Fonte: R7
O número de mortos em decorrência do terremoto e do tsunami que atingiram o país na última sexta-feira (11) é de 1.596, de acordo com o último boletim do governo , divulgado nesta segunda-feira (14), ainda domingo no Brasil, pelo serviço em inglês da TV japonesa NHK.
Há ainda cerca de 10 mil pessoas desaparecidas do total dos 17 mil habitantes da cidade costeira de Minami-Sanriku, que foi arrasada pelo tsunami. O terremoto, de 8,9 graus na escala Richter de acordo com a medição do Instituto Geológico dos Estados Unidos, foi o mais intenso já registrado na história do Japão e provocou um tsunami com ondas de 12 metros de altura que chegou à costa cerca de 15 minutos após o tremor.
Além das pessoas arrastadas pelo tsunami e os danos econômicos, o Japão enfrenta o temor de uma crise nuclear. O jornal americano The New York Times publicou que o país apresenta problemas com uma quarta planta nuclear.
O governo japonês anunciou neste domingo (13) que pode haver um derretimento parcial nos reatores de duas usinas e declarou estado de emergência. Neste sábado (12), uma explosão ocorreu na usina Fukushima Daiichi, o acidente que alcançou o nível quatro em uma escala que vai até sete e provocou exposição à contaminação em mais de cem pessoas.
Sinais de radiação alta também ocorreram nos arredores da usina de Fukushima Daini. Além dela, uma usina nuclear em Tokai, na Província de Ibaraki (norte de Tóquio), sofreu neste domingo problemas em seu sistema de refrigeração, informou a agência local Kyodo.
Segundo autoridades de Ibaraki citadas pela Kyodo, um dos dois sistemas de refrigeração da usina número dois de Tokai paralisou, mas o outro funciona normalmente, por isso que não se preveem problemas para o reator nuclear.
A operadora é a Japan Atomic Power, que considerou possível evitar o superaquecimento do reator mediante esse segundo sistema de refrigeração.
Além delas, a de Onagawa registra problemas desde o terremoto.
O terremoto de 11 de março provocou a paralisação automática de onze das 51 usinas nucleares do Japão.
O governo japonês disse que os esforços se centram em diminuir a temperatura de dois dos seis reatores de água em ebulição da central de Fukushima, informou a agência de notícias EFE.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena informou neste domingo que as autoridades japonesas declararam estado de emergência nuclear para outra usina atômica, em Onagawa, devido a seu elevado nível de radiatividade. O Japão comunicou à AIEA que a operadora da usina nuclear de Onagawa, a Tohoku Electric Power Company, fixou o nível de alerta dessa central em um, o mais baixo de uma escala de sete.
As autoridades japonesas disseram ao organismo da ONU que "os três reatores na usina nuclear de Onagawa estão sob controle".
O jornal Japan Times, por outro lado, aponta outro incômodo: a possibilidade do país ainda sofrer apagões longos devido aos problemas com as usinas enquanto o país ainda treme devido a réplicas do terremoto de sexta-feira.