rocha ensina como fazer uma boa pesquisa. Passe estas dicas aos seus alunos:

§ Roteiro – Formule perguntas sobre o tema da pesquisa.
§ Cronograma – estabeleça etapas de acordo com o prazo.
§ Caderno – anote as informações em um caderno. Folhas soltas se perdem.
§ Plano de pesquisa – relacione os nomes de pessoas a serem entrevistadas, além de dicionários, enciclopédias, atlas, livros didáticos, jornais e revistas que for utilizar.
§ Síntese – em vez de copiar trechos dos livros, escreva um texto sintetizando o assunto.

Mas é muito importante que o professor passe a estrutura que deve conter em seu trabalho de pesquisa, ou seja, crie um roteiro explicando o que você quer em cada item e entregue aos seus alunos.

Roteiro para pesquisas e trabalhos escolares (para alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental):
· Você deve dar uma introdução sobre o tema para o seu aluno ter uma noção do que está sendo pedido.
· Deixe sempre bem claro qual será a data da entrega (evite aceitar trabalhos após a data, pois uma vez que você aceitar sempre vão querer entregar após a data).
· Com as novas tecnologias, a favor do homem, muitos professores aceitam ou pedem as pesquisas digitadas, mas quando se trata de Ensino Fundamental I é muito importante que seja manuscrito, pois o professor poderá analisar a letra se é do aluno, suas dificuldades gramaticais, ortográficas e de concordância.
· Quando o trabalho for manuscrito, o professor deve solicitar que os alunos escrevam com letra legível e cursiva.
· Se for digitado: a fonte deverá ser tamanho 12, Times New Roman ou Arial, e as folhas que forem impressas devem seguir o mesmo padrão de tamanho (preferência A4).
· Geralmente os trabalhos devem conter os seguintes itens:

* Capa

A capa deve conter o nome do trabalho, escrito com letras grandes e cursiva ou em caixa alta e centralizado. Pode também colocar o nome da escola, local e data.



* Contra-capa


Deve conter uma ilustração sobre tema e a identificação na parte inferior da página contendo: nome da escola, nome completo do aluno, série, turma, turno e nome completo da professora.




* Índice (não é obrigatório, mas quando o trabalho tem muitos itens é importante colocá-lo)

Liste todos os assuntos abordados em seu trabalho, e o coloque a página inicial que trata o assunto, para isso atribua números para cada uma das páginas do seu trabalho seguindo uma ordem crescente).
Obs.: o número da capa, contra-capa e índice são imaginários, comecem a registra a partir da introdução (página 4 – digitado e página 7 – manuscrito).
exemplo:

ÍNDICE

PÁGINAS

1- 1-Fases da vida................... 5
2- 2- Higiene corporal............... 6
3- 3-Postura correta................ 8
4- 4- Alimentação saudável.... 9
5- 5- Primeiros socorros.........14
6- 6- partes do corpo .............18
7- Modelo:


* Introdução

É um pequeno resumo sobre o assunto que será tratado na pesquisa. Tem por objetivo despertar o interesse do leitor em ler o texto.
exemplo:

INTRODUÇÃO

O corpo humano é composto por vários sistemas que são fundamentais para que o ser humano sinta-se bem. Ele é divido em 3 partes: cabeça, tronco e membros. Mas para que o corpo funcione bem é necessário que cada um cuide muito bem dele, tendo uma alimentação saudável, uma boa higienização, entre outras coisas.



* Desenvolvimento

Essa é a parte central do trabalho. De modo geral é a mais extensa e pode ser subdividida em vários tópicos, conforme a quantidade e a complexidade da pesquisa. Cada item deve vir, geralmente, resumido com as palavras do aluno contendo os pontos principais.
Em cada item pode conter figuras, desenhos, gráficos, reportagem ou deixar para colocar nos anexos, fica a critério do professor. Explique também aos seus alunos que não se coloca o título “desenvolvimento” no corpo da pesquisa e sim o tema.



* Conclusão

É o balanço final do trabalho. Aqui será exposto o ponto de vista do aluno sobre o que aprendeu durante o trabalho (o que foi dito na introdução será sintetizado na conclusão), dando respostas aos objetivos contidos na introdução.


* Bibliografia

A bibliografia deve conter os seguintes itens:

- Nome do autor (SOBRENOME, Nome);
- Nome do livro, revista (além do nome da revista coloque também o título da matéria ou do artigo), jornal (além do nome do jornal coloque também o título da matéria)ou da fonte que retirou;
- Estado ou capital que foi feita a publicação ou edição;
- Editora;
- Ano da publicação do exemplar (no caso de revista ou jornal coloque o mês e o ano)


Veja como fazer:


ALVES, Rubem. Estórias de quem gosta de ensinar. 3ª edição. São Paulo: Ars poética, 1995

MüTSCHELE, Marly Santos & FILHO, José Gonsales. Oficinas pedagógicas. 2ª edição. São Paulo: Edições Loyola, 1992

SILVA, Nye Ribeiro. Alunos que aprendem diferente. Dois pontos: teoria e prática em educação. Belo Horizonte, março.1997

VERÍSSIMO. Renata. Alunos de graduação passarão por teste. Gazeta Mercantil. São Paulo, 27 nov,1995. Caderno A p. 5.


Mostre aos alunos o exemplo de como escrever uma bibliografia observando no final dos livros. E não se esqueça de colocar a bibliografia em ordem alfabética.

- No caso de pesquisa na internet, coloque título da matéria ou artigo, o endereço do site e a data de acesso

Urbanismo e desenvolvimento das cidades. Disponível em:< http://www.gcsnet.com.br/oamis>. Acesso: [ 27/11/1998].

* Apêndice

São os recursos produzidos pelos alunos: questionários, entrevistas, materiais utilizados, produções textuais.

* Anexos

Materiais adquiridos durante o trabalho. Reportagens relacionadas ao tema, figuras, fotos, entre outras coisas que julgue interessante para enriquecer a pesquisa.

· Portfólio: a avaliação compartilhada
É o meu instrumento preferido de avaliação, por que avalia todo um processo percorrido pelo aluno:

O portfólio ou portafólio ou ainda portifólio enquanto instrumento avaliativo pode favorecer a reflexão contínua do aluno e do professor sobre a qualidade das práticas educativas realizadas e em realização no contexto escolar. Constitui em um conjunto organizado de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um período de tempo. Tem como finalidade proporcionar um diálogo entre os envolvidos no processo avaliativo sobre aprendizagem e o desenvolvimento de cada um. Além disso, encoraja os alunos a comunicarem sua compreensão e suas dúvidas.
Ter um portfólio não é apenas armazenar folhas em um determinado local, mas convidar o aluno a registrar a história de seu percurso de modo a: fazer relatos do que aprendeu; incluir, na documentação, produções que revelem realizações pessoais; refletir sobre mudanças; e, identificar experiências de aprendizagem significativas, ou não, de acordo com seus próprios critérios.
Para o aluno, elaborar um portfólio envolve a oportunidade de participar da organização do seu material, pensar sobre o que nele está contido, ou seja, se auto-avaliar. Na organização de portfólios, os alunos têm oportunidades freqüentes de folhear seus trabalhos, podendo escrever pequenos textos, organizando o que já aprenderam ao final de um período – semana, mês, bimestre ou trimestre. Isto dá a eles a possibilidade de ter consciência sobre os avanços conseguidos, as atividades realizadas e sobre o projeto em si.
É importante esclarecer que a caracterização do portfólio como instrumento de avaliação não está especificamente em seu formato físico, que pode ser uma pasta, uma caixa, um CD ou outro que os organizadores considerarem eficiente.
A elaboração do portfólio é de responsabilidade do aluno, mas tem a supervisão direta do professor, que auxilia na organização e na seleção das informações a serem utilizadas, estimula seu uso, prevê momentos de trabalho com a documentação, usa o portfólio no processo de avaliação e auto-avaliação.
Cada aluno pode completar seu portfólio durante uma aula, ao término de uma atividade ou ao término do estudo de um tema. É comum, especialmente se o professor levar a sério sua organização, que os alunos passem a perceber mais claramente o que desejam que esteja em seu portfólio. Entre eles surgem comentários tais como “esse texto ficou bom”, ou “esse jogo foi diferente, deu trabalho, mas aprendi”, que são importantes, pois refletem envolvimento e percepção do processo vivido na aula. Cada aluno pode organizar um índice para o seu portfólio, uma apresentação e mesmo uma classificação que demonstre como as idéias estão sendo organizadas, trabalhadas etc..
Existem três tipos básicos:

Ø Portfólio de trabalho

É uma coleção dos trabalhos, cujo propósito é servir como um arquivo das atividades do aluno, que poderão futuramente ser selecionados para compor outro tipo de portfólio. Pode ser usado para diagnosticar as necessidades do aluno e reorientar o ensino, pois o aluno e o professor poderão conhecer os pontos fortes e fracos do processo de aprendizagem em relação aos objetivos alcançados. Ao elaborar o portfólio e avaliar seu conteúdo, o aluno torna-se mais reflexivo e auto-orientado. Esse portfólio estrutura-se em torno de um conteúdo específico e documenta o processo de aprendizagem do aluno em relação ao seu domínio de objetivos esperados.

Ø Portfólio de apresentação ou dos melhores trabalhos

Contém os melhores trabalhos realizados pelo aluno, podendo incluir atividades extra-curriculares (ex.: participação em concurso ou evento científico, trabalho voluntário em instituições sociais, etc.). Como aprendiz o aluno seleciona o que acredita ser importante para sua aprendizagem.

Ø Portfólio de avaliação

Documenta o processo de aprendizagem do aluno: seus comentários sobre os pontos trabalhados de acordo com os objetivos curriculares.

Ø Passos para a criação de um portfólio

O portfólio é composto de duas importantes dimensões: o produto (um portfólio completo) e o processo, que envolve um olhar seletivo e crítico sobre as atividades de aprendizagem. O processo de desenvolvimento de um portfólio consiste de quatro passos básicos: coleção, seleção, reflexão e projeção.

ü A coleção de atividades realizada pelo aluno exige planejamento de acordo com os objetivos de aprendizagem que se deseja atingir, ilustrando e documentando o que o aluno aprendeu.
ü A seleção é o momento que o aluno (com a ajuda, se desejar ou se estabelecido) examina o que foi coletado para identificar quais atividades melhor demonstram o seu processo de aprendizagem, no sentido de sinalizar limites, recuos, possibilidades e avanços.
ü A reflexão constitui-se em um momento especial, pois o aluno articula (por escrito) sua apreciação sobre cada trabalho selecionado para compor o portfólio.
ü A projeção, estágio final da elaboração do portfólio, consiste em definir objetivos para o futuro. O aluno analisa os trabalhos realizados como um todo avalia e projeta ações para melhoria e aprofundamento.

Ø Estrutura do portfólio :

ü Capa;
ü Identificação;
ü Sumário ou índice;
ü Introdução;
ü Justificativa ou objetivos;
ü Desenvolvimento(itens que podem constar):

§ Pesquisas;
§ Amostras de trabalhos sobre o tema;
§ Diário de aprendizagens;
§ Fotografias;
§ Reportagens com o comentário do aluno a respeito do tema;
§ Registros escritos;
§ Entrevistas;
§ Referências bibliográficas;
§ Registros de casos;
§ Relatos narrativos, produções textuais;
§ Gravações de áudio e vídeo;
§ Listagem, tabelas e gráficos;
§ Situações-problema envolvendo o assunto;
§ Colagens (dobraduras, recortes, objetos, plantas, etc.);
§ Auto-avaliações;
§ Resumos de filmes, seminários, etc.;

ü Conclusão
ü Bibliografia (ver modelo no tópico sobre pesquisas e trabalhos)

É importante ressaltar que o portfólio é um instrumento de avaliação personalizado, cuja estrutura e conteúdo diferem, mesmo quando produzido num mesmo contexto escolar.

Temos ainda como instrumentos de avaliação:

§ Relatórios;
§ Seminários;
§ Questionários;
§ Auto-avaliação;
§ Confecção de cartazes, álbuns temáticos, maquetes, apresentação de jornal escrito ou falado produzido pelo aluno, criação de jogos relacionados a determinado tipo de conteúdo, entre outros recursos.

Bibliografia:

ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Rio de Janeiro: MEM/USU-GEPEM, 1995

BARBIER, J. M.. A avaliação em formação. Porto: Edições Afrontamento, 1985.

ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5 ed.- Rio
de Janeiro, 2003.

GIL, Ângela & FANIZZI, Sueli. Porta aberta: ciências naturais. São Paulo: FTD, 2005

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 13ª ed., São Paulo: Cortez, 2002.

MORETTO, Vasco P. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. Rio de Janeiro: Lamparina,2007.

PELLEGRINI, Denise. Pesquisa é coisa séria. Revista Nova Escola. São Paulo: Editora Abril. maio,1999.
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SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? : Como avaliar? : critérios e instrumentos. Petrópolis ,RJ: Vozes: 1995.

SEIFFERT, Otília M. L. B. Portfólio de avaliação do aluno: como desenvolvê-lo? São Paulo: PUC,2003

SMOLE, K.C.S. Inteligência e avaliação: da idéia de medida à idéia de projeto. Tese de doutorado pela FE/USP, 2001.

http://pedagogiccos.blogspot.com.br/2009/07/avaliacao.html

INTERDISCIPLINARIDADE

http://pt.scribd.com/doc/23634919/exemplo-de-projeto-interdisciplinar

UNIDADE DIDÁTICA

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1363-6.pdf

ATIVIDADE SEGUNDO ANO

APÓS LER OS TEXTOS PROPOSTOS, ASSISTIR AOS VÍDEOS E MEDIANTE A INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA BOTÂNICA  ,RESPONDA:

1. Qual a diferença entre criptógama e fanerógama? exemplifique.
2. Qual a diferença entre gminosperma e angiosperma?exemplifique.
3.O que são plantas vasculares.Exemplifique.
4.Cite 5 diferenças entre mono e dicotiledõneas.
5. Diferencie seiva bruta de seiva elaborada.
6.Explique a evolução das plantas.
7. Caracterize as briófitas e explique sua reprodução.
8. Caracterize as pteridófitas e explique sua reprodução.
9. Diferencie xilema de floema.
10.Relacione botânica e fotossíntese.

Boa atividade!


"A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos."

FAGOCITOSE


BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO


DIFUSÃO FACILITADA


DIFUSÃO SIMPLES


HORMÕNIOS VEGETAIS


TECIDOS VEGETAIS


ANGIOSPERMAS E GIMNOSPERMAS


ANGIOSPERMAS























As angiospermas contam com cerca de 250.000 espécies, incluindo uma enorme diversidade de formas. Trata-se do grupo mais representativo de seres vivos em número de espécies, sendo superado apenas pelos insetos. Em 1879, em uma carta para Hooker, Darwin considerou a origem das angiospermas um “mistério abominável”.
Esse assombro foi causado pelo aparecimento repentino das angiospermas no registro fóssil, contradizendo a hipótese de evolução gradual dos seres vivos (Darwin 1859). Desde então, desvendar esse mistério tem representado um dos desafios mais fascinantes da botânica.
O número de características compartilhadas é uma evidência clara de que as angiospermas formam um grupo monofilético.
Elas são facilmente reconhecidas pela produção de flores ou, mais especificamente, pela inclusão dos óvulos em um ovário, que quando maduro transforma-se em fruto. A origem do ovário ainda é controvertida, mas a hipótese mais aceita supõe que os carpelos do ovário teriam origem foliar.
Angiospermas
Flores
Angiospermas
Frutos
As angiospermas caracterizam-se também pela dupla fertilização e a conseqüente formação do endosperma triplóide. Ambos os gametófitos são reduzidos em relação aos das gimnospermas, o feminino (saco embrionário), na condição mais típica, é constituído por apenas oito núcleos (dois núcleos polares, duas sinérgides junto à oosfera, o gameta feminino, e três antipodas) e o masculino é tricelular.
O óvulo é geralmente bitegumentado. O grão de pólen possui o teto reticulado e é recebido no estigma; ele não entra em contato com a micrópila, como ocorre nas gimnospermas. O tubo polínico cresce e penetra no óvulo pela micrópila, lançando dois gametas no saco embrionário.
Um deles fertiliza o gameta feminino, produzindo o zigoto diplóide, enquanto o outro se une às células polares formando o endosperma triplóide que nutrirá o Desenvolvimento do gametófito masculino nas angiospermas.
Angiospermas
Esquema do óvulo das angiospermas com detalhe do gametófito feminino.
Angiospermas
Desenvolvimento do gametófito masculino nas angiospermas
A maioria das angiospermas possui vasos associados a fibras de sustentação no xilema e tubos constituídos de elementos de tubo crivado associados a células companheiras no floema, apresentando maior eficiência na condução de líquidos em relação às gimnospermas.
As angiospermas também possuem um vasto arsenal químico: alcalóides, óleos essenciais, taninos, iridóides, glicosídios, etc., defesas mecânicas como ráfides de oxalato de cálcio também podem torná-las impalatáveis aos herbívoros.
Angiospermas
Elemento de Vaso
As flores atuam na atração de polinizadores, geralmente associando cores vistosas e odores intensos a um sistema de incompatibilidade e reconhecimento. Ainda assim, vários grupos, como as gramíneas, geralmente com flores inconspícuas são polinizados pelo vento.
Uma flor perfeita (hermafrodita) é composta por um conjunto de sépalas (cálice), pétalas (corola), estames (androceu) e carpelos (gineceu), freqüentemente organizados em verticilos cuja identidade é controlada por genes reguladores, predominantemente pertencentes à família MADS.
O cálice é geralmente pouco vistoso e está associado à proteção, ao passo que a corola geralmente vistosa está associada à atração de polinizadores. Os estames são geralmente compostos de filetes longos e esguios, possuindo em seu ápice anteras. Cada antera apresenta quatro sacos polínicos, homólogos aos microsporângios.
Os carpelos são geralmente afilados para o ápice formando um estilete, apresentando uma zona receptiva na ponta, o estigma. Eles envolvem os óvulos e compõem o ovário. Na maioria das espécies, as flores se encontram agrupadas em diversos tipos de inflorescências.

ngiospermas – Características, Reprodução, Tipos de Fruto e Semente
Angiospermas
Angiospermas
Angiospermas
Angiospermas - Flores e Frutos
Características Gerais das Angiospermas
As Angiospermas são as plantas mais adaptadas à vida em ambiente terrestre, são as mais numerosas em espécies vegetais. A maioria apresenta nutrição autótrofa, mas existem espécies Holoparasitas (como o Cipó Chumbo) que não realizam fotossíntese.

Quanto ao Ciclo reprodutor é o Haplodiplobionte, com alternância de gerações pouco nítida e meiose intermediária ou esporófita. Apresentam dupla fecundação.

São Plantas Vasculares (traqueófitas), o transporte é realizado através do Xilema e Floema.

O Esporófito é o vegetal verde, complexo e duradouro. Apresenta raiz, caule, folhas, semente, Flor e Fruto (aparecem nesse filo).

O Gametófito é o vegetal muito reduzido, transitório e dependente do Esporófito. São Dióicos e crescem no interior da flor. O Masculino é o Tubo Polínico (microprótalo) que produz os gametas chamados de núcleos espermáticos. Já o Feminino é o Saco Embrionário (Megaprótalo) produtor dos gametas chamados Oosfera e núcleos polares.

A polinização pode ser feita por diferentes agentes, entre eles citamos os Insetos (Entofilia), os Pássaros (Ornitofilia), o Vento (Anemofilia), os Morcegos (Quiropterofilia). A polinização consiste no transporte do grão de pólen da Antera (masculino) para o Estigma (feminino) de outra flor, aumentando assim a variabilidade genética e evitando a auto fecundação.
Angiospermas
A Flor possui em geral as estruturas femininas e masculinas e se trata do aparelho de reprodução das Angiospermas. Uma flor completa possui Pedúnculo floral (eixo que liga a flor ao caule), Receptáculo Floral (onde estão inseridos os elementos florais), Cálice (folhas modificadas e estéreis chamadas sépalas), Corola (Pétalas), Androceu (folhas férteis masculinas), Gineceu (folhas férteis femininas).
Como Acontece a Dupla Fecundação? O 1º núcleo espermático fecunda a Oosfera gerando o Zigoto (2n) que se desenvolve no embrião. O 2º núcleo espermático junta-se aos núcleos polares formando um Zigoto (3n) que se desenvolve em Endosperma ou Albúmem (nutrição para o embrião).
Veja no Esquema Resumo o Ciclo:
Angiospermas
Ciclo de Vida e Reprodução das Angiospermas
Monocotiledôneas e Dicitiledôneas – são as divisões por características nas Angiospermas, tais quais o número de Cotilédone, organização da flor (número de pétalas), estrutura raiz e caule, tipo de nervura da folha, entre outras.
Exemplo: Monocotiledônea –  o Milho; Dicotiledônea – o Feijão.
Angiospermas
Diferenças e Características de Mono e Dicotiledôneas
A Semente é o óvulo fecundado, precisa de muito carboidrato e óleo. Para germinar é necessário água, oxigênio e temperatura adequada. Está organizada em Tegumento ou Casca (função de proteção e disseminação); Amêndoa (formada pelo endosperma – nutrição) e Embrião. A Dispersão da semente pode ser realizada por animais (Zoocoria) ou pelo Vento (Anemocoria).
Fruto é o Ovário fecundado e desenvolvido, formado por três paredes (Epicarpo, Mesocarpo e Endocarpo) que recebem o nome de Pericarpo. Há diversos tipos de Frutos – os Secos (Deiscentes – que se abrem, e Indeiscentes – não se abrem); Frutos Carnosos (Drupa – 1 semente envolvida pelo endocarpo, exemplo Abacate – ou Baga – várias sementes, exemplo Mamão, Tomate).
Além disso há os Pseudofrutos – desenvolvimento do Receptáculo (Maçã, Pêra); do Pedúnculo (Caju); Múltiplos (Morango) e Compostos (Abacaxi, Espiga de Milho, Amora). E os Frutos Paternocápios – o ovário se desenvolve sem ser fecundado 9exemplo a Banana).
Angiospermas
Tipos de Frutos – Baga, Drupa e Vagem
Fonte: www.not1.com.br

Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas - desse total, mais de 250 mil são angiospermas.
A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta.
Flores e frutos: aquisições evolutivas
As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto.
Considerando essas estruturas, perceba que, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores e os frutos.
Angiospermas
Angiospermas
A flor e o fruto do maracujá
As flores podem ser vistosas tanto pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam odor agradável e produzem um líquido açucarado - o néctar - que serve de alimento para as abelhas e outros animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são perfumadas e nem produzem néctar.
Coloridas e perfumadas ou não, é das flores que as angiospermas produzem sementes e frutos.
As partes da flor
Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor, tais como:
pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo.
receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais.
Órgãos de proteção

Órgãos que envolvem as peças reprodutoras propriamente ditas, protegendo-as e ajudando a atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designa-se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua.
Cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado.
Corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem pétalas diz-se apétala. Se todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz-se petalóide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado.
Angiospermas
Angiospermas
Órgãos de reprodução

folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e designadas esporófilos. As folhas férteis masculinas formam o anel mais externo e as folhas férteis femininas o interno.
Androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete (corresponde ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha);
Gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga-se por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização.
Os frutos contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza. Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da planta-mãe, pelo vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos territórios.
Os dois grandes grupos de angiospermas
As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.
São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas.
São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida.
Monocotiledôneas e dicotiledôneas: algumas diferenças
Entre as angiospermas, verificam-se dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e pivotantes.
Angiospermas
Raiz fasciculada e pivotante, respectivamente
Raízes fasciculadas - Também chamadas raízes em cabeleira, elas formam numa planta um conjunto de raízes finas que têm origem num único ponto.
Não se percebe nesse conjunto de raízes uma raiz nitidamente mais desenvolvida que as demais: todas elas têm mais ou menos o mesmo grau de desenvolvimento. As raízes fasciculadas ocorrem nas monocotiledôneas.
Raízes pivotantes - Também chamadas raízes axiais, elas formam na planta uma raiz principal, geralmente maior que as demais e que penetra verticalmente no solo; da raiz principal partem raízes laterais, que também se ramificam. As raízes pivotantes ocorrem nas dicotiledôneas.
Em geral, nas angiospermas verificam-se dois tipos básicos de folhas: paralelinérvea e reticulada.
Angiospermas
Folhas paralelinérveas - São comuns nas angiospermas monocotiledôneas. As nervuras se apresentam mais ou menos paralelas entre si.
Angiospermas
Folhas reticuladas - Costumam ocorrer nas angiospermas dicotiledôneas. As nervuras se ramificam, formando uma espécie de rede.
Existem outras diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas, mas vamos destacar apenas a responsável pela denominação dos dois grupos.
O embrião da semente de angiosperma contém uma estrutura chamada cotilédone. O cotilédone é uma folha modificada, associada a nutrição das células embrionárias que poderão gerar uma nova planta.
Angiospermas
Sementes de monocotiledôneas
Nesse tipo de semente, como a do milho, existe um único cotilédone; daí o nome desse grupo de plantas ser monocotiledôneas (do grego mónos: 'um', 'único').
As substâncias que nutrem o embrião ficam armazenadas numa região denominada endosperma. O cotilédone transfere nutrientes para as células embrionárias em desenvolvimento.
Sementes de dicotiledôneas
Nesse tipo de semente, como o feijão, existem dois cotilédones - o que justifica o nome do grupo, dicotiledôneas (do grego dís: 'dois'). O endosperma geralmente não se desenvolve nas sementes de dicotiledôneas; os dois cotilédones, então armazenam as substâncias necessárias para o desenvolvimento do embrião.
Resumo: Monocotiledôneas vs Dicotiledôneas
MONOCOTILEDÔNEAS
DICOTILEDÔNEAS

raiz
fasciculada  (“cabeleira”)
pivotante ou axial (principal)
caule
em geral, sem crescimento em espessura (colmo, rizoma, bulbo)
em geral, com crescimento em espessura (tronco)
distribuição de vasos no caule
feixes líbero-lenhosos “espalhados”(distribuição atactostélica = irregular)
feixes líbero-lenhosos dispostos em círculo  (distribuição eustélica = regular)
folha
invaginante: bainha desenvolvida; uninérvia ou paralelinérvia.
peciolada: bainha reduzida; pecíolo;   nervuras reticuladas ou peninérvias.
Flor
trímera (3 elementos ou múltiplos)
dímera, tetrâmera ou pentâmera
embrião
um cotilédone
2 cotilédones
exemplos
bambu; cana-de-açúcar; grama; milho; arroz; cebola; gengibre; coco; palmeiras.
eucalipto; abacate; morango; maçã; pera; feijão; ervilha; mamona; jacarandá; batata.
Fonte: www.sobiologia.com.br
Angiospermas
Angiospermas
Angiospermas são vegetais cujos óvulos estão encerrados no interior do ovário e que, consequentemente tem suas sementes encerradas no interior dos frutos (angios=vasos e sperma=semente).
São plantas extremamente importantes, principais produtores dos ecossistemas terrestres, servindo para alimentação (cenoura, alface, mamão, feijão), aplicações industriais (jacarandá, algodão), ornamentação (orquídea) e fabricação de produtos farmacêuticos (camomila).
Se dividem em dois grupos: Monocotiledôneas e Dicotiledôneas, cujas características são:
Angiospermas

Monocotiledôneas

Um cotilédone na semente
Raízes fasciculadas com células com reforço em "u" na endoderme. Geralmente não engrossam.
Caules com estrutura astélica (atactostélica), com feixes condutores em que o xilema e o floema não estão separados pelo câmbio(colaterais fechados), e por isso, salvo raras excessões, não engrossam.
Folhas com nervuras pararelas, estômatos nas duas epidermes (anfiestomáticas), mesófilo indiferenciado ou simétrico.
Flores geralmente homeoclamídeas (com perigônio formado por sépalas) e trímeras.

Dicotiledôneas

Dois cotilédones na semente
Raízes axiais com "estrias de Caspari" nas células da endoderme. Geralamente engrossam
Caules com estrutura eustélica, com feixes de condutores em que o xilema e o floema estão separados pelo câmbio. Normalmente engrossam.
Folhas com nervuras ramificadas (reticuladas ou peninervas), estômatos apenas na epiderme inferior (hipoestomáticas).
Flores heteroclamídeas (com perianto formado por sépalas e pétalas diferentes). Dímeras, tetrâmeras ou pentâmeras.
Fonte: www.geocities.com

O grupo das angiospermas é o mais evoluído e possui grande quantidade de representantes, como por exemplo: feijão, arroz, milho, trigo, banana, café, amendoim, mandioca, batata, camomila, laranja e muitos outros. Podem ser encontras desde ambientes aquáticos até áridos.
A principal característica desse grupo é a produção de frutos protegendo as sementes. As sementes e os frutos originam-se das flores.
Angiospermas

Estrutura da Flor

As flores são sistemas de reprodução da planta.
Angiospermas
Estrutura da Flor

Pendulo

Eixo de sustentação

Receptáculo

Dilatação do pendulo

Cálice

Formado pelo conjunto de sépalas (proteção) e tem a função de proteger o botão floral (fase em que a flor ainda não se abriu)

Corola

Formado pelo conjunto de pétalas, que podem apresentar várias cores, tem função de atrair os agentes polinizadores

Androceu

Formado pelos estames, que constituem o sistema reprodutor masculino

Gineceu

Formado pelo pistilo, que constitui o sistema reprodutor feminino

Estrutura do estame

Os estames são os esporófilos masculinos produtores de grão de pólen.
Angiospermas
Estrutura do estame

Filete

Estrutura filamentar que sustenta a antera

Antera

Porção dilatada do filete e que abriga os sacos polínicos (nestes ocorre meiose originando os micrósporos.
No interior dos sacos polínicos existem duas células diplóides (células-mão dos micrósporos) que sofrem meiose originando quatro micrósporos haplóides. O núcleo de cada micrósporo sofre mitose,então o micrósporo se diferencia em grão de pólen.

Estrutura dos carpelos

Os carpelos ou pistos são os esporofilos femininos da planta.
Cada carpelo é constituído de:
Estigma: responsável pela recepção do grão de pólen
Estilete: eixo de sustentação do estigma
Ovário: produz e armazena óvulos

Reprodução

Nas angiospermas, o processo reprodutivo pode ser dividido em três etapas:
1. Polinização
Consiste no transporte do grão de pólen até o estigma.
A polinização pode ocorre em função do vento, de insetos e pássaros.
2. Germinação do pólen
Uma vez depositado sobre o estigma, o grão de pólen germina, isto é, emite um prolongamento-tubo polínico-que cresce através do estilete, que cresce em direção ao óvulo. Na frente do tubo, orientando o crescimento, situa-se o núcleo vegetativo; logo atrás encontra-se o núcleo reprodutivo. Antes de atingir o ovulo, o núcleo reprodutivo divide-se e origina dois núcleos espermáticos haplóides, considerados os gametas masculinos. Por isso, o tubo polínico constitui o gametófito masculino.
3. Fertilização
O tubo polínico penetra no óvulo pela micrópila e atinge o saco embrionário. A essa altura o núcleo vegetativo degenerou e os dois núcleos espermáticos (gametas masculinos) iniciam o processo de fertilização. Um núcleo espermático formará o zigoto ao se juntar com a oosfera, o outro funde-se com os núcleos polares, formando um núcleo triplóide.
Após a fertilização, ocorre intenso desenvolvimento do óvulo, que origina a semente. Acompanhado o desenvolvimento do óvulo, o ovário também cresce e transforma-se no fruto. Então, normalmente com significativa participação do fruto, as sementes já podem ser propagadas e, em condições favoráveis, o embrião se desenvolve e organiza uma nova planta, fechando o ciclo reprodutivo.

Cotilédone

As angiospermas são divididas em dois grandes grupos:
Monocotiledôneas
Apresentam apenas um cotilédone (folhas embrionárias que compõem o corpo do embrião e podem armazenar nutrientes que serão fornecidos a ele durante os estágios iniciais do seu desenvolvimento).
Seus representantes são: gramas, milho, arroz, trigo, centeio, aveia, cana-de-açúcar, alho, cebola, abacaxi, etc.
Dicotiledoneas
Apresentam dois cotilédones. São as árvores, com exceção das coníferas, arbustos e plantas de pequeno porte.
  Monocotiledôneas Dicotiledôneas
Raiz Raiz de cabeleira ou fasciculada Raiz Axial ou Pivolante
Caule Caule pouco desenvolvido. Vasos espalhados de maneira homogênea Caule desenvolvido. Vasos organizados em anéis
Folha Paralelinérves (nervos paralelos) Reticulinérdeas
Flor Trímera - Número múltiplo de 3 Pentâmeras ou tetrâmeras - múltiplas de 4 ou 5
Semente 1 Cotilédone (folha modificada) 2 Cotilédones
Na classificação de flores, pode ocorrer do número ser múltiplo de 3 e 4, ou 3 e 5, então se verifica outros órgãos.
Angiospermas
Fonte: www.colsantamaria.com.br
Angiospermas
Angiospermas, nome comum da divisão ou filo que contém as plantas com flor, que constituem a forma de vida vegetal dominante. Pertencem a esse grupo quase todas as plantas arbustivas e herbáceas, a maior parte das árvores, salvo pinheiros e outras coníferas, e plantas mais especializadas, como suculentas, epífitas e aquáticas.
O elemento mais característico das angiospermas é a flor, cuja função é assegurar a reprodução da planta mediante a formação de sementes. Estas são formadas a partir de um óvulo envolvido por um ovário que, conforme cresce a semente fecundada, se desenvolve até converter-se em fruto.
No final de 1998, foram encontrados na China os resíduos fósseis da mais antiga angiosperma que se conhece. Com 140 ou 150 milhões de anos, a planta, que recebeu o nome científico de Archaefructus liaoningensis, pertence ao grupo das angiospermas do período jurássico; tem a mesma idade dos dinossauros e antecede em 25 milhões de anos a primeira planta com flor de que se tinha notícia até então.
Classificação científica: Angiospermas é a denominação comum da divisão Magnoliophyta.
O grupo das Angiospermas divide-se em duas classes: Magnoliopsida e Liliopsida, conhecidas como dicotiledôneas e monocotiledôneas.
Angiospermas
A flor é formada por até quatro tipos de folhas modificadas. As sépalas, que envolvem o capulho, são as peças mais externas. Em seguida, encontram-se as pétalas, que atraem os polinizadores, tanto pela cor como pelo cheiro segregado por certas glândulas.
Mais para o interior há um ou dois círculos de estames produtores de pólen, que são os órgãos de reprodução masculinos. Os pistilos, formados por estigma, estilete, ovário e óvulo, são as peças mais internas.
O carpelo recebe o grão de pólen e, se se produz fecundação, forma o fruto. Acredita-se que o carpelo evoluiu como meio de proteção contra insetos devoradores de óvulos e contra outros elementos nocivos do meio.
Angiospermas
Fonte: br.geocities.com

As angiospermas são plantas mais evoluídas e complexas que vivem atualmente na Terra. Estes vegetais produzem raízes, caules e folhas, rgãos da vida vegetativa. Na época da reprodução produzem flores, frutos e sementes.

Características Básicas da Angiosperma

As características vegetativas destas plantas são muito variadas, variando desde os eucaliptos gigantes com mais de 100 metros de altura e e 20 metros de diâmetro, até monocotiledóneas flutuantes não maiores que 1 mm de comprimento.
Todas as angiospérmicas, com muito poucas excepções, são de vida livre, embora existam seres saprófitos e parasitas, não apresentando clorofila.
Estas plantas saprófitas estabelecem obrigatoriamente relações com um fungo micorrízico, o qual, por sua vez, está associado a uma outra planta fotossintética. Deste modo, o fungo serve de intermediário entre a planta fotossintética e a saprófita, o que a tornaria mais um organismo parasita que saprófito.
Existem cerca de 2800 dicotiledóneas e cerca de 200 monocotiledóneas parasitas, que formam estruturas de absorção especializadas haustórios que penetram nas células do hospedeiro.
O sucesso das angiospérmicas em meio terrestre reside, em parte na presença de elementos dos vasos, o que torna o seu xilema mais eficiente no transporte de água.
Outro aspecto fundamental para esse sucesso é a presença de folhas largas, com uma tremenda capacidade fotossintética. Este tipo de folha perde enorme quantidade de água por evaporação, mas a presença de um xilema tão eficiente compensa essa dificuldade.
A queda das folhas no Inverno permite uma poupança de energia quando as condições não são as ideais, bem como impede a destruição e acumulação de danos nessas estruturas fundamentais.
As folhas das angiospérmicas são de crescimento rápido, principalmente nas plantas herbáceas, o que lhes permite sobreviver á herbivoria.
As angiospérmicas, desenvolveram uma estrutura especialmente bem adaptada á reprodução sexuada em meio terrestre e em presença de animais, a flor.
A polinização por insetos, atraída por flores vistosas e néctar, foi seleccionada devido á sua elevada eficiência, o que levou, por sua vez, conduziu a uma vantagem na presença de flores monóicas (o inseto transporta dois tipos de pólen numa única viagem).
A cor das flores é uma das características mais notórias das angiospérmicas, mas no entanto, é devida a uma concentração de pigmentos que existem em todas as plantas, apenas não se encontram concentrados numa estrutura como neste caso.
A enorme variedade de cores das flores é devida a um número muito reduzido de pigmentos: flores vermelhas, laranja e amarelas, por exemplo, devem a sua cor a pigmentos carotenóides semelhantes aos encontrados nas folhas e estruturas fotossintéticas de muitos outros organismos autotróficos.
No entanto, os pigmentos mais importantes para a cor das flores são os flavonóides (como as antocianinas, por exemplo), compostos com dois anéis de carbono de 6 átomos. Nas folhas estes pigmentos barram a radiação U.V., perigosa para os tecidos, permitindo a passagem de radiação azul, verde e vermelha, importante para a fotossíntese.
As antocianinas produzem diversas cores, dependendo do pH do meio: vermelho em meio ácido, violeta em meio neutro e azul em meio básico, por exemplo para a cianidina.
A taxa reprodutora é duas a quatro vezes maior que as gimnospérmicas pois produzem sementes com elevado conteúdo em reservas e com menor necessidade de luz para a germinação.
A produção de frutos carnudos e apetitosos permite á planta "utilizar" os animais na dispersão das sementes neles contidas. As sementes, elas próprias, apresentam frequentemente ganchos e espinhos que se agarram ao pelo dos animais, que as espalham inconscientemente.
O seu sucesso devese, portanto, á sua excepcional adaptação á vida em terra e com animais.
Esta divisão inclui dois grandes grupos, as monocotiledóneas com cerca de 65000 espécies e as dicotiledóneas, com cerca de 170000 espécies. As semelhanças entre estes dois grupos são bem maiores que as diferenças, apesar de serem facilmente reconhecíveis.
A classe das angiospérmicas é a maior dos organismos fotossintéticos, incluindo mais de 230000 espécies.
As angiospérmicas dominam completamente o mundo vegetal dos últimos 100 milhões de anos. Sem elas não existiriam as cores das flores e frutos, bem como as belas cores outonais das folhas das árvores.
Estas plantas evoluíram de modo a estarem perfeitamente adaptadas à vida em meio terrestre e em contato com animais.

REPRODUÇÃO DAS ANGIOSPERMAS

FLOR

É o aparelho de reprodução das angiospermas.
Uma flor completa de angiosperma aparece organizada em:

Pedúnculo floral

Eixo que liga a flor ao caule.

Receptáculo floral

Parte dilatada do pedúnculo, onde estão inseridos os elementos florais.

Cálice

Constituído por folhas modificadas estéreis chamadas sépalas.

Corola

Constituída por folhas modificadas estéreis chamadas pétalas.

Androceu

Constituído por folhas modificadas férteis chamadas estames ou microesporofilos.

Gineceu

Constituído por folhas modificadas férteis chamadas carpelares, pistilos ou macroesporofilos.

Perianto

Nome que se dá ao conjunto de cálice e corola.

Perigônio

Às vezes

Brácteas

São folhas modificadas que servem para a proteção da flor ou de uma inflorescência.
Estame Folha modificada organizada em três partes: filete, antera e conectivo.
Folha carpelar ou carpelo A folha carpelar toma a forma de uma garrafa, na qual se podem reconhecer três partes: estigma, estilete e ovário.
No interior do ovário formamse os óvulos.

TIPOS DE ANGIOSPERMAS

Monocotiledôneas
Um cotilédone na semente
Raízes fasciculadas com células com reforço em "u" na endoderme. Geralmente não engrossam.
Caules com estrutura astélica (atactostélica), com feixes condutores em que o xilema e o floema não estão separados pelo câmbio(colaterais fechados), e por isso, salvo raras excessões, não engrossam.
Folhas com nervuras pararelas, estômatos nas duas epidermes (anfiestomáticas), mesófilo indiferenciado ou simétrico.
Flores geralmente homeoclamídeas (com perigônio formado por sépalas) e trímeras.
Dicotiledôneas
Dois cotilédones na semente
Raízes axiais com "estrias de Caspari" nas células da endoderme. Geralamente engrossam
Caules com estrutura eustélica, com feixes de condutores em que o xilema e o floema estão separados pelo câmbio. Normalmente engrossam.
Folhas com nervuras ramificadas (reticuladas ou peninervas), estômatos apenas na epiderme inferior (hipoestomáticas).
Flores heteroclamídeas (com perianto formado por sépalas e pétalas diferentes). Dímeras, tetrâmeras ou pentâmeras.
Folhas
Órgão laminar, clorofilado, podendo realizar fotossíntese, transpiração e trocas gasosas com o meio.
As folhas apresentam grande diversidade de formas, sendo que esta diversidade caracteriza um processo de adaptação destas plantas à climas de determinadas regiões, tanto para evitar perdas de água e nutrientes, quanto no proesso de proteção, e até polinização.
Uma folha completa possui bainha (ponto de inserção no caule), um pecíolo e o limbo (lâmina verde).
Em um corte transversal, para observarmos estrutura interna da folha, temos: epiderme superior (sem estômatos, porém pode estar presente uma cutícula de cutina) e inferior (rica em estômatos, que permitem trocas de gases para fotossíntese e respiração) e um mesófilo, constituído por parênquima clorofiliano.
As folhas em monocotiledôneas possuem nervuras paralelas e grande bainha, enquanto as folhas das dicotiledôneas possuem nervuras reticuladas.
Fonte: www.cam-online.com.br
Angiospermas
Angiospermas
São caracterizadas principalmente por possuírem óvulo e sementes encerrados em um ovário. A flor é, portanto, seu órgão reprodutivo. Assim como os estróbilos das gimnospermas, as flores são ramos onde os meristemas apicais se diferenciaram ao máximo.
Dessa forma, tal qual nos estróbilos, o eixo, aqui transformado em receptáculo, internos muito curtos, o que leva os esporofilos (androceu e gineceu) a nascerem em espiral compacta ou verticiladamente. Além dos esporofilos, os eixos florais geralmente portam apêndices estéreis (cálice e corola).
As angiospermas representam o grupo de maior diversidade entre as plantas terrestres, com mais de 250 000 espécies; esse sucesso se deve a adaptações vegetativas e reprodutivas, sendo as principais:
a- formação de ovário, através do dobramento e soldadura dos carpelos (macrosporofilos), protegendo óvulos e sementes;
b- pólen pousando no estigma e não mais diretamente na micrópila;
c- óvulos com dois tegumentos;
d- órgãos de reprodução não mais reunidos em estróbilos, mas em flores, onde os estames representam os microsporofilos e os ovários, os macrosporofilos;
e- redução acentuada do megagametófito, aqui denominado saco embrionário, formado a partir de uma tétrade de macrosporos originados por meiose, onde apenas um evolui, dividindo-se por 3 vezes seguidas, originando 8 núcleos, dos quais 3 se agrupam próximo à micrópila (duas sinérgides laterais e uma oosfera central); outras 3 migram para a extremidade oposta, constituindo antípodas; no centro do saco embrionário instalam-se os dois núcleos restantes, denominados núcleos polares da célula média;
f- dupla fecundação: ocorre exclusivamente nas angiospermas: o tubo polínico cresce através do estilete até o ovário, atravessa a micrópila do óvulo, lançando em seu interior duas células espermáticas; uma se funde com a oosfera, originando o zigoto e a outra se une aos núcleos polares, formando um tecido triplóide, o endosperma, que freqüentemente acumula grande quantidade de reservas nutritivas (amido, óleo, açúcares, etc.). O embrião é formado após sucessivas divisões do zigoto, nutrindo-se do endosperma.
Angiospermas
Obs.: Alguns autores italianos e argentinos, utilizam uma nomenclatura diferente para as estruturas reprodutivas.
Veja a tabela a seguir, com os sinônimos e as respectivas definições:
Microsporo = androsporo > esporos que originam microgametófitos.
Macrosporo ou megasporo = ginosporo > esporos que originam macro ou megagametófitos.
Microsporângio = androsporângio = saco polínico > esporângio produtor de microsporos.
Macrosporângio = ginosporângio > esporângio produtor de megasporos.
Microsporofilo = androsporofilo > estrutura de natureza foliar que sustenta 1 ou mais microsporângios.
Macrosporofilo = ginosporofilo > estrutura de natureza foliar que sustenta 1 ou mais megasporângios.
Microgametófito - andrófito = gametófito masculino (n) > pólen em estado tricelular - representa a geração sexuada masculina, originada a partir do microsporo; suas estruturas reprodutivas são os gametas masculinos (anterozóides ou células espermáticas).
Macrogametófito ou megagametófito - ginófito = gametófito feminino (n) = saco embrionário maduro > representa a geração sexuada feminina, originada a partir do megasporo; suas estruturas reprodutivas são os gametas femininos (oosfera e célula média).
Microstróbilo = androstróbilo > estróbilo (ramo modificado portando esporofilos) que produz microsporos.
Macrostróbilo = ginostróbilo > estróbilo que produz macrosporos.
Anterídio = androgônio > gametângio masculino > produz gametas masculinos.
Arquegônio = ginogônio > gametângio feminino > produz gametas femininos.
Anterozóide ou células espermáticas > gametas masculinos, sendo o primeiro tipo com flagelos.
Oosfera > gameta feminino.
EVOLUÇÃO
A monofilia das Angiospermas (origem a partir de um ancestral comum) é fortemente suportada pelas análises filogenéticas atuais, com base em morfologia e características moleculares, como constituintes químicos e DNA. No entanto, as análises cladísticas baseadas em morfologia e seqüências de rRNA, rbcL e atpB não suportam a divisão das Angiospermas em mono e dicotiledôneas (Chase et al. 1993; Doyle 1996; Doyle et al. 1994).
As chamadas monocotiledôneas, isoladamente, formam um grupo monofilético, suportado por sinapomorfias (características evolutivas em comum) como: folhas com nervuras paralelas, embrião com um único cotilédone, raízes adventícias e caule com sistema vascular disperso no córtex.
As dicotiledôneas, no entanto, formam um complexo parafilético (com grupos originados de diferentes ancestrais) e características como a presença de dois cotilédones, radícula persistente, caule com sistema vascular organizado em anel e crescimento secundário são plesiomórficas (não evolutivas) não revelando, portanto, uma relação filogenética entre os grupos.
Fonte: professores.unisanta.br


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