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22 de fev. de 2012

Cientistas tentam descobrir origem do vírus da aids na África


A origem do vírus HIV é um mistério no mundo inteiro, mais ainda na África, um continente onde a aids continua matando a maioria da população, principalmente as crianças.
Cientistas do Centro Internacional de Pesquisas Médicas de Franceville (CIRMF, em francês), no Gabão, trabalham diariamente tentando descobrir quando e como surgiu uma das maiores pandemias do continente africano.
"O primeiro contágio em humanos ocorreu nos anos 90, mas é possível que já estivesse presente nos macacos há centenas de anos ou desde sempre", indicou François Rouet, responsável do laboratório de Retrovirologia do CIRMF.
Rouet explicou à agência EFE que uma das teorias sobre como o HIV foi transmitido dos primatas aos humanos é que estes últimos tiveram contato com algum animal que morreu por essa doença. "Por isso, uma de nossas principais tarefas é informar à população suscetível de usar esses animais como alimento dos riscos que existem, e, nesse sentido, os casos de infecção por essa via diminuíram", afirmou.
O biólogo, que trabalhou em países como Burkina Fasso e Quênia, se mostrou especialmente preocupado com os casos nos quais o vírus da aids é detectado em pacientes recém-nascidos.
"No centro fazemos exames em mulheres grávidas que têm o HIV e tentamos salvar a vida de seus filhos com um tratamento prévio, mas na maioria dos casos os bebês morrem pouco tempo depois de nascer", disse Rouet.
Ao todo, 160 pessoas, 45% delas gaboneses, fazem suas pesquisas no campus do CIRMF, que está localizado em uma planície de 47 hectares cercada de floresta.
Além dos estudos sobre a aids, o centro conta com laboratórios onde são analisadas outras doenças virais típicas da região, como o ebola e a malária, e recebe a cada ano uma média de 25 estagiários de medicina por seu interesse nesse tipo de pesquisa.
O CIRMF conta ainda com um centro de primatologia, que abriga atualmente 400 primatas, entre eles cinco gorilas e 56 chimpanzés, além de macacos e mandris, a espécie mais significativa no Gabão.
"Não fazemos experimentos com eles, isso é totalmente proibido no país há muitos anos, mas podemos curá-los se chegarem aqui doentes e tentamos reinseri-los em seu ecossistema", ressaltou Jean-Paul González, diretor-geral e cientista do CIRMF.
O especialista esclareceu que a única pesquisa realizada em macacos é de caráter antropológico, para observar seu comportamento e suas relações com outras espécies, e "analisamos seu sangue quando chegam infectados por algum tipo de vírus".
O fato de o Gabão ser um país pequeno - com apenas 1,5 milhão de habitantes - foi decisivo para a construção lá de um centro de pesquisa com essas características.
As origens do CIRMF remontam a 1970 quando, por decisão do ex-presidente Omar Bongo Ondimba, surgiu a iniciativa de construir nas proximidades de Franceville um espaço destinado ao estudo da infertilidade no país.
Inaugurado em 1979, o centro, referência nas pesquisas médicas e científicas para toda a África Central, conta com a mais alta tecnologia nesse tipo de pesquisa.
No entanto, o CIRMF recebe também vários colaboradores internacionais em áreas tão diversas como a arqueologia, a genética e a botânica, que o transformaram em um centro internacional da biodiversidade e o estudo de doenças tropicais.
"Tentamos encontrar uma resposta às doenças, principalmente para aquelas que afetam diretamente a população africana, e nos adaptamos às mudanças que possam surgir, procurando sempre novas soluções", concluiu González.

Estudo sugere que novo vírus pode ter potencial de pandemia


Estudo diz que um novo vírus da gripe de origem suína, que causou infecções nos Estados Unidos no segundo semestre do ano passado, parece ter potencial pandêmico. O trabalho, desenvolvido por cientistas do Centro dos EUA para Controle de Doenças, sugere que o fato de a doença não ter se alastrado pode ter mais a ver com a imunidade humana do que o próprio vírus. As informações são do Huffingtonpost.
As descobertas são baseadas em um estudo de transmissão em furões. O trabalho é um pouco semelhante aos estudos que desencadearam a polêmica sobre as pesquisas do vírus H5N1, que por vários meses, pesquisadores holandeses e norte-americanos vêm tentando publicar trabalhos científicos que mostram como eles desenvolveram H5N1 - da gripe aviária - vírus que transmite facilmente entre os furões, considerados o melhor animal para prever como um vírus da gripe pode se comportar de pessoas.
Em uma reunião da Organização Mundial da Saúde na semana passada, um grupo de especialistas concordou que os estudos devem ser publicados na íntegra, apesar de um pedido do governo dos EUA que algumas partes sejam mantidas fora do o domínio público.
O novo estudo, publicado segunda-feira na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, envolve o trabalho com um vírus suíno H3N2 - agora chamada de variante H3N2 - que provocou casos humanos esporádicos nos Estados Unidos.
A polêmica sobre o trabalho H5N1 se relaciona com o fato de que as equipes de pesquisa fizeram o vírus evoluir até o ponto de se espalhar rapidamente entre os furões, que poderiam tornar os vírus de laboratório transmissível entre pessoas.

Pesquisa: bactéria resistente passou dos animais para os humanos


Os cientistas descobriram que uma cepa de bactéria que sobrevive aos antibióticos e que se transmite do gado aos homens era, originalmente, humana mas desenvolveu sua resistência nos animais domésticos, segundo um estudo publicado nesta terça-feira pela revista mBio.
Paul Klein, da Universidade do Norte do Arizona, e Lance Price, do Instituto de Pesquisa de Genoma Translacional (TGen), junto com cientistas de 20 instituições de diferentes países, focaram sua atenção em uma cepa da bactéria conhecida como Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM).
A Sarm é uma cepa da bactéria Staphylococcus aureus que se tornou resistente a vários antibióticos, primeiro à penicilina em 1947, e depois à meticilina. Foi descoberta originalmente no Reino Unido em 1961 e atualmente está muito propagada.
Esta cepa é causa conhecida de uma variedade de infecções que invadem a pele e podem tornar-se rapidamente uma ameaça para a vida, mas em 2003 se detectou a presença no gado de uma forma nova da SARM, chamada CC398.
O estudo se concentrou na variedade CC398, conhecida como SARM suína porque infecta mais frequentemente às pessoas que estão em contato direto com suínos ou outros animais domésticos de consumo humano.
As pessoas afetadas mostram vários tipos de infecções agudas, inclusive na pele e nos tecidos brandos, infecções respiratórias e sépsis. A cepa CC398 pode ser encontrada atualmente em suínos, perus, gado bovino e ovino, e foi detectada em 47% das amostras de carne destinadas ao consumo humano nos Estados Unidos.
"Nossos resultados indicam firmemente que a SARM CC398 se originou nos humanos como uma bactéria S. aureus suscetível à meticilina", afirmaram os autores. Porém, uma vez que se transferiu aos animais, a bactéria evoluiu tornando-se resistente à tetraciclina e à meticilina, provavelmente como resultado do uso rotineiro destes antibióticos, típico da moderna produção de carnes para consumo humano.
Em 2001 um estudo da União de Cientistas calculou que os produtores de gado nos Estados Unidos usavam 11 milhões de toneladas anuais de antibióticos para propósitos não terapêuticos, uma prática controvertida que agora está proibida na União Europeia.
Price, que dirige o Centro de Microbiologia Alimentícia e Saúde Ambiental no TGen, ressaltou que estas conclusões "põem em evidência os riscos potenciais para a saúde pública que derivam do uso de antibióticos na produção de carnes". "Os estafilococos crescem nas condições de aglomeração e falta de saúde", comuns nos recintos onde se mantêm ovinos, ovinos, suínos e aves na produção industrial de alimentos.
"Adicione antibióticos a esse ambiente e estará criando um problema de saúde pública", acrescentou Price. A análise de vários genomas mostrou que a variedade Sarm CC398 provavelmente evoluiu de uma cepa, que era sensível aos antibióticos, e proveio dos humanos.
Uma vez em contato com o gado a cepa mudou rapidamente, adquiriu novos genes e se diferenciou em muitos tipos diferentes que são resistentes a alguns antibióticos. "Traçar a história da evolução da SARM CC398 é como observar o nascimento de um "superanimal". É ao mesmo tempo fascinante e desconcertante. A Sarm CC398 foi descoberta há menos de uma década e parece propagar-se muito rapidamente", concluiu Price.

Cientistas da Nasa descobrem planeta composto por água


Um grupo de astrônomos descobriu a existência de um novo tipo de planeta, composto em sua maior parte de água e com uma leve atmosfera de vapor, indicaram nesta terça-feira o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e a Nasa.
Trata-se de um planeta fora de nosso sistema solar denominado "GJ1214b", cujos registros foram observados em 2009 graças ao telescópio espacial Hubble da Nasa, e que, segundo recentes estudos de um grupo de astrônomos, tem "uma enorme fração de sua massa" composta de água.
Em nosso sistema solar existem três tipos de planetas: rochosos e terrestres (Mercúrio, Vênus, a Terra e Marte), gigantes gasosos (Júpiter e Saturno) e gigantes de gelo (Urano e Netuno). Por outro lado, existem planetas variados que orbitam em torno de estrelas distantes, entre os quais há mundos de lava e "Júpiteres" quentes.
"Observações do telescópio espacial Hubble da Nasa acrescentaram este novo tipo de planeta", ressaltaram o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e a Nasa em seu comunicado, onde explicam os estudos realizados pelo astrônomo Zachory Berta e por um grupo de colegas.
O "GJ1214b", situado a 40 anos luz da Terra, é considerado uma "super-Terra", com 2,7 vezes o comprimento de nosso planeta e sete vezes seu peso. Ele orbita a cada 38 horas ao redor de uma estrela vermelha anã e possui temperatura estimada de 450 graus Fahrenheit (232 graus Celsius).
Em 2010, um grupo de cientistas liderado por Jacob Bean havia indicado que a atmosfera de "GJ1214b" deveria ser composta em sua maior parte por água, depois de medir sua temperatura. No entanto, suas observações também podem ter sido feitas em razão da presença de uma nuvem que envolve totalmente o planeta.
As medições e observações efetuadas por Berta e por seus colegas quando o "GJ1214b" passava diante de seu sol permitiram comprovar que a luz da estrela era filtrada através da atmosfera do planeta, exibindo um conjunto de gases.
O equipamento do Hubble permitiu distinguir uma atmosfera de vapor e os astrônomos conseguiram calcular depois a densidade do planeta a partir de sua massa e tamanho, comprovando que tem "muito mais água do que a Terra e muito menos rocha".
mar/dm
www.terra.com.br

Genética


Alelos Múltiplos


Alelos múltiplos na determinação de um caráter

Como sabemos, genes alelos são os que atuam na determinação de um mesmo caráter e estão presentes nos mesmo loci (plural de lócus, do latim, local) em cromossomos homólogos. Até agora, só estudamos casos em que só existiam dois tipos de alelos para uma dada característica (alelos simples), mas há caso em que mais de dois tipos de alelos estão presentes na determinação de um determinado caráter na população. Esse tipo de herança é conhecido como alelos múltiplos (ou polialelia).
Apesar de poderem existir mais de dois alelos para a determinação de um determinado caráter, um indivíduo diplóide apresenta apenas um par de alelos para a determinação dessa característica, isto é, um alelo em cada lócus do cromossomo que constitui o par homólogo.
São bastante frequentes os casos de alelos múltiplos tanto em animais como em vegetais, mas são clássicos os exemplos de polialelia na determinação da cor da pelagem em coelhos e na determinação dos grupos sanguíneos do sistema ABO em humanos.
Um exemplo bem interessante e de fácil compreensão, é a determinação da pelagem em coelhos, onde podemos observar a manifestação genética de uma série com quatro genes alelos: o primeiro C, expressando a cor Aguti ou Selvagem; o segundo Cch, transmitindo a cor Chinchila; o terceiro Ch, representando a cor Himalaia; e o quarto alelo Ca, responsável pela cor Albina.

Sendo a relação de dominância → C > Cch > Ch > Ca

O gene C é dominante sobre todos os outros três, o Cchdominante em relação ao himalaia e ao albino, porém recessivo perante o aguti, e assim sucessivamente.



O quadro abaixo representa as combinações entre os alelos e os fenótipos resultantes.
Genótipo
Fenótipo
CC, C Cch, C Che C Ca
Selvagem ou aguti
CchCch, CchCh e CchCa
Chinchila
ChCh e Ch Ca
Himalaia
CaCa
Albino

A diferença na cor da pelagem do coelho em relação à cor da semente das ervilhas é que agora temos mais genes diferentes atuando (4), em relação aos dois genes clássicos. No entanto, é fundamental saber a 1ª lei de Mendel continua sendo obedecida, isto é, para a determinação da cor da pelagem, o coelho terá dois dos quatro genes. A novidade é que o número de genótipos e fenótipos é maior quando comparado, por exemplo, com a cor da semente de ervilha.
O surgimento dos alelos múltiplos (polialelia) deve-se a uma das propriedades do material genético, que é a de sofrer mutações. Assim, acredita-se que a partir do gene C (aguti), por um erro acidental na duplicação do DNA, originou-se o gene Cch (chinchila). A existência de alelos múltiplos é interessante para a espécie, pois haverá maior variabilidade genética, possibilitando mais oportunidade para adaptação ao ambiente (seleção natural).

 Sistema ABO de grupos sanguíneos

A herança dos tipos sanguíneos do sistema ABO constitui um exemplo de alelos múltiplos na espécie humana.
Determinação dos grupos sanguíneos utilizando soros anti-A e anti-B. Amostra 1- sangue tipo A. Amostra 2 - sangue tipo B. Amostra 3 - sangue tipo AB. Amostra 4 - sangue tipo O.
A descoberta dos grupos sanguíneos
Por volta de 1900, o médico austríaco Karl Landsteiner (1868 – 1943) verificou que, quando amostras de sangue de determinadas pessoas eram misturadas, as hemácias se juntavam, formando aglomerados semelhantes a coágulos. Landsteiner concluiu que determinadas pessoas têm sangues incompatíveis, e, de fato, as pesquisas posteriores revelaram a existência de diversos tipos sanguíneos, nos diferentes indivíduos da população.
Quando, em uma transfusão, uma pessoa recebe um tipo de sangue incompatível com o seu, as hemácias transferidas vão se aglutinando assim que penetram na circulação, formando aglomerados compactos que podem obstruir os capilares, prejudicando a circulação do sangue.

Aglutinogênios e aglutininas
No sistema ABO existem quatro tipos de sangues: ABABO. Esses tipos são caracterizados pela presença ou não de certas substâncias na membrana das hemácias, os aglutinogênios, e pela presença ou ausência de outras substâncias, as aglutininas, no plasma sanguíneo.
Existem dois tipos de aglutinogênio, A e B, e dois tipos de aglutinina, anti-A e anti-B. Pessoas do grupo A possuem aglutinogênio A, nas hemácias e aglutinina anti-B no plasma; as do grupo B têm aglutinogênio B nas hemácias e aglutinina anti-A no plasma; pessoas do grupo AB têm aglutinogênios A e B nas hemácias e nenhuma aglutinina no plasma; e pessoas do gripo O não tem aglutinogênios na hemácias, mas possuem as duas aglutininas, anti-A e anti-B, no plasma.


Veja na tabela abaixo a compatibilidade entre os diversos tipos de sangue:

ABO
Substâncias
%
Pode receber de
Tipos
Aglutinogênio
Aglutinina
Frequência
A+
B+
A+
0+
A-
B-
AB-
O-
AB+
A e B
Não Contém
3%
X
X
X
X
X
X
X
X
A+
A
Anti-B
34%
X
X
X
X
B+
B
Anti-A
9%
X
X
X
X
O+
Não Contém
Anti-A e Anti-B
38%
X
X
AB-
Ae B
Não Contém
1%
X
X
X
X
A-
A
Anti-B
6%
X
X
B-
B
Anti-A
2%
X
X
O-
Não Contém
Anti-A e Anti-B
7%
X


Tipos possíveis de transfusão

As aglutinações que caracterizam as incompatibilidades sanguíneas do sistema acontecem quando uma pessoa possuidora de determinada aglutinina recebe sangue com o aglutinogênio correspondente.

Indivíduos do grupo A não podem doar sangue para indivíduos do grupo B, porque as hemácias A, ao entrarem na corrente sanguínea do receptor B, são imediatamente aglutinadas pelo anti-A nele presente. A recíproca é verdadeira: indivíduos do grupo B não podem doar sangue para indivíduos do grupo A. Tampouco indivíduos A, B ou AB podem doar sangue para indivíduos O, uma vez que estes têm aglutininas anti-A e anti-B, que aglutinam as hemácias portadoras de aglutinogênios A e B ou de ambos.
Assim, o aspecto realmente importante da transfusão é o tipo de aglutinogênio da hemácia do doador e o tipo de aglutinina do plasma do receptor. Indivíduos do tipo O podem doar sangue para qualquer pessoa, porque não possuem aglutinogênios A e B em suas hemácias. Indivíduos, AB, por outro lado, podem receber qualquer tipo de sangue, porque não possuem aglutininas no plasma. Por isso, indivíduos do grupo O são chamadas de doadores universais, enquanto os do tipo AB são receptores universais.

Como ocorre a Herança dos Grupos Sanguíneos no Sistema ABO?
A produção de aglutinogênios A e B são determinadas, respectivamente, pelos genes A e B. Um terceiro gene, chamado i, condiciona a não produção de aglutinogênios. Trata-se, portanto de um caso de alelos múltiplos. Entre os genes A e B há co-dominância (A = B), mas cada um deles domina o gene i (A > i e Bi).

Fenótipos
Genótipos
A
AA ou Ai
B
BB ou Bi
AB
AB
O
ii

A partir desses conhecimentos fica claro que se uma pessoa do tipo sanguíneo A recebe sangue tipo B as hemácias contidas no sangue doado seriam aglutinadas pelas aglutininas anti-B do receptor e vice-versa.

Veja também:
 O sistema MN de grupos sanguíneos

Dois outros antígenos forma encontrados na superfície das hemácias humanas, sendo denominados M eN. Analisando o sangue de diversas pessoas, verificou-se que em algumas existia apenas o antígeno M,em outras, somente o N e várias pessoas possuíam os dois antígenos. Foi possível concluir então, que existiam três grupos nesse sistema: MN e MN.
Genótipos
Fenótipos
M
MM
N
NN
MN
MN
Os genes que condicionam a produção desses antígenos são apenas dois: M e N (a letra L é a inicial do descobridor, Landsteiner). Trata-se de uma caso de herança medeliana simples. O genótipo L MM, condiciona a produção do antígeno M, e L NN, a do antígeno N. Entre L M e L N há co-dominância, de modo que pessoas com genótipo L MN produzem os dois tipos de antígenos.

Transfusões no Sistema MN
A produção de anticorpos anti-M ou anti-N ocorre somente após sensibilização (você verá isso no sistema RH). Assim, não haverá reação de incompatibilidade se uma pessoa que pertence ao grupo M, por exemplo, receber o sangue tipo N, a não ser que ela esteja sensibilizada por transfusões anteriores.


O sistema RH de grupos sanguíneos
Um terceiro sistema de grupos sanguíneos foi descoberto a partir dos experimentos desenvolvidos por Landsteiner e Wiener, em 1940, com sangue de macaco do gênero Rhesus. Esses pesquisadores verificaram que ao se injetar o sangue desse macaco em cobaias, havia produção de anticorpos para combater as hemácias introduzidas. Ao centrifugar o sangue das cobaias obteve-se o soro que continha anticorpos anti-Rh e que poderia aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. As conclusões daí obtidas levariam a descoberta de um antígeno de membrana que foi denominado Rh (Rhesus), que existia nesta espécie e não em outras como as de cobaia e, portanto, estimulavam a produção anticorpos, denominados anti-Rh.
Há neste momento uma inferência evolutiva: se as proteínas que existem nas hemácias de vários animais podem se assemelhar isto pode ser um indício de evolução. Na espécie humana, por exemplo, temos vários tipos de sistemas sanguíneos e que podem ser observados em outras espécies principalmente de macacos superiores.
Analisando o sangue de muitos indivíduos da espécie humana, Landsteiner verificou que, ao misturar gotas de sangue dos indivíduos com o soro contendo anti-Rh, cerca de 85% dos indivíduos  apresentavam aglutinação (e pertenciam a raça branca) e 15% não apresentavam. Definiu-se, assim, "o grupo sanguíneo Rh +” ( apresentavam o antígeno Rh), e "o grupo Rh -“ ( não apresentavam o antígeno Rh).
No plasma não ocorre naturalmente o anticorpo anti-Rh, de modo semelhante ao que acontece no sistema Mn. O anticorpo, no entanto, pode ser formado se uma pessoa do grupo Rh -, recebe sangue de uma pessoa do grupo Rh +. Esse problema nas transfusões de sangue não são tão graves, a não ser que as transfusões ocorram repetidas vezes, como também é o caso do sistema MN.

A Herança do Sistema Rh
Três pares de genes estão envolvidos na herança do fator Rh, tratando-se portanto, de casos de alelos múltiplos.
Para simplificar, no entanto, considera-se o envolvimento de apenas um desses pares na produção do fator Rh, motivo pelo qual passa a ser considerado um caso de herança mendeliana simples. O gene R, dominante, determina a presença do fator Rh, enquanto o gene r, recessivo, condiciona a ausência do referido fator.
Genótipos
Fenótipos
Rh +
RR ou Rr
Rh -
rr



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