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5 de abr. de 2011


formação de gametas recebe o nome de gametogênese. Gametas são células haplóides, formadas em órgãos especiais denominados gônadas, e que se destinam à reprodução e perpetuação da espécie. As gônadas se dividem em masculinas e femininas. Nos animais, as gônadas masculinas são os testículos e as femininas são os ovários. É através da meiose que os testículos formam os gametas masculinos ou espermatozóides e os ovários formam os gametas femininos ou óvulos. A gametogênese animal compreende a espermatogênese e a ovogênese. A espermatogênese compreende três etapas. Durante a organogênese, numerosas células embrionárias indiferenciadas (células germinativas) permanecem no interior dos testículos. Fase de multiplicação ou germinativa: Começa por volta dos sete anos de idade. As células germinativas (2n) ou espermatogônias de 1ª ordem começam uma série de divisões mitóticas, originando espermatogônias de 2ª, 3ª ordem, até um número indeterminado de ordens. Essa etapa se prolonga por toda a vida do indivíduo. Fase de crescimento: Começa na adolescência, sob o estímulo do FSH hipofisário. As espermatogônias se organizam em dois grupos, um que continuará a fase de multiplicação e outro que passa à fase de crescimento. Na fase de crescimento, cada espermatogônia (2n) apenas aumenta de volume, tornando-se espermatócitos de 1ª ordem (2n). Essa fase é muito curta. Fase de maturação: Começa imediatamente após a fase de crescimento. Cada espermatócito de 1ª ordem sofrerá uma meiose, originando quatro espermátides (n). Cada espermátide sofre modificações e se transfigura num espermatozóide (espermiogênese). Mecanismos celulares: mitoses (multiplicação) intérfase (crescimento) meiose (maturação) espermiogênese (diferenciação) Estrutura do espermatozóide Acrossomo: Vesícula derivada do Complexo de Golgi, contendo enzimas para digerir a parede do óvulo. Núcleo: Contém o conjunto cromossômico paterno. Mitocôndrias: Fornecem energia (ATP) para o batimento flagelar. Flagelo: Estrutura locomotora que garante o deslocamento do espermatozóide até o óvulo. A ovogênese compreende, também, três fases básicas. Fase germinativa ou de multiplicação: Começa na vida intra-uterina e termina por volta da 15ª semana. As ovogônias (células germinativas) se multiplicam várias vezes. Fase de crescimento: Logo após a 1ª fase, as ovogônias aumentam de volume e se transformam em ovócitos primários ou de 1ª ordem. Essa fase se prolonga até o 7º mês de desenvolvimento (4 meses). Fase de maturação: A partir do 7º mês, todos os ovócitos primários (2n) passam por uma meiose, até o final da prófase I. Depois, toda a ovogênese paralisa e permanece assim até a adolescência. Ao nascer, a menina já possui um grande número de ovócitos primários em processo interrompido de meiose. No início da puberdade, e dali por diante, sob o estímulo do FSH e LH hipofisários, continua o processo meiótico. Mas um ovócito apenas, de cada vez, completará a meiose e a fase de maturação, originando um óvulo (n). Ao contrário da espermatogênese, cada ovócito primário formará um só óvulo e não quatro. Na 1ª divisão meiótica o ovócito primário origina duas células de tamanhos diferentes. A maior se divide e a menor (corpúsculo polar) degenera. A divisão do ovócito secundário maior dá origem a duas células de tamanhos diferentes, onde a menor degenera, restando apenas a maior que é o próprio óvulo. Isto se justifica pelo fato de que o óvulo deve conter todo o material necessário à formação do novo ser, uma vez que o espermatozóide contribui apenas com a carga genética (cromossomos).


A engenharia genética vem sendo considerada a grande revolução científica do final do século passado. A técnica do DNA recombinante, isto é, um DNA constituído por genes de dois organismos diferentes, constitui a base da engenharia genética. Essa técnica consiste, basicamente, em cortar, usando enzimas de restrição, pontos específicos do DNA de um organismo e transplantar o pedaço cortado em outro organismo diferente. O pedaço de DNA inoculado é aceito pela célula hospedeira que passa a executar as ordens contidas nesse DNA estranho. Hormônios diversos (insulina e hormônio do crescimento), vacinas, anticorpos e anticoagulantes são alguns dos produtos já obtidos através da engenharia genética aplicada em bactérias. Atualmente discute-se o problema dos transgênicos, alimentos geneticamente modificados, uma vez que ainda não foram determinadas as conseqüências para a saúde humana e o meio ambiente decorrentes do uso desses produtos. Propagação Vegetativa e Clonagem A propagação vegetativa é uma modalidade de reprodução assexuada típica dos vegetais. Na agricultura é comum a reprodução de plantas através de pedaços de caules (estaquia), é assim que propagamos cana-de-açúcar, mandioca, batatas, bananeiras, etc. Esse processo é possível porque o vegetal adulto possui tecidos meristemáticos (embrionários). Nesse tipo de propagação, os descendentes são geneticamente iguais à planta mãe. Outra forma de propagar vegetativamente as plantas é a cultura de tecidos. A planta é reproduzida a partir de células meristemáticas das gemas que, cultivadas em laboratório, originam inúmeros exemplares idênticos à planta mãe. A clonagem é outra técnica desenvolvida no final do século 20. Em 1997, a ovelha Dolly foi desenvolvida a partir do óvulo de uma ovelha adulta, sem o processo de fecundação. Em um óvulo não fecundado, do qual havia sido retirado o DNA, foi introduzido o material genético da ovelha a ser clonada. Dolly é geneticamente igual à ovelha doadora do material genético, pois possuem o mesmo DNA. ESTRUTURA E DUPLICAÇÃO DO DNA Nos seres vivos, existem dois tipos de ácidos nucléicos: o RNA (ácido ribonucléico) e o DNA (ácido desoxirribonucléico). Eles constituem a base química da hereditariedade. Estas duas substâncias são formadas por unidades menores, os nucleotídeos. Cada nucleotídeo é constituído por um fosfato (P), uma pentose (ribose ou desoxirribose) e uma base nitrogenada (adenina, guanina, citosina, timina ou uracila). Os nucleotídeos do DNA apresentam as bases adenina, guanina, citosina e timina: A – C – T – G. Todos os seres vivos possuem DNA e RNA; somente os vírus possuem ou DNA ou RNA. Nas células, o DNA é encontrado quase exclusivamente no núcleo, embora exista também nos cloroplastos e nas mitocôndrias. Tem a função de sintetizar as moléculas de RNA e de transmitir as características genéticas. O RNA é encontrado tanto no núcleo como no citoplasma, embora sua função de controle da síntese de proteínas seja exercida exclusivamente no citoplasma. Verificou-se que no DNA a quantidade de adenina é sempre igual à de timina, e a quantidade de guanina é sempre igual à de citosina. Isso porque a adenina está ligada à timina e a guanina se liga à citosina. Essas ligações são feitas por meio de pontes de hidrogênio, duas pontes nas ligações A-T e três pontes nas ligações C-G. A molécula de DNA tem a forma de uma espiral dupla, assemelhando-se a uma escada retorcida, onde os corrimões seriam formados pelos fosfatos e pentoses e cada degrau seria uma dupla de bases ligadas às pentoses. A seqüência das bases nitrogenadas ao longo da cadeia de polinucleotídeos pode variar, mas a outra cadeia terá de ser complementar. Se numa das cadeias tivermos: A T C G C T G T A C A T Na cadeia complementar teremos: T A G C G A C A T G T A A molécula de DNA tem o poder de se autoduplicar (replicação). Pela ação da enzima DNA-polimerase, as pontes de hidrogênio são rompidas e as cadeias de DNA separam-se. Posteriormente, por meio da ação de outra enzima, a DNA-ligase, novas moléculas de nucleotídeos vão-se ligando às moléculas complementares já existentes na cadeia original, seguindo as ligações A-T e C-G. Dessa forma surgem duas moléculas de DNA, cada uma das quais com uma nova espiral proveniente de uma molécula-mãe desse ácido. Cada uma das duas novas moléculas formadas contém metade do material original. Por esse motivo, o processo recebe o nome de síntese semiconservativa. A autoduplicação do DNA ocorre sempre que uma célula vai iniciar os processos de divisão celular (mitose ou meiose). OS CROMOSSOMOS No núcleo da célula, durante a interfase, observa-se uma trama de filamentos delgados formados por uma substância chamada cromatina. As cromatinas são proteínas conjugadas (nucleoproteínas), associação de proteínas e moléculas de DNA. Esses filamentos são chamados de cromonemas. Quando a célula inicia a mitose ou meiose, os cromonemas sofrem um espiralamento semelhante a um fio de telefone ou uma mola, passando a serem vistos como cordões curtos e grossos, que recebem o nome de cromossomos. As moléculas de DNA dos cromossomos encerram, no código de suas bases nitrogenadas, toda uma programação genética. Cada segmento de um DNA, capaz de determinar a síntese de um RNA que irá comandar a síntese de uma proteína, representa um gene e deve responder por um caráter hereditário. Assim, um único cromossomo pode encerrar centenas ou milhares de genes. Um cromossomo apresenta as seguintes regiões: Centrômero: corpúsculo ou grânulo situado em algum ponto ao longo do cromossomo. Constrição primária: estrangulamento ou estreitamento do cromossomo ao nível do centrômero, formando nele uma espécie de cintura. Constrição secundária: outra zona de estreitamento, se caracteriza por não possuir centrômero. Em alguns cromossomos, observa-se uma constrição secundária bem próxima à extremidade que sustenta uma porção arredondada. Essa porção globosa é chamada de satélite. De acordo com a posição do centrômero, os cromossomos são classificados em: Metacêntrico: o centrômero fica no meio, os dois braços são do mesmo tamanho. Submetacêntrico: o centrômero fica um pouco afastado do meio, um dos braços é maior do que o outro. Acrocêntrico: o centrômero é subterminal, quase em uma das extremidades, um dos braços é bem pequeno. Telocêntrico: o centrômero fica numa das extremidades, possuem um único braço. Cariótipo e Genoma Cariótipo é a constante cromossômica diplóide (2n) de uma espécie. Representa o número total de cromossomos de uma célula somática (do corpo). Na espécie humana existem 46 cromossomos nas células somáticas (2n = 46). Genoma é a constante haplóide (n) de uma espécie. Representa


Formas de Reprodução A reprodução é o fenômeno que permite a conservação natural das espécies. Algumas formas de reprodução são muito simples e não levam à recombinação gênica nos indivíduos. Isso caracteriza a reprodução assexuada. Já a reprodução sexuada, envolvendo maior complexidade, permite a recombinação dos genes, e conseqüentemente, a variabilidade da espécie. Por isso, ela é biologicamente mais vantajosa para os seres que a realizam. Essa vantagem reside no fato de que, não sendo todos os indivíduos de uma mesma espécie rigorosamente iguais entre si, qualquer fator de destruição, como uma praga, por exemplo, nunca afetará todos os integrantes daquele grupamento. Sempre haverá alguns indivíduos mais resistentes que sobreviverão e darão continuidade à vida, com possibilidade de novas gerações. Por isso, costumamos dizer que a reprodução sexuada oferece maior estabilidade ao processo de preservação das espécies e populações que a realizam. A reprodução assexuada ou agâmica é aquela que acontece sem a formação de gametas. Compreende a divisão binária e a divisão múltipla. Na divisão binária ou cissiparidade o organismo se parte ao meio, cada metade se regenera e forma dois descendentes. A divisão múltipla abrange a gemulação e a esporulação. A gemulação, gemiparidade ou brotamento se caracteriza pelo aparecimento de brotos ou gêmulas na superfície do organismo. Esses brotos se desenvolvem e formam novos organismos que se libertam ou permanecem colonialmente ligados uns aos outros. É o caso do Saccharomyces cerevisiae (fungo) e da hidra (cnidário). A esporulação acontece por meio de células reprodutoras assexuadas, chamadas de esporos, que formam novos organismos. É o caso de muitos fungos e algas. A reprodução sexuada ou gâmica é aquela em que acontece a formação de células especiais chamadas de gametas e que são produzidas em glândulas próprias denominadas gônadas. Compreende a conjugação, a fecundação, a partenogênese e a metagênese. A conjugação é uma troca de material genético entre organismos unicelulares ou mesmo entre multicelulares muito simples, de modo que os descendentes passam a apresentar uma recombinação de caracteres hereditários. Isso estimula a variabilidade da espécie. É uma forma intermediária entre a reprodução assexuada e sexuada. Ocorre em bactérias, protozoários e algas. A fecundação ou fertilização é a forma mais comum de reprodução sexuada. Consiste no encontro ou fusão de um gameta masculino com um gameta feminino, formando a célula-ovo ou zigoto. Ela pode ser externa ou interna. A fecundação é externa quando a união dos gametas ocorre no meio ambiente, fora do corpo da fêmea, geralmente na água. Acontece nos poríferos, cnidários, equinodermos, peixes e anfíbios. A fecundação é interna quando a união dos gametas ocorre no interior do corpo da fêmea. Acontece nos vegetais (gimnospermos e angiospermos), répteis, aves, mamíferos, etc. A partenogênese é a reprodução por desenvolvimento embrionário de um óvulo não fecundado que entra em processo de segmentação, originando um novo indivíduo. Nas abelhas, cada óvulo fecundado origina uma fêmea; os machos ou zangões são originados por partenogênese. A metagênese ou alternância de gerações é uma forma de reprodução encontrada nas briófitas, pteridófitas e nos celenterados. Nesses organismos ocorre uma fase assexuada (esporofítica/polipóide) e uma fase sexuada (gametofítica/medusóide).


Os ácidos nucléicos são as substâncias responsáveis pela transmissão da herança biológica: as moléculas que regem a atividade da matéria viva, tanto no espaço (coordenando e dirigindo a química celular por meio da síntese de proteínas) como no tempo (transmitindo os caracteres biológicos de uma geração a outra, nos processos reprodutivos). Composição e natureza química. Já no segundo quartel do século XIX o cientista suíço Friedrich Miescher isolou uma substância procedente dos núcleos celulares, à qual chamou nucleína, que passou a ser chamada mais tarde de ácido nucléico, por seu forte grau de acidez. Mas só quando já ia avançado o século XX demonstrou-se que essa substância era na realidade o suporte da herança dos caracteres nos seres vivos. Em 1944, as experiências de Oswald Theodore Avery, Colin M. MacLeod e Maclyn McCarty determinaram que um dos ácidos nucléicos, o ADN ou ácido desoxirribonucléico podia transferir uma característica biológica de uma bactéria (no caso, um pneumococo) para outra, característica ausente antes da transmissão. Os ácidos nucléicos são moléculas longas e complexas, de elevados pesos moleculares, constituídos por cadeias de unidades denominadas mononucleotídeos. Estes se compõem de um carboidrato ou açúcar de cinco átomos de carbono (uma pentose), de estrutura cíclica pentagonal, ao qual se une por um de seus extremos uma molécula de ácido fosfórico e, por outro, uma base nitrogenada também de estrutura fechada, seja púrica (que tem dois anéis com vários átomos de nitrogênio unidos ao esqueleto carbonado), seja pirimidínica (que consta de um só anel hexagonal no qual se inserem átomos de nitrogênio, oxigênio e, em alguns casos, um radical metila, -CH3). Os componentes variáveis nos mononucleotídeos são as bases, das quais há cinco tipos possíveis -- duas púricas, a adenina e a guanina, e três pirimidínicas, a citosina, a uracila e a timina --, e nessa variabilidade reside o caráter "informativo" dos ácidos nucléicos e sua funcionalidade como moléculas codificadoras de informação biológica. O açúcar ou pentose pode ser de duas classes: em forma de ribose desoxigenada ou desoxirribose, que é a que constitui o esqueleto do ADN, ou, em sua variedade normal, conhecida simplesmente como ribose, própria do ARN. No primeiro caso, originam-se desoxirribonucleotídeos; no segundo, ribonucleotídeos. Os mononucleotídeos se unem entre si para compor, como já foi dito, longas cadeias de centenas ou milhares de unidades que se dispõem em forma de estruturas filamentosas helicoidais, de dupla hélice no caso de ADN e de hélice simples no ARN. A borda de cada hélice é integrada pelas pentoses, que se engancham umas nas outras através dos restos de ácido fosfórico, enquanto o contato entre uma hélice e outra se efetua pelo estabelecimento de enlaces por parte das bases nitrogenadas, obedecendo a determinadas leis bioquímicas. Cada enlace é, pois, o resultado da interação de um par de bases, cada uma das quais correspondente a uma das hélices. O acoplamento das bases não é arbitrário e atende a exigências espaciais, químicas e estruturais muito precisas. Sempre se emparelham uma base púrica e uma pirimidínica: a adenina sempre com a timina ou uracila, e a guanina com a citosina. Ácido desoxirribonucléico. O ADN, ácido desoxirribonucléico, é formado pela pentose desoxirribose, o ácido fosfórico e as bases citosina, timina, adenina e guanina. É a substância responsável pela herança biológica de todos os seres vivos, à exceção de muitos vírus, nos quais esse papel é representado pelo ARN. No período denominado interfase, imediatamente anterior à divisão celular, o ADN experimenta o processo de autoduplicação, ou seja: suas moléculas duplicam-se, de modo que mais tarde, ao formarem-se as duas hélices-filhas a partir de uma única célula-mãe, cada uma delas possa receber a totalidade do material genético. Na autoduplicação, a dupla hélice se abre e cada um dos dois filamentos que a compõem se separa e se sintetiza, graças à intervenção de diferentes enzimas, o filamento complementar. Ácido ribonucléico. O ARN é o ácido ribonucléico, constituído pela pentose ribose, o ácido fosfórico e as bases citosina, uracila (esta ausente do ADN), adenina e guanina. Compõe-se de uma só cadeia helicoidal e apresenta três classes, cada uma das quais cumpre uma função específica na célula: o chamado ARN mensageiro (ARNm), sintetizado pela ação de diversas enzimas a partir de um filamento de ADN que lhe serve de guia, no processo conhecido como transcrição; o ARN ribossômico, componente essencial, junto com as proteínas, dos orgânulos celulares chamados ribossomas; e o ARN de transferência, que translada os diversos aminoácidos (unidades estruturais das proteínas) até onde se está sintetizando uma molécula protéica, sob a direção de um ARNm, e os insere no ponto exato para obter a seqüência exata, no processo denominado tradução. Síntese de proteínas. A síntese de proteínas ou tradução é o processo em função do qual se formam as seqüências de aminoácidos que constituem as proteínas, a partir de uma seqüência correlativa expressa pelo ARN mensageiro, numa linguagem de bases nitrogenadas. Assim, de um fragmento de ADN dado, que contém a informação precisa para que se forme uma proteína concreta, obtém-se uma cópia, a qual é o ARNm que guiará diretamente o processo de tradução. Ao ARNm unem-se vários ribossomas que, ao se deslocarem, efetuarão um autêntico processo de "leitura química". Cada grupo de três bases do ARNm -- por exemplo GCC -- corresponde na linguagem nucleotídica a um aminoácido dado, neste caso a alanina. O ribossoma reconhece por meios químicos o caráter desse trio (designado em genética como códon) e um ARN de transferência leva até ele o aminoácido alanina. Vai-se formando assim, pouco a pouco, a seqüência que dará lugar à proteína. Cada aminoácido tem sua codificação correspondente, em geral de vários códones, também há trios que indicam o sinal de terminação. O código genético representa, pois, na escala molecular, uma autêntica linguagem, da qual a célula se serve para crescer e reproduzir-se, o que é possível graças aos ácidos nucléicos.

Código genético e síntese de proteínas

Nos núcleos das células (e também nas mitocôndrias e nos cloroplastos) encontramos dois tipos de ácidos nucleicos: o DNA (ácido desoxirribonucleico) e o RNA (ácido ribonucleico). As moléculas de DNA e de RNA são constituídas da união de unidades menores, os nucleotídeos. Cada nucleotídeo é formado por um grupo fosfato, um açúcar (desoxirribose no DNA e ribose no RNA) e uma base nitrogenada. Existem cinco tipos diferentes de bases nitrogenadas: adenina (A), timina (T), guanina (G), citosina (C), e uracila (U). As quatro primeiras são encontradas no DNA. Já no RNA, a timina é substituída pela uracila. Enquanto os nucleotídeos do RNA se agrupam numa cadeia simples, a molécula de DNA apresenta duas cadeias emparelhadas e enroladas uma sobre a outra, formando uma estrutura conhecida como "dupla hélice". As cadeias do DNA emparelham-se através da ligação entre as bases nitrogenadas: adenina com timina e citosina com guanina (A - T; C - G), que são unidas por pontes de hidrogênio. Os cromossomos (estruturas presentes no núcleo das células dos seres vivos em geral e no citoplasma das bactérias) são constituídos por um longo filamento de DNA associado a certas proteínas chamadas histonas. Alguns trechos do DNA presente nos cromossomos dão início a processos de fabricação de proteínas com as mais diversas funções no organismo. Esses trechos de DNA são o que chamamos de genes. Existem três tipos de RNA: mensageiro (mRNA), ribossômico (rRNA) e transportador (tRNA). Todos eles também participam dos processos de síntese proteica, cada um apresentando diferentes funções. Síntese de proteínas O início da síntese de uma proteína se dá quando determinado trecho de DNA, um gene, tem suas duas cadeias separadas pela ação de uma enzima chamada polimerase do RNA. A polimerase do RNA orienta os nucleotídeos livres presentes no núcleo junto a uma dessas cadeias de DNA. Os nucleotídeos de RNA agrupam-se segundo um emparelhamento de bases nitrogenadas parecido com o das duas cadeias do DNA, com a diferença de que a adenina se emparelha com a uracila (A - U). Forma-se então uma nova molécula de RNA, chamada de mRNA, que se desprende da cadeia de DNA e migra para o citoplasma. Este processo é chamado de transcrição. A sequência de bases transcritas a partir do DNA carrega consigo a informação codificada para a construção de uma molécula de proteína. Essa codificação se dá na forma de trincas de bases nitrogenadas, chamadas códons. As proteínas são moléculas formadas por uma sequência de unidades menores chamadas aminoácidos. Os códons do RNA formado nesse processo determinam os aminoácidos que constituirão uma determinada molécula de proteína. Eles contêm, portanto, uma mensagem para a síntese proteica. A etapa seguinte da síntese proteica ocorre no citoplasma das células, onde o mRNA formado durante a transcrição acopla-se a organelas chamadas ribossomos, que são constituídas por rRNA associado a proteínas. É nos ribossomos que ocorre a síntese - e eles podem encontrar-se livres no citoplasma ou associados ao retículo endoplasmático rugoso. Entra em ação, então, o RNA transportador, que recebe esse nome em virtude de transportar com ele os aminoácidos (unidades constituintes das proteínas). No tRNA há uma trinca de bases nitrogenadas denominadas anticódon, por meio das quais ele se liga temporariamente ao mRNA no ribossomo, pelas bases complementares (códon). Os aminoácidos transportados em cada tRNA unem-se entre si por meio de uma ligação química conhecida por ligação peptídica. O ribossomo, que catalisa esse processo, desloca-se então sobre o mRNAe o primeiro tRNA se desliga do conjunto ribossomo-RNAm, sendo que os aminoácidos permanecem ligados. Em seguida, uma nova molécula de tRNA se une ao ribossomo, transportando mais um aminoácido que se junta aos outros dois. O processo continua até que todos os códons do mRNA tenham sido percorridos pelo ribossomo, recebendo os tRNA complementares e formando uma cadeia de aminoácidos, ou seja, uma molécula de proteína. Este processo é chamado de tradução. Todas as proteínas presentes nos mais diferentes seres vivos são compostas por combinações entre 20 aminoácidos. Chamamos de código genético a correspondência entre os códons e os aminoácidos. As quatro bases nitrogenadas do mRNA combinam-se, três a três, formando 64 códons que correspondem a apenas 20 aminoácidos. Dois ou mais códons podem codificar um mesmo aminoácido, por isso costuma-se dizer que o código genético é degenerado. Existem também alguns códons que não correspondem a aminoácido nenhum. Neste último caso, tratam-se de códons que determinam o término do processo de tradução.

Atividade sexual ocasional eleva risco de ataques cardíacos, diz pesquisa

A atividade sexual ocasional pode provocar uma elevação no risco de ataques cardíacos no curto prazo em pessoas que fazem poucas atividades físicas, segundo indica um estudo de pesquisadores americanos recém-publicado. O estudo, que analisou resultados de 14 estudos prévios sobre o tema, concluiu que há um aumento de 2,7 vezes nas chances de um ataque cardíaco durante ou logo após uma relação sexual em comparação àqueles que não fazem sexo. Apesar disso, os autores do estudo observam que o risco absoluto de um ataque cardíaco durante ou logo após uma relação sexual ainda é muito baixo – de 2,7 para 1 milhão, comparado com 1 em 1 milhão em situações normais. Relação semelhante foi verificada para as pessoas durante outros tipos de atividades físicas, segundo a pesquisa publicada na revista de divulgação científica Journal of American Medical Association (Jama). Segundo os autores, pessoas com atividades físicas mais frequentes são menos suscetíveis aos riscos relacionados à atividade física episódica. A análise indicou que a cada período semanal de atividade física que a pessoa tem por semana, há uma redução de 45% no risco de um ataque cardíaco e de 30% no risco de uma morte cardíaca súbita. “Apesar dos amplamente estabelecidos benefícios da atividade física regular, as evidências relatadas sugerem que a atividade física, assim como outras exposições agudas, como atividade sexual ou estresse psicológico, podem agir como catalisadores de eventos cardíacos agudos”, observam os autores da pesquisa. Os pesquisadores envolvidos na pesquisa são da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, do Centro Médico Tufts, também de Boston, e da Tufts University, de Medford, em Masachusetts

Galinha choca donos ao ‘mudar de sexo’

Um casal do interior da Grã-Bretanha se surpreendeu ao descobrir que uma de suas galinhas havia parado de botar ovos, desenvolveu uma crista e começou a cantar como um galo. Gertie era uma das duas galinhas mantidas pelo casal Jeanette e Jim Howard, de 79 e 76 anos, perto de Huntingdon, no condado de Cambridgeshire. Segundo Jeanette, as galinhas haviam produzido menos ovos que o normal durante o inverno, mas Gertie então parou totalmente e desenvolveu características masculinas. Segundo a veterinária Marion Ford, especialista em aves, mudanças aparentes de sexo em galinhas não são incomuns. A situação seria verificada em uma a cada 10 mil aves do sexo feminino. Segundo Ford, fungos encontrados na ração estocada para as galinhas podem ter o efeito de hormônios sintéticos. Encorpada Jeanette Howard disse ter começado a notar as mudanças na aparência de Gertie há poucos meses, quando ambas as aves estavam trocando de penas. “Eu pensei que a Gertie tinha passado aquela fase muito bem. Ela ganhou muito mais penas e eu notei que ela também ficou mais encorpada. A Gertie parecia muito saudável”, afirmou. Ela diz que a galinha então desenvolveu um papo característico dos galos e sua crista ficou bem maior do que era. A galinha também começou a andar empertigada no entorno do galinheiro e pelo jardim, com uma atitude diferente. “Então alguns dias depois a ouvi tentando cantar. Ela não conseguia fazer direito no início, mas progrediu bem e agora realmente canta muito bem”, disse a dona. Jeanette diz não estar segura agora se Gertie realmente mudou de sexo. “Mas para todos os efeitos, ela agora é um galo”, afirmou ela, que rebatizou o animal de Bertie.

Britânico 'ortoréxico' descreve obsessão por comida saudável e exercícios

Especialistas afirmam que a ortorexia pode levar a outros transtornos como a anorexia e bulimia. Monkhouse de 21 anos, da cidade inglesa de Portsmouth, diz prestar muita atenção ao que ingere por “desejar ter um bom corpo”. “Sigo uma dieta rica em proteínas, sem carboidratos”, diz ele. Rotina Monkhouse, que é funcionário de uma fábrica, conta que faz exercícios durante os intervalos que tem no trabalho. “Eu treino duas vezes por dia, sete dias por semana. Na fábrica, durante meu horário de almoço, levanto pesos, faço abdominais e flexões”, diz ele. “Quando vou para casa, corro por 45 minutos e faço mais exercícios de alto impacto. Ao todo, devo gastar mais de duas horas diariamente me exercitando.” Apesar de considerar “horrível” o gosto de queijo cottage, ele diz que almoça o laticínio magro (feito com coalhada e com média de apenas 4% de gordura) diariamente. “Em 90% do tempo, como apenas queijo cottage, iogurte natural, ovos e frango.” “Se como um hambúrguer, coisa que acontece muito raramente, sinto que tenho que queimar o que comi imediatamente porque sei que se transformará em gordura que não quero no meu corpo”, completa. Vulnerabilidade O Centro Nacional para Distúrbios Alimentares britânico (NCFED na sigla inglesa) recebe mais de seis mil ligações e e-mails por ano de pessoas que sofrem de ortorexia. Seus especialistas se dizem preocupados que muitos jovens possam ser vítimas de dietas falsamente saudáveis recomendadas em revistas e internet. “Nos meus 30 anos de experiência, calculo que uma em cada dez mulheres e um em cada 20 homens sofra de ortorexia”, diz a especialista do NCFED Deanne Jade. “Não é apenas um desejo de comer de forma saudável, é algo que passa a dominar cada vez sua vida. Eu chamo a ortorexia a prima da anorexia. Pessoas com sinais de ortorexia podem desenvolver outras doenças e apresentar problemas de saúde graves no futuro”, diz ela

29 de mar. de 2011

A preocupação com o tamanho do pênis é comum entre os homens. Essa ansiedade pode ocorrer na infância, na adolescência ou na fase adulta. Meninos freqüentemente comparam o tamanho de seus pênis com os dos outros. Piadas e brincadeiras surgem dessas comparações. Entretanto a situação muda quando há início da atividade sexual. Muitos homens, embora com pênis de tamanho normal, o acham pequeno por várias razões: O pênis dos outros é maior. Essa situação é muito comum e na maioria das vezes sem fundamento médico. Esses pacientes reclamam do comprimento do órgão mesmo com ereção e penetração vaginal normais. Pacientes obesos reclamam ter pênis curto. Essa situação é devida ao embutimento do pênis em meio à gordura sobre o púbis o que dá a impressão de um órgão pequeno. Estatura alta e pênis não proporcional. Embora haja certa relação da estatura do paciente com o tamanho do seu pênis, existe uma ampla variação de comprimento encontrada. Homens de baixa estatura podem ter pênis maiores que homens de alta estatura e vice-versa. Flacidez peniana e ereção. Os pacientes geralmente se preocupam com o tamanho do pênis em flacidez que é geralmente o momento de comparação com o de outros homens. Muitos não sabem o comprimento em ereção ou qual foi o crescimento adicional. O que muitos se esquecem é que o tamanho deve ser acompanhado de uma ereção efetiva que garanta uma penetração vaginal. O que é um pênis normal? Deixando de lado os aspectos anatômicos de normalidade, um pênis flácido mede de 5 cm a 10 cm de comprimento. O tamanho durante a flacidez não determina o tamanho durante a ereção. A medida é feita desde o ponto em que ele se encontra com o corpo (não com a pele) até a extremidade da glande. Se aplicarmos tração manual, o pênis ganhará de 2 a 5 cm. Masters e Johnson (1966) verificaram que o pênis em ereção mede de 12,5 cm a 17,5 cm. Um recém-nascido apresenta um comprimento médio de 3,75 cm. O que é um pênis anormal? Não há uma definição universalmente aceita. Um pênis flácido menor que 4cm ou um ereto com menos de 7,5 cm devem ser considerados pequenos. Entretanto, encontramos pacientes que se aproximam desses valores mas com boa ereção e sem queixas no seu relacionamento sexual. Quais as causas de pênis pequeno? Causas hormonais por desordem de funcionamento dos testículos ou da hipófise podem interferir no desenvolvimento do pênis bem como de toda a genitália masculina. Dentro destes casos encontra-se desde o micro-pênis até a genitália ambígua. O pênis pode ficar pequeno em conseqüência de traumatismos, queimaduras ou doenças adquiridas (doença de Peyronie). Geralmente essas causas são raras. O mais freqüente é que o paciente não esteja satisfeito com o tamanho do seu pênis mesmo que o médico nada encontre de anormal. Tratamento O paciente deve ser examinado detalhadamente, incluindo volume e presença dos testículos, presença e localização de pêlos pubianos e outros caracteres sexuais secundários. Se o pênis for considerado de tamanho normal pelo médico, o paciente necessitará de uma avaliação por um sexólogo, psicólogo ou psiquiatra a fim de pesquisar a verdadeira razão de sua queixa. Se o pênis for considerado pequeno e forem detectadas alterações hormonais, uma reposição com testosterona está indicada. Tratamentos não cirúrgicos como aparelhos à vácuo, aparelhos de tração mecânica, aparelhos de estimulação eletromagnética, pesos, não dão resposta satisfatória permanente. O tratamento cirúrgico envolve secção dos ligamentos suspensores do pênis, injeção de gordura no corpo do pênis (aumento do diâmetro) ou uso de retalhos cutâneos das coxas ou nádegas. Esses tratamentos não são isentos de complicações e algumas delas podem ser graves, tais como necrose dos retalhos, reabsorção de gordura, insatisfação do paciente. Além disso, os resultados desses tratamentos são pouco conhecidos na literatura médica. Conclusão Infelizmente, muitos profissionais pouco éticos se aproveitam da ansiedade e dúvidas dos pacientes, indicando, sem nenhum critério, tratamentos que mais visam onerar o paciente do que realmente uma orientação científica. Os pacientes com dúvidas sobre o tamanho do seu pênis devem procurar profissional qualificado, o qual avaliará a situação, podendo ser necessária uma opinião multidisciplinar com sexólogo ou psiquiatra. Perguntas que você pode fazer ao seu médico Como posso saber se meu pênis é normal? Existem maneiras seguras de aumentar o meu pênis se eu não estiver satisfeito com o tamanho?

FERTILIDADE & INFERTILIDADE - Anatomia


A Mulher O sistema reprodutor feminino consiste de dois ovários, que estão localizados de cada lado do útero e que estão ligados a ele através das trompas de Falópio. O útero, através da porção chamada colo, tem ligação com o meio externo, a vagina. Os ovários contêm os gametas femininos, óvulos. As mulheres nascem com um número limitado de óvulos e, apesar deste número ser bem maior do que o número de óvulos utilizados durante a vida, eles envelhecem com o tempo. As meninas nascem com cerca de 400.000 óvulos imaturos em seus ovários. Os princípios básicos de uma reprodução bem sucedida estão no desenvolvimento dos gametas (óvulos e espermatozóides), na capacidade deles se encontrarem, permitindo assim, que ocorra a fertilização. Esta deve seguir-se de uma série de eventos ordenados, que resultarão no transporte de embrião até o útero e, finalmente, gravidez. Após a puberdade, a cada ciclo menstrual, vários óvulos iniciam o amadurecimento, mas, geralmente, apenas um deles cresce e amadurece o suficiente para poder ser fertilizado por um espermatozóide. Os outros folículos involuirão num processo chamado de atresia. Na metade do ciclo menstrual, que em um ciclo padrão de 28 dias equivale ao 14º dia do ciclo, o óvulo maduro sai de dentro do folículo. A isto se chama ovulação. Saindo do folículo, o óvulo vai até a trompa de Falópio onde estará pronto para ser fertilizado pelo gameta masculino, o espermatozóide. É na trompa de Falópio que ocorre a fertilização e formação do embrião. Quem comanda todo este processo de crescimento, de maturação e ovulação são os hormônios produzidos durante o ciclo menstrual. No primeiro dia do ciclo, equivalente ao primeiro dia da menstruação, a glândula hipófise, que fica no cérebro, começa a liberar um hormônio conhecido como hormônio folículo estimulante (FSH). Nos 12 dias seguintes o FSH estimula o crescimento de vários folículos ovarianos. Esta fase é conhecida como a fase folicular do ciclo menstrual. Por volta do 14º dia do ciclo ocorre a ovulação em função do aumento brusco (pico) de outro hormônio, chamado hormônio luteinizante (LH). Esta é a fase ovulatória do ciclo. Durante a fase folicular, os folículos crescem, e produzem quantidades cada vez maiores de estrogênio. O estrogênio é um hormônio importante porque ajuda a preparar a camada interna do útero (endométrio) para uma futura gravidez. Caso a mulher tenha relações sexuais no período peri-ovulatório, os espermatozóides liberados na vagina seguem em direção ao útero e às trompas de Falópio. Dos milhões de espermatozóides ejaculados na vagina, apenas um deles conseguirá penetrar no óvulo maduro, é a fertilização. No ovário, após a liberação do óvulo pelo folículo, inicia a produção de progesterona. Este hormônio é responsável por preparar o organismo da mulher para a gravidez. Um de seus papéis essenciais é facilitar a adesão do embrião ao útero (implantação). Quando ocorre a implantação, é secretado, pelo embrião, o hormônio hCG (gonadotrofina coriônica que estimula o corpo lúteo a continuar sua produção de estrogênio e progesterona, o que é essencial para a manutenção da gestação. Por outro lado, quando a fertilização não ocorre, não há a formação do embrião e a produção de progesterona é interrompida 14 dias após a ovulação. A camada interna do útero começa então a descamar sendo eliminada através da vagina sob a forma de menstruação. A partir daí um novo ciclo menstrual se inicia. O Homem O sistema reprodutor masculino consiste de pares de testículos, epidídimos, ductos deferentes, vesículas seminais, a próstata e o pênis. Os testículos produzem os espermatozóides, bem como o hormônio testosterona, fundamental para as características sexuais masculinas. À medida que os espermatozóides, ainda imaturos, são produzidos, eles saem dos testículos e vão para o epidídimo, onde ficam armazenados até que atinjam a maturidade. Durante a ejaculação, os espermatozóides, através dos ductos deferentes, chegam à uretra (no pênis), de onde saem juntamente com o líquido produzido pelas vesículas seminais e próstata para formarem o sêmen. Todo o processo de produção dos espermatozóides leva cerca de 70 dias. É um processo contínuo e ao contrário do que acontece com as mulheres, que nascem com um número fixo de óvulos, os espermatozóides são produzidos durante toda a vida adulta. Os mesmos hormônios que regulam o crescimento dos folículos ovarianos e a ovulação nas mulheres também controlam a produção de espermatozóides nos homens. A diferença é que nos homens, o hormônio folículo-estimulante (FSH) estimula a produção de espermatozóides e o hormônio luteinizante (LH) estimula a produção do hormônio testosterona. A testosterona é o hormônio responsável pelo amadurecimento dos espermatozóides, pelo desejo sexual e pelas características masculinas, tais como o crescimento dos músculos e pêlos


Também conhecida por TPM, é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual podendo ser tão severos que interfiram significativamente na vida da mulher. A TPM é uma desordem neuropsicoendócrina com sintomas que afetam a mulher na esfera biológica, psicológica e social. A tendência hoje é acreditar que a função fisiológica do ovário seja o gatilho que dispara os sintomas da síndrome alterando a atividade da serotonina (neurotransmissor) em nível de sistema nervoso central. O tratamento depende da severidade dos sintomas e incluem modificações alimentares, comportamentais e tratamentos medicamentosos. Os sintomas mais comuns incluem: Por ordem de freqüência: DESCONFORTO ABDOMINAL, MASTALGIA CEFALÉIA, FADIGA, IRRITABILIDADE, TENSÃO, HUMOR DEPRIMIDO, HUMOR LÁBIL, AUMENTO DO APETITE, ESQUECIMENTO E DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO, ACNE, HIPERSENSIBILIDADE AOS ESTÍMULOS, RAIVA, CHORO FÁCIL, CALORÕES, PALPITAÇÕES e TONTURAS. Irritabilidade (nervosismo), Ansiedade (alteração do humor com sentimentos de hostilidade e raiva), Depressão (com sensação de desvalia, distúrbio do sono, dificuldade de concentração) Cefaléia (dor de cabeça), Mastalgia (dor ou aumento da sensibilidade das mamas), Retenção de líquidos (inchaço ou dor nas pernas), Cansaço, Desejos por alguns alimentos como chocolates, doces e comidas salgadas. Deve ser realizado um controle objetivo do ciclo menstrual (através de um diário) pelo período mínimo de dois ciclos. Devem ser excluídos outros transtornos como hiper ou hipotireoidismo, perimenopausa, enxaqueca, fadiga crônica, síndrome do intestino irritável ou exacerbação pré-menstrual de doenças psiquátricas; depressão, que pode se intensificar nesse período (magnificação pré- menstrual). História, exame físico cuidadoso, avaliação endócrina ginecológica quando o ciclo menstrual é irregular, perfil bioquímico, hemograma e TSH para excluir condições médicas que podem apresentar sintomas que simulem uma TPM. Importante fazer o diagnóstico diferencial com a condição psiquiátrica: distúbio disfórico pré-menstrual. O tratamento medicamentoso inclui o manejo específico de cada sintoma e deve ser individualizado. A maioria dos tratamentos medicamentosos propostos não se mostraram mais eficazes do que tratamentos placebo (progesterona, espironolactona, óleo de prímula e vitaminas B6 e E, ingestão de cálcio e magnésio). A fluoxetina, foi a única droga que mostrou eficácia, entretanto foi aprovada pelo FDA apenas para PMDD (Forma mais severa de TPM, com prevalência dos sintomas de raiva, irritabilidade e tensão). Na Europa esta droga não é aprovada na Europa para uso nem mesmo em PMDD. Medidas preventivas são igualmente importantes e incluem: orientação: explicar que a TPM não é grave e que os sintomas podem variar a cada ciclo, modificações alimentares com diminuição da gordura, sal, açúcar e cafeína (café, chá, bebidas a base de colas), fracionamento das refeições, dieta com boas fontes de cálcio (leite e iogurte desnatado) e magnésio (espinafre), diminuição da ingestão de álcool, parar de fumar, fazer exercícios regulares (aeróbicos: 20 minutos 3 vezes por semana), manejar o estresse. Perguntas que você pode fazer ao seu médico O que eu sinto naqueles dias antes do período menstrual são "coisas da minha cabeça"? Os sintomas desagradáveis que surgem antes da menstruação podem ser considerados uma doença? Existe tratamento para a Síndrome de Tensão Pré-Menstrual? Qual o critério para determinar a gravidade da TPM? Quando a TPM é caracterizada como desordem disfórica pré-menstrual? Quando é necessário acompanhamento psiquiátrico para TPM? Fazer exercícios físicos e de relaxamento ajudam no tratamento da TPM? Quais os alimentos mais indicados para estes dias? Deve usar vitaminas ou suplementos alimentares para ajudar na melhora dos sintomas? Devo suspender o uso de álcool e cigarros?


Transformações da Mente e do Corpo A Adolescência, período de vida compreendido entre 10 e 20 anos, é uma fase bastante conturbada. Ocorrem transformações físicas e emocionais importantes, preparando a criança para assumir um novo papel perante a família e a sociedade. A criança desenvolve-se, amadurece e fica apta para usufruir sua sexualidade, firmando sua identidade sexual e buscando um par, já com a possibilidade de gerar filhos. A fase onde há modificações no corpo chama-se de Puberdade. Ocorre a primeira menstruação nas meninas (menarca), as poluções masculinas (ejaculações espontâneas sem coito), o crescimento de pêlos no corpo, a mudança de voz nos rapazes, o amadurecimento da genitália, com aumento do tamanho do pênis e dos seios, entre outros. Mas nem sempre esta fase vem acompanhada das transformações emocionais e sociais que são o marco da adolescência. Dependendo da cultura de cada povo, a adolescência pode chegar mais tarde, independente da criança estar já bem desenvolvida fisicamente. É o caso dos países ocidentais, como os Estados Unidos e a Inglaterra ou França. O processo de educação continuada e a grande soma de informações, por exemplo, acabam por retardar a necessidade, por parte dos jovens, da busca de uma vida separada de seus pais. Muitos ainda moram com a família depois dos 20 anos. Já em sociedades mais simples, como em algumas regiões do Brasil, da África ou da Ásia, a necessidade de força braçal, desde muito cedo, antecipa a entrada da criança na adolescência e nas responsabilidades que lhe são devidas. O Adolescente e a sua Sexualidade A jovem adolescente amadurece em média dois anos antes do rapaz. Busca fortificar sua feminilidade, prorrogar os encontros sexuais e selecionar um parceiro adequado para poder ter sua primeira relação sexual, o que ocorre de forma gradativa. Vai experimentando seus limites progressivamente. Os rapazes buscam encontros sexuais com mais ansiedade, geralmente, persuadindo as garotas ao sexo com eles. Em nosso meio, há uma tendência do jovem em experimentar sensações sexuais com outros de sua idade, sem necessariamente buscar uma relação sexual propriamente dita. O termo que se usa atualmente é "ficar". A perda da virgindade ainda é um marco importante para os jovens. É um rito de iniciação sexual, que pode ser vivenciado com orgulho ou com culpa excessiva, de acordo com a educação e tradição da família. Inicialmente, os jovens buscam apenas envolvimento sexual, testando suas novas capacidades e reações frente a sensações antes desconhecidas. É a redescoberta do corpo. Só depois procuram o envolvimento afetivo complementar passando a conviver não apenas em bandos, mas também aos pares. A masturbação faz parte da vida das pessoas desde a infância e, na adolescência, se intensifica com a redescoberta de sensações, tanto individualmente quanto em dupla ou em grupo. Os jovens podem apresentar algum tipo de atividade homossexual nessa fase, como exposição dos genitais, masturbação recíproca e comparação dos seios e dos genitais em grupo (comparação do tamanho do pênis, por exemplo), atividades estas consideradas absolutamente normais. A fortificação dessas condutas, com o abuso sexual por parte de um adulto de mesmo sexo ou com alta ansiedade perante o sexo oposto, pode desenvolver uma orientação homossexual definitiva nos jovens. Em tempos da super informação, com a internet, a globalização, a pouca censura nos meios de comunicação de massa, há um apelo sexual freqüente e precoce, expondo os jovens a situações ainda não bem compreendidas por eles. Os adolescentes falam como adultos, querem se portar como tal e ter os privilégios da maturidade. No entanto, falta-lhes a experiência, a responsabilidade e o significado real de um envolvimento sexual. A gravidez de risco na adolescência, infelizmente, é um dos resultados desastrosos desta situação atual. A pouca informação qualificada e o precário respeito dos adultos perante as necessidades dos jovens são os verdadeiros responsáveis pelo falso e ilusório desenvolvimento do adolescente de hoje.

Título: SEXO NA ADOLESCÊNCIAData de Publicação : 01/11/2001 - Revisão : 05/01/2010 - Acesso : 29/03/2011 Palavras-Chave : SEXO NA ADOLESCÊNCIA - Sexologia - Adolescência e Sexo , Sexo na Puberdade , Ejaculaçao Noturna , Primeira Menstruação , Masturbação .

Mononucleose

Angina monocítica, doença do beijo O que é? É uma síndrome clínica caracterizada por mal-estar, dor-de-cabeça, febre, dor-de-garganta, aumento de gânglios ou ínguas localizadas no pescoço ou generalizadas e inflamação do fígado (hepatite) leve e transitória. Na maior parte das vezes (79% dos casos) tem como agente causal o vírus chamado Epstein-Barr (EBV), mas pode também ser causada pelo Cytomegalovirus (CMV) em aproximadamente 21% dos casos. Acomete mais freqüentemente adolescentes e adultos jovens, mas pode acometer mais velhos e crianças pré-adolescentes. Pela freqüência e por tradição aqui trataremos apenas da infecção pelo vírus Epstein-Barr deixando a infecção pelo Cytomegalovirus para outro capítulo. A doença passou a ter maior relevância em função de diversos tumores envolvendo um tipo de glóbulo branco, os linfócitos do tipo B, que é a célula que abriga o vírus quando da infecção, apresentarem no código genético de suas células o mesmo código do vírus o que levantou a suspeita , hoje confirmada, de que estas infecções contribuiriam com a causa destes tumores. Isto passou a ter relevância maior ainda no novo cenário de crescentes populações de “imunosuprimidos” (pessoas cujas defesas imunológicas estão diminuídas), seja em decorrência de infecção (SIDA ou AIDS) seja por tratamento anti-rejeição , no caso dos transplantados ou como decorrência de tratamento contra o câncer. Como se adquire? Normal e mais freqüentemente a infecção é adquirida pelo contato de saliva contaminada pelo vírus com a mucosa da boca e da garganta de pessoa que não teve contato anterior com este germe. Pode-se adquirir também, embora que raramente por transfusão de sangue ou outros órgãos e contato sexual. Por ser vírus pouco resistente necessita do contato direto da saliva contaminada com a mucosa. Esta característica junto com a faixa etária de acometimento mais freqüente é a razão pela qual mereceu o apelido de doença do beijo. O que se sente? A tríade clássica se constitui de dor-de-garganta, febre e ínguas pelo corpo (linfoadenomegalias em linguagem médica) principalmente no pescoço, mas outros sintomas como mal-estar, dor-de-cabeça, falta de apetite, dores musculares, calafrios, náuseas, desconforto abdominal, tosse, vômitos e dores articulares também podem estar presentes nesta ordem de freqüência. Após o contato a doença leva em média 2 a 3 semanas para manifestar-se (período de incubação), sendo que as manifestações mais freqüentes são a dor de garganta e a febre que tem um padrão diário, vespertino e pode chegar até 40° C. Em 5% dos casos ocorre “rash”, manchas na pele parecido com urticária, uma manifestação comum a outras doenças infecciosas que os médicos denominam de viroses exantemáticas (rubéola, sarampo, etc). Estes sintomas, na maioria dos casos, levam de um a quatro meses para resolverem-se. A população que não adolescente e adulto jovem possui menor possibilidade de desenvolver o quadro clínico completo, muitos casos passando desapercebido, são chamados assintomáticos. Outro achado relevante é o aumento do fígado (10 a 15% dos casos) e baço (50% dos casos). Este último achado surge no início da segunda semana das manifestações clínicas e dura de 7 a 10 dias sendo fator potencial de complicações pois o mesmo torna-se muito frágil podendo romper-se a traumas pequenos, causando uma hemorragia interna com risco de vida. Como se faz o diagnóstico? Pelos sintomas e achados que o médico faz durante o exame clínico além de dados que ele levanta durante a entrevista ao paciente. O diagnóstico com precisão é feito através de exames de sangue em que detecta-se a presença de anticorpos no sangue da pessoa doente. Como se trata? Como a maioria das doenças causadas por vírus não há tratamento disponível nem mesmo é necessário uma vez que na maior parte das vezes ela é autolimitada. Utiliza-se medicamentos para os sintomas como analgésicos, antitérmicos e se necessário medicamentos contra o enjôo. Recomenda-se para aqueles que apresentam baço aumentado que não pratiquem esportes ou atividades que representem risco de ruptura do mesmo. Como se previne? A doença confere imunidade permanente, muito raramente pode apresentar manifestações em uma segunda infecção. Não há necessidade de isolamento dos doentes uma vez que a infecção ocorre apenas com contato muito próximo ou íntimo. Embora a vacinação tenha uma abrangência que vai além da infecção, pois poderia em tese prevenir inclusive alguns tumores de linfócitos (os linfomas), ainda não existe este recurso com a eficiência e segurança recomendável. Perguntas que você pode fazer ao seu médico? A que doenças estou mais exposto após ter tido mononucleose infecciosa e que cuidados devo tomar para prevení-las?



Escarlatina Escarlatina é uma doença infectocontagiosa aguda, provocada pela bactéria Estreptococo beta hemolítico do grupo A, que acomete especialmente as crianças em idade escolar, durante a primavera. Essa bactéria é a mesma que causa amigdalite, artrite, pneumonia, endocardite e algumas infecções cutâneas. A diferença é que, na escarlatina, ela libera toxinas que provocam pequenas manchas vermelhas e confluentes na pele. A transmissão ocorre pelo contato direto com a saliva ou a secreção nasal de pessoas doentes ou portadoras da bactéria que não apresentam sinais da enfermidade. O período de incubação pode variar de um a dez dias principais sintomas da escarlatina são:Febre alta nos primeiros dias, que vai baixando aos poucos nos dias subsequentes até desaparecer; Dor na garganta, que adquire coloração avermelhada; Erupção cutânea (exantemas): pequenas manchas vermelho-escarlate de textura áspera na pele que aparecem inicialmente no tronco, depois tomam a face, o pescoço, os membros, axilas e virilha, mas poupam as palmas das mãos, as plantas dos pés e ao redor da boca, e descamam com a evolução do quadro; Língua adquire o aspecto de framboesa, porque as papilas incham e ficam arroxeadas; Mal-estar; Inapetência; Dor no corpo, de barriga e de cabeça; Náuseas e vômitos. DiagnósticoO diagnóstico é basicamente clínico, mas alguns exames laboratoriais, como o de cultura e o teste rápido de pesquisa do estreptococo na garganta, ajudam a identificar a bactéria e estabelecer o diagnóstico diferencial, porque há outras doenças com sintomas semelhantes. Diagnóstico precoce e início imediato do tratamento são fundamentais para evitar complicações graves da doença, entre outras, a febre reumática e a glomerulonefrite Prevenção e tratamento A melhor forma de prevenir a doença é evitar o contato com pessoas infectadas. Sempre é bom lembrar que portadores assintomáticos do estreptococo podem transmitir a bactéria. Penicilina é o medicamento indicado para o tratamento da escarlatina. Pacientes alérgicos a essa droga podem recorrer a antibióticos, especialmente à eritromicina. Analgésicos e antitérmicos são úteis para alívio dos sintomas Postado por Dra.Juliana Cordeiro Melo Franco- Pediat

Febre em criaças


Bastou o termômetro mostrar um início de febre para que a intranqüilidade domine os pais, principalmente se o filho é pequeno e eles ainda não se familiarizaram com as reações da criança para se sentirem mais seguros e não acharem que qualquer alteração da temperatura é sinal de doença. A febre em crianças, mesmo alta, raramente significa algo grave. Na maioria das vezes, é causada por viroses, como a gripe. Para que os pais fiquem mais sossegados, a Primeiros Passos consultou um médico sobre o assunto para que daqui pra frente saibam identificar quando a febre não passa de um sinal das defesas agindo no organismo dos baixinhos. Os primeiros sinais da febre : A febre corresponde ao aumento da temperatura corporal, acima do limite fisiológico, ou seja, a presença de temperatura axilar maior do que 37,8 oC. A febre pode ser acompanhada ou não de tremores de frio, alterações evidentes do apetite e do comportamento, entre outros. De acordo com o Dr. Francis Albert Fujii, a média de temperatura considerada normal para uma criança é de 35,6 a 37,5 graus. No recém-nascido as oscilações de temperatura são mais freqüentes por conta da imaturidade de suas funções orgânicas. Dessa forma, o bebê pode apresentar sintomas de febre apenas por estar agasalhado demais. Entretanto, após o primeiro mês, o bebê começa a perder a imunidade herdada da mãe para formar a sua própria e fica mais sujeito a doenças cujo único sintoma muitas vezes é a febre. Por isso, é aconselhável comunicar ao pediatra qualquer alteração de temperatura nos bebês com até 6 meses. Quando uma criança está com febre é muito importante os pais avaliarem seu comportamento, “porque quanto mais apático e pior o estado da criança, geralmente mais grave é o estado de saúde”. Geralmente, um estado toxêmico ou infeccioso pode estar associado a aspecto abatido, inapetência, irritabilidade, sonolência, letargia, choro inconsolável e gemência”, explica Dr. Fujii. Febre em bebês pode ser sinal de saúde : Embora isso não seja muito claro para os pais, a febre pode ser um sinal de saúde. O médico explica que “a febre geralmente é reflexo de um reajuste no “termostato” de controle da temperatura corporal. Quando há liberação de pirógenos endógenos, altera-se o termostato e ocorre a febre em resposta a uma situação de agressão, geralmente, em resposta a agentes infecciosos, tóxicos, drogas, antígenos, mas também em situações fisiológicas, como excesso de calor ambiental (excesso de agasalho), exercício físico intenso e desidratação”. A febre cria as condições ideais para o organismo combater os agentes agressores, como os vírus, bactérias e outros microorganismos, pois a elevação da temperatura acelera as funções orgânicas, levando, por exemplo, mais oxigênio e glicose às células, fazendo com que estas consigam produzir mais substâncias de defesa. Por isso, a febre indica que o organismo está cumprindo bem sua função. Certamente surgiu uma dúvida na sua cabeça, não? Se a febre pode ser sinal de saúde, então, por que é necessário baixá-la? O médico afirma que “a decisão de se tratar ou não a febre depende do estado clínico e da situação em que a criança se encontra. Como explicado, a febre pode estimular as defesas do organismo, auxiliando na melhora clínica. Mas a decisão cabe ao médico que acompanha a criança, devendo o tratamento sempre ser individualizado. Algumas crianças predispostas podem ter convulsão em vigência de febre alta, mas nem toda criança apresentará convulsão, somente as predispostas”. Geralmente, procura-se baixar a febre porque o corpo gasta muita energia para se defender e o uso de antitérmicos ajuda a economizar essa energia durante o combate a uma doença. Além disso, o comportamento da criança é importante num diagnóstico e com a diminuição da febre pode-se observar melhor suas reações. Febre alta e as doenças ligadas à febre : Nem sempre a febre alta é sinal de um problema mais grave. Muitas vezes os pais imaginam que uma febre de 39 graus é pior que uma de 38, mas a criança pode ter 40 graus com uma simples gripe e 37,7 com pneumonia. Às vezes, uma febre baixa e constante é mais preocupante. Não há um padrão que determine a gravidade de uma doença. A capacidade de defesa de uma criança não é determinada pela temperatura da febre. Segundo Dr. Francis Albert Fujii, as doenças que costumam dar febre são as infecções virais, mais comuns nesta faixa etária, como também as infecções bacterianas. Entretanto, a febre pode estar associada a outros processos inflamatórios, auto-imunes . Quando a criança está com febre muito alta, a principal preocupação dos pais é a ocorrência de convulsões ou a possibilidade de meningite. O médico tranqüiliza os pais, explicando que “não é possível afirmar que a criança não tenha uma das duas condições descritas, afinal, a ocorrência de convulsão febril geralmente está associada a uma predisposição da criança, sendo necessário somente o acompanhamento médico, muitas vezes sem uso de medicação específica. A ocorrência de meningite, somente o histórico, o exame físico e alguns exames complementares podem dar o diagnóstico final”. Dr. Francis Albert Fujii desaconselha os pais a medicarem os filhos quando eles estão com febre, pois “o uso de medicação pode “mascarar” a febre, ocultando para o médico o real estado clínico, como também pode postergar a procura ao médico, conseqüentemente adiando de forma irreversível o tratamento a ser proposto”. Por isso, evite medicar seu bebê sem indicação do pediatra! Procure sempre seu médico antes de aplicar qualquer medicamento na criança! Medindo a temperatura : Os primeiros sinais de febre são mãos e pés frios. Em algumas ocasiões, a criança pode ter calafrios, rosto avermelhado, suor, olhos brilhantes e irritação. Se você suspeita que o baixinho está com febre, verifique a temperatura com a ajuda de um termômetro. Importante: mantenha a criança quieta para medir a temperatura. O Dr. Francis Albert Fujii explica que “o ideal para se aferir a temperatura é enxugar a axila, colocar o termômetro na axila e manter o braço firmemente apertado no tórax por 4 minutos”. Seguindo esses passos você terá certeza da existência da febre e poderá tomar as medidas corretas para tratar do seu bebê.

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