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3 de abr. de 2014

ESPECIAÇÃO

Especiação é o processo evolutivo pelo qual novas espécies são formadas. Assim sendo, ao longo dos tempos novas espécies têm surgido e outras têm se extinguido. As populações, por seu turno, são caracterizadas pela sua carga genética e pela frequência de alelos que a compõe, sendo essa frequência variável entre populações da mesma espécie. A interrupção de intercâmbio livre entre as várias populações de uma espécie leva ao acúmulo de diferenças genéticas entre elas. Essas diferenças decorrem, basicamente, de mutações, recombinação genética e seleção, podendo levar a uma situação que não permite o cruzamento entre as populações. Este isolamento reprodutivo caracteriza a formação de espécies diferentes. A divergência genética entre elas e a espécie ancestral é, via de regra, irreversível e tende a aumentar. Considera-se a existência de dois processos básicos de especiação: anagênese e cladogênese ou especiação por diversificação (esquema abaixo).
I. Anagênese
Na anagênese, a população vai se modificando gradativamente ao longo do tempo, podendo resultar em um grupo tão diferente do ancestral a ponto de se constituir uma espécie nova. Neste processo não há isolamento geográfico, como ocorre na cladogênese. A anagênese é, em última análise, uma evolução continua que gera uma nova espécie, como mostra o esquema anterior. A mutação, a recombinação gênica e a seleção natural são exemplos de eventos anagênicos. A evolução resultante da anagênese é frequentemente denominada de microevolução.
II. Cladogênese
Na especiação por cladogênese (esquema anterior), as novas espécies se formam a partir de grupos que se isolam, graças a uma barreira geográfica natural ou artificial. Essa barreira, evidentemente, impede a troca de genes entre os referidos grupos. Após longo tempo de isolamento, as populações separadas podem originar novas espécies, por acúmulo de mutações e adaptações às condições ambientais diferentes. As duas populações ou linhagens filogenéticas, que inicialmente pertenciam a uma mesma espécie, são chamadas de clados, daí a denominação de cladogênese, atribuída a esse mecanismo de especiação. Admite-se que a maioria das espécies surgiu por cladogênese, sendo, portanto a forma mais comum de especiação.
A especiação por cladogênese pressupõe a ocorrência de, pelo menos, três etapas sequenciais: isolamento geográfico, diversificação gênica (pressão de seleção diferente) e isolamento reprodutivo.
1. Isolamento geográfico: consiste na formação de barreiras que separam uma população em subpopulações (figura a seguir). As barreiras, denominadas geográficas ou ecológicas, que promovem esse isolamento podem ser representadas por um rio que corta uma planície, um vale que separa dois planaltos ou um braço de mar que separa ilhas e continentes. Impedindo a passagem de indivíduos, elas interrompem também o fluxo gênico entre os dois grupos, que passam então a ser submetidos à ação da seleção natural em ambos os lados. Dessa forma, o isolamento geográfico faz com que variabilidades genéticas novas, surgidas em uma das subpopulações, não sejam transmitidas para a outra.
2. Diversificação gênica: é a progressiva diferenciação do conjunto gênico de subpopulações isoladas, que é causada, basicamente, por dois fatores: mutações e seleção natural. As mutações respondem pela introdução de alelos diferentes em cada um dos grupos isolados, que passarão a integrar o pool gênico (conjunto gênico). A seleção natural, atuando em ambientes distintos, tende a preservar certos genes em uma das subpopulações, que são transferidos aos descendentes, por meio da reprodução, e a eliminar genes similares em outra subpopulação, acentuando, como consequência, a diversidade gênica e adaptando os grupos a diferentes nichos ecológicos. Dessa forma, essas subpopulações, assim separadas, acumulam diferenças ao longo do tempo, podendo chegar a desenvolver mecanismos de isolamento reprodutivo, que caracteriza a formação de novas espécies.
3. Isolamento reprodutivo: é a incapacidade, total ou parcial, de membros de duas populações se cruzarem. Ele atua impedindo a mistura de genes das populações quando elas entram em contato. Via de regra, após um longo período de isolamento geográfico, as populações isoladas se tornam tão diferentes que não mais conseguem cruzar ou não formam descendentes férteis, mesmo depois do desaparecimento da barreira geográfica. Quando isso ocorre, elas são consideradas espécies distintas. O isolamento reprodutivo evolui, portanto como subproduto da divergência entre populações geograficamente afastadas.
Os mecanismos de isolamento reprodutivos podem ser classificados em dois grupos: pré-zigóticos e pós-zigóticos.
I. Mecanismos pré-zigóticos: são aqueles que impedem a fecundação entre indivíduos de espécies diferentes e, consequentemente, a formação do zigoto. Relacionamos a seguir os principais tipos:
Ia. Isolamento estacional ou sazonal: decorre de diferenças nas épocas de reprodução. Neste caso, indivíduos de dois grupos tornam-se aptos ao acasalamento em diferentes épocas ou estações do ano. Como exemplo, citamos grupos diferentes de rãs que vivem em uma mesma lagoa, mas não se reproduzem na mesma época.
Ib. Isolamento de hábitat ou ecológico: resulta da ocupação de diferentes hábitats, mesmo vivendo em uma mesma região. Dessa forma, essas populações estão isoladas e não trocam genes entre si. Em condições naturais, leões e tigres, por exemplo, podem se cruzar em cativeiro, produzindo descendentes férteis. Na natureza, entretanto, não se cruzam por viverem em hábitats diferentes.
Ic. Isolamento etológico ou comportamental: decorre de diferentes padrões de comportamento de corte, antes do acasalamento ou diferenças na produção e recepção de estímulos que levam machos e fêmeas a se reproduzirem. Ele representa um fator de fundamental importância na reprodução de diversas espécies animais e ocorre principalmente nos vertebrados, particularmente entre as aves, embora também se verifique entre os insetos. O comportamento de um dos sexos não é, em última análise, compreendido pelo outro sexo. Via de regra, as fêmeas só aceitam o macho depois que ele realiza um complexo ritual de corte, típico para cada espécie. Como exemplo, citamos os sinais luminosos emitidos por vaga-lumes machos que, dependendo das espécies, variam na frequência, na duração da emissão e na cor, levando a que a fêmea só responda ao sinal emitido pelo macho da sua própria espécie. Outro exemplo é representado pelo canto das aves. Sendo esse canto específico, as fêmeas são atraídas para o território dos machos de sua espécie.
Id. Isolamento mecânico ou incompatibilidade anatômica: resulta da incompatibilidade estrutural dos órgãos reprodutores de diferentes espécies, não as adequando, fisicamente, a ocorrência do ato sexual. Isso pode ocorrer tanto em animais quanto em vegetais, em que a diferença de tamanho ou forma dos órgãos genitais impede a cópula. Nas plantas, por exemplo, há casos em que o tubo polínico não consegue germinar no estigma de uma flor de outra espécie. No que concerne aos animais, ele representa um mecanismo importante em artrópodes, com genitálias rígidas e exoesqueleto, embora também ocorra em gastrópodes e em anelídeos.
Ie. Mortalidade gamética: resulta de fenômenos fisiológicos que impedem a sobrevivência dos gametas masculinos de uma espécie no sistema reprodutor feminino de outra. É evidente que esse mecanismo só ocorre em espécies que apresentam fecundação interna. Esse processo ocorre em moscas do gênero Drosophila.
II. Mecanismos pós-zigóticos: são aqueles que inviabilizam a sobrevivência do híbrido ou a sua fertilidade. Mesmo ocorrendo a cópula, esses mecanismos impedem ou reduzem seu sucesso. Neste caso, o desenvolvimento do zigoto é inviável, ou se ocorrer, a progênie pode ser frágil e morrer rapidamente ou ainda ser infértil. O insucesso na reprodução configura uma alteração na carga gênica dos seres envolvidos, a ponto de ocasionar a falta de estabilidade necessária na(s) formação(ões) do(s) novo(s) organismo(s) gerado(s). Nesse grupo, relacionamos:
IIa. Mortalidade do zigoto: a fecundação entre gametas de espécies diferentes pode levar à formação de zigoto pouco viável, que não se desenvolve após a fecundação, morrendo em face da ocorrência de desenvolvimento embrionário irregular. Esse processo é muito comum entre os peixes dotados de fecundação externa. Neles, embora possa haver facilidade de união dos gametas, a incompatibilidade genética impede o desenvolvimento do zigoto.
IIb. Inviabilidade do híbrido: neste caso, os membros de duas espécies podem copular, o zigoto se forma, mas o embrião morre prematuramente, devido à incompatibilidade que ocorre entre os genes maternos e paternos. Como exemplo citamos o caso de algumas espécies de rãs que, embora habitem uma mesma lagoa e possam, eventualmente, cruzar-se, geram híbridos interespecíficos que não se desenvolvem.
IIc. Esterilidade do híbrido: neste caso, há formação do híbrido interespecífico que, por vezes, é até mais vigoroso que os membros das espécies parentais (fenômeno conhecido como vigor do híbrido ou heterose), sendo, entretanto, estéril. A esterilidade pode ser decorrente da presença de gônadas anormais ou da dificuldade de emparelhamento cromossômico na meiose. Como exemplo clássico, citamos o caso do burro ou da mula (muares), que é um híbrido estéril, resultante do cruzamento entre o jumento (Equus asinus) e a égua (Equus cabalus). Os cromossomos dos genitores do burro apresentam diferenças na homologia e no número. Enquanto o jumento tem 2n = 62, a égua tem 2n = 64. Nas células germinativas do burro, os cromossomos não se emparelham corretamente, impedindo a ocorrência de meiose normal e, consequentemente, a formação de gametas viáveis. A mula e o burro (figura abaixo) são considerados híbridos interespecíficos. Eles não constituem uma terceira espécie.
Lembramos que o pintagol (ou arlequim), que resulta do cruzamento entre um pintassilgo macho e uma canária; o tigão (ou ligre), produto do cruzamento de uma leoa com um tigre e o lepórido, gerado a partir do cruzamento entre uma lebre e um coelho, são também considerados híbridos interespecíficos.
IId. Deterioração da geração F2: neste caso, a primeira geração de híbridos interespecíficos (F1) é normal e fértil, seus filhos, entretanto, que representam a geração F2, são fracos ou estéreis. Isso se deve à recombinação gênica incompatível, que ocorre na formação dos gametas que dão origem à geração F2.
Em face de envolver grande desperdício de tempo e de energia, sem que haja a perpetuação de seus genes através da reprodução, o isolamento pós-zigótico é, evolutivamente, desvantajoso para as espécies que se entrecruzam.
Considerando o fator tempo, em termos geológicos, fala-se em dois tipos de especiação (figura a seguir): gradualismo filético e equilíbrio pontuado (saltacionismo, pontualismo ou teoria dos equilíbrios intermitentes).
I. Gradualismo filético: teoria evolutiva proposta por Charles Darwin no seu livro “A Origem das Espécies”, publicado em 1859. Segundo o gradualismo filético, a evolução ocorre através do acúmulo de pequenas modificações sucessivas ao longo de várias gerações e não por grandes saltos, sendo, portanto, um processo anagênico. As novas adaptações evoluem em pequenos passos, a partir de órgãos, padrões de comportamento, células ou moléculas preexistentes. Dessa forma, as diferenças entre os organismos, mesmo naqueles dotados de diferenças radicais, envolvem o incremento de pequenos passos através de formas intermediárias, como mostra a figura anterior. O gradualismo resulta, portanto, do acúmulo de pequenas diferenças genéticas ao longo de várias gerações, sob a influência da seleção natural.
II. Equilíbrio pontuado: teoria evolutiva proposta pelos paleontólogos norte-americanos Stephen Jay Goulde Niles Eldredge, em 1972. O equilíbrio pontuado, ao contrário do gradualismo darwiniano, supõe que as espécies se formam a partir de um ancestral comum por mudanças rápidas, pouco se modificando, depois, ao longo de sua existência. Nele há, portanto, longos períodos de “estase”, no qual ocorre acúmulo de mutações genéticas, “pontuados” por “boons” de especiação. Desse modo, a especiação não ocorre de forma constante, mas alternada em período de escassas mudanças, com súbitos saltos que caracterizam alterações estruturais ou orgânicas adaptadas e selecionadas. Não sendo graduais, como propõe o gradualismo (ver figura anterior), as mudanças levam a eventos que pontuam ou interrompem um longo período de estabilidade evolutiva (figura abaixo).
A principal diferença do equilíbrio pontuado para o gradualismo filético é que, no primeiro, a maior parte da evolução se concentra nos eventos de cladogênese, diferentemente do que ocorre com o gradualismo, em que as mudanças estão associadas a processos anagênico, como vimos acima. O equilíbrio pontuado objetiva explicar a dificuldade em encontrar formas intermediárias de fósseis que registrem as mudanças graduais dos organismos ao longo do tempo, lacunas que as ideias tradicionais atribuem ao fato de os registros fósseis serem incompletos e falhos. A ideia do equilíbrio pontuado tem provocado grande polêmica nos meios científicos e vem, nos últimos tempos, ganhando alguns adeptos, sendo apontada hoje como uma teoria muito original.
Trabalhos desenvolvidos por Doug Erwin e Robert Anstey, em 1995, revisando vários estudos que visavam testar a teoria do equilíbrio pontuado, levaram a conclusão que a especiação às vezes é gradual e às vezes é pontual.Não há, portanto, segundo eles, um único modo que seja típico do complicado processo de especiação.
ESPECIAÇÃO POR POLIPLOIDIA
Os mecanismos de especiação são, via de regra, graduais e podem levar milhões de anos para se completar. Pode ocorrer, entretanto, o surgimento “brusco” de novas espécies por poliploidia, fenômeno raro nos animais e relativamente frequente nos vegetais, nos quais tem sido um mecanismo importante para a diversificação e especiação. Dessa forma, duas espécies simpátricas (vivendo na mesma região) podem originar, “instantaneamente”, uma nova espécie por poliploidia. Acidentes cromossômicos ocorridos durante a divisão celular podem gerar gametas diploides, em vez de haploides, como acontece normalmente. Esse fenômeno ocorre, geralmente, quando não há citocinese o que leva à formação de uma célula como o número anormal de cromossomos.
Lembramos que indivíduos poliploides são aqueles que apresentam um número múltiplo exato do genoma típico da espécie. Eles são denominados triploides (3n), tetraploides (4n), pentaploides (5n), etc., conforme possuam três, quatro, cinco ou mais genomas, respectivamente. Há dois tipos de organismos poliploides: autopoliploide e alopoliploide. Os autopoliploides são indivíduos cujos progenitores são da mesma espécie e a poliploidia resulta de um erro na divisão do zigoto. Os alopoliploides, por seu turno, resultam de progenitores de espécies diferentes e surgem em decorrência de uma duplicação cromossômica no híbrido. Os organismos poliploides são, via de rega, mais fortes, maiores e dotados de maior capacidade de adaptação a novas condições que os diploides. Devido à redundância genética, eles costumam apresentar uma grande resistência a doenças genéticas e mutações, provavelmente em função de eles poderem combinar as melhores características das espécies progenitoras. Em consequência disto, eles “fogem” um pouco às pressões seletivas.
A junção de gametas diploides pode levar à formação de zigotos tetraploides, que podem se desenvolver e originar indivíduos com o número de cromossomos duplicado em relação à espécie ancestral. Dois indivíduos tetraploides podem cruzar produzindo descendência fértil. Do cruzamento entre um tetraploide, que nem sempre é isolado reprodutivamente das espécies parentais, e um diploide, entretanto, surgem indivíduos triploides que são estéreis. A duplicação do número de cromossomos não leva, necessariamente, ao cessar de fluxo gênico entre os recém-criados poliploides e os seus parentais diploides. Essa especiação (especiação por mutação) ocorre, portanto, na ausência de barreira geográfica, sendo dessa forma, um processo anagênico.
Como exemplo de especiação poliploide, entre os vegetais, citamos o trigo atual (Triticum sativum), dotado de 42 cromossomos (2n = 42). Ao que tudo indica ele surgiu, há cerca de 8.000 anos, por hibridização de um trigo possuidor de 2n = 28 cromossomos (Triticum turgidum) com um trigo dotado de 2n = 14 cromossomos (Triticum tauchii), sendo, portanto, um alopoliploide. Nessa especiação, ocorreu no Triticum sativum (híbrido tetraploide) uma duplicação total dos seus cromossomos (figura a seguir). Assim sendo, ele passou a ter os dois conjuntos de cromossomos, herdados dos progenitores, em pares homólogos, com consequente produção de gametas diploides viáveis, através de meioses normais. O Triticum sativum possui, portanto, um patrimônio genético próprio, isolando-o reprodutivamente dos seus antecessores (Triticum turgidum e Triticum tauchii). Supõe-se que outras espécies de plantas poliploides, como o algodão, a batata e o tabaco, tiveram sua origem a partir de hibridização entre espécies diferentes, sendo, a exemplo do Triticum sativum, alopoliploides.
No que diz respeito aos animais, a poliploidia ocorre com certa frequência em vertebrados inferiores.  Como exemplo, citamos a espécie tetraploide da rã Hyla versicolor (2n = 48), que resultou de mutações por poliploidia em populações da rã Hyla shrysocelis (2n = 24). Essas duas espécies se distinguem, no campo, pelas vocalizações e, no laboratório, pelos cariótipos. Estudos diversos têm mostrado que a poliploidia ocorre atualmente em lagartos Cnemidophorus tesselatus, peixes Poecilia formosa (parentes dos peixes de aquário mollys e guppies), rãs Rana esculenta e parece ter ocorrido em peixes da família dos ciprinídeos, dentre outras espécies.
No Brasil, Maria Luiza Beçak e Willy Beçak, pesquisadores do Instituto Butantan de São Paulo, desenvolveram estudos envolvendo o sapo Odontophrynus americanus, que apresenta uma forma tetraploide com 2n = 44 cromossomos e outra diploide com 2n = 22 cromossomos. Embora não se cruzem na natureza, as duas formas são, na prática, indistinguíveis morfologicamente. Trabalhos experimentais, principalmente em níveis moleculares e fisiológicos, desenvolvidos ultimamente, reforçam a proposição de uma nova nomenclatura científica para Odontophrynus americanus 2n e 4n, classificando-os como espécies distintas ou pelo menos em curso de especiação.
ESPECIAÇÃO SIMPÁTRICA
A especiação se diz simpátrica quando duas espécies podem surgir sem que tenha havido isolamento geográfico, divergindo quando ainda ocupam a mesma área geográfica, sendo, dessa forma um processo anagênico. Nessa especiação, fatores intrínsecos à população, como a poliploidia, conduzem ao isolamento genético. Espécies simpátricas (que vivem em uma mesma área geográfica), portanto, são aquelas que coexistem lado a lado, explorando o meio de forma diferente. Admite-se que a seleção disruptiva [ver “seleção natural (sobrevivência dos mais aptos), matéria publicada neste blog em 14/10/2011], possa levar à especiação simpátrica pelo favorecimento dos indivíduos com fenótipos extremos de uma população. Neste caso, a seleção força a diferenciação de conjuntos gênicos distintos, o que eventualmente pode levar ao isolamento reprodutivo.
A especiação simpátrica é muito comum em plantas, em face de elas poderem desenvolver, como mencionamos acima, conjunto múltiplo de cromossomos homólogos, resultando em organismos poliploides. Dessa forma, a especiação por poliploidia, em que os descendentes poliploides, embora reprodutivamente isolados, ocupam o mesmo ambiente das plantas parentais, constitui, também, um exemplo de especiação simpátrica.
ESPECIAÇÃO ALOPÁTRICA
A especiação se diz alopátrica ou geográfica quando a população inicial se divide em dois grupos geograficamente isolados, devido, por exemplo, a fragmentação do seu habitat (isolamento geográfico), levando a um impedimento do fluxo gênico entre eles. A barreira geográfica pode surgir por mudanças geológicas e geomorfológicas (cursos d’água, rios, cadeias de montanhas, deriva continental, vulcões, etc.), bem como por eventos de dispersão (deslocamento de populações para regiões distantes, dispersão causada pelas correntes marinhas, etc.). Esses grupos vão sofrendo diferenciações por estarem sujeitas a mutações diferentes, pressões seletivas diferentes ou fatores aleatórios, como a deriva genética. Decorrido certo intervalo de tempo, mesmo que a barreira que os isolou desapareça, levando a que os indivíduos que faziam parte da população original voltem a se encontrar, é possível que eles não mais possam trocar genes entre si (isolamento reprodutivo). Dessa forma, mesmo que eles voltem a viver em simpatria, não serão mais compatíveis reprodutivamente. Quando isto ocorre dizemos que novas espécies foram formadas. As espécies alopátricas se formam, portanto, em regiões diferentes. O isolamento geográfico é, dessa forma, o ponto de partida para a diversificação dessas populações, como vimos na especiação cladogênica.
Um exemplo clássico de especiação alopátrica ocorreu com os pássaros da família dos fringilídeos, conhecidos como Tentilhões de Darwin, que este pesquisador estudou em Galápagos, durante sua viagem a bordo do navio Beagle. Darwin (1809-1882) constatou a existência de aproximadamente 14 espécies de tentilhões vivendo nas diferentes ilhas do arquipélago de Galápagos. Analisando-as, constatou que apesar da forte semelhança entre as várias espécies, elas apresentavam diferentes adaptações, principalmente em relação à forma do bico (figura abaixo) e ao tipo de alimento utilizado. O isolamento nas diferentes ilhas impede a migração e consequentemente o fluxo gênico entre elas, favorecendo a estabilização de características genéticas particulares.
Como outro exemplo de especiação alopátrica citamos uma situação que ocorreu na ilha do Porto Santo, para onde foram transferidos, no século XV, ratos que habitavam o continente europeu. Em função da ausência de predadores ou competidores eles proliferaram rapidamente na nova região. As diferenças entre os ratos europeus e os seus ancestrais de Porto Santo, já eram bastante evidentes no século XIX. Posto em contato novamente, eles não mais se cruzaram, caracterizando a formação de uma nova espécie de ratos. A divergência no pool gênico (conjunto gênico) foi de tal ordem que impossibilitou o intercruzamento entre as duas populações.
Caso o tempo de separação não tivesse sido suficientemente longo, as diferenças genéticas permitiriam, ainda, o cruzamento entre eles, restabelecendo o fluxo genético e caracterizando a formação de subespécies, etapa intermediaria no percurso da especiação. As regiões em que as populações, embora difiram em várias características, ainda se intercruzam em maior ou menor extensão são conhecidas como zonas híbridas.
Um caso em que o isolamento não foi suficientemente longo para a formação de novas espécies, ocorreu com os corvos (Corvus corone). Neste caso, a separação se verificou durante a última glaciação, ao fim da qual, os dois grupos voltaram a manter contato numa área limitada (zona híbrida), onde se verificou a ocorrência de fluxo gênico. O isolamento geográfico, portanto, não foi suficiente para ocasionar o isolamento reprodutivo. As duas populações se fundiram em um único pool gênico. Dessa forma, não foi alcançado o status pleno de espécie e os dois grupos de corvos continuaram pertencendo à mesma espécie (Corvus corone).
VICARIÂNCIA (EFEITO VICARIANTE) E EFEITO FUNDADOR
Na especiação por vicariância ou dicopatria, modelo clássico de especiação alopátrica, a espécie se subdivide em duas populações grandes que se tornam isoladas graças ao surgimento de uma barreira física efetiva entre elas (figura a seguir). A falta de fluxo gênico entre os dois grupos, agora formados, fará com que eles fiquem cada vez mais diferentes. A manutenção dessa barreira por determinado tempo, levará à especiação. Em face de a seleção natural ser uma poderosa força evolutiva nas grandes populações, a evolução adaptativa causa, provavelmente, as mudanças que resultam no isolamento reprodutivo nessa especiação.
Na especiação por efeito fundador ou especiação peripátrica – situação frequente na colonização de ilhas, a partir do continente – um pequeno contingente de indivíduos coloniza um novo habitat na periferia da área geográfica da espécie (figura abaixo), levando a que ocorra um isolamento reprodutivo, após várias gerações. Uma nova população se forma, portanto, a partir desses fundadores, que transportam uma parte restrita do fundo genético da população original. Estudos em populações humanas mostraram esse efeito resultante da migração de um grupo religioso da Alemanha para os Estados Unidos, onde se mantiveram isolados da população restante.
Por haver poucos fundadores, existe uma quebra acentuada na variabilidade genética da nova população em relação à população originária. Como consequência, a população nova pode ser muito diferente, quer no genótipo, quer no fenótipo, da população original. Há também uma elevada probabilidade de ocorrer endogamia (acasalamento entre indivíduos aparentados), resultando num nível anormal de defeitos relacionados com a expressão de genes recessivos, fenômeno conhecido como depressão endogâmica.
O efeito fundador é um tipo especiação alopátrica que ocorre por eventos de dispersão (figura anterior), sendo, via de regra, consideravelmente mais rápido do que os eventos vicariantes. Em face do pequeno tamanho da população, a deriva genética constitui uma força mais poderosa que a seleção natural nessa população, permitindo a criação de combinações genéticas novas.
Como o grupo recém-fundado é apenas uma pequena parte da população  total da espécie, todas as diferenças genéticas que tornam a espécie robusta podem estar ausentes. Isso constitui o que os biologistas evolucionários denominam efeito gargalo (“gargalo de garrafa”) ou efeito bottleneck. A figura a seguir mostra o efeito gargalo e sua relação com o efeito fundador. Dessa forma, alguns dos genes que fluem dentro de uma espécie foram eliminados e separados do conjunto gênico. 


Os genes presentes nessa pequena população ficarão fortes, pois o fluxo genético é muito mais intenso do que seria em uma população maior, na qual as diferenças genéticas, incluindo anormalidades, estão disseminadas. Os genes dos membros fundadores do que acabam se tornando uma grande população ficam, portanto, muito mais frequentes do que em populações maiores semelhantes. Dessa forma, no efeito gargalo uma pequena população consegue produzir gerações subsequentes.
Diversos exemplos de efeitos gargalo têm sido deduzidos a partir de informações genéticas. Um exemplo clássico é o do elefante marinho do norte que tem variação genética reduzida devido a um gargalo populacional que os humanos infligiram a eles nos anos 1890. A caça reduziu drasticamente o tamanho da população para cerca de 30 indivíduos no final do século 19. Conquanto ela tenha agora um efetivo de dezenas de milhares, seus genes ainda carregam as marcas do efeito gargalo: eles possuem muito menos variação genética do que populações de elefantes marinhos do sul, que foram menos intensamente caçados. Igualmente, esse efeito ocorreu várias vezes na historia da humanidade. A maioria dos europeus, por exemplo, descendem de apenas algumas centenas de ancestrais, que viviam em um local onde se processou esse efeito.
ESPECIAÇÃO PARAPÁTRICA
Na especiação parapátrica (semi-geográfica), uma espécie se espalha em áreas grandes com ambientes diversificados. Não há, portanto, uma separação geográfica completa entre as duas populações isoladas, mas sim uma diferença na condição ambiental. Ela é, em última análise, um caso intermediário entre as especiações simpátrica e alopátrica. Na especiação parapátrica, o fluxo genético entre as subpopulações é parcial, fazendo com que elas divirjam por adaptações a ambientes diferentes dentro de uma região geográfica contínua, tornando-se, gradualmente, espécies distintas. Dessa forma, a seleção natural atua mais fortemente que o fluxo gênico e a adaptação que ocorre ao longo da grande faixa de dispersão da espécie ancestral é a mais importante etapa nessa especiação. Muitas vezes, surge uma zona híbrida (figura abaixo) entre as duas espécies “incipientes” derivadas, cujos híbridos podem possuir diferentes graus de viabilidade ou fertilidade. Essa zona pode atuar, portanto, como uma barreira ao fluxo gênico entre as duas espécies que estão em processo de diferenciação.
ESPECIAÇÃO ARTIFICIAL
Através de experiências laboratoriais, usando Drosophila pseudoobscura (moscas de frutas), Diane Dodd demonstrou como o isolamento de populações em diferentes ambientes pode induzir ao início de um isolamento reprodutivo. Em seus trabalhos, publicados na revista Evolution em 1989, ele alimentou, em gaiolas diferentes, para simular um isolamento geográfico, um grupo de Drosophila pseudoobscura com amido e outro grupo com maltose (figura a seguir). Após várias gerações isoladas e alimentadas diferentemente, as moscas foram testadas para saber sua preferência de acasalamento. Os resultados mostraram a ocorrência de certo isolamento reprodutivo. As moscas alimentadas com maltose preferiram outras igualmente alimentadas com maltose e as alimentadas com amido preferiram as alimentadas com amido, como mostra a figura a seguir.
Esse trabalho mostra que populações isoladas em diferentes ambientes (representados, no caso, por diferentes fontes alimentícias), podem levar ao inicio de um isolamento reprodutivo, corroborando com a ideia cladogênica de que o isolamento geográfico é um importante passo para alguns eventos de especiação. Essa experiência tem sido facilmente reproduzida por diversos pesquisadores, utilizando, inclusive, outras espécies de moscas e outros tipos de alimentos.

26 de mar. de 2014

EXERCÍCIOS SOBRE EVOLUÇÃO

01. (PUC-RS) Na Inglaterra, a espécie de mariposa Biston betularia apresentava indivíduos claros e escuros. Coletas realizadas por biólogos antes do período industrial mostraram que indivíduos claros eram mais frequentes, pois sobreviviam ao se camuflarem entre os liquens dos troncos das árvores. Após a industrialização, a fuligem e a fumaça mataram os liquens e escureceram os troncos, o que, ao longo das gerações, resultou no benefício da forma escura e na vulnerabilidade da forma clara, que diminuiu sua frequência por ser mais visível e predada pelos pássaros. Essa pesquisa demonstrou a contribuição diferenciada da descendência para as gerações futuras pelos tipos genéticos que pertenciam à mesma população, processo conhecido como:
a) Mimetismo.
b) Competição.
c) Predação.
d) Nicho ecológico.
e) Seleção natural.
02. (UFT) As diferenças entre os bicos e os hábitos alimentares de diferentes espécies de tentilhões da ilha Darwin de Santa Cruz em Galápagos, exemplifica o conceito de:
a) Lei do uso e desuso.
b) Irradiação adaptativa.
c) Mimetismo.
d) Ontogenia.
e) Lei da recapitulação.
03. (UFAM)              Analise o quadro a seguir:
ALELOS
FENÓTIPO
C
Pelagem castanho-amarelado (selvagem)
cch
Pelagem cinza-claro
ch
Pelagem branca de extremidades negras (Himalaia)
c
Albino
Ordem de dominância: C > cch > ch > c
O quadro apresenta 4 alelos para o mesmo locus cromossômico que afetam a cor da pelagem de coelhos. Os alelos são dominantes uns sobre os outros conforme a ordem de dominância estabelecida (> indica “dominante sobre”). Os coelhos Himalaia e albinos são mais suscetíveis aos predadores. Baseado nessas informações, quais dos genótipos seguintes irão produzir coelhos com menos chance de sobreviver?
a) chc.
b) Ccch.
c) cchc.
d) Cc.
e) cchcch.
04. (UFSM) Considerando a evolução biológica, relacione a coluna I com a coluna II.
COLUNA I
1. Especiação alopátrica
2. Seleção natural
3. Gradualismo filético
4. Explosão cambriana
COLUNA II
(  ) considera que o primeiro passo para a formação de duas novas espécies é a separação geográfica entre populações de uma espécie ancestral.
( ) a evolução ocorre de modo lento e contínuo, com os seres vivos adaptando-se gradualmente ao ambiente.
(  ) é um fenômeno marcado por aumento significativo no número de fósseis, quando a maioria dos filos animais teria surgido.
( ) ocorre preservação dos indivíduos com variações favoráveis à sobrevivência no ambiente e eliminação dos que apresentam variações desfavoráveis.
A sequência correta é:
a) 1 - 2 - 34.
b) 2143.
c) 1 - 342.
d) 3 - 214.
e) 3412.
05. (UNIMONTES) A figura a seguir ilustra diferentes tipos de “seres vivos”. Observe-a.
Considerando a figura e o assunto abordado, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
a) I, II, III e IV apresentam a mesma sequência de bases encontradas em V.
b) II representa um anfíbio originado a partir de répteis.
c) V não pode ser usado para definição de novas espécies de seres vivos.
d) III e IV pertencem à classe Mammalia.
06. (UEFS) O material genético propriamente dito é o genoma (haploide) ou o genótipo (diploide) e controla a produção dos tecidos de um organismo e todos os seus atributos, o fenótipo. Esse é o resultado da interação do genótipo com o ambiente durante o desenvolvimento. A amplitude das variações produzidas no fenótipo por determinado genótipo em diferentes condições ambientais é chamada de norma de reação. [...] As populações que se reproduzem sexuadamente apresentam duas fontes de variação, superpostas uma a outra: do genótipo e do fenótipo.
(MAYR, 2009, p. 117-118).
A partir do entendimento das interações existentes entre o genótipo e o ambiente na expressão das informações genéticas, é correto afirmar:
a) As fontes de variação na reprodução sexuada dificultam a expressão de caracteres genéticos que sejam evolutivamente vantajosos.
b) Diferentes normas de reação podem levar a comportamentos semelhantes nas mesmas condições ambientais.
c) O controle das funções celulares ocorre a partir da ativação dos genes que lhe são exclusivos na composição de cada tipo de tecido presente nos organismos.
d) A interação do fenótipo com o ambiente produz genótipos que variam sua expressão ao longo do desenvolvimento do indivíduo.
e) Populações de reprodução sexuada potencializam a ação do ambiente, independentemente da seleção natural, no estabelecimento de diferentes normas de reação.
07. (IFMT)           O texto abaixo está relacionado com esta questão
CRIATURA É FUSÃO DE ANIMAL E VEGETAL
Molusco “rouba” DNA de algas e se transforma em híbrido: vive como animal, mas se alimenta como planta. Um molusco esquisito e feio, que vive no litoral oeste dos EUA, pode redefinir tudo o que se sabe sobre a divisão entre animais e vegetais. Isso porque esse animal, cujo nome científico é Elysia chlorotica, não é bem um animal: é um híbrido de bicho com planta. Esse híbrido conseguiu incorporar o gene psbO das algas e por isso desenvolveu a capacidade de realizar fotossíntese. Antes de se transformarem em híbridos, os moluscos dessa espécie costumavam engolir algas e usar os cloroplastos para fazer fotossíntese. Tudo indica se tratar de um caso clássico de seleção natural. Um indivíduo da população sofreu mutação e transferiu essa habilidade aos descendentes. Pura Teoria da Evolução. Darwin continua irretocável. Mas a árvore da vida e suas divisões entre gêneros e espécies podem precisar de um pequeno adendo.
(Adaptado de: GARATTONI, Bruno. Criatura é fusão de animal e vegetal. Superinteressante, [s.l.], n. 276, mar. 2010. Disponível em: <http://super.abril.com.br/mundo-animal/criatura-fusao-animal-vegetal 543145.shtml>. Acesso em: 1 abr. 2010.)
Com relação a aspectos evolutivos, assinale a alternativa correta.
a) Existe a possibilidade de a simbiose descrita no texto já ter ocorrido antes, há alguns milhões de anos, quando o então organismo mitocôndria foi incorporado pela célula eucariótica, de acordo com o que afirma a hipótese endossimbiótica.
b) Mutações ocorrem espontaneamente ao longo de sucessivas gerações de seres vivos, apresentando sempre caráter deletério à sobrevivência da espécie.
c) Variações que ocorrem nos ambientais não interferem no processo evolutivo das espécies.
d) A teoria sintética da evolução substitui conceitualmente todos os aspectos propostos por Darwin.
e) A seleção natural é capaz, por si só, de aumentar a variabilidade genética de determinada população.
08. (UPE) Sir Alexander Fleming, o descobridor da penicilina, realizou um experimento, expondo bactérias a baixos níveis de penicilina, aumentando a dosagem gradativamente. A cada geração sucessiva, mais bactérias eram capazes de suportar os efeitos do antibiótico, até um ponto em que sobreviveram algumas bactérias cujas doses regulares de penicilina não eram suficientes para exterminá-las. Em relação à resistência das bactérias aos antibióticos, analise as afirmativas e conclua.
I   II
0 0 – A resistência é um fenômeno  pós-adaptativo  que  se desenvolve  por seleção de indivíduos raros que podem sobreviver à aplicação de determinada dose de um antibiótico.
1 1 – Uma população de bactérias desenvolve resistência a determinado antibiótico, independentemente da alta pressão de seleção.
2  2 – A variabilidade  genética é  importante para  a sobrevivência  da população, pois, se houver indivíduos pré-adaptados a certo tipo de antibiótico, o risco de extinção da população é menor.
3  3 – Uma das possibilidades nocivas de automedicação é o uso de doses muito pequenas, de tal forma que, ao invés de eliminar a infecção, as bactérias se tornam resistentes ao antibiótico.
4  4 – Normalmente, um mutante para resistência a antibiótico não seria favorecido pela seleção natural em um ambiente, sem a presença da droga, mas, ao enfrentar o antibiótico, sua prole pode se tornar bem-sucedida.
09. (UEPB) “Observando a gradação e a diversidade da estrutura de um pequeno grupo de pássaros intimamente relacionado é realmente possível imaginar que de uma pequena parcela de pássaros no arquipélago, uma espécie tenha sido selecionada e modificada para diferentes fins” (Charles Darwin – O diário do Beagle). Darwin traduziu, há 150 anos, sua compreensão da adaptação dos tentilhões às condições ambientais nas diferentes ilhas em uma teoria da evolução, enfatizando a força da seleção natural para garantir que traços mais favoráveis perdurem em sucessivas gerações. A respeito da Teoria da evolução das espécies, analise as proposições:
I. A seleção natural atua sobre o organismo como um todo e não sobre suas partes.
II. Os organismos estão sendo continuamente selecionados de modo a se adaptarem às condições ambientais nas quais vivem, assim a evolução deverá fazer que as populações se tornem, como o passar do tempo, cada vez mais capazes de sobreviverem nesses ambientes, alcançando, por fim, uma condição ótima na qual os organismos e suas características estarão perfeitamente adaptados à vida nessas condições.
III. A diversidade de fenótipos existentes em uma população, sobre as quais atua a seleção natural, é mantida por mutação e recombinação gênica.
IV. Em um ambiente qualquer, os indivíduos com características que tendem a aumentar sua capacidade de sobrevivência têm maior probabilidade de atingir a época da reprodução. Assim, em cada geração, podemos esperar uma diminuição na proporção de indivíduos de maior variabilidade, isto é, que possui maior número de características favoráveis à sobrevivência dos mais aptos.
Estão corretas apenas as proposições:
a) I e III.
b) I e II.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, II e IV.
10. (UFJF) Uma pessoa com infecção ocular foi medicada com um antibiótico na forma de colírio. Esse antibiótico foi ministrado por tempo e dose além do recomendado. No final do tratamento, essa mesma pessoa apresentou um quadro clínico de diarreia. Estudos anteriores demonstraram que, embora o colírio seja de aplicação local, o antibiótico é transferido para as diferentes partes do corpo humano através da corrente sanguínea. Assinale a alternativa correta que explica a correlação entre essas enfermidades.
a) Algumas bactérias, através de mutação ao acaso, já teriam genes de resistência ao antibiótico aplicado, levando ao seu aumento populacional, tornando-as patogênicas no intestino.
b) As bactérias presentes no olho, por não possuírem valor adaptativo, foram extintas e esse nicho foi ocupado por uma espécie nova que migrou para o intestino, tornando-se patogênica.
c) Como as bactérias são diploides, no momento da conjugação, houve transferência do alelo que confere resistência ao antibiótico para a bactéria patogênica, levando à colonização de outra parte do corpo humano.
d) Como as bactérias estão ainda num processo de especiação, não há isolamento reprodutivo completo. Assim, as bactérias do olho migraram e transferiram seus genes de resistência para as bactérias do intestino, causando a diarreia.
e) O uso do antibiótico induziu o surgimento de genes de resistência nas bactérias do intestino que foram selecionadas positivamente e, por seu alto valor adaptativo, tornaram-se competidoras, levando à exclusão de outras espécies.
11. (UFPB) Sabe-se que a primeira etapa da reprodução das angiospermas é a polinização e que, desde o seu surgimento, essas plantas têm utilizado diversas estratégias para terem sucesso em sua reprodução. Uma delas é bem representada pela relação entre a estrutura das peças florais e as características morfológicas do agente polinizador, como ocorre no caso de plantas que apresentam flores com corola de formato tubular e longo e o bico dos beija-flores, ilustrado na figura abaixo.
A interação entre planta e agente polinizador, relatada no texto e demonstrada na figura, é denominada:
a) Coevolução.
b) Convergência evolutiva.
c) Homologia.
d) Competição interespecífica.
e) Polimorfismo.
12. (URCA) No cladograma abaixo o que significa anagênese na seta à esquerda?
a) Processo de ruptura da coesão original de uma população.
b) Processo de surgimento das modificações de caracteres (novidades evolutivas).
c) Processo de surgimento de barreiras reprodutivas.
d) Processo de seleção natural com caracteres adquiridos.
e) Processo de origem das espécies por intercruzamento.
13. (UFCG) As figuras abaixo esquematizam o desenvolvimento em ambientes diferentes de uma espécie vegetal em que são oferecidas condições edafoclimáticas distintas.
Do esquema apresentado, podemos chegar à seguinte dedução:
a) As diferentes condições ambientais oferecidas, como temperatura, qualidade dos solos e umidade relativa do ar, são por si suficientes para determinarem o surgimento de uma nova espécie.
b) As condições diversas do ambiente determinaram o surgimento de duas novas espécies: no ambiente-X, uma variedade com folhas estreitas e raízes longas e no ambiente-Y com folhas longas e raízes normais.
c) Se, por alguma razão, as três populações de plantas permanecerem isoladas, elas poderão evoluir separadamente. Contudo e a qualquer momento, podem se cruzar entre si recombinando seus genes e suas características.
d) A especiação caracterizada no esquema apresentado é o resultado do isolamento reprodutivo entre as raças geográficas ou subespécies, as quais não podem mais se cruzar entre si.
e) Populações de plantas, por ocasião de isolamento geográfico longo, desenvolverão diferenças em suas características genéticas e essas podem ser tão profundas a ponto de caracterizar duas ou mais raças geográficas.
14. (UFCG) A biodiversidade tem fascinado a humanidade ao longo de sua história. Explicações religiosas e científicas têm sido formuladas para a origem dos seres vivos e de sua diversidade. Em 2009 foram comemorados os 150 anos de “A Origem das Espécies”, o livro do naturalista Charles Darwin (1809-1882), que revolucionou o pensamento acerca da existência da vida e estabeleceu os fundamentos do evolucionismo. A Teoria Darwinista defende as ideias expressas em:
I. A seleção natural favorece, ao longo das gerações sucessivas, a permanência e o aprimoramento de características relacionadas à adaptação.
II. O ambiente natural impõe limites ao crescimento das populações, mantendo-as constante ao longo do tempo, porém, morrendo a cada geração grande número de indivíduos, muitos deles sem deixar descendentes.
III. As características adquiridas pelo uso intenso ou pela falta de uso dos órgãos poderiam ser transmitidas à descendência, caracterizando-se como a “lei da transmissão de caracteres adquiridos”.
IV. A seleção artificial não podia, segundo as observações de Darwin, ser comparada à seleção que a natureza exerce sobre as espécies selvagens.
V. A adaptação resulta do fato de os indivíduos portadores de características adaptativas terem mais chance de sobreviver e de deixar descendentes, aos quais transmitem suas características.
Assinale a alternativa correta:
a) II, III e IV.
b) I, II e V.
c) I, IV e V.
d) I, III e IV.
e) III, IV e V.
15. (UEPG) A noção de que os seres vivos mudam ao longo do tempo é, atualmente, tão natural quanto à ideia de que as células são as unidades da vida e de que o DNA é o material genético dos seres vivos. Essa forma de pensar caracteriza o transformismo, doutrina segundo a qual as espécies se transformam gradualmente no decorrer do tempo, sendo todas provenientes de ancestrais comuns, por evolução. A respeito desse tema, assinale o que for correto.
I   II
0  0 – O fixismo é a teoria que contraria o conceito da evolução. Essa teoria defende que cada espécie viva teria surgido por um ato de criação divina, tendo hoje exatamente as mesmas características que possuía na época primitiva. As espécies biológicas, assim, seriam fixas e imutáveis.
1  1 – As ideias fixistas perduraram desde a antiguidade até o século XIX, quando o naturalista Charles Darwin publicou “A Origem das Espécies”, obra que causou muita polêmica no mundo científico da época.
2  2 – Para o filósofo grego Aristóteles, cada espécie viva podia ser “arrumada” num dos degraus de uma escada, no sentido de uma complexidade cada vez maior. Cada degrau da escada teria, assim, seu ocupante definitivo, não podendo haver nenhuma mudança de lugar, já que as espécies biológicas eram perfeitas e não sofriam transformações no decorrer do tempo.
3  3 – Lineu, inventor do sistema de classificação usado até hoje, era fixista. Seu sistema taxonômico, porém, criado com base na maior ou menor semelhança entre os grupos biológicos, seria usado por Darwin cem anos depois para elaboração de sua teoria da seleção natural.
4  4 – O biólogo francês Jean Baptiste Lamarck, encarregado da coleção de invertebrados no Museu de História Natural de Paris, foi o primeiro cientista a propor uma idéia coerente, um mecanismo que explicava como os seres vivos evoluíam. Em vez de uma “escada” única com degraus fixos, Lamarck acreditava na existência de várias “escadas” e, o mais importante, na possibilidade de as espécies serem capazes de “mudar de degrau”, em outras palavras, de se transformar. Embora suas idéias sobre o mecanismo da evolução sejam hoje rejeitadas, ele teve o mérito de propor pela primeira vez uma idéia de evolução que foi levada a sério.
16. (UFSCar) Considere o esquema a seguir, que representa um réptil fóssil, um peixe cartilaginoso e um mamífero.
Esses animais constituem exemplo de uma convergência adaptativa, ou seja:
a) Apresentam o mesmo ancestral que deu origem aos três tipos de vertebrados.
b) Tiveram a mesma origem embrionária e apresentam as mesmas funções.
c) Embora pertençam a grupos diferentes, apresentam a forma do corpo em comum.
d) Representam um processo genético baseado na diferença física entre grupos irmãos.
e) Constitui exemplo de um mecanismo de mutação por isolamento geográfico.
17. (UFU) Por meio da anatomia e da embriologia comparadas, é possível verificar que os ossos dos membros anteriores de alguns vertebrados têm origem evolutiva comum, embora possam desempenhar funções diferentes. Nas aves, por exemplo, esses ossos atuam no voo, enquanto, no homem e na baleia, podem ser usados para a natação. Por outro lado, as asas dos insetos e das aves têm origem evolutiva e embrionária diferentes, mas têm a mesma função (voo). Com relação à origem evolutiva e à função desempenhada, assinale a alternativa correta.
a) As asas dos insetos e as asas das aves são estruturas homólogas.
b) As estruturas análogas podem, por mutação, ser transformadas em estruturas homólogas.
c) Os membros superiores do homem, membros anteriores da baleia e as asas das aves são estruturas homólogas.
d) As asas dos insetos são análogas aos membros superiores do homem.
18. (UPE) Em 2009, foram comemorados o bicentenário do nascimento de Darwin e os 150 anos do seu famoso livro “A origem das Espécies”, que engloba, pelo menos, cinco teorias independentes: evolução propriamente dita, ancestralidade comum, gradualismo, variação das espécies e seleção natural. Em relação a Darwin e suas teorias, analise as afirmativas e conclua.
I   II
0 0 – Durante a viagem do Beagle, Darwin encontrou diferentes espécies de pássaros que variavam de ilha para ilha, no arquipélago de Galápagos, e diferiam significantemente daquelas encontradas no continente sul-americano, o que causou forte impressão e desencadeou reflexões que resultaram em suas ideias sobre a evolução da vida.
1  1 – O livro Ensaio sobre o princípio da população, de Thomas Malthus foi crucial para o desenvolvimento da teoria da seleção natural, pois, segundo a tese do crescimento exponencial de Malthus: “As populações crescem menos rapidamente do que os recursos dos quais dependem”.
2  2 – Com a descoberta da similaridade entre o código genético para procariotos e eucariotos, atualmente se passou a ter um consenso de que todos os organismos existentes no planeta Terra possuem características adquiridas pelo uso ou desuso.
3  3 – Darwin percebeu dois aspectos importantes para a evolução: a anagênese – processo gradual de transformação das espécies e a cladogênese – processo de diversificação de novas espécies a partir de uma espécie ancestral.
4 4 – Dentre as cinco teorias, a da seleção natural foi a mais difícil de ser aceita, principalmente pela ausência de um mecanismo convincente de herança, o que foi solucionado pelas leis da hereditariedade descobertas por Mendel.
19. (UFJF) As ilhas Galápagos são consideradas, desde 1978, patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Em 2007 passaram a integrar a lista dos patrimônios em risco, devido ao crescente turismo e imigração. Desde 1991, o número de turistas saltou de 41 mil por ano para 160 mil. Outra grande ameaça são organismos transportados involuntariamente do continente para ilhas. Um novo estudo destaca o mosquito Culex quinquefasciatus, conhecido popularmente no Brasil como pernilongo ou muriçoca. O inseto teria sido introduzido nas Galápagos em meados da década de 1980, levado por aviões, e continua a ser transportado regularmente desde então, cruzando com populações locais desta espécie. De acordo com o texto, podemos afirmar que os indivíduos que chegam às ilhas:
I. São considerados exemplo de uma espécie invasora.
II. Podem aumentar sua diversidade genética cruzando com as populações locais.
III. São exemplos de radiação adaptativa por ser espécie descendente de um ancestral comum da espécie local.
Marque a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I está correta.
b) Somente a afirmativa II está correta.
c) Somente a afirmativa III está correta.
d) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
e) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
20. (UFPR) A técnica de hibridização de DNA permite identificar o parentesco que existe entre diferentes organismos. Ela consiste em produzir fragmentos de DNA de um determinado organismo, separar as duas fitas de DNA desses fragmentos e promover a ligação entre esses fragmentos de DNA de fita simples e os fragmentos de DNA de fita simples de outro organismo, correspondente a um mesmo gene para ambos os organismos estudados. Para qual dos pares de organismos apresentados abaixo deve ser mais fácil separar as duas fitas de DNA após um processo de hibridização?
a) Beija-flor e crocodilo.
b) Minhoca e ouriço-do-mar.
c) Chimpanzé e humano.
d) Anêmona e medusa.
e) Tubarão e lambari.
21. (UFAL) Rãs, crocodilos e hipopótamos, quando estão com seus corpos submersos na água, mantêm os olhos e as narinas alinhados, rente à superfície da água. Mas, eles descendem de ancestrais diferentes. Logo, a semelhança observada resulta de:
a) Irradiação adaptativa.
b) Convergência adaptativa.
c) Mimetismo.
d) Variabilidade genética.
e) Deriva genética.
22. (UEL)       RESPONDA ESTA QUESTÃO COM BASE NO TEXTO ABAIXO
Darwin, empolgado com as maravilhas da natureza tropical, em Salvador e no Rio, registrou: A viagem do Beagle foi sem dúvida o acontecimento mais importante de minha vida e determinou toda a minha carreira. As maravilhas das vegetações dos trópicos erguem-se hoje em minha lembrança de maneira mais vívida do que qualquer outra coisa.
(Adaptado de: MOREIRA, I. C. Darwin, Wallace e o Brasil. In Jornal da Ciência, Ano XXII, n. 625, p. 6, 11 jul. 2008.)
Darwin, em sua teoria de seleção natural, forneceu uma explicação para as origens da adaptação. A adaptação aumenta a capacidade de um organismo de utilizar recursos ambientais para sobreviver e se reproduzir. Com base na série de observações e conclusões de Darwin e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas:
I. O tamanho das populações naturais mantém-se constante ao longo do tempo, sendo limitado por fatores ambientais, como a disponibilidade de alimento, locais de procriação e presença de inimigos naturais.
II. Uma luta contínua pela existência ocorre entre indivíduos de uma população e a cada geração muitos morrem sem deixar descendentes; os que sobrevivem apresentam determinadas características relacionadas à adaptação.
III. Os indivíduos de uma população possuem as mesmas características, o que influencia sua capacidade de explorar com sucesso os recursos naturais e de deixar descendentes.
IV. Os indivíduos mais adaptados se reproduzem e transmitem aos descendentes as características relacionadas a essa adaptação, favorecendo a permanência e o aprimoramento dessas características ao longo de gerações sucessivas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
23. (UNESP) Cogumelos iluminam a floresta, é o título da reportagem de capa da Revista Pesquisa Fapesp de fevereiro de 2010. Na reportagem, os pesquisadores descrevem algumas espécies de fungos bioluminescentes encontrados no Brasil. Antes de entregar a revista para que os alunos lessem a reportagem, a professora de biologia pediu-lhes que apresentassem hipóteses sobre o desenvolvimento da bioluminescência na evolução desses fungos. Foram apresentadas três hipóteses:
I. A bioluminescência, resultante de reações de oxirredução que consomem oxigênio, poderia desempenhar um papel antioxidante que protegeria os fungos bioluminescentes de radicais livres produzidos por seu metabolismo.
II. A bioluminescência poderia servir como um sinalizador de perigo, similar ao existente em algumas espécies de insetos, o qual alertaria os eventuais predadores tratar-se de um fungo venenoso.
III. A bioluminescência teria se desenvolvido para promover a iluminação da floresta, favorecendo inúmeras espécies de hábitos noturnos, como algumas aves e mamíferos, que dependem da luz para suas atividades.
Pode-se afirmar que, do ponto de vista evolutivo, são plausíveis as hipóteses:
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, apenas.
e) III, apenas.
24. (UFJF) O grau de semelhança entre os organismos sempre foi o principal critério para os seus agrupamentos. Com o advento da ideia de evolução entre os seres vivos, o grau de semelhança também passou a significar grau de parentesco evolutivo. O grau de parentesco evolutivo entre os metazoários é determinado por semelhanças exclusivas fundamentais que caracterizam os grupos. As letras A, B e C representam as seguintes características, respectivamente:
a) Simetria bilateral; boca derivada do blastóporo; presença de notocorda.
b) Simetria radial; boca derivada do blastóporo; tegumento quitinoso.
c) Simetria bilateral; ausência de celoma verdadeiro; presença de um pseudoceloma.
d) Presença de celoma; metamerizados; ausência de apêndices articulados.
e) Simetria radial; com três folhetos germinativos; ausência de metameria.
25. (UEPG) Há um número muito grande de fatos que comprovam que a evolução realmente ocorreu e continua ocorrendo. Sobre tal assunto, assinale o que for correto.
I   II
0  0 – Semelhança quase sempre sugere parentesco. Foi observando essa constante que o estudo intensivo da anatomia comparada acabou por reforçar a ideia da evolução.
1  1 – Órgãos que possuem a mesma origem evolutiva, embora suas funções sejam diferentes, são denominados homólogos. É o caso do esqueleto dos membros anteriores dos vertebrados.
2 2 – A embriologia comparada evidencia a evolução quando se estudam embriões e se percebe que quanto mais precoce a fase embrionária observada, mais parecidos são os embriões de grupos diferentes dentro de uma mesma classificação.
3  3 – Nas últimas décadas foram desenvolvidas algumas técnicas bioquímicas que permitem o estudo da evolução. Todos os métodos se baseiam na ideia de que espécies muito próximas evolutivamente, que descendem de um ancestral comum, têm maior semelhança na sua composição química do que espécies mais distantes.
4  4 – Quanto maior a semelhança entre DNAs de espécies cujo parentesco evolutivo se quer determinar, mais relacionadas estarão as espécies. Um dos métodos mais simples de fazer essa comparação consiste em “hibridizar”, em tubos de ensaio, as fitas isoladas de seus DNAs. Determina-se em que medida houve pareamento entre os DNAs diferentes. Quanto maior a taxa de pareamento, maior a semelhança entre as sequências do DNA e mais próximas portanto estarão as espécies em termos evolutivos.
26. (UFPB) A figura a seguir representa uma filogenia provável para alguns grupos pertencentes aos cordados.
Com base na figura, nos princípios da filogenia e considerando que cada característica herdada evoluiu uma única vez, é correto afirmar que as características:
a) Herdadas por dois grupos distintos e derivadas do mesmo ancestral são consideradas análogas.
b) Ocorrentes em vários grupos e herdadas do mesmo ancestral são resultado de homoplasia.
c) Ausentes no ancestral comum, como pulmões, e presentes em vários grupos são denominadas derivadas.
d) Herdadas de um ancestral mais recente devem ser compartilhadas por mais grupos do que aquelas de um ancestral mais distante.
e) Presentes no camundongo e no chimpanzé, como coração com quatro cavidades, pelos e glândulas mamárias, são denominadas ancestrais.
27. (UNESP) No filme Avatar, de James Cameron (20th Century Fox, 2009), os nativos de Pandora, chamados Na’Vi, são indivíduos co 3 metros de altura, pele azulada, feições felinas e cauda que lhes facilita o deslocar por entre os galhos das árvores. Muito embora se trate de uma obra de ficção, na aula de biologia os Na’Vi foram lembrados. Se esses indivíduos fossem uma espécie real, sem parentesco próximo com as espécies da Terra, e considerando que teriam evoluído em um ambiente com pressões seletivas semelhantes às da Terra, a cauda dos Na’Vi, em relação à cauda dos macacos, seria um exemplo representativo de estruturas:
a) Homólogas, resultantes de um processo de divergência adaptativa.
b) Homólogas, resultantes de um processo de convergência adaptativa.
c) Análogas, resultantes de um processo de divergência adaptativa.
d) Análogas, resultantes de um processo de convergência adaptativa.
e) Vestigiais, resultantes de terem sido herdadas de um ancestral comum, a partir do qual a cauda se modificou.
28. (UFPB) O processo de evolução atua sobre a variação genética que se encontra disponível nas populações, favorecendo principalmente aquelas formas de maior valor adaptativo dentre a amplitude de variedades disponíveis. Desse modo, a evolução acontece, porque alguns indivíduos sobrevivem e se reproduzem com mais sucesso nas novas condições ambientais. Com base no texto apresentado e nos processos de evolução biológica e adaptativos das espécies às diferentes condições ambientais, identifique as afirmativas corretas:
I   II
0  0 -  Os indivíduos que compõem a população de uma dada espécie são todos idênticos.
1  1 – Parte da variação entre indivíduos é herdável, isto é, tem base genética e, por isso, capaz de ser transferida aos descendentes.
2  2 – Ancestrais diferentes deixam um número diferente de descendentes, porém nem todos estes contribuem igualmente para as gerações seguintes.
3  3 – Todas as populações poderiam crescer a uma taxa que saturaria o ambiente, mas, devido às condições ambientais e aos potenciais bióticos das espécies, parte dos indivíduos morre antes.
4  4 – A evolução significa mudança das características herdáveis de uma população ou espécie ao longo do tempo.
29. (UEPG) Uma população ou uma espécie que vive em certa área tende a dispersar-se, ocupando o maior número de habitats possível. Como as condições ambientais são diferentes em cada hábitat, a seleção natural faz com que esses grupos, ao longo do tempo, se diferenciem bastante um do outro, já que cada um deles se adapta a um ambiente diferente. A respeito desse fenômeno, assinale o que for correto.
I   II
0  0 – Essa diversificação de formas, originadas de uma espécie única, chama-se poliploidia.
1  1 – Na irradiação adaptativa observa-se que organismos de origens diferentes, que vivem no mesmo ambiente há muito tempo, sendo submetidos a pressões de seleções semelhantes, acabam por se parecer.
2  2 – O fenômeno apresentado é conhecido por irradiação adaptativa e permite que uma única espécie origine uma grande variedade de espécies, cada qual adaptada a certo conjunto de condições de vida.
3  3 – O melhor exemplo da irradiação adaptativa é o cão, animal associado à espécie humana há milhares de anos, e portanto o mais diversificado, já que é o mais submetido à seleção artificial. Cada uma das muitas raças de cães é adaptada a determinada função, como pastoreiro, guarda, guia, tração e caça. Dessa forma passam a pertencer a espécies diferentes,devido a sucessivas modificações e transformações que sofrem.
4  4 – As espécies na condição selvagem, na natureza, são notavelmente uniformes, enquanto aquelas domesticadas e criadas pelo ser humano mostram imensa diversificação de formas, cores, tamanhos, aptidões, resistência, agilidade, força e capacidade reprodutiva. Isso ocorre devido ao tipo de seleção distinta que elas sofrem.
30. (UEPA) Por meio de tecnologias, como o melhoramento genético, variedades de plantas e animais surgem como poliploides e podem ser explorados das mais variadas formas a fim de servir aos nossos propósitos, como no caso do trigo, um alimento bastante consumido no mundo.
Com base no texto acima, observe a figura e analise as afirmativas a seguir:
I. O “trigo duro” Triticum durum, com um conjunto de 28 cromossomos, é um híbrido de duas espécies diferentes.
II. A figura representa a formação de novas espécies em consequência de eventos que ocorrem durante a meiose.
III. A diminuição do número cromossômico, ao longo das gerações exemplificadas na figura, foi significativo para a mudança fenotípica dos novos indivíduos.
IV. A poliploidia caracteriza um tipo de mutação cromossômica numérica, como fonte de variabilidade genética.
De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta é:
a) I e II.
b) I, II e IV.
c) I, II e III.
d) I, II, III e IV.
e) II, III e IV.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E B A C D B A FFVFV A A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A B E B VVVVV C C VFFVV B B
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B D B A VVVVV C D FVVVV FFVFV B

TESTES SOBRE ESPECIAÇÃO

01. (UEPB) Vários conceitos são utilizados para definir uma espécie. De maneira geral podemos dizer que uma espécie representa um conjunto de indivíduos com potencial, em condições naturais, de cruzarem entre si e gerarem descendentes férteis. Vários fatores podem produzir novas espécies, ou especiação. Isso se dá quando uma espécie deriva-se de outra reprodutivamente isolada, podendo esta nova espécie manter ou não relações geográficas com seu ancestral. Assinale a alternativa que representa um processo que pode favorecer a especiação:
a) Populações que vivem no mesmo ambiente e que se reproduzem em épocas diferentes apresentam um isolamento estacional.
b) Populações com parceiros em potencial copulam, porém a fecundação não ocorre devido à ausência de transferência de espermatozoides, já que eles morrem, favorecendo o mecanismo de isolamento pré-copulatório.
c) Populações com parceiros em potencial encontram-se, mas não copulam, favorecendo o mecanismo de isolamento mecânico.
d) Populações que escolhem seus parceiros avaliando seus comportamentos apresentam um isolamento temporal.
e) Populações que vivem no mesmo ambiente e que se reproduzem em épocas diferentes apresentam um isolamento gamético.
02. (UFAM) Entende-se por especiação a evolução do isolamento reprodutivo entre duas populações. Avalie as afirmativas abaixo:
I. A especiação parapátrica ocorre quando uma população é isolada geograficamente, restringindo o fluxo gênico entre as subpopulações.
II. Novas espécies são formadas em isolados periféricos da população original no processo de especiação peripátrica.
III. Na especiação alopátrica, uma nova espécie evolui em uma população geograficamente contígua.
IV. Na especiação simpátrica, a nova espécie surge no âmbito geográfico de sua ancestral.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
e) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
03. (UEFS) A organização de indivíduos e populações em espécies evita a degradação de genótipos maduros, bem sucedidos, que ocorreria caso se misturassem com genótipos incompatíveis. A hibridação, quando possível, costuma produzir indivíduos inferiores, muitas vezes estéreis, Isso demonstra que os genótipos, por serem sistemas harmoniosos e bem ajustados, devem ser similares para que um cruzamento seja bem sucedido.
(MAYR, 2009, p. 202).
Considerando-se as etapas necessárias para o estabelecimento da especiação a partir de populações originais e a importância desse processo evolutivo na diversidade da vida, é possível afirmar:
a) Genótipos incompatíveis se expressam inexoravelmente na formação de híbridos inferiores ou estéreis.
b) A hibridação produz indivíduos inferiores devido à baixa estatura provocada pelo nascimento precoce das crias.
c) Na especiação simpátrica, o distanciamento genético que provoca a incompatibilidade entre os indivíduos se estabelece apesar da interação persistente entre os grupos.
d) Organismos capazes de produzir descendentes não devem apresentar diferenças significativas no seu conjunto gênico que justifiquem algum tipo de progresso especiativo.
e) O isolamento geográfico em populações alopátricas favorece uma aproximação do conjunto gênico durante o processo de especiação.
04. (UEM) Com relação à evolução biológica e à especiação, assinale o que for correto.
I   II
0 0 – Um dos princípios básicos das ideias evolucionistas por seleção natural é que os organismos com variações favoráveis às condições do ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis.
1  1 – As mutações podem ocorrer em células somáticas ou em células germinativas, sendo estas últimas de fundamental importância para a evolução, pois são transmitidas aos descendentes.
2 2 – A resistência de bactérias a antibióticos e de insetos a inseticidas, por terem a interferência humana na fabricação dessas substâncias, não podem ser exemplos de seleção natural.
3  3 – A cladogênese é um processo envolvido na especiação que, pela ruptura da coesão original em uma população, gera duas ou mais populações que não podem mais trocar genes entre seus indivíduos.
4 4 – O desenvolvimento de mecanismos que determinam o isolamento reprodutivo é importante na especiação. A inviabilidade do híbrido e a esterilidade do híbrido são mecanismos pós-zigóticos de isolamento reprodutivo.
05. (UECE) Foi o naturalista inglês Charles Darwin (18091882), em sua obra intitulada A Origem das Espécies, que sugeriu que a evolução é um processo de divergência, onde espécies semelhantes seriam descendentes de uma única espécie que teria existido no passado, a partir de um ancestral comum. Podemos afirmar corretamente que a especiação, no geral, inicia-se quando:
a) Acontece a troca de genes entre duas espécies diferentes ocupantes de um mesmo espaço, não isoladas geograficamente.
b) Não ocorre a troca de genes entre duas espécies, mesmo que não haja isolamento geográfico.
c) Ocorre a troca de genes entre duas populações que coexistem em um mesmo espaço, não isoladas geograficamente.
d) A troca de genes entre duas espécies torna-se restrita em virtude do isolamento geográfico das mesmas.
06. (UFU) Observe a representação esquemática dos eventos envolvidos em um processo de especiação, apresentada a seguir.

Adaptado de Amabis, J.M & Martho G.R. Fundamentos de Biologia Moderna. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2006
Sobre a representação acima, pode-se afirmar:
I. O processo de especiação é causado pelo isolamento geográfico indicado por C.
II. O evento A representa a cladogênese, que compreende processos responsáveis pela separação de um grupo populacional, em dois ou mais grupos, os quais passam a evoluir independentemente.
III. Os eventos de cladogênese e anagênese, A e B, respectivamente, ocorrem somente durante o processo de especiação alopátrica.
IV. No evento B, estão envolvidos fatores evolutivos como: mutação, recombinação gênica, seleção natural.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas II, III e IV são verdadeiras.
b) Apenas I e IV são verdadeiras.
c) Apenas II e IV são verdadeiras.
d) Apenas II e III são verdadeiras.
07. (PUC-MG) Num contexto de isolamento geográfico, as raças podem originar espécies (especiação) distintas ou, após a eliminação da barreira geográfica, confluir para formar populações com maior variabilidade. Populações e espécies também estão sujeitas à extinção. Ao longo da evolução, as taxas de especiação e extinção têm variado principalmente em função de alterações no meio ambiente. Mas, nos últimos tempos, devido à ação humana, as extinções têm superado em muito as taxas de surgimento de novas espécies. A esse respeito, assinale a afirmação incorreta.
a) Na especiação natural, um mesmo gene alelo pode ter diferentes valores adaptativos em diferentes ambientes.
b) A fragmentação de um ecossistema pode favorecer a oscilação gênica contribuindo para a extinção de determinadas espécies.
c) A seleção natural aumenta a variabilidade genética de uma determinada população isolada de outras populações.
d) Espécies muito diferentes podem convergir para se tornar mais semelhantes devido à seleção de características adaptativas em um determina o ambiente.
08. (UFV) Ao realizar estudos de Evolução, calouros de uma turma elaboraram as seguintes afirmativas sobre os conceitos de especiação:
I. Processo que separa populações geneticamente homogêneas em duas ou mais, as quais podem se tornar isoladas reprodutivamente entre si.
II. No processo de especiação, as modificações da frequência alélica não são importantes uma vez que a seleção natural atua no fenótipo.
III. Na especiação alopátrica, o ambiente geográfico é um facilitador para que o fluxo gênico aumente a variabilidade dentro da população.
Com base nos princípios evolutivos e nos de especiação, são incorretas as afirmativas:
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
09. (UFGO) Os fatos biológicos a seguir se referem ao processo de formação de novas espécies (especiação):
I. Para que ocorra a especiação por cladogênese, é necessário que grupos de indivíduos pertencentes à mesma população original separem-se e deixem de se cruzar.
II. Mutações ao acaso do material genético, ao longo do tempo, promovem o aumento da variabilidade, permitem a continuidade da atuação da seleção natural e o consequente aparecimento de novas espécies.
III. Barreiras mecânicas, diferenças comportamentais no processo de acasalamento, amadurecimento sexual em épocas diferentes, inviabilidade e/ou esterilidade do híbrido ou da geração F2 são mecanismos que levam ao isolamento reprodutivo e, consequentemente, à formação de novas espécies.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
10. (UPE) A imensa biodiversidade de nossos ecossistemas constitui apenas um pequeno percentual de todos os organismos que viveram na Terra, ao longo das eras geológicas. O surgimento de novas espécies de seres vivos e o desaparecimento de outras fazem parte da história da vida em nosso planeta. Em relação aos mecanismos de especiação, analise as afirmativas abaixo e conclua.
I   II
0 0 – Especiação é o processo pelo qual uma espécie de ser vivo se transforma em outra (anagênese) ou se “divide”, dando origem a duas outras (cladogênese).
1  1 – A lei de Hardy-Weinberg aplica-se ao conceito de especiação em populações que sofrem mutações, são panmíticas, migram e, como consequência, evoluem.F
2  2 – A especiação, por cladogênese, se inicia quando uma subpopulação de uma espécie se isola geograficamente, altera seu nicho ecológico ou seu comportamento, de maneira que fique isolada, reprodutivamente, do restante da população daquela espécie. Essa subpopulação, ao se isolar, sofre mutações cumulativas com o passar do tempo, que alteram seu genótipo e, consequentemente, sua expressão fenotípica.
3 3 – O isolamento reprodutivo é fundamental para o aparecimento de novas espécies, manifestando-se de dois modos: pré-zigótico, por inviabilidade dos híbridos, e pós-zigótico, por esterilidade dos híbridos e da geração F2.F
4 4 – Pode ocorrer surgimento de novas raças, quando um número suficiente de mutações atinge uma subpopulação isolada geograficamente, que torna a se reunir e ainda é capaz de gerar descendentes férteis, apesar das características morfológicas distintas.
11. Considere as seguintes informações sobre fatos e acontecimentos referentes ao processo de especiação e indique a alternativa que os ordena na sequência em que atuam no processo de formação de duas espécies, a partir de uma população ancestral.
I. Populações que se cruzam livremente.
II. Acúmulo de diferenças genéticas entre as populações.
III. Estabelecimento de isolamento reprodutivo entre as populações.
IV. Aparecimento de barreira geográfica entre as populações.
a) I → II → III  → IV.
b) I → II → IV  → III.
c) I → III → II  → IV.
d) I → IV → II  → III.
12. (UEP) No mecanismo de formação de novas espécies, especiação, observa-se, geralmente, várias fases que estão relacionadas abaixo:
I. Seleção natural.
II. Isolamento reprodutivo.
III. Formação de espécies novas.
IV. Formação de subespécies.
V. Isolamento geográfico.
Assinale a alternativa que indica a mais provável sequência das fases do processo, na natureza.
a) IV, I, II, V, III.
b) II, IV, V, III, I.
c) I, III, II, V, IV.
d) V, IV, I, II, III.
e) IV, II, III, V, I.
13. (CESGRANRIO) A especiação é o passo fundamental do processo evolutivo. Através dela formam-se as espécies biológicas que são reprodutivamente isoladas de outros grupos desse tipo. Qual das alternativas abaixo representa a sequência correta de eventos necessários para que a especiação ocorra?
a) Formação de raças – divergência genética – isolamento reprodutivo – isolamento geográfico.
b) Divergência genética – formação de raças – isolamento geográfico – isolamento reprodutivo.
c) Isolamento geográfico – divergência genética – formação de raças – isolamento reprodutivo.
d) Isolamento reprodutivo – formação de raças – isolamento geográfico – divergência genética.
e) Isolamento reprodutivo – divergência genética – formação de raças – isolamento geográfico.
14. (UNIRIO) Encontram-se a seguir etapas de um processo de especiação.
I. Quando a temperatura da região se eleva, duas populações se isolam nas encostas de montanhas diferentes.
II. Uma espécie de pássaro, adaptada ao frio, habita todo um vale.
III. As diferenças genéticas acumuladas durante o período de isolamento não permitem que os membros das duas populações se cruzem.
IV. Após milhares de anos, a temperatura volta a baixar e as duas populações espalham-se pelo vale.
A sequência lógica dessas etapas é:
a) I, II, III, IV.
b) II, I, III, IV.
c) II, I, IV, III.
d) II, III, IV, I.
e) IV, III, II, I.
15. (PUC-SP) Uma população foi subdividida em duas por uma barreira geográfica. Após um longo tempo, essa barreira desaparece e as populações entram em contato. Para que tenha havido especiação, é fundamental que tenha ocorrido:
a) Variabilidade genética.
b) Oscilação genética.
c) Mutação cromossômica.
d) Isolamento reprodutivo.
e) Alteração fenotípica.
16. (VUNESP) A especiação do Homo sapiens tem pouca chance de ocorrer, considerando-se a atual condição da espécie humana. Assinale a afirmação que melhor sustenta essa hipótese.
a) A ciência moderna tem eliminado as mutações humanas.
b) Os medicamentos atuais diminuem a incidência de doenças.
c) Os postulados de Darwin não se aplicam à espécie humana.
d) As alterações ambientais que favorecem a especiação são cada vez menores.
e) Os meios modernos de locomoção e comunicação têm diminuído ou eliminado os isolamentos geográficos.
17. (UFL-MG) Em face da destruição acelerada de ecossistemas naturais, uma espécie de roedor foi separada em duas populações geograficamente isoladas, uma em áreas de caatinga e outra na região do chaco paraguaio. Supondo que essas populações possam futuramente originar novas espécies, qual sequência de eventos seria mais provável a partir do isolamento:
a) Isolamento reprodutivo mutação seleção especiação.
b) Recombinação seleção isolamento reprodutivo especiação.
c) Seleção divergência isolamento reprodutivo especiação.
d) Plasticidade fenotípica mutação seleção recombinação.
e) Mutação plasticidade fenotípica seleção recombinação.
18. (UFF) Sobre o conceito de especiação, é incorreto afirmar que.
a) As espécies de tentilhões descobertos por Darwin nas Ilhas Galápagos surgiram por especiação simpátrica.
b) A especiação alopátrica envolve isolamento geográfico, diversificação gênica e isolamento reprodutivo.
c) Todos os indivíduos pertencentes à mesma espécie compartilham de um patrimônio gênico característico e por isso possuem um conjunto básico de características morfológicas e funcionais.
d) A especiação alopátrica ocorre quando uma população torna-se geograficamente separada do restante da espécie e subsequentemente evolui por seleção natural ou deriva gênica.
e) A especiação pode ocorrer após um longo período de separação geográfica de duas populações da mesma espécie.
19. (UEL) Uma nova espécie surge quando:
a) Uma sequência de mutações torna um indivíduo diferente dos outros da população.
b) Uma barreira geográfica isola um indivíduo dos outros membros da população.
c) O clima da região em que vive a população altera-se drasticamente.
d) Um grupo de indivíduos da população vence os demais na competição pelo alimento levando-os à extinção.
e) Indivíduos da população isolam-se e, depois de algum tempo, não conseguem cruzar-se com os da população inicial.
20. (UFSM) Considere as seguintes afirmativas sobre especiação geográfica.
I. A divergência genética é causada pelos fatores evolutivos, tais como mutação, deriva genética e seleção natural.
II. O isolamento reprodutivo impede a troca de genes entre as populações.
III. Os grupos de indivíduos da mesma espécie são separados por barreiras geográficas.
A sequência correta dos eventos para a formação de novas espécies, a partir de uma população ancestral, é.
a) III, II, I.
b) III, I, II.
c) I, II, III.
d) II, I, III.
e) I, III, II.
21. (UFES) O esquema abaixo se refere a dois modelos de especiação (A e B).
Considere as afirmações abaixo relacionadas ao esquema.
I. O modelo A representa um exemplo de especiação filética, que pressupõe a ocorrência de isolamento geográfico.
II. O modelo A representa especiação por anagênese, que envolve seleção natural e adaptação a modificações graduais nas condições ambientais.
III. O modelo B representa especiação por cladogênese, que envolve isolamento de populações, adaptações a diferentes ambientes e isolamento reprodutivo.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
22. (UFU) Estão relacionados a seguir cinco estágios do fenômeno de especiação:
I. Seleção natural diferencial.
II. Isolamento geográfico.
III. Formação de raças.
IV. Formação de novas espécies.
V. Isolamento reprodutivo.
Qual das opções abaixo representa a sequência correta desses estágios?
a) II, III, IV, I, V.
b) II, III, I, V, IV.
c) III, II, I, IV, V.
d) II, I, III, V, IV.
e) V, IV, I, II, III.
23. (FATEC) Várias são as etapas do processo de especiação por cladogênese. Dentre elas citam-se:
I. Diferenciação do conjunto gênico de subpopulações isoladas.
II. Incapacidade dos membros de duas subpopulações se cruzarem, produzindo descendência fértil.
III. Separação física de duas subpopulações de uma espécie.
A sequência correta dessas etapas é:
a) IIIIII.
b) III - III.
c) II - IIII.
d) IIIIII.
e) IIIIII.
24. (UFMS) Na sequência mostrada a seguir, estão relacionados determinados eventos referentes ao processo de especiação biológica.
I. População original.
II. Surgimento de barreira geográfica.
III. Populações que já podem ser consideradas raças distintas.
IV. Populações que já podem ser consideradas espécies distintas.
V. Acúmulo de diferenças genéticas entre populações.
VI. Estabelecimento de isolamento reprodutivo.
Indique a sequência correta que ocorreu na formação de duas espécies novas a partir da população ancestral.
a) I, V, VI, II, III, IV.
b) I, VI, V, II, III, IV.
c) I, II, V, III, VI, IV.
d) I, II, IV, III, VI, V.
e) I, VI, V, IV, II, III.

GABARITO


01
02 03 04 05
06
A
D C VVFVV D
C
07
08 09 10 11
12
C
C E VFVFV D
D
13
14 15 16 17
18
C
C D E B
A
19
20 21 22 23
24
E
B E D E
C

25 de mar. de 2014

FILME - A CRIAÇÃO

http://www.youtube.com/watch?v=0ILhym3gg3M


Um longa de Jon Amiel que narra a história de Charles Darwin (Paul Bettany) e o seu bom relacionamento com sua filha Annie (Martha West), enquanto escreve seu livro A Origem das Espécies, a teoria que abalou as crenças do mundo inteiro. Descrente de Deus há conflitos com sua esposa Emma (Jennifer Connelly) bastante religiosa, sua angústia completa ao perder sua filha com 10 anos. Um filme ambientado no interior da Inglaterra que mostra o drama Charles Darwin antes da publicação de A Origem das Espécies, em 1859.

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