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18 de out. de 2011

Avanços no DNA 'permitirão viver até os 150 anos', diz cientista

É impossível não se perguntar o que há de extraordinário no DNA do professor de Harvard George Church que o leva a tanta inquietação científica.
Primeiro cientista a sequenciar um código genético humano, o professor crê que as evoluções científicas nesta área ainda podem levar os indivíduos a viver "120, 150 anos".
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Cerca de três décadas atrás, Church estava entre a meia dúzia de pesquisadores que sonhavam em sequenciar um genoma humano inteiro – cada A, C, G e T que nos torna únicos.
Seu laboratório foi o primeiro a criar uma máquina para desmembrar esse código, e desde então ele tem se dedicado a melhorá-la.
Uma vez decodificado o primeiro genoma, o professor tem pressionado pela ideia de que é preciso ir adiante e sequenciar o genoma de todas as pessoas.
Críticos apontaram a astronômica cifra que o custo de sequenciar o primeiro DNA alcançou: US$ 3 bilhões. Como resposta, Church construiu outra máquina.
O valor agora é de US$ 5 mil por genoma, e o professor crê que muito em breve esse valor cairá para uma fração, ou décimo ou vigésimo disto – mais ou menos o valor de um exame de sangue.
Ler, escrever, editar
Church está na vanguarda da biologia sintética
Sequenciar o DNA humano de forma rotineira abrirá uma série de possibilidades, diz George Church. Uma vez que "ler" um genoma se torne um processo corriqueiro, o professor de Harvard quer partir para "editá-lo", "escrever" sobre ele.
Ele vislumbra o dia em que um aparelho implantado no corpo seja capaz de identificar as primeiras mutações que possam levar a um potencial tumor, ou os genes de uma bactéria invasora.
Nesse caso, será possível tratá-los com uma simples pílula de antibiótico destinado a combater o invasor.
Doenças genéticas serão identificadas no nascimento, ou possivelmente até na gestação, e vírus microscópicos, pré-programados, poderão ser enviados para o interior das células comprometidas e corrigir o problema.
Para fins científicos, Church tem defendido a polêmica ideia de disponibilizar sequências de genomas publicamente, para que cientistas tenham oportunidade de estudá-las.
Church já postou na rede a sua própria sequência de DNA, além de outras dez. O objetivo é chegar a 100 mil.
"Sempre houve uma atitude (em relação à genética) de que você nasce com seu 'destino' genético e se acostuma com ele. Agora a atitude é: a genética é, na verdade, um conjunto de transformações ambientais que você pode empreender no seu destino", acredita Church.
Vanguarda
No laboratório de temperatura controlada de Church, uma bandeja se move para frente e para trás agitando amostras da bactéria E. Coli.
"Sempre houve uma atitude (em relação à genética) de que você nasce com seu 'destino' genético e se acostuma com ele. Agora a atitude é: a genética é, na verdade, um conjunto de transformações ambientais que você pode empreender no seu destino."
Em um processo de quatro horas, os cientistas conseguem ativar ou desativar um só par de bases deste DNA, ou regiões inteiras de genes para ver o que acontece.
Existem 2,2 mil genes – de um total de 20 mil – sobre os quais já se conhece suficientemente para ativá-los ou desativá-los.
Durante a epidemia de E. Coli na Alemanha neste ano, foram necessários menos de dois dias para sequenciar o genoma inteiro de uma variedade até então desconhecida.
Os dois equipamentos que deram ao laboratório de Church uma posição de vanguarda no campo da biologia sintética são a segunda versão da máquina de engenharia automatizada de genomas multiplex, ou Mage, e o Polonator, um sequenciador de genomas que pode decodificar um bilhão de pares de genes de uma só vez.
"Ele está começando a levar a biologia sintética a uma escala maior", opina o professor da Universidade de Boston James J. Collins, colega de Church no Instituto Wyss de Engenharia Inspirada pela Biologia, em Harvard.
Pé no chão
Entretanto, nem todos compartilham o entusiasmo de Church e sua visão de futuro para os usos e efeitos da biologia sintética.
Church defende que todos os genomas sejam publicados na internet
"É preciso ter a imaginação de George e a sua visão se se quiser fazer progresso. Mas é tolice pensar que ele fará tanto progresso quanto crê", opina o diretor do departamento de Lei, Bioética e Direitos Humanos da Universidade de Boston, George Annas.
Os céticos observam que a humanidade pode até adicionar anos à expectativa de vida dos seres humanos, mas é improvável que a qualidade desta sobrevida aumente tanto.
"Há uma chance estatística de ser atropelado por um caminhão que dificultará chegar aos 150 anos", diz Chad Nussbaum, co-diretor do Programa de Sequenciamento de Genomas e Análises do Instituto Broad de Harvard e do MIT, um instituto do qual Church é associado.
"É maravilhosamente inocente pensar que tudo que precisamos é aprender tudo sobre a genética, e viveremos 150 anos", afirma.
Apesar das ressalvas, Nussbaum afirma que admira a visão do professor Church, assim como sua "genialidade".
"É muito importante pensar grande e tentar fazer coisas malucas", acredita. "Se você não tentar alcançar o impossível, nunca faremos as coisas que são quase impossíveis."

Avanços no DNA 'permitirão viver até os 150 anos', diz cientista

É impossível não se perguntar o que há de extraordinário no DNA do professor de Harvard George Church que o leva a tanta inquietação científica.
Primeiro cientista a sequenciar um código genético humano, o professor crê que as evoluções científicas nesta área ainda podem levar os indivíduos a viver "120, 150 anos".
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Cerca de três décadas atrás, Church estava entre a meia dúzia de pesquisadores que sonhavam em sequenciar um genoma humano inteiro – cada A, C, G e T que nos torna únicos.
Seu laboratório foi o primeiro a criar uma máquina para desmembrar esse código, e desde então ele tem se dedicado a melhorá-la.
Uma vez decodificado o primeiro genoma, o professor tem pressionado pela ideia de que é preciso ir adiante e sequenciar o genoma de todas as pessoas.
Críticos apontaram a astronômica cifra que o custo de sequenciar o primeiro DNA alcançou: US$ 3 bilhões. Como resposta, Church construiu outra máquina.
O valor agora é de US$ 5 mil por genoma, e o professor crê que muito em breve esse valor cairá para uma fração, ou décimo ou vigésimo disto – mais ou menos o valor de um exame de sangue.
Ler, escrever, editar
Church está na vanguarda da biologia sintética
Sequenciar o DNA humano de forma rotineira abrirá uma série de possibilidades, diz George Church. Uma vez que "ler" um genoma se torne um processo corriqueiro, o professor de Harvard quer partir para "editá-lo", "escrever" sobre ele.
Ele vislumbra o dia em que um aparelho implantado no corpo seja capaz de identificar as primeiras mutações que possam levar a um potencial tumor, ou os genes de uma bactéria invasora.
Nesse caso, será possível tratá-los com uma simples pílula de antibiótico destinado a combater o invasor.
Doenças genéticas serão identificadas no nascimento, ou possivelmente até na gestação, e vírus microscópicos, pré-programados, poderão ser enviados para o interior das células comprometidas e corrigir o problema.
Para fins científicos, Church tem defendido a polêmica ideia de disponibilizar sequências de genomas publicamente, para que cientistas tenham oportunidade de estudá-las.
Church já postou na rede a sua própria sequência de DNA, além de outras dez. O objetivo é chegar a 100 mil.
"Sempre houve uma atitude (em relação à genética) de que você nasce com seu 'destino' genético e se acostuma com ele. Agora a atitude é: a genética é, na verdade, um conjunto de transformações ambientais que você pode empreender no seu destino", acredita Church.
Vanguarda
No laboratório de temperatura controlada de Church, uma bandeja se move para frente e para trás agitando amostras da bactéria E. Coli.
"Sempre houve uma atitude (em relação à genética) de que você nasce com seu 'destino' genético e se acostuma com ele. Agora a atitude é: a genética é, na verdade, um conjunto de transformações ambientais que você pode empreender no seu destino."
Em um processo de quatro horas, os cientistas conseguem ativar ou desativar um só par de bases deste DNA, ou regiões inteiras de genes para ver o que acontece.
Existem 2,2 mil genes – de um total de 20 mil – sobre os quais já se conhece suficientemente para ativá-los ou desativá-los.
Durante a epidemia de E. Coli na Alemanha neste ano, foram necessários menos de dois dias para sequenciar o genoma inteiro de uma variedade até então desconhecida.
Os dois equipamentos que deram ao laboratório de Church uma posição de vanguarda no campo da biologia sintética são a segunda versão da máquina de engenharia automatizada de genomas multiplex, ou Mage, e o Polonator, um sequenciador de genomas que pode decodificar um bilhão de pares de genes de uma só vez.
"Ele está começando a levar a biologia sintética a uma escala maior", opina o professor da Universidade de Boston James J. Collins, colega de Church no Instituto Wyss de Engenharia Inspirada pela Biologia, em Harvard.
Pé no chão
Entretanto, nem todos compartilham o entusiasmo de Church e sua visão de futuro para os usos e efeitos da biologia sintética.
Church defende que todos os genomas sejam publicados na internet
"É preciso ter a imaginação de George e a sua visão se se quiser fazer progresso. Mas é tolice pensar que ele fará tanto progresso quanto crê", opina o diretor do departamento de Lei, Bioética e Direitos Humanos da Universidade de Boston, George Annas.
Os céticos observam que a humanidade pode até adicionar anos à expectativa de vida dos seres humanos, mas é improvável que a qualidade desta sobrevida aumente tanto.
"Há uma chance estatística de ser atropelado por um caminhão que dificultará chegar aos 150 anos", diz Chad Nussbaum, co-diretor do Programa de Sequenciamento de Genomas e Análises do Instituto Broad de Harvard e do MIT, um instituto do qual Church é associado.
"É maravilhosamente inocente pensar que tudo que precisamos é aprender tudo sobre a genética, e viveremos 150 anos", afirma.
Apesar das ressalvas, Nussbaum afirma que admira a visão do professor Church, assim como sua "genialidade".
"É muito importante pensar grande e tentar fazer coisas malucas", acredita. "Se você não tentar alcançar o impossível, nunca faremos as coisas que são quase impossíveis."

Cientistas sequenciam DNA de mulher que viveu até os 115 anos

Cientistas holandeses fizeram o sequenciamento completo do DNA de uma mulher que viveu até os 115 anos de idade.
Tida como a mais idosa do mundo na época de sua morte, a mulher possuía a agilidade mental de uma pessoa décadas mais jovem e nenhum sinal de demência.
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O trabalho, divulgado durante uma conferência da American Society of Human Genetics em Montreal, no Canadá, sugere que a mulher tinha genes que a protegiam contra a demência e outras doenças associadas à velhice.
Os especialistas esperam que mais investigações como essa possam, no futuro, esclarecer as associações entre variações genéticas, saúde e longevidade.
O primeiro esboço do código genético de um ser humano foi feito há mais de dez anos.
Desde então, com a melhoria e o barateamento das técnicas de "leitura" do DNA, algumas centenas de indivíduos tiveram seus genes mapeados.
A mulher, cuja identidade está sendo mantida em segredo, conhecida apenas como W115, é a mais idosa a ter seus genes mapeados.
Ela doou seu corpo para pesquisas médicas, permitindo que cientistas estudassem seu cérebro e outros órgãos, assim como seu código genético completo.
Variações genéticas
A líder do estudo, a pesquisadora Henne Holstege, do Departamento de Genética Clínica do VU University Medical Center em Amsterdã, disse que W115 parece possuir algumas variações genéticas raras em seu DNA.
Não está claro que papel essas variações teriam cumprido, mas a equipe suspeita de que os genes da mulher a protegeram contra a demência e outras doenças.
"Sabemos que ela é especial, sabemos que seu cérebro tinha absolutamente nenhum sinal de Alzheimer", disse Holstege à BBC.
"Talvez houvesse algo no seu corpo que a protegesse contra a demência".
"Achamos que existem genes que talvez assegurem vida longa e protejam contra Alzheimer".
W115 nasceu prematura e não era esperado que ela sobrevivesse.
Mas ela viveu uma vida longa e saudável, sendo levada para um asilo para idosos aos 105 anos.
Ela morreu por causa de um tumor no estômago, tendo recebido tratamento para câncer de mama aos cem anos.
Aos 113 anos, testes de sua capacidade mental revelaram o desempenho de uma mulher com idade entre 60 e 75 anos.
"Sequenciar o genoma da mulher mais idosa do mundo é um importante ponto de partida na compreensão de como variações no DNA estão relacionadas a uma vida longa e saudável."
Jeffrey Barrett, especialista em fatores genéticos associados a doenças
Exames feitos após sua morte não conseguiram identificar qualquer sinal de demência ou endurecimento de artérias associado a doenças do coração.
Para o progresso da ciência, a equipe está disponibilizando a sequência do DNA de W115 para outros pesquisadores.
A BBC pediu ao especialista Jeffrey Barrett, que estuda fatores genéticos associados a doenças no Sanger Centre, em Cambridge, na Inglaterra, que comentasse o estudo.
"Sequenciar o genoma da mulher mais idosa do mundo é um importante ponto de partida na compreensão de como variações no DNA estão relacionadas a uma vida longa e saudável", disse Barrett.
"Mas de forma a realmente entender a biologia que sustenta uma vida longa e saudável, precisamos olhar sequências de DNA de centenas de milhares de pessoas".

Excesso de vitaminas pode ser prejudicial para mulheres acima de 50, diz estudo

Um estudo realizado por pesquisadores da Finlândia com mulheres nas faixas etárias de 50 e 60 anos sugere que o consumo de suplementos alimentares com vitaminas, entre outros, pode aumentar o risco de mortalidade.
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Segundo a pesquisa, suplementos de vitaminas, ácido fólico, vitamina B6, magnésio, zinco, cobre e ferro parecem estar ligados ao risco de aumento na mortalidade.
Os cientistas da Universidade do Leste da Finlândia afirmam que o estudo contou com 38 mil mulheres americanas, todas geralmente sem problemas de nutrição e nas faixas etárias de 50 e 60 anos.
As participantes relataram quais as vitaminas e minerais tomaram nas duas décadas anteriores.
Os pesquisadores finlandeses afirmam que outros fatores envolvidos podem ter influenciado sua descoberta, como o estado geral de saúde das participantes da pesquisa.
Mas, os cientistas afirmam que suas descobertas sugerem que estes suplementos devem ser usados apenas se houver um motivo médico.
"Com base nas provas existentes, vemos pouca justificativa para o uso generalizado de suplementos de dieta", disse Jaako Mursu, da Universidade do Leste da Finlândia.
O estudo foi publicado na revista especializada Archives of Internal Medicine.
Mais vitaminas, risco maior
No estudo, os cientistas descobriram que os comprimidos de suplementos de ferro teriam uma ligação forte com um pequeno aumento do risco de morte (2,4%), assim como muitos outros suplementos.
A ligação no caso do ferro dependia da dose ingerida, o que significa que quanto maior fosse a dose ingerida, maior era o risco.
"Nós acreditamos que o paradigma do 'quanto mais, melhor' está errado", afirmaram Christian Gluud e Goran Bjelakovic, integrantes da organização Cochrane Collaboration que analisa pesquisas e tratamentos de saúde.
Segundo os médicos, a utilidade que as pessoas dão aos suplementos alimentares mudou da prevenção de deficiências para a promoção do bem-estar e prevenção de doenças.
"Acreditamos que para todos os nutrientes existem riscos associados com o consumo insuficiente e também com o consumo excessivo", alertaram.
Helen Bond, da Associação Britânica de Dieta, afirmou que, em alguns casos específicos como entre as pessoas com mais de 65 anos, alguns suplementos são necessários. Mas, em geral, as pessoas deveriam conseguir todas as vitaminas e minerais necessários a partir de uma dieta equilibrada e saudável.
Para ela, algumas pessoas tomam suplementos como se estes suplementos não fizessem mal à saúde.
"Mas, o excesso pode ser tóxico e é fácil tomar mais do que a dose diária recomendada", afirmou.

8 de out. de 2011

Cientistas desenvolvem técnica que pode criar células-tronco personalizadas



Uma equipe de cientistas de Nova York afirmou nesta quarta-feira que estão mais perto de conseguirem criar a chamada célula-tronco personalizada.
A técnica envolve pegar um óvulo humano e combiná-lo com uma célula de outra pessoa.
Segundo os pesquisadores, os resultados podem ser usados para tratar várias doenças, já que seria possível produzir, de maneira personalizada para cada paciente,células saudáveis para substituir as doentes.
Em um artigo para a revista científica Nature, a equipe Fundação de Células-Tronca do Nova York disse ter usado uma tecnologia de clone (chamada transferência de núcleos de célula somática) para criar células-tronco embrionária para combinar com o DNA específico de cada pessoa.
Potencial
As células-tronco têm um grande potencial na medicina, à medida que podem ser desenvolvidas em qualquer outro tipo de célula no corpo.
Ao se criar células do coração, por exemplo, talvez seja possível reparar os danos causados por um ataque cardíaco.
Já há alguns testes clínicos em curso. O primeiro feito com células-tronco embrionárias da Europa está sendo feito em Londres e é relacionado a um tratamento para a perda progressiva da visão.
O teste, porém, não usa as próprias células dos pacientes e por isso é necessário o uso de imunossupressores para evitar o risco de rejeição. E é por isso que o teste da equipe americana é tão importante.
Interrogação
O pesquisador Dieter Egli, do laboratório da Fundação de Células-Tronca de Nova York, afirma que havia até então um grande ponto de interrogação sobre a possibilidade de a técnica do clone ser usada em seres humanos.
“Outras equipes já haviam tentado, mas falharam”, disse, explicando que seu grupo também não conseguiu ser bem-sucedido ao usar as técnicas tradicionais.
Quando eles removeram o material genético de um óvulo e o substituíram com cromossomos de uma célula epitelial, o óvulo se dividiu, mas não passou do estágio de 6 a 12 células.
No entanto, quando eles deixaram o material genético no próprio óvulo e adicionaram os cromossomos epiteliais, o óvulo se desenvolveu até o estágio do blastocisto, que pode contar até 100 células e é usado como fonte para células-tronco embrionárias.
“As células produzidas por nossa equipe ainda não são para uso terapêutico. Ainda há muito a ser feito”, afirmou Egli à BBC. “Vemos isso como um passo adiante na estrada, porque agora sabemos que óvulos podem transformar células adultas especializadas, como células da pele, em células-tronco.”

25 de set. de 2011

Riscos de desenvolver drogas para problemas neuropsiquiátricos


Esquizofrenia, depressão, compulsão e outros transtornos mentais provocam sofrimento e custam bilhões de dólares a cada ano em perda de produtividade
por Kenneth I. Kaitin & Christopher P. Milne
Distúrbios neurológicos e psiquiátricos respondem por 13% dos encargos globais das doenças, o que implica em perdas de vida pela mortalidade prematura e sobrevida num estado não ideal de saúde, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Apesar da necessidade crítica de novos e melhores medicamentos, incluindo drogas para tratamento de uma ampla faixa de doenças neurodegenerativas, incluindo Alzheimer e Parkinson, drogas para tratar essas doenças são complexas e dispendiosas para serem desenvolvidas pelas grandes empresas da indústria farmacêutica. O risco de gastar milhões em novos medicamentos para depois serem descartados é elevado. Por isso grandes empresas farmacêuticas estão desacelerando suas áreas de P&D em medicamentos usados em neuropsiquiatria e em outras doenças do sistema nervoso central (SNC).Nosso grupo do Centro para o Estudo do Desenvolvimento de Drogas da Tufts chegou a essa conclusão depois de realizar pesquisa em empresas farmacêuticas e de biotecnologia sobre o processo de desenvolvimento de drogas. Essas pesquisas permitem gerar estimativas confiáveis do tempo, custo e risco de produzir novas drogas. Nossas análises mostram que agentes do sistema nervoso central são mais difíceis de desenvolver que a maioria dos outros tipos. Um dos problemas com essas drogas neuropsiquiátricas é o longo período necessário para desenvolvê-las. Descobrimos que uma droga SNC passa 8,1 anos sendo testada em seres humanos – dois anos mais que a média para todos os medicamentos. Elas também levam mais tempo para ter regulamentação aprovada – 1,9 ano, em comparação com a média de 1,2 ano para os demais. Contabilizando os seis a dez anos normalmente gastos em testes e pesquisas aos pacientes, apenas 8,2% das prováveis candidatas a drogas SNC que começam a ser testadas em humanos chegarão ao mercado, em comparação com os 15% dos medicamentos em geral. Fracassos também tendem a ocorrer mais tarde no processo de desenvolvimento clínico, quando custos e demanda de recursos atingem o limite. Não mais que 46% das drogas candidatas de SNC são bem-sucedidas em testes de estágios posteriores (fase III), em comparação com 66% da média de todos os outros medicamentos. Como resultado, o custo de desenvolver uma droga SNC está entre os mais altos de qualquer outra área terapêutica. O que torna essas drogas tão arriscadas? Avaliar se um candidato a antibiótico, por exemplo, irá ou não funcionar é relativamente direto – ou ele mata, ou não mata a bactéria –, e o curso do tratamento leva normalmente alguns dias, o que dispensa testes de segurança e eficácia de longo prazo. Os ensaios de compostos SNC, ao contrário, são muito mais rígidos e complexos. É difícil julgar se a redução de episódios de esquizofrenia ou de melhora cognitiva em pacientes de Alzheimer resulta de uma droga ou de uma variação aleatória do estado do paciente. Os períodos de tratamento podem ser tão longos quanto a vida toda do paciente. Não é de admirar que as taxas de sucesso sejam tão baixas. Algumas promessas estão no horizonte. A Coalizão contra Doenças Graves, formada por agências do governo, empresas farmacêuticas e grupos de defesa de pacientes, desenvolveu uma base de dados de testes clínicos padronizados que permitirá aos pesquisadores planejar estudos mais eficazes de novos tratamentos, inicialmente para as doenças de Alzheimer e Parkinson. A lei da reforma na saúde, do presidente americano Barack Obama, contém também várias disposições que poderiam fornecer incentivos para a inovação em áreas de necessidades médicas carentes. Uma delas é a Rede para Aceleração de Curas, que autoriza o Instituto Nacional de Saúde a apoiar pesquisadores acadêmicos a selecionar compostos promissores. Finalmente, produzir novos medicamentos SNC pode depender de uma abordagem inovadora baseada em redes de computadores, em que empresas possam compartilhar riscos e recompensas. É óbvio que os desafios para desenvolver novos medicamentos neuropsiquiátricos são bem grandes para qualquer empresa, instituição ou organização enfrentar sozinha.
Kenneth I. Kaitin & Christopher P. Milne Kenneth I. Kaitin é diretor do Centro Tufts para o Estudo do Desenvolvimento de Drogas e professor-pesquisador da Faculdade de Medicina da Tufts University.Christopher P. Milne é diretor associado do Centro Tufts para o Estudo do Desenvolvimento de Drogas e professor-pesquisador assistente da Faculdade de Medicina da Tufts University.

A evolução dos avós


Durante o verão de 1963, quando eu tinha 6 anos, minha família viajou de nossa casa na Filadélfia para Los Angeles em visita a meus parentes maternos. Eu conhecia bem minha avo: ela ajudou minha mãe a cuidar de mim e de meus irmãos gêmeos, apenas 18 meses mais novos que eu. Quando não estava conosco, ela morava com a mãe dela, que conheci naquele verão. Venho de uma família longeva. Minha avo nasceu em 1895; a mãe dela, na década de 1860, e as duas quase chegaram aos 100 anos. Ficamos com as duas matriarcas por varias semanas. Foi com suas historias que aprendi sobre minhas raízes e meu lugar numa rede social que abrangia quatro gerações. Pessoalmente, essas lembranças me ligaram a vida no final da guerra civil e, na era da reconstrução, aos desafios enfrentados por meus antepassados e ao modo como eles enfrentaram as dificuldades.Minha historia não e única. Os velhos desempenham papeis essenciais nas sociedades humanas do mundo todo, transmitindo sabedoria e apoio social e econômico para as famílias de seus filhos e grupos mais amplos de parentes. Em geral, na era moderna, as pessoas vivem tempo suficiente para serem avos; mas nem sempre foi assim. Quando os avos prevaleceram e a presença deles afetou a evolução humana? O estudo conduzido por mim e meus colegas indica que pessoas com idade de avos se tornaram comuns há pouco tempo na pré-história humana, e essa transformação coincidiu com mudanças culturais em relação a comportamentos distintos, inclusive dependência da comunicação baseada em símbolos sofisticados, como os que sustentam a arte e a linguagem. Essas descobertas sugerem que viver ate uma idade mais avançada exerce efeitos profundos no tamanho das populações, nas interações sociais e na genética dos primeiros grupos humanos modernos. Alem disso, pode explicar por que eles foram mais bem-sucedidos que os humanos arcaicos. Viva rapidamente, morra jovemo primeiro passo para saber quando os avos se tornaram presença constante na sociedade seria avaliar a composição etária típica de populações do passado: a porcentagem de crianças, adultos em idade fértil e os pais desses jovens. Mas a reconstrução da demografia de populações antigas e bem complicada. Por um lado, populações inteiras nunca são preservadas no registro fóssil; os paleontólogos tendem a recuperar fragmentos de indivíduos. Em contraposição, os seres humanos primitivos não necessariamente amadureceram na mesma proporção que os homens modernos. Na verdade, os índices de maturação diferem, mesmo entre as populações contemporâneas. Mas alguns sítios guardaram fosseis humanos nas mesmas camadas de sedimentos, e assim cientistas podem avaliar com confiança a idade desses restos na hora da morte. Isso e essencial para entender a composição de um grupo pré- histórico.

23 de set. de 2011

teste

teste

26 de ago. de 2011

RADIOTERAPIA









Radioterapia





Este tratamento usa doses grandes de raios de alta-energia ou partículas para destruir células cancerígenas em uma área alvo especificamente. A radiação danifica a estrutura química interna das células cancerígenas que as impedem multiplicar.

A radioterapia geralmente é usada em tumores sólidos localizados e em cânceres que afetam a circulação sangüínea, como leucemia e linfoma. Em torno de 50% dos pacientes com câncer sofrerão uma forma de radioterapia. Para alguns, será a única forma de tratamento que necessitarão. A radiação é freqüentemente usada em combinação com outros tratamentos. Usado antes ou durante outros procedimentos ( neoadjuvante ), a radiação reduz o tamanho do tumor para realizar uma cirurgia ou quimioterapia mais efetiva. Usado posteriormente ( tratamento adjuvante ) destrói qualquer célula de câncer que possa ter permanecido.

Há dois tipos básicos de radioterapia:

1 - Radiação com raios externos realizado por máquinas que administram uma dose alta de radiação diretamente em um local com câncer e uma quantia menor nos tecidos saudáveis às margens do tumor. Máquinas diferentes são usadas para tumores de vários tipos ou em locais diferentes no corpo. Máquinas utilizam a energia do material radioativo chamada cobalto-60 e outras máquinas utilizam a energia do Raio-X ou Feixe de elétrons.

2 – Braquiterapia ou radioterapia de contato que envolve material radioativo que é implantado no corpo no local com o câncer. Implantes de radiação são tubos pequenos contendo sementes ou cápsulas de tipos diferentes de material radioativo (tudo lacrado).


Efeitos colaterais da Radioterapia:


Normalmente os efeitos colaterais são limitados ao local de irradiação, embora muitos pacientes experimentarão fadiga generalizada. Células normais que podem ser afetadas através da radioterapia que normalmente vão ser reparadas. Pacientes onde a área receptora de irradiação é no abdômen podem ter náuseas, enquanto a radiação na pélvis pode levar a diarréia. Lesão esfoliativa, mudança de cor e aumento da sensibilidade podem ocorrer na pele na área atingida pelos raios. Estes efeitos normalmente diminuem depois de várias semanas após o término do tratamento. Perda de pêlos no local de irradiação às vezes pode ser permanente. Sempre alerte seu oncologista ou radioterapeuta sobre qualquer efeito colateral, não importa como eles apareçam.

Câncer de pele





Câncer de pele é o mais comum de todos os cânceres humanos. Mais de um milhão de pessoas são diagnosticadas anualmente.No Brasil a estimativa do INCA para 2008 é de 55.890 casos em homens e 59.120 casos novos em mulheres de câncer de pele não melanoma.

Casos de melanoma para 2008 ficam em torno de 2.950 casos em homens e 2.970 entre as mulheres. A maioria destes casos é o carcinoma de células basais (CBC) e o carcinoma de células escamosas (CEC) vem em segundo lugar entre os cânceres de pele.

O melanoma maligno tem um número pequeno mas importante nos cânceres de pele. Melanoma maligno é uma forma altamente agressiva que pode ser fatal se não tratado cedo. Recentes estudos demonstram que o número de casos de câncer de pele no Brasil está crescendo a uma taxa alarmante. Felizmente, consciência aumentada por parte da população e entre os médicos, resultaram em diagnóstico mais cedo e melhores resultados com menor morbimortalidade.


Causas


Exposição aos raios ultravioleta da luz solar é a maior causa de câncer de pele.

Outras causas importantes de câncer de pele incluem o seguinte:

Câmaras de bronzeamento


Imunossupressão (quando o sistema que protege o corpo de substâncias estranhas, como germes ou agentes que causam uma reação alérgica, está inibido)


Exposição níveis altos de radiação ionizante ( RX, RXT


Contato com certas substâncias químicas (os mineiros que são expostos ao arsênio; exposição a hidrocarbonetos como piche, óleos, e fuligem podem elevar as taxas de carcinoma de células de escamosas


Quem são as pessoas de maior risco?


Pessoas com pele clara, cabelo claro e olhos azuis


Certas desordens genéticas (alguns exemplos são as pessoas que têm baixos níveis de pigmento de pele com albinismo e xeroderma pigmentoso


Pessoas que já foram tratadas para câncer de pele


Pessoas com numerosas verrugas, verrugas grandes que estavam presente desde nascimento


Pessoas com familiares próximos que desenvolveram melanoma


Sinais e Sintomas

Carcinoma Basocelular (CBC). Normalmente se observa uma lesão nodular, bem circunscrita, translúcida, lisa, perolada, às vezes pigmentada (cor escurecida) na pele exposta ao sol da cabeça, pescoço ou ombros. Vasos sangüíneos pequenos podem ser visíveis dentro do tumor (teleangectasias). Pode formar uma depressão central com crosta que sangra facilmente. Freqüentemente confundido com uma ferida que não cura.

Carcinoma de Células Escamosas (CEC). Geralmente é uma ferida bem definida, tipo placa ou nódulo, com variados graus de crosta e coloração avermelhada, em pele exposta ao sol. Semelhante ao CBC, podem ocorrer ulceração e hemorragia. Quando não tratado o CEC como CBC podem desenvolver em uma grande massa tumoral.



Melanoma

A maioria dos melanomas maligno são lesões pigmentadas variando do marrom para preto. Sinais de atenção incluem mudança em tamanho, forma, cor ou elevação verrucosa. O aparecimento de elevação verrucosa durante maioridade, dor, coceira, ulceração ou sangramento devem ser conferidos.

Um fácil lembrete constitui no "ABCD" do melanoma, que é útil para identificar melanoma maligno:

A - Assimetria: Um lado completamente diferente do outro


B -Borda irregular: Podem ser margens entalhadas ou irregulares


C -Cor: Freqüentemente uma mistura de preto, bronzeado, marrom, azulada, vermelho ou branco


D -Diâmetro: Normalmente maior que 6 mm (maior que o tamanho de uma borracha de um lápis) e qualquer mudança em tamanho.


Quando Procurar o Médico

Faça uma consulta com seu médico ou um especialista de pele (o dermatologista) para avaliar qualquer verruga ou mancha suspeita em sua pele caso você notar qualquer mudança no tamanho, forma, cor, ou textura de áreas pigmentadas (áreas mais escuras de pele ou verrugas).

Diagnóstico

O médico examinará qualquer lesão em questão e, em muitos casos, a superfície de pele inteira. Lesões que são difíceis de identificar ou são suspeitas de ser câncer de pele, realiza-se então uma biópsia de pele com anestesia local e uma amostra será levada para o patologista examinar em um microscópio.

Tratamento

Remoção cirúrgica é o esteio de terapia para CBC e CEC.

Podem ser removidos tumores pequenos por uma variedade de técnicas que incluem excisão simples (retirada cirúrgica), eletro dissecção e curetagem (queimando o tecido com uma agulha elétrica), e criocirurgia (congelando a área com nitrogênio líquido).


Tumores maiores, lesões em locais de alto risco, tumores recidivados, e lesões em áreas esteticamente sensíveis são retiradas através de cirurgia com seguintes objetivos:
Retirada da lesão com margens oncológicas
Preservação do tecido sadio
Preservação da função
Melhor resultado estético (retalhos, enxertos livre ou micro-cirúrgico)


As pessoas que são candidatos a cirurgia e não operáveis (sem condição de suportar uma cirurgia) podem ser tratadas através de terapia de radiação externa (Radioterapia).


Melanoma maligno é tratado mais agressivamente. Necessita de melhor abordagem assim como diagnóstico e tratamento.


Tratamento da lesão primária do melanoma:


Lesão primária é a lesão comprovada não ser metastática, ou seja, de nenhum outro melanoma da pele.

Após a devida avaliação clínica e exame dermatoscópico, procede-se a:

Biópsia excisional (retirada de toda lesão primária), com margens de 1 a 2,0 mm, com tecido celular subcutâneo.

Realiza-se o estadiamento (extensão da doença) através do anatomopatológico da lesão pelos critérios de Breslow (espessura do tumor) e exame físico, de sangue, ultra-sonografia de abdome e Rx de tórax.

Dependendo do estadiamento clínico, realiza-se nova cirurgia de ampliação de margens da lesão anteriormente retirada e se avalia a possibilidade de realizar linfonodo sentinela com linfocintilografia e azul patente para achar possível linfonodo comprometido pela doença.

Em doença mais avançada realiza-se linfadenectomia e também tratamento com quimioterapia, terapia imune e radioterapia, tudo dependendo do estadiamento clínico.

Por causa da complexidade destas decisões, pessoas com melanoma maligno beneficiam-se de uma equipe médica multidisciplinar combinadas com dermatologista, cirurgião plástico, cirurgião oncológico, e um oncologista clínico (especialistas em câncer).

Prognóstico

Embora o número de cânceres de pele no Brasil continue subindo, a população está procurando mais precocemente atendimento médico por lesões de pele. Desta maneira o tratamento torna-se mais fácil e o índice de mortalidade por câncer de pele tem diminuído.

Quando tratado corretamente, a taxa de cura para CBC e CEC chega a 99%. Menos de 1% dos CEC esparramará (metástases) eventualmente em outro lugar no corpo, principalmente em linfonodos.

O resultado de melanoma maligno depende em a maioria dos casos da espessura do tumor e estadiamento. Lesões precoces e finas quase sempre são curadas só através de cirurgia simples. Lesões mais grossas (critério de Breslow) podem dar metástases para outros órgãos e piorar a sobrevida.

Prevenção

Exposição solar limitada. Tente evitar os intensos raios do sol entre 10 até 16hs.


Aplique protetores solares com fator de proteção de solar (FPS) pelo menos 15 minutos antes exposição de sol.


Se você queima facilmente ao sol de sol, use mangas longas e um chapéu de aba larga.


Evite câmaras de bronzeamento artificial.


Faça auto-exames periódicos. Com ajuda de espelhos e familiares, o auto-exame mensal lhe ajudará a reconhecer qualquer área de lesão nova ou variável.

25 de ago. de 2011

Estudo abre caminho para tratamentos que evitem o alastramento do cêncer



Cientistas britânicos dizem ter descoberto de que forma células cancerosas conseguem sair de tumores e se espalhar pelo corpo, um avanço que abre caminho para o desenvolvimento de drogas que impeçam o alastramento da doença.

Os pesquisadores, do Institute of Cancer Research, em Londres, Inglaterra, dizem ter identificado uma proteína conhecida como JAK que ajuda as células cancerosas a gerar força necessária para o alastramento.

Leia TambémCafeína pode ajudar a proteger contra câncer de pele, diz estudoJovem com câncer ósseo diz que viveu 'uma vida completa' em três anosRisco de câncer aumenta com a altura, diz estudoTópicos relacionadosCiência e Tecnologia, SaúdeEm artigo publicado na revista Cancer Cell, a equipe diz que as células se contraem como músculos para gerar a energia que permitirá que se movam, forçando seu caminho pelo organismo.

Quando um câncer se espalha - um processo conhecido como metástase - ele se torna mais difícil de tratar, já que tumores secundários tendem a ser mais agressivos.

Estima-se que 90% das mortes provocadas pelo câncer ocorram após a metástase - o que torna imperativo que o processo de alastramento da doença seja controlado.

A proteína JAK

Após estudar substâncias químicas envolvidas no processo de alastramento das células em melanomas - câncer de pele -, a equipe concluiu que as células cancerosas se alastram de duas formas.

Elas podem forçar sua passagem para fora de um tumor ou o próprio tumor forma corredores por meio dos quais as células podem escapar.

O líder do estudo, Chris Marshall, disse que ambos os processos são controlados pela mesma substância.

"Existe um padrão comum de uso da força gerada pelo mesmo mecanismo, uma mesma molécula, chamada JAK", ele disse.

A proteína JAK já é conhecida por especialistas que estudam o câncer. Ela já foi, por exemplo, associada à leucemia. Por conta disso, já há drogas sendo desenvolvidas para atuar sobre ela.

"Nosso novo estudo sugere que essas drogas possam, talvez, interromper também o alastramento do câncer", disse Marshall.

"O teste vai ser quando começarmos a ver se qualquer desses agentes vai impedir o alastramento. Estamos pensando em (realizar) testes clínicos nos próximos anos", acrescentou.


Desafio

Uma representante da entidade de fomento a pesquisas sobre o câncer Cancer Research UK disse que o grande desafio no tratamento da doença é impedir o alastramento pelo corpo e manter o câncer que já se alastrou sob controle.

A representante, Lesley Walker, disse: "Descobrir como as células cancerosas podem abrir passagem pelos tecidos, saindo dos tumores primários e se espalhando por outras áreas, dá aos cientistas uma melhor compreensão a respeito de formas de parar o alastramento".

Ecstasy modificado 'ataca células cancerígenas', indica pesquisa




Uma fórmula modificada da droga ecstasy pode desempenhar um papel importante no combate às células de alguns tipos de câncer, segundo cientistas britânicos e australianos.

O ecstasy, composto geralmente de anfetaminas, já era conhecido por matar algumas células cancerígenas, mas uma equipe de pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha, e da Universidade da Austrália, diz que conseguiu aumentar a eficiência da droga em cem vezes.

Notícias relacionadasMãe com câncer perde guarda de filhos em caso polêmicoEstudo abre caminho para tratamentos que evitem o alastramento do cêncerMãe e filha bebê enfrentam câncer juntas nos EUA
Tópicos relacionadosSaúdeO estudo foi divulgado na publicação científica internacional Investigational New Drugs.

Experimentos preliminares mostraram que a substância pode matar células de leucemia, linfoma e melanoma em um tubo de ensaio.

No entanto, os cientistas dizem que qualquer tratamento pode levar pelo menos uma década para ser desenvolvido.

A organização britânica de Pesquisa sobre Leucemia e Linfoma disse que as conclusões do estudo são "um significativo passo à frente".

Modificações

Em 2006, uma equipe da Universidade de Birmingham mostrou que ecstasy e antidepressivos como Prozac tinham potencial para impedir o crescimento de cânceres.

O problema é que, para isso, os pacientes teriam que consumir doses muito altas - e possivelmente fatais - das drogas.

Em colaboração com a Universidade da Austrália, os pesquisadores modificaram quimicamente o ecstasy, retirando alguns átomos da substância e substituindo-os por outros.

Uma das variações testadas aumentou a eficiência no enfrentamento das células cancerígenas em 100 vezes. Isso significa que se 100 gramas de ecstasy não modificado fossem necessárias para conseguir o efeito desejado, somente 1 grama da substância será necessário para atingir o mesmo efeito.

Segundo os cientistas, a modificação também reduz o efeito tóxico no cérebro.

O chefe da pesquisa, professor John Gordon, da Universidade de Birmingham, disse à BBC que, em alguns casos, foi possível eliminar 100% das células cancerígenas com os novos compostos.

"Nós precisamos identificar com precisão quais são os casos mais sensíveis, mas (a substância) tem o potencial de eliminar todas as células nesses exemplos."

"Isso aconteceu no tubo de ensaio, poderia ser diferente no paciente, mas por enquanto é excitante", disse Gordon.

Células 'ensaboadas'

Os cientistas acreditam que a nova droga é atraída pela gordura nas membranas das células cancerígenas.


Cientistas modificaram a molécula do ecstasy para aumentar sua eficiência contra o câncer
De acordo com eles, a ligação com a substância faz com que as células se comportem como se estivessem "um pouco ensaboadas", o que pode romper a membrana e matar o núcleo celular.

Durante o experimento, as células cancerígenas se mostraram mais suscetíveis a este efeito do que as saudáveis.

No entanto, os médicos não devem começar a prescrever ecstasy modificado para os pacientes com câncer no futuro próximo. Ainda seria preciso fazer estudos com animais e testes clínicos antes de considerar a alternativa.

Antes do próximo passo, químicos na Grã-Bretanha e na Austrália tentarão refinar a droga, já que acreditam que ela pode ser ainda mais potente.

Mas mesmo que tudo dê certo, a droga só poderia ser comercializada dentro de pelo menos dez anos.

Cientistas testam com sucesso método de impedir transmissão de dengue




Cientistas australianos dizem ter testado com sucesso uma maneira eficiente e barata de impedir a transmissão do vírus da dengue, que mata mais de 12 mil e afeta mais de 50 milhões de pessoas por ano ao redor do mundo.

A pesquisa publicada na revista científica Nature revelou que, após uma série de testes em laboratório, foi descoberto que a bactéria Wolbachia - que ataca apenas insetos - consegue bloquear a capacidade dos mosquitos aedes Aegypti de transmitir a dengue.

Notícias relacionadasGoogle anuncia ferramenta para monitorar surtos de dengueDoenças tropicais negligenciadas afetam ‘silenciosamente’ 1 bilhão de pessoas, diz OMSVacina contra dengue é 'coisa para cinco anos', diz Temporão
Tópicos relacionadosSaúdeOs cientistas soltaram, então, 300 mil mosquitos adultos infectados com a bactéria em duas áreas relativamente remotas da Austrália ao longo de um período de cerca de dez semanas.

Pouco mais de um mês depois, quase todos os Aedes aegypti selvagens testados haviam sido infectados com a bactéria, ficando, portanto, incapazes de espalhar a doença.

Novos testes

O professor Scott O'Neill, da Universidade de Monash, um dos autores do estudo, diz estar otimista sobre o método.

"Este é o primeiro caso em que populações de insetos selvagens foram transformadas para reduzir sua habilidade de agir como vetores de doenças humanas", escreveram os cientistas.

Eles disseram que um elemento fundamental para o sucesso do teste foi convencer a população local de que soltar mais mosquitos na região era uma boa ideia.

Agora, os pesquisadores planejam fazer testes mais amplos nos próximos dois a três anos em países onde a dengue é endêmica, como Tailândia, Vietnã, Indonésia e Brasil.

Se os testes também forem bem-sucedidos, o método poderá começar a ser implementado como mecanismo de controle da doença em seguida, de acordo com O'Neill.

2 de ago. de 2011

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