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4 de nov. de 2011

Fatores ocultos da obesidade infantil





Há muita ansiedade em torno dos hábitos alimentares das crianças, principalmente durante os picos de doces consumidos em datas como o Halloween e a Páscoa, mas os fatores que contribuem para o excesso de peso em crianças vão muito além ocasiões especiais. A maioria das crianças obesas, 17 % nos Estados Unidos, vão carregar esse peso extra em sua idade adulta, juntamente com as consequências em longo prazo sobre a saúde. Cientistas estimam que a atual geração de crianças vai viver vidas mais curtas do que os seus pais e terá maiores taxas de doenças cardíacas , diabetes e aterosclerose. Apesar de diversos esforços, o número de crianças com sobrepeso e obesas parece não estar caindo, o que tem feito com que cientistas busquem outras causas para a epidemia de obesidade infantil. Uma equipe da University of Illinois está formando grupos de especialistas de campos amplos como a genética e as comunicações para tentar desobstruir a intrincada teia de forças que gera uma profusão de crianças rechonchudas. "É a composição celular, o comportamento infantil e os atributos da criança, são também os comportamentos familiares nas comunidades e ambientes dentro do Estado e políticas de nível nacional", diz Kristen Harrison, fundador da Teoria Synergistic e da Pesquisa em Obesidade e Grupo de Nutrição Projeto STRONG Kids, da Universidade. "É incrivelmente complexo". Fatores como hereditariedade, o acesso ao exercício, os hábitos alimentares dos pais e das diferenças culturais no tamanho das porções são todos conhecidos por contribuir para a obesidade infantil. E esses fatores não existem isoladamente. "O que nós realmente não sabemos ainda é como esses fatores interagem uns com os outros", diz Harrison. E, recentemente, pesquisadores do grupo e de outros lugares começaram a descobrir outras causas surpreendentes da obesidade, como os horários de sono e a freqüência das refeições em família. Mais à dieta e aos exercícios Convencer as crianças a comerem de forma mais saudável e a fazerem mais exercícios pode parecer simples, mas a longa lista de fatores genéticos, culturais e ambientais que levam as crianças a esses comportamentos são complexos e interligados, e os cientistas estão apenas começando a entendê-los. Frutas e vegetais frescos, por exemplo, nem sempre são acessíveis. Algumas comunidades têm abundância de supermercados repletos de alimentos frescos e saudáveis, enquanto outros bairros têm apenas fast-food e lojas de conveniência de esquina, o que torna difícil a obtenção suficiente de itens saudáveis. "A família pode ser muito motivada, mas se demorar duas viagens de ônibus para chegar a uma loja que transporta produtos frescos, fica muito difícil", diz Harrison. Fora da esfera familiar, as crianças também são frequentemente confrontadas com uma grande variedade de opções de pesos e embalagens, vendidas em máquinas automáticas e até mesmo na cantina escolar.Cortes nos orçamentos das escolas também têm tirado verba dos esportes e dos programas de educação física, reduzindo a quantidade de exercícios que acontecem durante o horário escolar. E a falta de espaços para jogos ao ar livre, como parques e bosques, também pode prejudicar as boas intenções dos pais. "Os pais que vivem em bairros que não são seguros, não vão deixar seus filhos brincarem do lado de fora", diz Harrison. E uma rotina vivida dentro de casa torna difícil a realização de exercícios físicos suficientes para manter o peso ideal das crianças ou ajudar na perda do peso que elas já têm.Os pesquisadores também alertaram sobre a importância de não depositar toda a culpa nos pais. "Muitas vezes as pessoas dizem: 'basta os pais pararem de alimentar tanto seus filhos' ", afirma Harrison. "Há uma visão extremamente equivocada de que esses pais e mães são estúpidos, gananciosos, e que não se importam." Quando os pais em comunidades de baixa renda são questionados sobre nutrição, eles sabem as respostas certas. Eles sabem que seus filhos devem comer mais frutas e legumes, e menos fast-foods. "Portanto, há algo muito além do que apenas a educação." A televisão, por exemplo, acaba sendo um maior transmissor de maus hábitos alimentares do que o peso , raça e renda dos pais, e gênero e etnia da criança, tudo junto - de acordo com um estudo realizado por Harrison e sua equipe. A televisão faz a criança ser alvo da comercialização de alimentos, combinado com um estilo de vida sedentário, em que a criança come enquanto assiste. Um estudo publicado no Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, em 2006, estimou que para cada hora de televisão diária, as crianças consomem um adicional de 167 calorias .

.Rede pública tem centros de referência para câncer, mas acesso é limitado



O tratamento de câncer em hospitais de referência da rede pública do Brasil tem qualidade comparável ao de hospitais privados, mas a oportunidade não chega para todos, segundo médicos ouvidos pela BBC Brasil.
De acordo com os especialistas, centros como o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, e o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), apesar de serem referências no tratamento, conseguem atender a pouco mais de 5% da demanda nacional.
"O Icesp é um exemplo do melhor que a oncologia poderia ser no Brasil, mas não é a realidade de todas as pessoas. Um doente que chega lá tem o mesmo tratamento que o ex-presidente Lula", disse o oncologista Rafael Kaliks, médico do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e diretor científico do Instituto Oncoguia, ONG que se dedica à pesquisa e orientação de pacientes com câncer.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi diagnosticado com câncer de laringe no último sábado e, na segunda-feira, deu início ao tratamento de quimioterapia no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil teve 490 mil novos casos de câncer em 2010. O número de pacientes novos atendidos no Inca foi de cerca de 11 mil. O Icesp atendeu 14 mil novos pacientes, além dos que já se tratavam na instituição.
Centros de excelência
O presidente da Associação Brasileira de Radioterapia, Carlos Manoel Mendonça de Araújo, no entanto, diz que, para além dos centros de excelência, a rede privada ainda oferece tratamentos mais sofisticados.
"Os centros de excelência, que são poucos, podem se dar o luxo de fazer tratamentos tecnologicamente melhores, que provocam menos efeitos colaterais, porque também têm recursos de doações e fundações. Os centros comuns não conseguem fazer esses tratamentos, porque o SUS não paga."
De acordo com o Instituto Oncoguia, o Brasil tem 169 hospitais capacitados para o atendimento a pacientes com câncer pelo Ministério da Saúde, em 22 Estados e no Distrito Federal.
Cerca de oito destes hospitais, segundo os especialistas, podem ser considerados centros de excelência e dois, o Inca e o Icesp, são considerados referência de pesquisa, diagnóstico e tratamento da doença.
Para chegar até eles, no entanto, o paciente precisa ser encaminhado por outra unidade de saúde e passar por uma triagem, que leva em conta fatores como sua localização e os exames que comprovam o câncer.
Qualidade
O câncer de laringe, diagnosticado no ex-presidente Lula, corresponde a 25% dos atendimentos do Instituto Nacional do Câncer, que é considerado a instituição com maior experiência no tratamento deste tipo de tumor na América Latina.

A equipe que atende Lula tem médicos que atua na rede pública
"Tecnicamente, o Inca é uma instituição de excelência, onde se pratica medicina de alto nível, com resultados comparáveis aos melhores centros nos EUA e na Europa", disse o cirurgião Fernando Luiz Dias, chefe do Setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Inca, à BBC Brasil.
Apesar de estar sendo realizado em um hospital privado, o tratamento a que está sendo submetido o ex-presidente Lula é conduzido por uma equipe que também inclui especialistas que atuam em serviços públicos, como o Icesp.
Espera
Segundo Fernando Luiz Dias, o paciente do Inca é examinado por diversos especialistas, para que tenha um tratamento elaborado especificamente para seu caso.
"A diferença daqui (para a rede privada) é uma questão burocrática. Lá haveria um grau de conforto maior com relação a horários de consulta e disponibilidade, porque atendemos muitos pacientes", disse Dias.
A oncologista Maria del Pilar, do Icesp, diz que a fila de espera pelos tratamentos pode ser um problema em alguns casos, mas que uma parte dos pacientes escolhe permanecer na instituição mesmo com a possibilidade de fazer o tratamento na rede privada, por meio de convênios.
"A radioterapia é o gargalo do atendimento ao câncer do Brasil, por isso ela está em evidência."
Carlos Manoel Mendonça de Araújo
Segundo um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgado na última segunda-feira, o tempo de espera médio para o início do tratamento de quimioterapia na rede pública é de 76,3 dias e somente 35% dos pacientes são atendidos após 30 dias, dentro do prazo recomendado pelo Ministério da Saúde.
Para a radioterapia, é preciso esperar em média 113,4 dias, mesmo nos centros de excelência. Cerca de 16% dos pacientes foram atendidos após o primeiro mês de espera em 2010.
Gargalo
Carlos Manoel Mendonça de Araújo diz que a alta demanda e a falta de equipamentos fazem com que a radioterapia concentre as maiores filas de espera do tratamento de câncer na rede pública.
"A radioterapia é o gargalo do atendimento ao câncer do Brasil, por isso ela está em evidência", disse Mendonça de Araújo à BBC Brasil.
O levantamento do TCU diz que, em 2010, cerca de 35% dos pacientes que necessitariam de radioterapia nas unidades públicas ficou sem atendimento. Segundo o médico, isso acontece porque o Brasil tem um deficit de 200 equipamentos de radioterapia.
De acordo com o DataSUS, o gasto do governo brasileiro com radioterapia nos últimos 12 meses foi de R$ 366 milhões e com quimioterapia, R$ 1,3 bilhão.
"Isso é porque cerca de um terço dos pacientes que precisam de tratamento com radioterapia para ficarem curados mais rapidamente ficam sem se tratar e fazem quimioterapia por um tempo mais prolongado, como tratamento paliativo, ou cirurgias desnecessárias", diz Mendonça de Araújo

.Cientistas testam terapia genética inédita para salvar visão de britânico

Pesquisadores de Oxford, na Grã-Bretanha, trataram um paciente britânico com uma terapia genética inédita para evitar que ele perdesse a visão.
A técnica é uma versão avançada de um tratamento desenvolvido há quatro anos em Londres. Pela primeira vez, cientistas tentaram compensar um problema genético nas células que captam a luz, posicionadas no fundo do olho, injetando cópias de genes saudáveis.
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O paciente é um advogado de Bristol, Jonathan Wyatt, de 63 anos, que sofre de uma condição genética conhecida como choroideremia. Wyatt foi o primeiro de 12 pacientes submetido à técnica experimental. A experiência com a nova técnica deve durar dois anos no Hospital John Radcliffe, de Oxford.
O médico de Wyatt, professor Robert MacLaren, acredita que só dentro de dois anos poderá terá certeza se a degeneração da visão do paciente parou de avançar. Se isto ocorrer, a visão do advogado terá sido salva.
"Se isto funcionar então vamos querer tratar pacientes muito mais cedo, na infância, quando eles ainda tem visão normal (...) para evitar que eles percam a visão", afirmou.
MacLaren afirma que, se esta terapia funcionar, poderá ser usada também para outras doenças da visão, incluindo a forma de cegueira mais comum entre idosos, a degeneração macular.
"Esta é uma doença genética e não tenho dúvidas de que, no futuro, vai haver um tratamento genético para ela", disse.
Visão prejudicada
Jonathan Wyatt enxergava normalmente até os 19 anos, quando começou a ter problemas para enxergar em ambientes escuros. Médicos disseram que a visão dele iria piorar e que ele poderia ficar cego.
Há dez anos ele começou a ter dificuldades para ler declarações durante julgamentos, em salas com menos iluminação.
"A pior ocasião foi quando eu estava lendo uma declaração para a corte e cometi um erro. O juiz me perguntou 'O senhor não sabe ler, Sr. Wyatt?'. Então decidi abandonar a advocacia", disse.
Atualmente ele trabalha em casa e, sem o tratamento, aguardava ficar cego dentro de poucos anos. O advogado espera que o tratamento permita que ele continue em sua profissão.
A doença de Wyatt, choroideremia, é rara e é causada por uma versão defeituosa do gene chamado REP1. O problema faz com que as células do olho que detectam a luz, que ficam no fundo do olho, morram.
Os portadores da doença tem uma visão normal, mas, no final da infância, começam a deixar de ver durante a noite.
A partir daí a visão entra em fase de gradual degeneração. Os médicos afirmam que os pacientes podem perder totalmente a visão quando estão por volta dos 40 anos. Não havia tratamento para este problema.
A nova terapia genética testada em Oxford é simples: o processo de morte das células detectoras de luz é suspenso quando cópias sem defeito do gene REP1 são injetadas nestas células.
Tratamentos em dez anos
A pesquisa de Oxford foi feita depois de um teste com terapia genética que começou há quatro anos no Hospital Moorfields, em Londres. O objetivo principal destes testes é demonstrar que a técnica usada em Londres é segura.
O tratamento, que adota um procedimento um pouco diferente, foi testado primeiro em adultos que já tinham perdido quase toda a visão e depois em crianças.
De acordo com o professor Robin Ali, que liderou esta pesquisa, os testes mostraram que a terapia genética é segura e que houve uma melhora significativa em alguns pacientes.
O presidente da Academia de Ciências Médicas da Grã-Bretanha, John Bell, afirmou que estes testes de terapias genéticas em Oxford e Londres sugerem que vários problemas de visão sem cura poderão ter um tratamento "dentro dos próximos dez anos".

Entenda como funciona o tratamento de câncer no Brasil



Enquanto na rede pública brasileira o paciente com câncer enfrenta uma longa espera por consultas, exames e pelo tratamento contra a doença, na rede privada é preciso lidar com a espera pela autorização dos convênios e com a falta de cobertura para remédios oncológicos.
Saiba como o paciente é encaminhado para o tratamento contra o câncer nos dois casos.
Rede pública

Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o paciente deve ir até a unidade de saúde mais próxima de onde mora quando apresentar um sintoma ou queixa de saúde.
Caso esta unidade não tenha condições de dar um atendimento para o caso, ele será encaminhado para um ambulatório de especialidades ou para um hospital. Lá, ele será visto por um médico especialista na área, que vai pedir exames para comprovar a existência do câncer.
Segundo o oncologista Rafael Kaliks, do Instituto Oncoguia, este é o primeiro momento em que a pessoa pode enfrentar atrasos. "Os pedidos são frequentemente recusados por falta de médicos e horários. O paciente pode esperar meses até conseguir uma consulta", diz.
A depender da região onde está, o paciente pode ser encaminhado diretamente para um hospital ou clínica que seja uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), capacitada para tratar os tipos de câncer mais comuns no Brasil, ou para um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), que pode tratar qualquer tipo.
Outra opção é que a pessoa seja encaminhada para um centro de excelência, como o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, ou o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
Para ser aceito nestes locais, é preciso ter sido indicado por uma unidade que faça parte do sistema de referências do centro, que tem autorização para encaminhar pacientes para ele. Além disso, o paciente tem que apresentar os exames específicos que comprovem o câncer.
Em seguida, o paciente é cadastrado e passa por uma nova triagem, que determinará se ele necessita de tratamento oncológico naquele local.
No Inca e no Icesp, dois centros de referência no Brasil, o tempo de espera entre a triagem e a autorização para o início do tratamento chega a 30 dias, de acordo com os médicos.
A partir deste momento, o paciente começa a espera por uma vaga para os tratamentos de radioterapia, quimioterapia e cirurgia, que pode ultrapassar os três meses.
Rede privada
Ao apresentar sintomas, a pessoa deve ir ao ambulatório de um hospital na rede de cobertura do seu plano ou marcar uma consulta com um médico dessa mesma rede.
"Os convênios de saúde privados têm a obrigação de conseguir uma consulta para o paciente com câncer dentro do prazo de um mês. Por isso, caso não seja possível marcar com um ou mais médicos do plano dentro desse prazo, o paciente pode ligar para a empresa e exigir a consulta", diz Rafael Kalilks.
Após a consulta, o médico precisa pedir autorização para o convênio para realizar os exames. De um modo geral, a empresa tem até cinco dias úteis para autorizá-lo, mas esse prazo pode ser estendido por mais cinco dias caso a empresa peça "informações adicionais" ao médico.
Depois dos exames, o convênio ainda precisará aprovar o tratamento indicado para o paciente. De acordo com o caso, o tratamento pode começar imediatamente depois da autorização ou em cerca de duas semanas.
No entanto, o paciente da rede privada ainda pode ter que enfrentar problemas durante o tratamento com remédios prescritos pelo médico, segundo Kaliks.
"Os convênios quase nunca cobrem a compra de medicamentos orais porque a ANS (Agência Nacional de Saúde) não exige que eles cubram. Mas cerca de 30% de todos os medicamentos do tratamento oncológico são por via oral, e esse número deve chegar a 80% nos próximos anos."
Caso não possa pagar pelos remédios, que chegam a custar R$ 15 mil por mês, o paciente pode entrar na Justiça contra o Estado brasileiro. Mas em geral, o processo dura menos de um mês e é favorável ao paciente.

1 de nov. de 2011

A China vista do Céu

 China Fotografia Aerea Cores Ceu

A China não cessa de nos surpreender; a fotografia aérea também, ao revelar-nos formas, cores e texturas improváveis que nos dão uma outra noção do espaço. Este conjunto de fotografias aéreas da China põe em evidência o contraste entre a dimensão humana e a vastidão do imenso território chinês. É verdade que os habitantes são muitos mas o país também é enorme e, se nos lembramos da Grande Muralha, que, dizem, pode ser vista da Lua, ficamos a pensar se a China não tem a vocação de ser vista do céu...

 China Fotografia Aerea Cores Ceu

 China Fotografia Aerea Cores Ceu

 China Fotografia Aerea Cores Ceu

 China Fotografia Aerea Cores Ceu

 China Fotografia Aerea Cores Ceu

 China Fotografia Aerea Cores Ceu

 China Fotografia Aerea Cores Ceu






Lilypad, a cidade flutuante.

As alterações climáticas deste século e a consequente previsão da subida do nível do mar irão provocar milhares de desalojados. No entanto, o arquitecto belga Vincent Callebaut diz ter encontrado a solução para contornar este problema: uma cidade flutuante. Auto-suficiente e ecológica, Lilypad combina uma rede de infra-estruturas semelhante à vida terrestre, recriando espaços urbanos em plena sintonia com o oceano.

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© Vincent Callebaut, "Lilypad".


Todos os anos, milhares de pessoas em todo o Mundo são afectados pelo clima, ficando desalojadas depois de perderem as suas casas. Os habitantes das zonas costeiras são as maiores vitimas em épocas de tempestades ou cheias. Segundo a ONU, o nível do mar deverá subir cerca de um metro durante o século XXI. Isto fará com que, em 2100, o número de refugiados aumente devido às inundações. Países como os Estados Unidos, China, Egipto, Vietname ou Bahamas verão várias das suas cidades desaparecer.

O arquitecto belga Vincent Callebaut apresentou um projecto que diz ser a solução para realojar estes habitantes: uma cidade flutuante. Esta funcionaria de forma semelhante à vida nas cidades terrestres, mas sobre o oceano – e sendo auto-sustentável, (re)aproveitaria as energias e os resíduos produzidos.

Uma unidade urbana no mar

Chamada Lilypad, a sua construção foi inspirada num nenúfar gigante descoberto na Amazónia por Thaddeaus Haenke, no início do século XIX. O botânico alemão baptizou-o de Vitória régia, em homenagem à rainha Vitória de Inglaterra.

Vincent ampliou a forma desta espécie natural duzentas e cinquenta vezes, projectando assim uma unidade urbana com capacidade para 50.000 pessoas. O seu objectivo passava por criar um sistema harmonioso entre homem e natureza, bem como explorar novos modos de vida, integrando o mar em espaços sociais e colectivos. Segundo o arquitecto, Lilypad proporcionará também a proximidade entre cidadãos, num eco polis que combina todas as infra-estruturas necessárias à sua sobrevivência.


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© Vincent Callebaut, "Lilypad".

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© Vincent Callebaut, "Lilypad".


A cidade do futuro?

Por ser flutuante e auto-suficiente, a cidade poderá estar em qualquer mar e até mesmo ser multiplicada. A sua estrutura centra-se num lago, a partir do qual estão organizadas as três grandes áreas: a zona de trabalho, a de lazer e a dos serviços. Cada uma delas terá uma marina e uma montanha artificial. Os barcos da marina serão a ligação entre Lilypad e o continente. Já as montanhas, uma paisagem saudosa da vida terrestre.

Um conjunto de vias unirá não só as montanhas, como dará acesso às habitações e jardins suspensos construídos igualmente na perspectiva “ondulante” da cidade. Vincent refere que Lilypad será fabricada com fibras de poliéster, cobertas por camadas de dióxido de titânio. Não emitirá gases poluentes e a energia necessária para consumo será produzida de maneira eco-sustentável: o lago central terá água doce recolhida das chuvas, e um reservatório natural com água potável; a energia será fornecida apenas pelas renováveis, como a das marés, eólica e solar. Para além disso, os resíduos e desperdícios dos habitantes seriam reciclados.

Para o arquitecto, “Lilypad é uma antecipação da literatura de Júlio Verne, mas também uma alternativa possível em perfeita simbiose com os ciclos da natureza.” Dentro de noventa anos, talvez esta cidade anfíbia seja o refúgio e a solução para uma resposta rápida às vítimas das alterações climáticas do globo.


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© Vincent Callebaut, "Lilypad".

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Publicidade - Os direitos dos animais

Quando a Criatividade e a responsabilidade social se unem, o resultado é visível aos olhos de todos. A última campanha da Born Free choca e consegue criar o efeito de alerta para a problemática crescente da destruição dos Habitats Selvagens.

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Criatividade e consciencialização são palavras de ordem na nova campanha publicitária realizada pela agência WCRS, que assina Born Free “Keep wildlife in the Wild”. Qualquer um de nós tem consciência da quantidade de pessoas, que por falta de recursos ou alternativas, vivem nas ruas. A última campanha da Born Free, pega nesta ideia e coloca animais selvagens, sem lar, em cenários urbanos. A ideia é chocar e sensibilizar para o facto de existirem milhares de animais nestas circunstâncias, animais esses que não tiveram nem têm poder de escolha, pois alguém ou todos nós contribuímos para a destruição do seu Habitat Natural.

É importante referir, que para além do impacto visual esta campanha foca temáticas de facto importantes para a actualidade em que vivemos.

Animais sem casa e a destruição dos habitats naturais, o desenvolvimento e a construção de um número crescente de cidades e estruturas que consequentemente levam a que milhares de espécies animais percam as suas casas, o ambiente selvagem que é destruído sem quaisquer reservas, são temas que a Born Freen pretende abordar e fazer chegar a todos nós, para que a missão de protecção das espécies e conservação do seu habita seja alcançada.


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A Born Free é uma fundação que acredita acima de tudo que os animais selvagens tem direito a viver no seu ambiente natural. A destruição destes ambientes e habitats naturais deve-se a um conjunto de factores, tais como a desflorestação, as guerras, as alterações climáticas, a agricultura e o crescimento da população que provoca o aumento dos centros urbanos. Ganhamos e construímos casas, muitas vezes roubando ou retirando a casa a muitos destes animais.

Esta campanha brilhante, usa a fotografia de George Logan e as habilidades criativas da empresa de publicidade WCRS. É importante referir que todos os serviços desenvolvidos e o espaço da publicidade foram doados, de forma a aumentar a consciencialização para este problema e ajudar a Born Free nesta missão. As imagens de animais selvagens colocadas em cenários urbanos, pretendem chocar e alertar para o ritmo alarmante com que a natureza e habitat selvagens são hoje destruídos.


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Agência WCRS







18 de out. de 2011

Avanços no DNA 'permitirão viver até os 150 anos', diz cientista

É impossível não se perguntar o que há de extraordinário no DNA do professor de Harvard George Church que o leva a tanta inquietação científica.
Primeiro cientista a sequenciar um código genético humano, o professor crê que as evoluções científicas nesta área ainda podem levar os indivíduos a viver "120, 150 anos".
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Cerca de três décadas atrás, Church estava entre a meia dúzia de pesquisadores que sonhavam em sequenciar um genoma humano inteiro – cada A, C, G e T que nos torna únicos.
Seu laboratório foi o primeiro a criar uma máquina para desmembrar esse código, e desde então ele tem se dedicado a melhorá-la.
Uma vez decodificado o primeiro genoma, o professor tem pressionado pela ideia de que é preciso ir adiante e sequenciar o genoma de todas as pessoas.
Críticos apontaram a astronômica cifra que o custo de sequenciar o primeiro DNA alcançou: US$ 3 bilhões. Como resposta, Church construiu outra máquina.
O valor agora é de US$ 5 mil por genoma, e o professor crê que muito em breve esse valor cairá para uma fração, ou décimo ou vigésimo disto – mais ou menos o valor de um exame de sangue.
Ler, escrever, editar
Church está na vanguarda da biologia sintética
Sequenciar o DNA humano de forma rotineira abrirá uma série de possibilidades, diz George Church. Uma vez que "ler" um genoma se torne um processo corriqueiro, o professor de Harvard quer partir para "editá-lo", "escrever" sobre ele.
Ele vislumbra o dia em que um aparelho implantado no corpo seja capaz de identificar as primeiras mutações que possam levar a um potencial tumor, ou os genes de uma bactéria invasora.
Nesse caso, será possível tratá-los com uma simples pílula de antibiótico destinado a combater o invasor.
Doenças genéticas serão identificadas no nascimento, ou possivelmente até na gestação, e vírus microscópicos, pré-programados, poderão ser enviados para o interior das células comprometidas e corrigir o problema.
Para fins científicos, Church tem defendido a polêmica ideia de disponibilizar sequências de genomas publicamente, para que cientistas tenham oportunidade de estudá-las.
Church já postou na rede a sua própria sequência de DNA, além de outras dez. O objetivo é chegar a 100 mil.
"Sempre houve uma atitude (em relação à genética) de que você nasce com seu 'destino' genético e se acostuma com ele. Agora a atitude é: a genética é, na verdade, um conjunto de transformações ambientais que você pode empreender no seu destino", acredita Church.
Vanguarda
No laboratório de temperatura controlada de Church, uma bandeja se move para frente e para trás agitando amostras da bactéria E. Coli.
"Sempre houve uma atitude (em relação à genética) de que você nasce com seu 'destino' genético e se acostuma com ele. Agora a atitude é: a genética é, na verdade, um conjunto de transformações ambientais que você pode empreender no seu destino."
Em um processo de quatro horas, os cientistas conseguem ativar ou desativar um só par de bases deste DNA, ou regiões inteiras de genes para ver o que acontece.
Existem 2,2 mil genes – de um total de 20 mil – sobre os quais já se conhece suficientemente para ativá-los ou desativá-los.
Durante a epidemia de E. Coli na Alemanha neste ano, foram necessários menos de dois dias para sequenciar o genoma inteiro de uma variedade até então desconhecida.
Os dois equipamentos que deram ao laboratório de Church uma posição de vanguarda no campo da biologia sintética são a segunda versão da máquina de engenharia automatizada de genomas multiplex, ou Mage, e o Polonator, um sequenciador de genomas que pode decodificar um bilhão de pares de genes de uma só vez.
"Ele está começando a levar a biologia sintética a uma escala maior", opina o professor da Universidade de Boston James J. Collins, colega de Church no Instituto Wyss de Engenharia Inspirada pela Biologia, em Harvard.
Pé no chão
Entretanto, nem todos compartilham o entusiasmo de Church e sua visão de futuro para os usos e efeitos da biologia sintética.
Church defende que todos os genomas sejam publicados na internet
"É preciso ter a imaginação de George e a sua visão se se quiser fazer progresso. Mas é tolice pensar que ele fará tanto progresso quanto crê", opina o diretor do departamento de Lei, Bioética e Direitos Humanos da Universidade de Boston, George Annas.
Os céticos observam que a humanidade pode até adicionar anos à expectativa de vida dos seres humanos, mas é improvável que a qualidade desta sobrevida aumente tanto.
"Há uma chance estatística de ser atropelado por um caminhão que dificultará chegar aos 150 anos", diz Chad Nussbaum, co-diretor do Programa de Sequenciamento de Genomas e Análises do Instituto Broad de Harvard e do MIT, um instituto do qual Church é associado.
"É maravilhosamente inocente pensar que tudo que precisamos é aprender tudo sobre a genética, e viveremos 150 anos", afirma.
Apesar das ressalvas, Nussbaum afirma que admira a visão do professor Church, assim como sua "genialidade".
"É muito importante pensar grande e tentar fazer coisas malucas", acredita. "Se você não tentar alcançar o impossível, nunca faremos as coisas que são quase impossíveis."

Avanços no DNA 'permitirão viver até os 150 anos', diz cientista

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Uma vez decodificado o primeiro genoma, o professor tem pressionado pela ideia de que é preciso ir adiante e sequenciar o genoma de todas as pessoas.
Críticos apontaram a astronômica cifra que o custo de sequenciar o primeiro DNA alcançou: US$ 3 bilhões. Como resposta, Church construiu outra máquina.
O valor agora é de US$ 5 mil por genoma, e o professor crê que muito em breve esse valor cairá para uma fração, ou décimo ou vigésimo disto – mais ou menos o valor de um exame de sangue.
Ler, escrever, editar
Church está na vanguarda da biologia sintética
Sequenciar o DNA humano de forma rotineira abrirá uma série de possibilidades, diz George Church. Uma vez que "ler" um genoma se torne um processo corriqueiro, o professor de Harvard quer partir para "editá-lo", "escrever" sobre ele.
Ele vislumbra o dia em que um aparelho implantado no corpo seja capaz de identificar as primeiras mutações que possam levar a um potencial tumor, ou os genes de uma bactéria invasora.
Nesse caso, será possível tratá-los com uma simples pílula de antibiótico destinado a combater o invasor.
Doenças genéticas serão identificadas no nascimento, ou possivelmente até na gestação, e vírus microscópicos, pré-programados, poderão ser enviados para o interior das células comprometidas e corrigir o problema.
Para fins científicos, Church tem defendido a polêmica ideia de disponibilizar sequências de genomas publicamente, para que cientistas tenham oportunidade de estudá-las.
Church já postou na rede a sua própria sequência de DNA, além de outras dez. O objetivo é chegar a 100 mil.
"Sempre houve uma atitude (em relação à genética) de que você nasce com seu 'destino' genético e se acostuma com ele. Agora a atitude é: a genética é, na verdade, um conjunto de transformações ambientais que você pode empreender no seu destino", acredita Church.
Vanguarda
No laboratório de temperatura controlada de Church, uma bandeja se move para frente e para trás agitando amostras da bactéria E. Coli.
"Sempre houve uma atitude (em relação à genética) de que você nasce com seu 'destino' genético e se acostuma com ele. Agora a atitude é: a genética é, na verdade, um conjunto de transformações ambientais que você pode empreender no seu destino."
Em um processo de quatro horas, os cientistas conseguem ativar ou desativar um só par de bases deste DNA, ou regiões inteiras de genes para ver o que acontece.
Existem 2,2 mil genes – de um total de 20 mil – sobre os quais já se conhece suficientemente para ativá-los ou desativá-los.
Durante a epidemia de E. Coli na Alemanha neste ano, foram necessários menos de dois dias para sequenciar o genoma inteiro de uma variedade até então desconhecida.
Os dois equipamentos que deram ao laboratório de Church uma posição de vanguarda no campo da biologia sintética são a segunda versão da máquina de engenharia automatizada de genomas multiplex, ou Mage, e o Polonator, um sequenciador de genomas que pode decodificar um bilhão de pares de genes de uma só vez.
"Ele está começando a levar a biologia sintética a uma escala maior", opina o professor da Universidade de Boston James J. Collins, colega de Church no Instituto Wyss de Engenharia Inspirada pela Biologia, em Harvard.
Pé no chão
Entretanto, nem todos compartilham o entusiasmo de Church e sua visão de futuro para os usos e efeitos da biologia sintética.
Church defende que todos os genomas sejam publicados na internet
"É preciso ter a imaginação de George e a sua visão se se quiser fazer progresso. Mas é tolice pensar que ele fará tanto progresso quanto crê", opina o diretor do departamento de Lei, Bioética e Direitos Humanos da Universidade de Boston, George Annas.
Os céticos observam que a humanidade pode até adicionar anos à expectativa de vida dos seres humanos, mas é improvável que a qualidade desta sobrevida aumente tanto.
"Há uma chance estatística de ser atropelado por um caminhão que dificultará chegar aos 150 anos", diz Chad Nussbaum, co-diretor do Programa de Sequenciamento de Genomas e Análises do Instituto Broad de Harvard e do MIT, um instituto do qual Church é associado.
"É maravilhosamente inocente pensar que tudo que precisamos é aprender tudo sobre a genética, e viveremos 150 anos", afirma.
Apesar das ressalvas, Nussbaum afirma que admira a visão do professor Church, assim como sua "genialidade".
"É muito importante pensar grande e tentar fazer coisas malucas", acredita. "Se você não tentar alcançar o impossível, nunca faremos as coisas que são quase impossíveis."

Cientistas sequenciam DNA de mulher que viveu até os 115 anos

Cientistas holandeses fizeram o sequenciamento completo do DNA de uma mulher que viveu até os 115 anos de idade.
Tida como a mais idosa do mundo na época de sua morte, a mulher possuía a agilidade mental de uma pessoa décadas mais jovem e nenhum sinal de demência.
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O trabalho, divulgado durante uma conferência da American Society of Human Genetics em Montreal, no Canadá, sugere que a mulher tinha genes que a protegiam contra a demência e outras doenças associadas à velhice.
Os especialistas esperam que mais investigações como essa possam, no futuro, esclarecer as associações entre variações genéticas, saúde e longevidade.
O primeiro esboço do código genético de um ser humano foi feito há mais de dez anos.
Desde então, com a melhoria e o barateamento das técnicas de "leitura" do DNA, algumas centenas de indivíduos tiveram seus genes mapeados.
A mulher, cuja identidade está sendo mantida em segredo, conhecida apenas como W115, é a mais idosa a ter seus genes mapeados.
Ela doou seu corpo para pesquisas médicas, permitindo que cientistas estudassem seu cérebro e outros órgãos, assim como seu código genético completo.
Variações genéticas
A líder do estudo, a pesquisadora Henne Holstege, do Departamento de Genética Clínica do VU University Medical Center em Amsterdã, disse que W115 parece possuir algumas variações genéticas raras em seu DNA.
Não está claro que papel essas variações teriam cumprido, mas a equipe suspeita de que os genes da mulher a protegeram contra a demência e outras doenças.
"Sabemos que ela é especial, sabemos que seu cérebro tinha absolutamente nenhum sinal de Alzheimer", disse Holstege à BBC.
"Talvez houvesse algo no seu corpo que a protegesse contra a demência".
"Achamos que existem genes que talvez assegurem vida longa e protejam contra Alzheimer".
W115 nasceu prematura e não era esperado que ela sobrevivesse.
Mas ela viveu uma vida longa e saudável, sendo levada para um asilo para idosos aos 105 anos.
Ela morreu por causa de um tumor no estômago, tendo recebido tratamento para câncer de mama aos cem anos.
Aos 113 anos, testes de sua capacidade mental revelaram o desempenho de uma mulher com idade entre 60 e 75 anos.
"Sequenciar o genoma da mulher mais idosa do mundo é um importante ponto de partida na compreensão de como variações no DNA estão relacionadas a uma vida longa e saudável."
Jeffrey Barrett, especialista em fatores genéticos associados a doenças
Exames feitos após sua morte não conseguiram identificar qualquer sinal de demência ou endurecimento de artérias associado a doenças do coração.
Para o progresso da ciência, a equipe está disponibilizando a sequência do DNA de W115 para outros pesquisadores.
A BBC pediu ao especialista Jeffrey Barrett, que estuda fatores genéticos associados a doenças no Sanger Centre, em Cambridge, na Inglaterra, que comentasse o estudo.
"Sequenciar o genoma da mulher mais idosa do mundo é um importante ponto de partida na compreensão de como variações no DNA estão relacionadas a uma vida longa e saudável", disse Barrett.
"Mas de forma a realmente entender a biologia que sustenta uma vida longa e saudável, precisamos olhar sequências de DNA de centenas de milhares de pessoas".

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