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9 de jun. de 2010

AQUECIMENTO GLOBAL


O aquecimento global é o aumento da temperatura terrestre (não só numa zona específica, mas em todo o planeta) e tem preocupado a comunidade científica cada vez mais. Acredita-se que seja devido ao uso de combustíveis fósseis e outros processos em nível industrial, que levam à acumulação na atmosfera de gases propícios ao Efeito Estufa, tais como o Dióxido de Carbono, o Metano, o Óxido de Azoto e os CFCs.

Há muitas décadas que se sabe da capacidade que o Dióxido de Carbono tem para reter a radiação infravermelha do Sol na atmosfera, estabilizando assim a temperatura terrestre por meio do Efeito Estufa, mas, ao que parece, isto em nada preocupou a humanidade que continuou a produzir enormes quantidades deste e de outros gases de Efeito Estufa.

A grande preocupação é se os elevados índices de Dióxido de Carbono que se têm medido desde o século passado, e tendem a aumentar, podem vir a provocar um aumento na temperatura terrestre suficiente para trazer graves conseqüências à escala global, pondo em risco a sobrevivência dos seus habitantes.

Na realidade, desde 1850 temos assistido a um aumento gradual da temperatura global, algo que pode também ser causado pela flutuação natural desta grandeza. Tais flutuações têm ocorrido naturalmente durante várias dezenas de milhões de anos ou, por vezes, mais bruscamente, em décadas. Estes fenômenos naturais bastante complexos e imprevisíveis podem ser a explicação para as alterações climáticas que a Terra tem sofrido, mas também é possível e mais provável que estas mudanças estejam sendo provocadas pelo aumento do Efeito Estufa, devido basicamente à atividade humana.

Para que se pudesse compreender plenamente a causa deste aumento da temperatura média do planeta, foi necessário fazer estudos exaustivos da variabilidade natural do clima. Mudanças, como as estações do ano, às quais estamos perfeitamente habituados, não são motivos de preocupação.

Na realidade, as oscilações anuais da temperatura que se têm verificado neste século estão bastante próximo das verificadas no século passado e, tendo os séculos XVI e XVII sido frios (numa escala de tempo bem mais curta do que engloba idades do gelo), o clima pode estar ainda a se recuperar dessa variação. Desta forma os cientistas não podem afirmar que o aumento de temperatura global esteja de alguma forma relacionado com um aumento do Efeito Estufa, mas, no caso dos seus modelos para o próximo século estarem corretos, os motivos para preocupação serão muitos.

Segundo as medições da temperatura para épocas anteriores a 1860, desde quando se tem feito o registro das temperaturas em várias áreas de globo, as medidas puderam ser feitas a partir dos anéis de árvores, de sedimentos em lagos e nos gelos, o aumento de 2 a 6 ºC que se prevê para os próximos 100 anos seria maior do que qualquer aumento de temperatura alguma vez registrado desde o aparecimento da civilização humana na Terra. Desta forma torna-se assim quase certo que o aumento da temperatura que estamos enfrentando é causado pelo Homem e não se trata de um fenômeno natural.

No caso de não se tomarem medidas drásticas, de forma a controlar a emissão de gases de Efeito Estufa é quase certo que teremos que enfrentar um aumento da temperatura global que continuará indefinidamente, e cujos efeitos serão piores do que quaisquer efeitos provocados por flutuações naturais, o que quer dizer que iremos provavelmente assistir às maiores catástrofes naturais (agora causadas indiretamente pelo Homem) alguma vez registradas no planeta.

A criação de legislação mais apropriada sobre a emissão dos gases poluentes é de certa forma complicada por também existirem fontes de Dióxido de Carbono naturais (o qual manteve a temperatura terrestre estável desde idades pré-históricas), o que torna também o estudo deste fenômeno ainda mais complexo.

Há ainda a impossibilidade de comparar diretamente este aquecimento global com as mudanças de clima passadas devido à velocidade com que tudo está acontecendo. As analogias mais próximas que se podem estabelecer são com mudanças provocadas por alterações abruptas na circulação oceânica ou com o drástico arrefecimento global que levou à extinção dos dinossauros. O que existe em comum entre todas estas mudanças de clima são extinções em massa, por todo o planeta tanto no nível da fauna como da flora. Esta analogia vem reforçar os modelos estabelecidos, nos quais prevêem que tanto os ecossistemas naturais como as comunidades humanas mais dependentes do clima venham a ser fortemente pressionados e postos em perigo.

Fonte: educar.sc.usp.br

Assoreamento



Assoreamento Progressivo


As principais causas do Assoreamento de rios, ribeirões e córregos, lagos, lagoas e nascentes estão relacionadas aos desmatamentos, tanto das matas ciliares quanto das demais coberturas vegetais que, naturalmente, protegem os solos. A exposição dos solos para práticas agrícolas, exploração agropecuária, mineração ou para ocupações urbanas, em geral acompanhadas de movimentação de terra e da impermeabilização do solo, abrem caminho para os processos erosivos e para o transporte de materiais orgânicos e inorgânicos, que são drenados até o depósito final nos leitos dos cursos d’água e dos lagos.

No caso da Bacia do Lago Paranoá, esta ação antrópica tem-se mostrado crescente, desde a chegada dos primeiros candangos para a construção de Brasília, em 1957.

Foi na Bacia do Lago Paranoá, ou, mais específicamente, na sub-bacia do Riacho Fundo, que se localizou no início de 1957 o complexo administrativo, industrial e residencial da NOVACAP, acompanhado dos principais acampamentos das firmas construtoras (NOVACAP, Candangolândia, Metropolitana, Camargo Corrêa, Saturnino Brito, Meton Servienge, Polienge, MM Quadros), e da popular Cidade Livre, o primeiro centro comercial e prestador de serviços dos tempos pioneiros.

A Cidade Livre, primeira Cidade Satélite de Brasília, foi transformada posteriormente no Núcleo Bandeirante - RA VIII. Depois dela vieram o Guará, Cruzeiro, Candangolândia, Setor de Indústria e Abastecimento, Aterro do Jóquei, Setor de Oficinas Sul, Setor Policial, Setores de Combustíveis, Aeroporto Internacional de Brasília, CEASA, parte do SMPW, parte do Setor Militar Urbano e parte de Brasília, todas essas áreas localizadas na sub-bacia do Riacho Fundo.

Na mesma sub-bacia hidrográfica, a partir de 1957, foram instaladas a Fazenda Sucupira, um importante centro de pesquisas agrárias, as Granjas Modelo do Ipê, do Riacho Fundo e de Águas Claras, as primeiras Colônias Agrícolas e os Combinados Agro-Urbanos - CAUBs I e II, já nas décadas de 70 e 80.

Mantendo o ritmo de ocupação, está sendo construída a Cidade de Águas Claras e adensadas e transformadas em parcelamentos, tipicamente urbanos, as Colônias Agrícolas Vicente Pires, Águas Claras, Governador, Bernardo Sayão, Arniqueira, Santa Cruz e parte do Setor de Mansões Park Way.

O resultado dessa ocupação intensiva do território manifesta-se como um quadro de diversos problemas ambientais na sub-bacia do Riacho Fundo, com reflexos visíveis no Assoreamento do braço do Riacho Fundo, na região de desembocadura no Lago Paranoá.

Os problemas de Assoreamento do lago podem ser ilustrados pela enorme quantidade de sedimentos depositados pelo Riacho Fundo, responsável pela redução do espelho d’água no braço Sul do lago, onde os detritos se transformam em verdadeiras ilhas cobertas de vegetação, um alerta para que sejam adotadas medidas urgentes para a recuperação ambiental da sub-bacia.

Os impactos das ocupações urbanas e rurais na Bacia do Lago Paranoá podem ser avaliados, em parte, pela observação das sub-bacias da rede hidrográfica que verte para o Lago Paranoá: Córrego Cabeça de Veado, Ribeirão do Gama e Riacho Fundo, ao Sul; Ribeirão do Torto e Ribeirão Bananal, ao Norte.

A sub-bacia do Córrego Cabeça de Veado está localizada em área com baixa ocupação demográfica, com suas nascentes protegidas na Estação Ecológica do Jardim Botânico, por onde corre, no seu maior percurso, para o lago. As águas desse importante contribuinte são de excelente qualidade, desprovidas de grandes concentrações de nutrientes, levando pouca contribuição em termos de nitrogênio e fosfato para a porção Sul do lago, com níveis reduzidos de as-soreamento.

A sub-bacia do Ribeirão do Gama apresenta duas áreas distintas, no que se refere ao uso e à ocupação do solo. A primeira é caracterizada por áreas preservadas, com os seus tributários, o Córrego Roncador, o Córrego Taquara e o Córrego Capetinga correndo no Jardim Botânico, na Reserva Ecológica do IBGE e na Fazenda Experimental da UnB, respectivamente. A segunda é mais ocupada, com os córregos Mato Seco e Cedro drenando o Núcleo Rural Vargem Bonita, áreas rurais e o SMPW.

Em conseqüência das ocupações, as águas do Ribeirão do Gama, dreno principal vertendo ao Sul do lago, apresenta teores de fosfato e nitrogênio maiores do que o Córrego Cabeça de Veado, bem como níveis mais significativos de Assoreamento.

A sub-bacia do Riacho Fundo é a que apresenta a maior densidade e diversidade de ocupação. Em decorrência dos desmatamentos ocorridos, acompanhados da exploração de cascalheiras, exposição e degradação dos solos, movimentações de terra e forte urbanização, muitas vezes desprovida das redes de infra-estrutura adequadas, fatores agravados pela topografia da bacia, tem-se um aporte substancial de sedimentos, comprovado pelo grave Assoreamento do braço do Lago Paranoá que recebe a contribuição da bacia. É também no Riacho Fundo que se observam os resultados mais alterados em relação à carga de nutrientes, nitrogênio orgânico e demanda bioquímica de oxigênio DBO, com uma substancial contribuição em termos de matéria orgânica, fósforo e nitrogênio.

A sub-bacia do Ribeirão Bananal está situada no Parque Nacional de Brasília, o que garante uma excelente qualidade das suas águas.

Entretanto, em função da contribuição de ocupações urbanas nas proximidades do seu curso, provenientes do Setor Sudoeste, da área da Rodoferroviária, do SAAN, do Setor Noroeste da cidade e da extremidade da Asa Norte, verifica-se uma carga diária de nitrogênio e fosfato maior do que a do Córrego Cabeça de Veado e pouco menor do que a do Ribeirão do Gama, com um visível processo de Assoreamento no seu percurso até a Ponte do Bragueto.

A sub-bacia do Ribeirão do Torto está inserida em área predominantemente rural , cruzando áreas urbanas de uso controlado como os assentamentos da Granja do Torto e da Vila Varjão, áreas de maior densidade populacional. Nas proximidades da Península Norte, vem recebendo uma crescente pressão das ocupações das QLs, bem como dos parcelamentos irregulares no Setor de Mansões do Lago Norte.

O Torto apresenta uma contribuição maior de matéria orgânica, fosfato e nitrogênio do que o Ribeirão Bananal, constituindo-se no tributário da porção Norte, que oferece maior contribuição de nutrientes e maior risco de Assoreamento do lago.

O crescente processo de impermeabilização do solo, inevitável com a ocupação urbana, requer medidas de engenharia ambiental para coletar e reciclar o volume de águas pluviais e de águas servidas, mediante a aplicação de processos de infiltração para perenização de mananciais e recarga de aqüíferos.

As redes e galerias de águas pluviais, com lançamentos finais no lago, independentemente do uso de dissipadores de energia, contribuem significativamente para o Assoreamento do Lago Paranoá. As bocas-de-lobo, espalhadas ao longo das vias urbanas, funcionam como captadores, não só das águas pluviais mas também de parte do lixo e demais detritos lançados nas ruas, conduzindo-os diretamente ao lago.

Nesse sentido, a limpeza urbana, a varredura das ruas, a limpeza e desobstrução das redes e galerias de águas pluviais, e a educação da população são fundamentais para o controle do processo de Assoreamento do lago.

Outro fator que vem contribuindo para o Assoreamento refere-se às ocupações costeiras, aos avanços sobre o lago com a construção de muros de arrimo, sem limites definidos em regulamentação própria e sem respeito ao desenho original da orla. Os aterros, as construções de cais, molhes e marinas, dependendo das dimensões, podem provocar alterações sensíveis no regime das águas, tendo como resultado o Assoreamento e a alteração de profundidades, prejudicando, inclusive, a navegação no local.

Passados quarenta anos do represamento do Lago Paranoá, calcula-se que o espelho d’água perdeu 2,3 km2 de superfície, área equivalente a 213 campos oficiais de futebol. A análise comparativa das aerofotos de 1964 e de 1991 revelam que uma área ainda maior, com cerca de 12,7 km2 ao longo dos tributários do lago, encontra-se assoreada.

Durante a última década, a situação agravou-se em função da degradação ambiental, decorrente da intensificação do processo de uso e ocupação do solo, em toda a bacia.

Caso o processo de Assoreamento não seja controlado, mediante a adoção de medidas urgentes de recuperação de áreas degradadas, reflorestamento das matas ciliares, implantação de sistemas adequados de drenagem e ordenamento e fiscalização do uso e ocupação do solo, poderá colocar em sério risco a sustentabilidade do Lago Paranoá, especialmente para as gerações futuras.

Fonte: www.semarh.df.gov.br

14 de mai. de 2010

floresta amazônica

Localização
A extensão total aproximada da Floresta Amazônica é de 5,5 milhões de km², sobrepondo-se à área da bacia hidrográfica amazônica com 7 milhões de km² (incluindo a bacia dos rios Araguaia e Tocantins). A floresta amazônica distribui-se mais ou menos da seguinte forma, dentro e fora do território nacional: 60% no Brasil, e o restante (40%) pela Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela

Estes 60% correspondentes ao Brasil constituem a chamada Amazônia Legal, abrangendo os Estados do Amazonas, Amapá, Mato Grosso, oeste do Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Além destas "divisões", a floresta amazônica ainda engloba 38% (1,9 milhões de km²) de florestas densas; 36% (1,8 milhões de km²) de florestas não densas; 14% (700 mil km²) de vegetação aberta, como cerrados e campos naturais, sendo 12% da área ocupada por vegetação secundária e atividades agrícolas.

Caracterização
A Amazônia possui grande importância para a estabilidade ambiental do Planeta. Nela estão fixadas mais de uma centena de trilhões de toneladas de carbono. Sua massa vegetal libera algo em torno de sete trilhões de toneladas de água anualmente para a atmosfera, via evapotranspiração, e seus rios descarregam cerca de 20% de toda a água doce que é despejada nos oceanos pelos rios existentes no globo terrestre.

Além de sua reconhecida riqueza natural, a Amazônia abriga expressivo conjunto de povos indgenas e populações tradicionais que incluem seringueiros, castanheiros, ribeirinhos, babaçueiras, entre outros, que lhe conferem destaque em termos de diversidade cultural. Este patrimônio socioambiental brasileiro chega ao ano de 2002 com suas características originais relativamente bem preservadas. Atualmente, na Amazônia, ainda é possível a existência de pelo menos 50 grupos de indígenas arredios e sem contato regular com o mundo exterior.

A Amazônia, como floresta tropical, apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. Todos os elementos (clima, solo, fauna e flora) estão tão estreitamente relacionados que não se pode considerar nenhum deles como principal.

Durante muito tempo, atribuiu-se à Amazônia o papel de “pulmão do mundo”. Hoje, sabe-se que a quantidade de oxigênio que a floresta produz durante o dia, pelo processo da fotossíntese, é consumida à noite. Mas, devido às alterações climáticas que causa no planeta, a Floresta Amazônica vem sendo chamada como “o condicionador de ar do mundo”.

A importância da Amazônia para a humanidade não reside apenas no papel que desempenha para o equilíbrio ecológico mundial. A região é o berço de inúmeros povos indígenas e constitui-se numa riquíssima fonte de matéria-prima (alimentares, florestais, medicinais, energéticas e minerais).

Clima e Hidrografia
Hápredomínio de temperaturas médias anuais entre 22 e 28ºC. Há uniformidade térmica e, normalmente, não se percebe a presença de variações estacionais no decorrer do ano. O total de chuvas varia de 1.400 a 3.500 mm por ano. O clima é distribuído de maneira a caracterizar duas épocas distintas: a seca e a chuvosa.

O clima é equatorial úmido e sub-úmido, controlado pela ação dos alísios e baixas pressões equatoriais (doldrums) e pela ZCIT - Zona de Convergência Intertropical. Na Amazônia Ocidental, o clima sofre a interferência da massa equatorial continental (mEc); na Amazônia Oriental, região do médio e baixo Amazonas e litoral, o clima sofre interferência da massa equatorial marítima (mEm) e da ZCIT. A massa polar atlântica (mPa) atua no interior da Amazônia, percorrendo o território nacional no sentido S - NW através da depressão do Paraguai, canalizando o ar frio e provocando queda da temperatura. O fenômeno é conhecido como "friagem". Predomina o clima equatorial, com pluviosidade média anual de 2.500 mm e temperatura média anual de 24 ºC.

Os rios amazônicos diferem quanto à qualidade de suas águas e sua geomorfologia. Os principais rios, baseando-se na coloração de suas águas são:

De água preta: Negro

De água clara: Tapajós

De água barrenta: Solimões e Amazonas

Os rios de água preta apresentam esta coloração devido à presença de ácidos húmicos e fúlvicos resultantes da decomposição incompleta do húmus do solo. Já os rios de água clara têm suas cabeceiras nos escudos cristalinos pré-cambrianos. Drenam solos muito intemperizados e suas águas não são tão ácidas; a carga de material em suspensão é pequena tornando suas águas claras. Os rios barrentos originam-se em regiões montanhosas (Cordilheira dos Andes) carregando elevadas quantidades de material em suspensão, garantindo uma coloração amarronzada.

Rios que fazem parte da hidrografia da Amazônia:

Rio Araguaia
Com 2.627 km de extensão, o Araguaia nasce na divisa dos Estados do Mato Grosso e Tocantins e deságua na margem esquerda do Tocantins. Na época da estiagem, aparecem inúmeras praias. O rio oferece também uma grande variedade de peixes.

Rio Nhamundá
O Nhamundá divide os estados do Pará e Amazonas, tem um leito arenoso e águas claras. No curso superior possui várias cachoeiras e na confluência com o rio Paracatu atinge uma largura tão expressiva que forma um lago com 40 km de comprimento e 4 km de largura.

Rio Negro
Tem águas muito escuras devido à decomposição da matéria orgânica vegetal que cobre o solo das florestas e é carregada pelas inundações. Quando o Solimões encontra o Rio Negro, passa a chamar-se de Amazonas.

Rio Solimões
O rio fica bicolor quando há o encontro dos Rios Negro e Solimões; as águas com cores contrastantes percorrem vários quilômetros sem se misturar.

Rio Tapajós
As águas do Tapajós, devido às diferenças de composição, densidade e temperatura, não se misturam com às do Rio Amazonas. Tem 1.992 km de extensão, nasce nas divisas dos Estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso.

Rio Tocantins
Nasce no Estado de Tocantins, na serra dos Pirineus e deságua no Oceano Atlântico, formando o estuário do rio Pará.

Rio Trombetas
Nasce na fronteira do Brasil com a Guiana e tem 750 km de extensão. Quando se encontra com o Paraná de Sapucuá, ganha o nome de baixo Trombetas e chega a atingir 1.800 m de largura. Seu leito divide-se em várias ilhas estreitas e compridas.

Rio Xingu
Tem 1.980 km de extensão, mas é navegável em apenas 900 km. Tem um curso sinuoso e várias cachoeiras, algumas com mais de 50 m.

Rio Amazonas
Nasce no norte da Cordilheira dos Andes peruano; sua altitude na nascente é de 5,3 mil metros com aproximadamente 1.100 afluentes.

O volume de água do rio Amazonas é tão grande que sua foz, ao contrário dos outros rios,consegue empurrar a água do mar por muitos quilômetros. O oceano atlântico só consegue reverter isso durante a lua nova quando, finalmente, vence a resistência do rio. O choque entre as águas provoca ondas que podem alcançar até 5m de altura, avançando rio adentro. Este choque das águas tem uma força tão grande que é capaz de derrubar árvores e modificar o leito do rio. É no Rio Amazonas que acontece um curioso fenômeno da natureza, a pororoca. No dialeto indígena do baixo Amazonas, o fenômeno da pororoca tem o seu significado exato: Poroc-poroc significa destruidor. Embora a pororoca aconteça todos os dias, o período de maior intensidade no Brasil acontece entre janeiro e maio e não é um fenômeno exclusivo do Amazonas. Acontece nos estuários rasos de todos rios que desembocam no golfo amazônico e no rio Araguari, no litoral do Estado do Amapá. Verifica-se também nos rios Sena e Ganges.

Geologia e Relevo
Geologicamente, limita-se ao norte e ao sul com os escudos cristalinos brasileiros e das guianas, respectivamente; ao longo da borda oeste, com a Cordilheira dos Andes. Entre as feições antigas existentes, encontra-se uma depressão preenchida por uma cobertura sedimentar de caráter fluvial e lacustre. Ao norte e ao sul da calha do médio e baixo rio Amazonas, os escudos cristalinos e os sedimentos terciários. Todas estas e outras formações geológicas datam de milhões de anos.

Ainda falando nos períodos antecessores ao nosso, quando o nível do mar esteve baixo, o rio Amazonas, juntamente, com seus afluentes, alargou e escavou vales; quando o nível do mar estava alto, estes vales foram aterrados com sedimentos originários da região andina, formando as várzeas.

Fonte: www.ambientebrasil.com.br

Dunas


As ONGs do Fórum em Defesa da Zona Costeira do Ceará, embasadas nas pesquisas científicas, diagnósticos ambientais e no conhecimento e cultura do povo cearense, pescadores e ambientalistas, vem por meio deste solicitar ao CONAMA a preservação das dunas do Ceará, pelas razões e motivos pelos quais passa a expor:

As campos de dunas são parte importante da Planície Litorânea e fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas e da paisagem da Zona Costeira do Estado do Ceará. A faixa de praia representa um dos sistemas ambientais mais dinâmicos do planeta. A formação e migração das dunas é um dos problemas relacionados a alteração da dinâmica dos Ambientes Costeiros (fonte: A Zona Costeira do Ceará - Diagnóstico par Gestão Integrada). Os principais efeitos resultantes da migração das dunas são:

- Redução das áreas agricultáveis;
- Assoreamento de área de captação de água para abastecimento urbano;
- Assoreamento de reservatórios;
- Perdas de áreas de lazer;
- Barramento de cursos de água;
- Assoreamento de lagoas;
- Soterramento de espécies vegetais;
- Desertificação de áreas;
- Destruição de manguezais.

O processo de mobilização das dunas é intenso na costa cearense. As lagoas das Cobras (município de São Gonçalo do Amarante) e do Mato (Município de Itapipoca) são exemplos do processo migratório das dunas. O deslocamento das dunas foi calculado em cerca de 30m/ano no campo mais próximo ao mar e 10m/ano nas formações mais distantes da costa.

"Atividades não planejadas podem modificar a dinâmica de transporte e morfologia das dunas. A fixação artificial, exploração mineral, desvio dos corpos dunares e retirada das areias para amenizar os impactos de avanço sobre as vias de acesso, loteamentos e áreas agrícolas, poderão acelerar a movimentação, incrementar riscos de soterramento e acelerar a erosão costeira." (A Zona Costeira do Ceará - Diagnóstico para a Gestão Integrada, p.77)

Intervenções antrópicas vêm alterando a dinâmica das dunas e promovendo o aumento da erosão costeira, com avanço do mar em algumas regiões e aumento dos desequilíbrios ambientais. Ao longo dos 573km de litoral no Ceara, foram identificadas cerca de 53 áreas geradoras de sedimentos que participam ativamente da dinâmica costeira. Os campos de dunas são fundamentais para manter a dinâmica das praias e da a paisagem, evitar o soterramento de áreas, proteger contra o aumento das marés e ressacas, evitando a erosão das praias e diversos impactos que possam advir da quebra da dinâmica costeira.

Diversos cientistas vem preconizando o aumento do nível do mar nos próximos anos, resultado das mudanças climáticas e diversas alterações antrópicas que o planeta vem sofrendo, portanto a erosão da linha de costa é uma realidade que devemos enfrentar ao longo dos anos, e sendo a presença das dunas imprescindível para a proteção da linha de costa.

Além da importância como elemento estruturante da dinâmica costeira, as dunas são ainda:
- Fundamentais para a orientação dos pescadores no mar;
- Excelentes aqüíferos em um Estado que enfrenta sérios problemas por falta de água.
- Componente essencial para o turismo e a preservação da paisagem e beleza cênica do Estado.

Diante do exposto, as ONGs do Estado do Ceará vêm mais uma vez apresentar sua preocupação e repúdio a qualquer ação do Governo do Estado do Ceará que possa provocar a ocupação e degradação das dunas do Estado através da modificação da legislação que protege as dunas, que já sofrem com os efeitos danosos da ocupação e mobilização de dunas ao longo da costa.

Fonte: www.soszonacosteira.hpg.ig.com.br

10 de mai. de 2010

DIA DA ECOLOGIA

5 DE JUNHO

Dia 05 de junho, comemora-se além do Dia Mundial do Meio Ambiente, o Dia da Ecologia.

A palavra Ecologia é formada pela junção de duas palavras gregas, oikos (casa) e logos (ciência). Logo, define-se Ecologia como o conjunto das ciências que se dedicam ao estudo das interações dos seres vivos com o seu ambiente.

Os ecossistemas são conjuntos de seres vivos habitantes de um local - a flora, a fauna e os microrganismos, juntamente com os fatores físicos que compõem o ambiente - a atmosfera, o solo e a água.

Esses ecossistemas estão relacionados em um ciclo vital, a chamada cadeia alimentar, responsável pelo equilíbrio do ambiente.

Podemos representar a cadeia alimentar em forma de pirâmide, onde a base é constituída de alimentos vegetais (seres autotróficos) e as camadas subseqüentes são compostas por predadores (seres heterotróficos) primários, secundários e terciários. O topo da pirâmide é composta pelos decompositores, que desempenham um papel fundamental para a ciclagem de nutrientes.

A Ecologia, foi dividida por Schroter, em 1896 e 1902, em dois grandes ramos:

Auto-ecologia: é o ramo da ecologia que estuda a influência dos fatores externos sobre o animal e o vegetal, ou sobre uma espécie determinada. É, por assim dizer, o estudo individual de um organismo, ou de uma espécie, em que é posta em destaque a sua biologia e o comportamento que apresenta na adaptação a um meio determinado.

Sinecologia: estuda os grupos de organismos associados entre si, quer dizer, o estudo das comunidades naturais, incluindo animais e vegetais.

Fonte: www.ambientebrasil.com.br

ECOLOGIA NO BRASIL






Em 1886, o biólogo e evolucionista alemão Ernst Heinrich Haeckel (1834\1919) usou a palavra ECOLOGIA para denominar o estudo dos organismos e de suas interações com o meio ambiente. Ele se baseou no termo grego OIKOS (casa), que também está na raiz da palavra economia. Haeckel descreveu o mundo vivo como uma grande comunidade na qual cadê espécie tem um papel a desempenhar na economia global. Em seu sentido moderno, a palavra ECOLOGIA foi usada pela primeira vez em 1893.

Assim, o biólogo Haeckel foi considerado o inventor do termo.

MAS, O QUE É ECOLOGIA

Nenhum ser vivo ou grupo deles consegue viver em isolamento absoluto. Todos os organismos - plantas ou animais - precisam de energia ou matéria do meio ambiente para sobreviver, e por isso a vida de cada um afeta a dos demais. Ecologia pode ser definida como: a ciência que estuda as relações entre os seres vivos- dentro de cada espécie ou entre espécies diferentes - e as relações entre os seres vivos e o meio ambiente. O homem sempre estudou os seres vivos em seu ambiente natural para caçá-los ou produzir alimentos, mas a ecologia, como disciplina científica, é relativamente nova. Os ecologistas pesquisam espécies em seu habitat natural, isto é: no campo, mas também realizam estudos e experiências em laboratórios. O trabalho de campo envolve a coleta de informações para descobrir o que acontece à determinadas espécies - em termos-, por exemplo, de população, dieta, formas, dimensões e comportamento. Alguns ecologistas também observam as mudanças provocadas pelos animais, em especial no homem, no ambiente físico- como composição das rochas, solo, água e ar. Depois comparam todos esses dados colhidos para determinar as tendências futuras.

UMA HIERARQUIA COMPLEXA

Em geral, os seres vivos costumam ser estudados em seis diferentes níveis. No primeiro, há o indivíduo, uma planta ou animal pertencente à determinada espécie. Assim, um grupo de indivíduos da mesma espécie é denominado: população. Diferentes populações de espécies coexistem em uma comunidade, e várias comunidades diferentes podem relacionar-se e dar origem a um ecossistema. Diversos ecossistemas agrupados numa única zona geográfica, compartilhando as mesmas condições climáticas, constituem um bioma. Juntos, os diversos biomas da Terra compõem o mais alto nível de organização que recobre toda a superfície do nosso planeta.

MAS, O QUE SÃO: BIOMAS?

As superfícies emersas do nosso imenso planeta podem ser divididas em várias regiões, ou biomas, de acordo com o clima e outras características físicas de cada área. Na verdade, cada bioma apresenta uma combinação específica de formas de vida capazes de se relacionar nas condições ali encontradas, e também um tipo específico de vegetação. Há grandes biomas, bem como alguns hábitats distribuídos pela crosta do nosso planeta, como os recifes de coral e as fontes de água, que não formam zonas contínuas. Embora muitos fatores influenciem os limites desses biomas, a distância da linha do Equador, tem uma importância especial para suas formações.

AS COMPLEXAS RELAÇÕES DA NATUREZA

As relações entre as espécies são bem mais complexas do que se podia imaginar no passado. Elas não se limitam a encontros de vida ou de morte, como o de um predador

com sua presa ou o de um animal com uma planta comestível. Há um co-relacionamento, impressionante e bastante complexo. Por exemplo, quando uma abelha visita flores em busca de néctar, em troca, ela larga e carrega o pólen produzido pela planta. Esse pólen fertilizará outras flores na medida em que a abelha continuar sua viagem. Portanto, a produção de néctar, alimento que atrai a abelha, foi a “saída” evolutiva encontrada pela planta- e pela Natureza- para continuar sobrevivendo ao longo dos séculos, essa espécie.

OS PRODUTORES PRIMÁRIOS

Na Natureza as plantas criam seu próprio alimento a partir da luz do Sol. Por isso, são chamadas de: seres autotróficos, ou seja, que se auto-alimentam. Elas usam substâncias como a clorofila, o pigmento verde das folhas, para absorver a energia da luz solar, transformada depois em energia química para servir de combustível em processos vitais.

Todo esse mecanismo,em dois estágios, recebe o nome de: fotossíntese. Os ecologistas também se referem às plantas como produtoras, porque elas produzem um novo material vivo a partir de substâncias inorgânicas. O ritmo de absorção de energia pelas plantas é conhecido como: produtividade primária líquida do ecossistema. O Sol é a fonte de toda essa energia, mas só uma minúscula fração do que ele envia ao nosso planeta serve para criar a matéria vegetal. Explicando melhor: Metade é absorvida pela atmosfera e apenas cerca de 12,5% tem o comprimento de uma onda adequado para a realização da fotossíntese. Muito pouco disso, é de fato, convertido em matéria vegetal - mas pradarias, 0,4% da radiação resulta em produção primária líquida. Nas florestas, esse índice atinge apenas 1%, e nos oceanos, 0,01%. Toda a energia que entra no ecossistema é devolvida mais tarde para a atmosfera, sob a forma de calor.

FOTOSSÍNTESE, O MILAGRE DA VIDA FEITA DE LUZ

A fotossíntese envolve a utilização da luz solar para transformar matéria-prima bruta em carboidratos ricos em energia. Estes contêm, carbono, hidrogênio e oxigênio, elementos fundamentais provenientes do dióxido de carbono e água. Plantas terrestres, como a violeta e outras, obtém dióxido de carbono na atmosfera por meio das folhas e água que absorvem do solo através das raízes. Parte dos carboidratos serve para manter os processos vitais no dia-a-dia e parte é armazenada.

Curiosamente uma flor chamada Campainha Silvestre tem que crescer antes que as árvores ao redor produzam folhas que possam esconder a luz do Sol.

AS DIVERSAS CORES DA VIDA

As plantas utilizam vários pigmentos para aproveitar a energia luminosa do Sol. A clorofila, por exemplo, absorve principalmente a luz vermelha e azul-violeta,e reflete a luz verde, responsável pela cor da maioria das plantas que conhecemos. Os pigmentos chamados carotenóides são amarelos, alaranjados, marrons ou vermelhos e captam luz da extremidade azul-violeta do espectro. Como essa luz pode penetrar na água escura o mar, as plantas marinhas costumam apresentar cores marrons ou avermelhadas. Os carotenóides das folhas, encobertos pela clorofila, podem ser vistos no outono, época em que esta é eliminada.

ESTOCANDO ENERGIA

As plantas armazenam em diversas partes de suas estruturas os suprimentos alimentares de carboidratos, sob forma de amido. Em espécies como a pastinaga, a estrutura é uma raiz grossa. É ali que ela guarda suas reservas de energia. O tomate armazena suas reservas em sua espessa haste, outras plantas armazenam amido em rizomas e bulbos, para utilizá-lo no inverno. Outras, ainda, o armazenam nos frutos, para atrair animais e pássaros que acabam contribuindo para a dispersão dessas sementes. As próprias sementes são repletas de alimento para nutrir a próxima geração. Toda essa energia estocada nas plantas garante a sobrevivência de animais herbívoros, os chamados: consumidores primários.

A TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA

Em todos os ECOSSITEMAS a energia é retida e sabiamente armazenada pelas plantas- os produtores primários. Boa parte dessa energia depois se transfere para os animais que comem essas plantas - os consumidores primários. Os animais que se alimentam de outros animais são denominados : consumidores secundários, porque recebem a energia das plantas em segunda mão. Em algumas circunstâncias, os consumidores secundários também são devorados por outros predadores - esses são classificados como: terciários, ou do terceiro estágio. Os ecologistas se referem a cada um desses estágios como: nível trófico. Em cada estágio, alguma energia é repassada para o próximo nível e estocada então como matéria vegetal ou carne de animais vivos, e alguma energia sempre acaba se perdendo. A quantidade de massa viva em cada nível trófico - animal e vegetal - é denominada biomassa e representa a quantidade potencial de energia aproveitável pelo próximo nível. Usa-se a dimensão da biomassa, expressa pelo número de animais e plantas de cada nível trófico, para comparar ecossistemas e tentar entender como eles funcionam.

A PIRÂMIDE TRÓFICA

Os níveis tróficos de um determinado ecossistema podem ser representados na forma de uma pirâmide, para melhor compreensão. O número de estágios varia, mas como a energia é limitada e ocorre uma grande perda de nível para nível, raramente podem existir mais do que seis em qualquer ecossistema. Exemplificando: Imagine uma pirâmide cujo no topo esteja uma coruja. Assim podemos dizer que essa coruja, no caso, é o principal predador. Na verdade, ela é, simultaneamente, um consumidor secundário, porque se alimenta de ratos e camundongos - que supostamente estariam no degrau mais baixo dessa pirâmide- e um consumidor terciário, porque também come as doninhas, animais que predam os pequenos roedores- pois essas doninhas se encontram entre os ratos e a coruja, nessa mesma pirâmide trófica- ( Assim, as doninhas podem ser classificadas como: consumidores secundários). Então, os ratos e camundongos podem ser classificados, como: consumidores primários, pois vivem de matéria vegetal sob forma de grama, sementes e bagas.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Sempre se perde muita energia na transferência entre esses níveis tróficos - afirmam os estudiosos. Os ecologistas calculam que apenas 10% dessa energia existente em um nível trófico é repassada para o posterior. Isso significa que a quantidade total de energia estocada nos produtores primários é rapidamente reduzida, e que apenas uma parte ínfima atinge o nível máximo. Em cada estágio, os organismos acumulam energia em seus corpos, mas também a utilizam para viver, liberando-a na forma de calor. A energia nunca pode ser reciclada dentro de um ecossistema. Apenas os matérias brutos podem ser reciclados, na verdade.

PIRÂMIDE DE ENERGIA

Como se perde muita energia entre os sucessivos níveis tróficos, o decréscimo de quantidade em cada um pode ser demonstrado, também, com uma pirâmide. Estas duas representam a chamada eficiência relativa de dois diferentes ecossistemas. A superior mostra melhor transferência de energia, especialmente entre os produtores primários e os consumidores primários. A transferência de energia é mais eficaz à beira-mar do que numa floresta, porque a maior parte da matéria vegetal desta última constitui-se de árvores, dificilmente comidas por animais. O desperdício é menor à beira-mar porque a matéria vegetal é mais facilmente consumida e a energia que contém, pode ser absorvida com maior eficiência pelo nível superior da pirâmide.

AS TEIAS ALIMENTARES

Para pode entender como a energia adentra e percorre um ecossistema, é preciso estudar as relações alimentares entre os diversos organismos que o compõem. A transferência de energia, das plantas até os consumidores finais, é conhecida como: cadeia alimentar. Numa cadeia alimentar simples, as plantas são comidas por um herbívoro que por sua vez serve de presa para um animal carnívoro. Com se pode deduzir existem muitas cadeias alimentares por nosso planeta, mas há algumas delas, devido à complexidade da Natureza, apresentam diversas conexões e acabam se transformando numa verdadeira teia alimentar. Esta imensa teia mostra que vários animais se alimentam em diferentes níveis tróficos. Por exemplo: a gaivota se alimenta de diversos tipos de presas, assim como outras espécies de animais.

UMA REDE INTRINCADA

Raríssimos animais alimentam-se apenas de um único tipo de animal. Pois é muito arriscado depender de uma só espécie para sobreviver. Por isso, talvez, a sábia Mãe- Natureza tenha criado esta teia alimentar tão intrincada que prova que os diversos tipos de alimentos de cada segmento podem ser bem diversificados para garantir assim a perpetuação das espécies. Na verdade, nossas vidas - de todos os seres viventes - estão interligadas e o desenvolvimento de uma espécie depende invariavelmente da outra. Um exemplo de efeito ascendente: A destruição das grandes baleias nos oceanos em torno da Antártica fez com que aumentasse o número de krills ( crustáceos semelhantes a camarões), do qual elas se alimentavam. Isso, conseqüentemente, fez aumentar as populações de leões-marinhos, que encontraram mais krills à disposição para se alimentarem. O desaparecimento de espécies predadoras podem permitir que outras, em extinção, se desenvolvam, como nesse caso, provando existir um equilíbrio natural das coisas.

COMPLEXOS RELACIONAMENTOS

Certa vez, quando cientistas removeram todas as estrelas-do-mar da espécie Pisaster de uma área costeira dos Estados Unidos, existiam quinze animais diferentes naquela rede alimentar. Três meses depois, as cracas que serviam de alimento para as estrelas-do-mar desenvolveram-se a ponto de cobrir três quartos de toda aquela área. Um ano depois, as quinze espécies estavam reduzidas apenas a oito. As lapas haviam desaparecido da região, apesar de serem presa das estrelas-do-mar. Isso porque as cracas ocuparam todas as superfícies rochosas, eliminando as algas das quais as lapas se alimentavam.

A RECICLAGEM É VITAL

Todos os seres vivos um dia acabam morrendo. Pode soar óbvio essa afirmação, mas é uma afirmação muito importante em termos ecológicos. As substâncias químicas que compõem os seres vivos foram extraídas da terra e elas sempre devem retornar à ela. Toda a matéria de que é composto todo animal, de um inseto a um elefante, assimilada como alimento, também volta à terra como dejeto. A matéria morta e os dejetos constituem a dieta de um grupo de organismos denominados: decompositores. Esse grupo inclui uma vasta gama de bactérias, fungos e pequenos animais que dividem os restos naturais em pedaços cada vez menores, até que todas as substâncias químicas sejam liberadas no ar, no solo e na água, tornando-as aproveitáveis para outros seres vivos. Sem o dióxido de carbono liberado na decomposição, jamais poderia existir a vida vegetal. Sem o oxigênio que as plantas fornecem, e o alimento que ele propicia, todos os animais - inclusive a espécie humana -, morreriam de fome e a vida cessaria em todo o planeta. Os decompositores são um elo vital maravilhoso no ciclo natural da vida e morte.

LESMAS E CARACÓIS

Lesmas e caracóis se alimentam de plantas vivas, como sabem os jardineiros. Mas, também encontram boa parte de suas dietas em matéria vegetal em decomposição. Raspam as fibras das plantas com suas “línguas” ásperas, denominadas: rádula, partindo-as em pedaços pequenos, que depois introduzem na boca. Lesmas e caracóis produzem enzimas chamadas celulase, que lhes permitem digerir celulose, principal componente das plantas. Seus dejetos, depois, são aproveitados por fungos e bactérias. Algumas espécies de lesmas interessam-se, também, por dejetos de outros animais, e também se alimentam de excrementos de cães.

OS DETRITÍVOROS

Em todo ecossistema existem restos de matérias mortas de vegetais e animais. Esses materiais são, genericamente, classificados, como: detritos. Os animais que aproveitam esses detritos, são chamados detritívoros, pois conseguem digerir pedaços grandes e devolvê-los ao meio-ambiente em seus próprios dejetos. Isso torna o material mais facilmente digerível por pequenos decompositores, como fungos e bactérias, que quebram as moléculas até obterem substâncias químicas simples. Alguns dos detritívoros mais comuns são nossos velhos conhecidos, como: os tatuzinhos, as minhocas, lesmas, centopéias e alguns insetos da ordem dos colêmbolos.

AS TRABALHADORAS SUBTERRÂNEAS

As minhocas têm um papel particularmente importante no processo de decomposição. Elas devoram as folhas mortas que caem na superfície e depois levam esse material para o interior do solo. Os dejetos expelidos pela minhoca servem de alimentos para as bactérias e fungos, que completam a reciclagem das folhas mortas. As minhocas, movimentando-se também revolvem a terra, o que favorece a oxigenação e o transporte de nutrientes vitais para as camadas mais profundas do solo. Por isso, elas constituem um símbolo de fertilidade. Nas regiões temperadas, cada metro quadrado do solo contém cerca de 700 minhocas.

OS DECOMPOSITORES INVISÍVEIS

As bactérias, organismos microscópicos invisíveis aos nossos olhos, geralmente são associadas a doenças. Mas, nem só doenças provocam as bactérias.Elas também apresentam enorme importância no trabalho de decomposição dos dejetos. Quando se acumulam em grande número, podem formar manchas coloridas, que podem ser vistas, por nós, a olho nu. Elas, em geral, preferem os lugares úmidos (em que suas células possam crescer com maior rapidez) e algumas se desenvolvem em condições anaeróbicas, onde há pouco oxigênio (escapando, assim, da competição com os fungos). Como os fungos, as bactérias também produzem enzimas para digerir os detritos e dejetos.

Portanto, são de vital importância para a perpetuação da vida das espécies.

OS DEVORADORES DE MADEIRA

Os tatuzinhos, membros da família dos caranguejos e lagostas, vivem em ambientes úmidos. Eles também desempenham um papel muito importante na decomposição de matéria vegetal morta. Esses pequeninos possuem uma fome voraz para devorarem madeiras e convertê-las em dejetos, que enriquecem o solo.

OS DECOMPOSITORES DE CELULOSE

Grande parte dos restos de material vegetal, como os pedaços de galhos e cascas de árvores são constituídos de celulose. Livros, cadernos e papéis, que usamos, são derivados das fibras da celulose das plantas, e em especial das árvores. Como o açúcar ou o amido, a celulose é também um carboidrato, substância que contém carbono essencial à todos os seres vivos. Mas só alguns poucos organismos conseguem quebrar e aproveitar suas duras moléculas. Os principais decompositores de celulose são as bactérias que habitam intestinos de animais ruminantes, outros animais, e fungos que crescem em plantas.

IMPORTANTE: Além da celulose a madeira contém uma substância denominada lignina, que corresponde a cerca de 30% do volume bruto da madeira. Essa lignina funciona como uma espécie de cola, ligando as camadas de celulose, contém carbono e apresenta moléculas resistentes, muito difíceis de serem quebradas.

Ecologia no Brasil

Com dimensões continentais e 70% da população concentrados em áreas urbanas, o Brasil é o país em desenvolvimento que mais tem atraído a atenção internacional. A poluição e o desmatamento ameaçam seus diversificados ecossistemas, inclusive o de maior biodiversidade do planeta, o amazônico.

O agravamento dos problemas ambientais no país está ligado à industrialização, iniciada na década de 50, ao modelo agrícola monocultor e exportador instituído desde os anos 70, à urbanização acelerada e à desigualdade socioeconômica. Nas grandes cidades, dejetos humanos e resíduos industriais saturam a deficiente rede de saneamento básico e envenenam águas e solos. Gases liberados por veículos e fábricas, além das queimadas no interior, poluem a atmosfera.

Poluição do ar

As emissões de dióxido de enxofre, monóxido de carbono, óxido e dióxido de nitrogênio e de material particulado, como poeira, fumaça e fuligem, crescem em todas as aglomerações urbanas e industriais do país. A situação é mais grave em grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Dados da Cetesb (Companhia Estadual de Tecnologia e Saneamento Básico), de 1991, mostram que as indústrias da Grande São Paulo lançam por ano no ar cerca de 305 mil toneladas de material particulado e 56 mil toneladas de dióxido de enxofre. Automóveis e veículos pesados são responsáveis pela emissão de 2.065 toneladas anuais de monóxido de carbono . No complexo industrial da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, a concentração de partículas em suspensão atinge a média anual de 160 mcg/m³, o dobro do considerado seguro. Na região metropolitana de Belo Horizonte, a concentração média de partículas poluentes no ar também é alta: 94 mcg/m³, e os níveis de dióxido de enxofre são maiores que os de São Paulo. A maior responsável por esses índices é Contagem, cidade mineira que concentra as indústrias metalúrgicas, têxteis e de transformação de minerais não-metálicos.

Em 1986, o governo federal cria o Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, que obriga a instalação de filtros catalisadores no escapamento dos automóveis e caminhões novos. O programa entra em funcionamento em 1988 e deve estar concluído em 1997.

Águas contaminadas

Praticamente todas as grandes e médias cidades brasileiras têm suas águas contaminadas por esgotos, lixo urbano, metais pesados e outras substâncias tóxicas. Os deltas do Amazonas e do Capibaribe , as baías de Todos os Santos, de Guanabara e de Paranaguá, os rios da bacia Amazônica, os rios Paraíba do Sul, das Velhas, Tietê, Paranapanema, do Peixe, Itajaí, Jacuí, Gravataí, Sinos e Guaíba são repositórios desses resíduos. Na Amazônia, o maior dano é provocado pelo mercúrio, jogado nos rios à média de 2,5 kg para cada grama de ouro extraído dos garimpos. Os rios Tapajós , Xingu, Taquari, Miranda e Madeira são os mais afetados.

Em São Paulo , em alguns trechos do rio Tietê dentro da capital existem apenas bactérias anaeróbicas. O excesso de cargas orgânicas em suas águas consome todo o oxigênio, mata os peixes e qualquer outra forma de vida aeróbica. O lixo e o desmatamento nas margens provocam o assoreamento de seu leito. Em 1993, o governo do Estado inicia um programa de despoluição e desassoreamento do rio: barcaças retiram areia e lixo do seu leito. A areia e a terra são levadas a uma distância de 5 km e o lixo para aterros sanitários.

Poluição do mar

Dejetos industriais e orgânicos são jogados em vários pontos do litoral. Vazamentos de petróleo em poços das plataformas submarinas e acidentes em terminais portuários e navios-tanques têm provocado graves desastres ecológicos. O terminal de São Sebastião (SP) registra 105 vazamentos em 1990 e 1991. O litoral do Pará e as praias da ilha de Marajó estão contaminados por pentaclorofeno de sódio, substância tóxica usada no tratamento de madeira. Os pólos petroquímicos e cloroquímicos localizados em quase todos os estuários dos grandes rios lançam metais pesados e resíduos de petróleo nos manguezais e na plataforma continental . A baía de Todos os Santos, na Bahia, está contaminada por mercúrio. A baia de Guanabara, no Rio de Janeiro, recebe diariamente cerca de 500 toneladas de esgotos orgânicos, 50 toneladas de nitratos e metais pesados, além de 3 mil toneladas de resíduos sólidos – areia, plásticos, latas e outras sucatas. Em maio de 1994, o governo do Estado do Rio de Janeiro consegue financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) de US$ 793 milhões para a despoluição da baía de Guanabara.

Degradação da superfície

O principal fator de poluição do solo, subsolo e águas doces é a utilização abusiva de pesticidas e fertilizantes nas lavouras. A média anual brasileira é duas vezes superior à do mundo inteiro. Ainda são usados no Brasil produtos organoclorados e organofosforados, proibidos ou de uso restrito em mais de 50 países devido a sua toxicidade e longa permanência no ambiente. As regiões mais atingidas por esses agrotóxicos são a Centro-Oeste, a Sudeste e a Sul, responsáveis por quase toda a produção agrícola para consumo interno e exportação. O agente laranja, um desfolhante usado pelos americanos na Guerra do Vietnã para devastar a mata tropical, já foi aplicado por empresas transnacionais na Amazônia, para transformar a floresta em terrenos agropastoris. A cultura da soja, hoje espalhada por quase todas as regiões do país, também faz uso acentuado desses fosforados. A médio e longo prazo esses produtos destroem microrganismos, fungos, insetos e contaminam animais maiores. Eles também tornam as pragas cada vez mais resistentes, exigindo doses cada vez maiores de pesticidas. No homem, causam lesões hepáticas e renais e problemas no sistema nervoso. Podem provocar envelhecimento precoce em adultos e diminuição da capacidade intelectual em crianças.

Queimadas

Desde o início da ocupação portuguesa o fogo foi o principal instrumento para derrubar a vegetação original e abrir áreas para lavoura, pecuária, mineração e expansão urbana. Ao longo dos quase cinco séculos de história do país, desaparece quase toda a cobertura original da mata Atlântica nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul. No Centro-Oeste, de ocupação mais recente, o cerrado vem sendo queimado para abrir espaço à soja e à pecuária. Nos anos 80, as queimadas na floresta Amazônica são consideradas uma das piores catástrofes ecológicas do mundo.

Em algumas regiões, é a seca que provoca os incêndios que devastam os ecossistemas: 80% do Parque Nacional das Emas , na divisa de Goiás com Mato Grosso do Sul, são destruídos pelo fogo em 1988 e, em 1991, outro incêndio destrói 17 mil ha do parque.

Desertos

Desmatamento indiscriminado, queimadas, mineração, uso excessivo dos defensivos agrícolas, poluição, manejo inadequado do solo e seca trazem a desertificação de algumas áreas do país. A região Nordeste é a mais atingida: 97% de sua cobertura vegetal nativa já não existem. A área desertificada chega a 50 mil ha e afeta a vida de 400 mil pessoas. A mineração e as salinas também afetam o sul do Pará e a região de Mossoró (RN). No Rio Grande do Sul, a superexploração agrícola e a pecuária extensiva fazem crescer o já chamado "deserto dos pampas": uma área de 200 ha no município de Alegrete.

Radiatividade

A ausência de comunicação imediata de problemas em usinas nucleares preocupa militantes ecológicos e cientistas no mundo inteiro. Isso também acontece no Brasil. Em março de 1993, o grupo Greenpeace denuncia: a paralisação da Usina Nuclear de Angra I, em Angra dos Reis (RJ), provoca um aumento anormal de radiatividade no interior de seu reator. Pressionada, a direção da usina confirma a informação, mas garante que o problema não é preocupante. No caso de Angra, o incidente serviu de alerta para o fato de ainda não se ter estabelecido um plano eficiente para a população abandonar a cidade em caso de acidente grave.

Espécies ameaçadas

Brasil, Colômbia, México e Indonésia são os países de maior diversidade biológica no mundo. A Amazônia, a mata Atlântica e o Pantanal estão entre as maiores reservas biológicas do planeta, a maioria delas ameaçadas pelo processo de degradação ambiental.

Espécies vegetais ameaçadas

A substituição dos ecossistemas originais por pastagens, o extrativismo desordenado e a poluição têm reduzido e até levado à extinção inúmeras espécies vegetais nativas. É o caso da araucária , ou pinheiro-do-paraná, do pau-brasil e de vários membros da família das bromeliáceas. As projeções sobre o número de espécies florais existentes na Amazônia variam entre 50 mil e 100 mil. Dessas, pelo menos mil têm potencial para a exploração econômica e possível aplicação farmacêutica.

Animais em extinção

A lista oficial mais recente de animais em extinção no Brasil é de 1990. A maioria das espécies ameaçadas concentra-se na Amazônia, na mata Atlântica e no Pantanal e têm sido vítimas da destruição de seus habitats e da caça indiscriminada. São 57 mamíferos, entre eles o mico-leão-dourado, a jaguatirica, a lontra, a onça-pintada, o tamanduá-bandeira. As aves somam 108 e a lista inclui o macuco, o flamingo, o gavião-real e a choquinha. Entre os nove répteis, estão a surucucu, algumas espécies de tartaruga e o jacaré-de-papo-amarelo. Dos 32 tipos de invertebrados, a maioria é de borboletas e libélulas. A lista aponta ainda outras 117 espécies pouco conhecidas, também ameaçadas.

Situação dos ecossistemas

A variedade do clima, do relevo, do regime de chuvas e de rios do país resulta em variados ecossistemas . A Amazônia concentra a maior floresta tropical e a maior diversidade biológica do mundo, seguida de perto pela mata Atlântica e pelo Pantanal. Os manguezais localizados em alguns estuários, como o do Amazonas ou o do rio Ribeira (SP), também estão entre os maiores criatórios naturais de vida marinha do planeta.

AMAZÔNIA

A Amazônia tem uma área calculada em 5,5 milhões de km², e a floresta ocupa 60% do total, o equivalente a 3,3 milhões de km². O subsolo da Amazônia é rico em minérios, como ouro, bauxita, cassiterita e manganês. Sua superfície abriga cerca de 2 milhões de espécies . Apenas 10% de suas terras são consideradas produtivas, 12% das quais já estão ocupadas pelo homem. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1991, a área devastada chega a 11.100 km², ou 0,3% da floresta. No Amapá e em Rondônia, a metade da área cultivável já foi devastada. Os focos de incêndio passam de 362.161 km² em 1990 para 404.343 em 1991 e provocam uma nuvem de fumaça que chega a alcançar a África e a Antártida.

Rios assoreados

Grande parte dos 3,9 milhões de km² da bacia hidrográfica amazônica – a maior do mundo – sofre assoreamento devido à erosão provocada por utilização inadequada do solo. Muitos rios têm suas águas contaminadas pelo mercúrio dos garimpos de ouro, que já estão invadindo a Venezuela. A busca de ouro também tem contribuído para dizimar a população indígena, principalmente ianomâmis.

MATA ATLÂNTICA

No século XVI, a mata Atlântica é a segunda maior floresta tropical úmida do Brasil. Cobre uma área paralela ao litoral, quase contínua, de cerca de 1,5 milhão de km², estendendo-se do Ceará ao Rio Grande do Sul – justamente a área hoje mais densamente povoada do país. Em São Paulo , a área original, igual a 82% do território, passa para os atuais 5%. Mesmo assim, ainda é uma das maiores do planeta em diversidade biológica. A devastação começa com o início da colonização, com a exploração do pau-brasil. Prossegue com o ciclo do açúcar, no século XVII, que praticamente acaba com a mata no Nordeste. No século XVIII, a mineração do ouro amplia a área devastada até Minas Gerais. Na segunda metade do século XIX, a cultura do café derruba a floresta nas regiões Sudeste e Sul. No século XX, o desmatamento chega à fronteira do Mato Grosso. Na atualidade, a maior parte da vegetação remanescente concentra-se nos Estados da região Sul.

Indústrias x floresta

A industrialização da região Sudeste aumenta a devastação da floresta. Na década de 40, quando a Companhia Siderúrgica Nacional entra em operação, em Volta Redonda (RJ) , alimenta seus altos-fornos com a madeira extraída da floresta. O lançamento de poluentes na atmosfera e nos cursos d'água por indústrias de todo o Sudeste contribui para a destruição. A poluição atmosférica vem aumentando as chuvas ácidas e destruindo porções significativas da cobertura vegetal da região. No Espírito Santo e Bahia, além da poluição, a floresta é consumida pela indústria de papel e celulose e derrubada pela crescente especulação imobiliária.

PANTANAL

Ocupa 140 mil km² no sudoeste do Mato Grosso e oeste do Mato Grosso do Sul, estendendo-se até o Paraguai. No verão – época das chuvas –, suas terras são inundadas pelas cheias do rio Paraguai, criando um ecossistema específico que abriga milhares de espécies de aves, peixes, répteis e mamíferos. As usinas de álcool, o mercúrio dos garimpos, o excesso de fertilizantes das lavouras, as queimadas e até mesmo o turismo vêm poluindo as águas do Pantanal. A construção de estradas no seu interior e de usinas hidrelétricas em regiões periféricas tem alterado o regime de ventos e de chuvas da região. A caça e a pesca predatórias aceleram o desequilíbrio do ecossistema. Caçadores clandestinos já mataram cerca de 2 milhões de jacarés. A onça-pintada, veados, cotias, ariranhas e lontras estão em rápido processo de extinção. A criação do Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e da Estação Ecológica do Taimã são algumas das medidas, ainda insuficientes, para preservar a região.

MANGUEZAIS

Ambientes de transição entre os meios terrestre e marinho característicos dos litorais tropicais, os manguezais distribuem-se ao longo de todo o litoral brasileiro. Os de maior biodiversidade localizam-se nos estuários de grandes rios, principalmente naqueles que têm seus cursos em terrenos planos e foz muito amplas. Têm características pantanosas, vegetação arbustiva abundante e águas ricas em matéria orgânica. São considerados os maiores criatórios naturais de espécies marinhas. Os grandes manguezais brasileiros estão sendo destruídos pela poluição dos pólos petroquímicos ou cloroquímicos presentes em quase todos os grandes estuários da costa. Muitos são soterrados para a construção de estradas, como a Rio-Santos, ou para projetos imobiliários, como no litoral paulista e fluminense, no sul da Bahia ou em Florianópolis. Poucos ainda estão preservados, como a parcela do manguezal do rio Ribeira, protegida pelo Parque Estadual da Ilha do Cardoso, no sul de São Paulo.

Legislação atual

O capítulo sobre meio ambiente da Constituição de 1988 é considerado um dos mais avançados do mundo. Inclui o meio ambiente ecologicamente equilibrado entre os direitos do cidadão e da sociedade e considera sua defesa e preservação como dever do Estado e da coletividade. Determina que o poder público deve preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais, dar condições para o manejo ecológico das espécies e ecossistemas, preservar a diversidade biológica e a integridade do patrimônio genético. O governo deve exigir relatório de impacto ambiental para a instalação de qualquer obra ou atividade potencialmente causadora de degradação ambiental e tem o dever de controlar a produção, comercialização e emprego de métodos e substâncias potencialmente nocivas à preservação do equilíbrio do meio ambiente.

Áreas de preservação – A Constituição reconhece a floresta Amazônica, a mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira como patrimônio nacional; exige que a instalação de usinas nucleares seja definida por lei e prevê a punição para quem degradar o meio ambiente. Define também o Sistema Nacional de Unidades de Preservação: áreas consideradas de valor relevante por seus recursos naturais ou paisagens , mantidas sob regime especial de administração, com garantias de proteção e preservação da diversidade biológica. Atualmente, as áreas sob proteção somam 31.294.911 ha , o equivalente a 3,7% da superfície do país.

Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br

12 de abr. de 2010

Ciclo da água


Ciclo da água
A água é uma substância vital para a biosfera. É solvente universal graças a sua estrutura atômica com elevada constante dielétrica. Ela forma soluções iônicas e colóides com miscelas de carga eletrostática com grande facilidade. Além disso, suas pontes de hidrogênio permitem a estabilidade da fase líquida numa amplitude térmica muito grande (0 a 100 C). A estrutura química da água também possibilita a formação de soluções não eletrolíticas. A água ainda apresenta grande capacidade em dissolver gases tais como o oxigênio e o gás carbônico.

Esta capacidade é no entanto muito influenciável pela temperatura, pressão e tipo do gás. Outra característica fundamental à vida da água refere-se ao seu comportamento anômalo em relação à densidade. Ela expande quando é resfriada de 4 C a 0 C. A densidade da água a 4 C é 1,0 e a O C é de 0.92. Assim a água congela-se de cima para baixo. Este fato explica porque é possível a vida aquática (aliás intensa) nas zonas polares. A água apresenta maiores variações de densidade a um mesmo delta t a maiores temperaturas. Este fato explica porque pequenas variações térmicas em mares e lagos tropicais podem causar estratificação térmicas relativamente resistentes à ação do vento (Figura 2). Cerca de 70% da superfície da Terra é coberta por água.

As grandes massas de água estão nos oceanos onde acham-se em contínuo movimento. As correntes marítimas são cruciais para o estabelecimento dos padrões globais de circulação atmosférica e do clima.



A estratificação térmica em lagos e mares é muito importante pois implica numa estratificação química e muitas vezes numa estratificação biológica. Naturalemte, tal característica implica em importantes consequências para todos os demais ciclos biogeoquímicos em ambiente aquático.

A água está em contínuo movimento nos continentes. As fontes de água nos continentes são alimentadas pela água das chuvas que volta ao mar via escoamento superficial ou subterrâneo. Os rios exercem considerável influência sobre a paisagem terrestre. A foto, a seguir, ilustra o Córrego Carioca, município de Itabirito, onde pode-se ver claramente a formação vegetal mais densa junto à uma das margens. Na outra margem (lado esquerdo), vê-se a influência antrópica, através de pastos destinados a pecuária.

A água tem ainda uma alta viscosidade, que decresce com o aumento da temperatura. Esta viscosidade possibilita a existência de uma comunidade biológica que vive acima e abaixo da zona ar-água. Os detergentes ateram drasticamente a tensão superficial da água.

Outra importante característica da água são os seus elevados calores latentes de evaporação (Lv = 590 cal.g-1) e fusão (Lf = 80 cal.g-1). Deste modo a água 'exige' o aporte de grandes quantidades de energia para trocar o seu estado físico, conferindo-lhe uma elevada inércia térmica que resulta numa 'demora' em aquecimento e resfriamento. Estas propriedades são extremamente importantes no estabelecimento das características climáticas. Diferenças de temperaturas causam diferenças na densidade da água que aliada à ação dos ventos geram as correntes oceânicas (Figura 3). Existem tanto correntes frias quanto correntes quentes. As correntes frias trazem águas ricas de nutrientes incrementando a produção biológica nas áreas sob a sua influência. No entanto, essas correntes causam também grande aridez nas faixas continentais que são por elas banhadas, graças a pouca evaporação associada às correntes frias. As correntes quentes, ao contrário, mantém a estratificação da coluna d'água e, com isto, impede a fertilização continuada das águas superficiais. Deste modo, suas águas são pobres em termos de produção biológica. As correntes quentes, por outro lado, amenizam o clima na faixa continental sob sua influência trazendo chuvas e amenizando o inverno nas altas latitudes. O clima da Inglaterra, por exemplo, é muito amenizado pela corrente quente Gulf Stream (Corrente do Golfo).



A água pura exibe uma absorção diferencial da luz. Ondas menos energéticas de comprimento longo (vermelho) são absorvidas nos primeiros metros abaixo da superfície. Outros fatores que intervém no processo são a turbidez (sol. em suspensão) e a cor (subst. dissolvidas) que também diminuem a penetração de luz. Ver detalhes na primeira aula do módulo 3, aula sobre o ambiente energético da biosfera

Segundo Leonardo da Vinci "a água é o condutor da natureza". A Biosfera pode ser definida em termos de disponibilidade de água: é a região do planeta onde há um suprimento de energia externa e água no estado líquido. O ciclo da água é caracterizado por um depósito atmosférico pequeno porém extremamente dinâmico, sendo inclusive responsável pela caracterização dos diversos climas terrestrres. As reservas de água nos continentes são alimentadas pela precipitação atmosférica (chuvas, neves e granizos), uma vez que chove proporcionalmente mais nos continentes se comparados às áreas oceânicas. Grandes regiões do planeta tais como o vale do Mississipi (USA), Europa e Amazônia oriental recebem a maior parte de precipitações através de massas de ar oriundas dos oceânos.

O volume total de água da biosfera é de cerca de 1,5 bilhões de quilômetros cúbicos. Esta água está distribuída de modo muito desigual pela superfície da Terra cuja superfície total é de 512 milhões de Km² . A maior parte da água está no mar (97%). Os 3% restantes são constituídos por água doce (a maior parte em geleiras). O depósito de águas subterrâneas é muito maior do que o de águas superficiais. Rios e lagos contribuem muito pouco para o total de água doce existente (Figura 4) mas eles são essenciais para a renovação do ciclo já que o tempo de renovação médio das águas superficiais é pequeno (ao redor de 1 ano). Outro fator que influencia a distribuição mundial das águas é a latitude principalmente alterando os totais pluviométricos.



Segundo o esquema acima, os oceanos estão exportando água para os continentes. Isso se dá pela penetração de ar úmido a partir dos oceanos. Esse fenômeno pode ser observado na animação abaixo, de sucessivas imagens do satélite meteorolóligico GOES, processadas pelo INPE em Cachoeira Paulista, SP. As imagens referem-se ao período 6-7 de outubro de 2001.



Fonte: www.icb.ufmg.br

A energia no ecossistema


CICLOS DA MATÉRIA
A energia no ecossistema
A existência da comunidade de um ecossistema está ligada à energia necessária à sobrevivência dos seres vivos a ela pertencentes. De maneira geral, num ecossistema, existem vegetais capazes de realizar fotossíntese. Deles dependem todos os demais seres vivos. O Sol é a fonte de energia utilizada pelos vegetais fotossintetizantes, que transformam a energia solar em energia química contida nos alimentos orgânicos. Durante a realização das reações metabólicas dos seres vivos, parte da energia química se transforma em calor, que é liberado para o ecossistema. Assim a energia segue um fluxo unidirecional.

A energia flui unidirecionalmente ao longo do ecossistema e é sempre renovada pela luz solar. A matéria orgânica, porém, precisa ser reciclada e nesse processo participam os seres vivos. Em qualquer ciclo existe a retirada do elemento ou substância de sua fonte, utilização por seres vivos e devolução para a sua fonte. Os mais importantes ciclos da matéria são o da água, o do carbono e o do nitrogênio.

Ciclo do oxigênio

Ciclo do oxigênio


O ciclo do oxigênio é complexo, uma vez que esse elemento é utilizado e liberado pelos seres vivos em diferentes formas de combinação química. O principal reservatório de oxigênio para os seres vivos é a atmosfera, onde esse elemento se encontra na forma de gás oxigênio (O2) e de gás carbônico (CO2).

O O2 é utilizado na respiração aeróbica das plantas e animais. Nesse processo, átomos de oxigênio combinam-se com átomos de hidrogênio, formando moléculas de água. A água formada na respiração, chamada água metabólica é, em parte, eliminada para o ambiente através da transpiração, da excreção e das fezes, em parte utilizada em processos metabólicos. Dessa forma, seus átomos de oxigênio acabam incorporados à matéria orgânica e podem voltar à atmosfera pela respiração e pela decomposição do organismo, que produzem água e gás carbônico.

O CO2 atmosférico é utilizado no processo de fotossíntese. Os carbonos e os oxigenados presentes no gás carbônico passam a fazer parte da matéria orgânica do vegetal, e tanto a respiração como a decomposição dessa matéria orgânica restituirão o oxigênio à atmosfera, na forma de água e gás carbônico. A água utilizada pelas plantas na fotossíntese é quebrada, e seus átomos de oxigênio são liberados para a atmosfera na forma de O2.

As três principais fontes não-vivas de átomos de oxigênio para os seres vivos são, portanto, gás oxigênio (O2), gás carbônico (CO2) e água (h4O). Esses três tipos de molécula estão constantemente trocando átomos de oxigênio entre si, durante os processos metabólicos da biosfera.

Ciclo do nitrogênio



Ciclo do nitrogênio


O nitrogênio molecular, N2, é um gás biologicamente não-utilizável pela maioria dos seres vivos. Seu ingresso no mundo vivo ocorre graças à atividade dos microrganismos fixadores, as algas azuis e algumas bactérias, que o transformam em amônia. No processo de nitrificação, outras bactérias transformam a amônia em nitritos e nitratos.

Essas três substâncias são utilizadas pelos vegetais para a elaboração de compostos orgânicos nitrogenados que serão aproveitados pelos animais. O ciclo fecha-se a partir da atividade de certas espécies de bactérias, que efetuam a denitrificação e devolvem o nitrogênio molecular para a atmosfera.

O plantio de leguminosas(feijão, por exemplo),a chamada adubação verde, enriquece o solo com compostos nitrogenados, uma vez que nas raízes dessas plantas há nódulos repletos de bactérias fixadoras de nitrogênio.

Outro procedimento agrícola usual é a rotação de culturas, na qual se alterna o plantio de não-leguminosas, que retiram do solo os nutrientes nitrogenados, com leguminosas que devolvem esses nutrientes para o meio.

Ciclo da água
Embora a água não seja um elemento químico, e sim uma substância composta de hidrogênio e oxigênio, estudaremos o seu ciclo pelo fato de ela estar intimamente associada a todos os processos metabólicos.

O ciclo da água pode ser considerado sob dois aspectos: o pequeno ciclo, ou ciclo curto, e o grande ciclo, ou ciclo longo.

Pequeno ciclo
No pequeno ciclo, a água dos oceanos, lagos, rios, geleiras e mesmo a embebida no solo sofre evaporação pela ação do calor ambiental e passa à forma de vapor, dando origem às nuvens. Nas camadas mais altas da atmosfera, o vapor d’água sofre condensação, e a água líquida volta à crosta terrestre na forma de chuva.

O ciclo das chuvas foi um dos responsáveis pelo resfriamento relativamente rápido da crosta terrestre, nos primórdios de nosso Planeta. Hoje, o ciclo das chuvas contribui para tornar o clima da Terra favorável à vida.

Grande ciclo


No grande ciclo, a água é absorvida pelos seres vivos e participa do metabolismo deles, sendo posteriormente devolvida para o ambiente.

As plantas absorvem, por meio de suas raízes, a água infiltrada no solo. Além de ser solvente e reagente de inúmeras reações químicas intracelulares, a água é uma das matérias-primas da fotossíntese: seus átomos de hidrogênio irão fazer parte da glicose fabricada, e seus átomos de oxigênio se unem para formar o O2 (gás oxigênio) liberado para a atmosfera. Na respiração, as plantas degradam as moléculas orgânicas que elas mesmas fabricam para obter energia, liberando gás carbônico e água.

As plantas estão sempre perdendo água por meio da transpiração, principalmente durante o dia, quando seus estômatos estão abertos. É por isso que o ar é úmido nas florestas e seco nos desertos e áreas desmatadas. Uma vez que absorvem água do solo e a liberam, como vapor, para atmosfera, as plantas contribuem para a manutenção de um grau de umidade do ar altamente favorável à vida.



O nitrogênio é o gás mais abundante da atmosfera.

O nitrogênio compõe proteínas, DNA, RNA, vitaminas, clorofila, ATP e outros compostos orgânicos de grande importância.

Os únicos seres que fixam o nitrogênio são bactérias, cianobactérias e fungos por apresentarem enzimas apropriadas para essa função.



Como plantas e animais conseguem obter o nitrogênio necessário para comporem suas moléculas?

As bactérias são as principais personagens do ciclo do nitrogênio. Veja alguns tipos mais comuns:
Fixadoras
AÇÃO: N2 >>> NO3--

Vivem livres no solo ou em associação com leguminosas formando o que se chama BACTERIORRIZA.

Denitrificantes
AÇÃO: NO3-- >>> N2

Vivem no solo e ajudam a equilibrar o ciclo.

Decompositoras
AÇÂO: Matéria Orgânica >>> Nh4

Nitrificantes


- As queimadas trazem que tipo de prejuízo para o ciclo do nitrogênio?

- O que é proteção de culturas?

- Por que no sertão se planta feijão junto com o milho?

Ciclo do carbono






Ciclo do carbono
O carbono presente nos seres vivos é, originalmente, proveniente da atmosfera. Por meio da fotossíntese, os seres fotossintetizantes fixam o carbono que retiram do CO2 atmosférico. Esses átomos de carbono passam a fazer parte das moléculas orgânicas fabricadas.

Durante a respiração, uma parte das moléculas orgânicas é degradada, e o carbono que as constituía é devolvido à atmosfera, novamente na forma de CO2. Parte do carbono retirado do ar passa a constituir a biomassa dos seres fotossintetizantes, podendo eventualmente ser transferida aos animais herbívoros.

Nos herbívoros, parte do carbono contido nas moléculas orgânicas dos alimentos é liberada durante a respiração, e o resto irá constituir sua biomassa, que poderá ser transferida para um carnívoro. Dessa forma, o carbono fixado pela fotossíntese vai passando de um nível trófico para outro, enquanto retorna gradativamente à atmosfera, em conseqüência da respiração dos próprios organismos e da ação dos decompositores, que atuam em todos os níveis tróficos.

Combustíveis fósseis


Algumas vezes, o retorno do carbono para a atmosfera é demorado, levando milhões de anos para ocorrer. É o caso dos compostos de carbono que não foram atacados pelos decompositores e transformaram-se, no subsolo, em carvão, turfa e petróleo.

A utilização desses combustíveis fósseis pelo homem tem restituído à atmosfera, na forma de CO2, átomos de carbono que ficaram fora de circulação durante milhões de anos.

Devido à queima de combustíveis, a concentração de gás carbônico no ar aumentou, nesses últimos 100 anos, de 0,029% para cerca de 0,04% da composição atmosférica. Embora pareça pouco, esse aumento é, em termos proporcionais, da ordem de 38%. De acordo com muitos cientistas, o aumento do teor de CO2 atmosférico pode provocar a elevação da temperatura média global por causa do efeito estufa.





9 de abr. de 2010

Cadeiaalimentar



Por Dentro das Cadeias Alimentares
As espécies que vivem em um mesmo ambiente estão ligadas entre si, como elos de uma grande corrente। O motivo que as une é o alimento: uns servem de alimento aos outros, transferindo-lhes a matéria que forma seus corpos e a energia que acumulam para realizar as suas funções vitais.

O primeiro elo dessa ’cadeia alimentar’ é formado pelos vegetais, que usam a luz do sol, na fotossíntese, para produzir energia. Por conta de serem os primeiros a receber a energia do sol - a única fonte externa de energia em nosso planeta - e a transformá-la, os vegetais são chamados de produtores. Os elos seguintes da cadeia alimentar são formados pelos consumidores - seres vivos que, incapazes de produzir o próprio alimento, conseguem-no comendo outros seres vivos.

Existe uma ordem entre os consumidores: os consumidores primários, ou de primeira ordem, são os que se alimentam dos produtores; os secundários, ou de segunda ordem, alimentam-se de consumidores primários e os terciários... Bem, essa cadeia pode ter muitos elos de consumidores, dependendo da riqueza de espécies que convivem no mesmo ambiente. Há ambientes tão diversificados que as cadeias alimentares acabam se tornando complexas teias alimentares.

Nas cadeias alimentares, além dos produtores e consumidores, há também o importante elo dos decompositores, seres que se alimentam de cadáveres. São eles os seres vivos capazes de degradar substâncias orgânicas, tornando-as disponíveis para serem assimiladas pelos produtores. Com eles, a cadeia alimentar é realimentada e pode perpetuar-se.

Matéria e energia passam de um elo a outro da cadeia alimentar: dos produtos aos consumidores e, destes, ao decompositores. Parte da energia é consumida em cada elo, pelas atividades que os seres vivos desenvolvem para sobreviver; aos últimos elos sobram parcelas cada vez menores de energia. Daí falarmos em fluxo de energia. No caso da matéria, falamos em ciclo da matéria, uma vez que não há perda ao longo do trajeto.

A teia da vida
Seres vivos que habitam a Terra estão todos interligados em uma grande rede
Existem na Terra milhões de espécies de seres vivos, cada uma desempenhando um papel único em relação ao todo. Toda essa "multidão" de seres vivos que os cientistas chamam de biosfera está comprimida em uma estreita faixa de terra, água e ar de cerca de um quilômetro de espessura e espalhada por cerca de meio bilhão de quilômetros quadrados de superfície.



Entre os seres vivos que habitam esse planeta, podemos encontrar os mais diversos tipos e variações. E - tal qual uma história sem fim - os cientistas tentam exaustivamente enquadrar e classificar essa imensa variedade de seres em grupos, para melhor estudá-los e entendê-los. Há desde pequenas bactérias até as grandes baleias; como há também desde os que produzem seu próprio alimento, como as plantas, até aqueles que dependem do alimento produzido pelos outros, como os animais. Não é à toa que se diz que a biodiversidade nesse planeta é imensa. Temos mesmo uma diversidade de formas de vida impressionante.

Mas temos também um problema: toda essa imensa variedade de seres vivos está interligada como uma imensa teia viva e depende da energia do sol que chega à superfície do nosso planeta. Para piorar nossa situação, há uma agravante: a energia do sol que chega é pequena - apenas cerca de 10% - e conforme vai sendo usada pelos seres vivos vai diminuindo. Vivemos, portanto, em constante ’luta’ em busca de energia e nossa forma de obtê-la é nos alimentarmos daqueles que a armazenam em seu organismo.

Quando chega à superfície da Terra, a energia é fixada pelos vegetais, através da fotossíntese. Depois, a energia passa para os insetos ou outros herbívoros que se alimentam das plantas; dos insetos, a energia vai para os camundongos ou outros carnívoros inferiores que se alimentam de herbívoros; dos camundongos, a energia passa para cobras, que deles se alimentam e, assim por diante, vai se formando uma cadeia alimentar - em que matéria e energia vão passando de ser vivo a ser vivo até chegarem aos carnívoros superiores, como as águias, os tigres e os tubarões brancos. Ocupando o ponto extremo da cadeia alimentar, essas espécies só são consumidas por parasitas - as bactérias e os fungos especializados em decompor cadáveres.



Parte da energia que chega a um ser vivo é gasta em suas atividades de sobrevivência - no crescimento e na reprodução, por exemplo. Portanto, para o nível seguinte da cadeia alimentar passará sempre menos energia do que entrou. É por isso que os carnívoros superiores, que ocupam posições terminais nas cadeias alimentares, estão sempre em risco de extinção. Para eles sobra sempre uma parcela pequena de energia disponível. Além disso, qualquer quebra na cadeia alimentar coloca sua posição em risco.

Fonte: cienciahoje.uol.com.br


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