2007
Se a exploração descontrolada e predatória verificada atualmente
continuar por mais alguns anos, pode-se antecipar a extinção do mogno. Essa
madeira já desapareceu de extensas áreas do Pará, de Mato Grosso, de Rondônia,
e há indícios de que a diversidade e o número de indivíduos existentes podem
não ser suficientes para garantir a sobrevivência da espécie a longo prazo.
A diversidade é um elemento fundamental na sobrevivência de qualquer ser
vivo. Sem ela, perde-se a capacidade de adaptação ao ambiente, que muda tanto por
interferência humana como por causas naturais.
Internet: (com adaptações).
Com relação ao problema descrito no texto, é correto afirmar que:
A) a baixa adaptação do mogno ao ambiente amazônico é causa da extinção
dessa madeira.
B) a extração predatória do mogno pode reduzir o número de indivíduos dessa
espécie e prejudicar sua diversidade genética.
C) as causas naturais decorrentes das mudanças climáticas globais
contribuem mais para a extinção do mogno que a interferência humana.
D) a redução do número de árvores de mogno ocorre na mesma medida em que
aumenta a diversidade biológica dessa madeira na região amazônica.
E) o desinteresse do mercado madeireiro internacional pelo mogno contribuiu
para a redução da exploração predatória dessa espécie.
Nos últimos 50 anos, as temperaturas de inverno na península antártica
subiram quase 6 oC. Ao contrário do
esperado, o aquecimento tem aumentado a precipitação de neve. Isso ocorre
porque o gelo marinho, que forma um manto impermeável sobre o oceano, está
derretendo devido à elevação de temperatura, o que permite que mais umidade
escape para a atmosfera. Essa umidade cai na
forma de neve.
Logo depois de chegar a essa região, certa espécie de pingüins precisa
de solos nus para construir seus ninhos de pedregulhos. Se a neve não derrete a
tempo, eles põem seus ovos sobre ela. Quando a neve finalmente derrete, os ovos
se encharcam de água e goram.
Scientific American Brasil, ano 2, n.º 21,
2004, p.80 (com adaptações).
A partir do texto acima, analise as seguintes afirmativas.
I O aumento da temperatura global interfere no ciclo da água na
península antártica.
II O aquecimento global pode interferir no ciclo de vida de espécies
típicas de região de clima polar.
III A existência de água em estado sólido constitui fator crucial para a
manutenção da vida em alguns biomas.
É correto o que se afirma:
A apenas em I.
B apenas em II.
C apenas em I e II.
D apenas em II e III.
E em I, II e III.
Devido ao aquecimento global e à conseqüente diminuição da cobertura de
gelo no Ártico, aumenta a distância que os ursos polares precisam nadar para
encontrar alimentos. Apesar de exímios nadadores, eles acabam morrendo afogados
devido ao cansaço.
A situação descrita acima:
A) enfoca o problema da interrupção da cadeia alimentar, o qual decorre das
variações climáticas.
B) alerta para prejuízos que o aquecimento global pode acarretar à
biodiversidade no Ártico.
C) ressalta que o aumento da temperatura decorrente de mudanças climáticas
permite o surgimento de novas espécies.
D) mostra a importância das características das zonas frias para a
manutenção de outros biomas na Terra.
E) evidencia a autonomia dos seres vivos em relação ao habitat, visto
que eles se adaptam rapidamente às mudanças nas condições climáticas.
Quanto mais desenvolvida é uma nação, mais lixo cada um de seus
habitantes produz. Além de o progresso elevar o volume de lixo, ele também
modifica a qualidade do material despejado. Quando a sociedade progride, ela
troca a televisão, o computador, compra mais brinquedos e aparelhos
eletrônicos. Calcula-se que 700 milhões de aparelhos celulares já foram jogados
fora em todo o
mundo. O novo lixo contém mais mercúrio, chumbo, alumínio e bário.
Abandonado nos lixões, esse material se deteriora e vaza. As substâncias
liberadas infiltram-se no solo e podem chegar aos lençóis freáticos ou a rios
próximos, espalhando-se pela água.
Anuário Gestão Ambiental 2007, p. 47-8 (com
adaptações).
A respeito da produção de lixo e de sua relação com o ambiente, é
correto afirmar que
A) as substâncias químicas encontradas no lixo levam, freqüentemente, ao
aumento da diversidade de espécies e, portanto, ao aumento da produtividade
agrícola do solo.
B) o tipo e a quantidade de lixo produzido pela sociedade independem de
políticas de educação que proponham mudanças no padrão de consumo.
C) a produção de lixo é inversamente proporcional ao nível de
desenvolvimento econômico das sociedades.
D) o desenvolvimento sustentável requer controle e monitoramento dos
efeitos do lixo sobre espécies existentes em cursos d’água, solo e vegetação.
E) o desenvolvimento tecnológico tem elevado a criação de produtos
descartáveis, o que evita a geração de lixo e resíduos químicos.
2008
O gráfico abaixo ilustra o resultado de um estudo sobre o aquecimento
global. A curva mais escura e contínua representa o resultado de um cálculo em
que se considerou a soma de cinco fatores que influenciaram a temperatura média
global de 1900 a 1990, conforme mostrado na legenda do gráfico. A contribuição
efetiva de cada um desses cinco fatores isoladamente é mostrada na parte
inferior do gráfico.
Os dados
apresentados revelam que, de 1960 a 1990, contribuíram de forma efetiva e
positiva para aumentar a temperatura atmosférica:
A) aerossóis, atividade solar e atividade vulcânica.
B) atividade vulcânica, ozônio e gases estufa.
C) aerossóis, atividade solar e gases estufa.
D) aerossóis, atividade vulcânica e ozônio.
E) atividade solar, gases estufa e ozônio.
Os ingredientes que compõem uma gotícula de nuvem
são o vapor de água e um núcleo de condensação de nuvens (NCN). Em torno desse
núcleo, que consiste em uma minúscula partícula em suspensão no ar, o vapor de água
se condensa, formando uma gotícula microscópica, que, devido a uma série de
processos físicos, cresce até precipitar-se como chuva.
Na floresta Amazônica, a principal fonte natural de
NCN é a própria vegetação. As chuvas de nuvens baixas, na estação chuvosa,
devolvem os NCNs, aerossóis, à superfície, praticamente no mesmo lugar em que
foram gerados pela floresta. As nuvens altas são carregadas por ventos mais
intensos, de altitude, e viajam centenas de quilômetros de seu local de origem,
exportando as partículas contidas no interior das gotas de chuva.
Na Amazônia, cuja taxa de precipitação é uma das
mais altas do mundo, o ciclo de evaporação e precipitação natural é altamente
eficiente.
Com a chegada, em larga escala, dos seres humanos à
Amazônia, ao longo dos últimos 30 anos, parte dos ciclos naturais está sendo
alterada. As emissões de poluentes atmosféricos pelas queimadas, na época da seca,
modificam as características físicas e químicas da atmosfera amazônica,
provocando o seu aquecimento, com modificação do perfil natural da variação da temperatura
com a altura, o que torna mais difícil a formação de nuvens.
Paulo Artaxo et al. O mecanismo da floresta para fazer chover. In: Scientific American Brasil, ano 1, n.º 11, abr./2003, p. 38-45 (com
adaptações).
Na Amazônia, o ciclo hidrológico depende fundamentalmente:
A) da produção de CO2 oriundo da respiração das árvores.
B) da evaporação, da transpiração e da liberação de aerossóis
que atuam como NCNs.
C) das queimadas, que produzem gotículas microscópicas
de água, as quais crescem até se precipitarem como chuva.
D) das nuvens de maior altitude, que trazem para a floresta
NCNs produzidos a centenas de quilômetros de seu local de origem.
E) da intervenção humana, mediante ações que modificam
as características físicas e químicas da atmosfera da região.
As florestas tropicais estão entre os maiores, mais
diversos e complexos biomas do planeta. Novos estudos sugerem que elas sejam
potentes reguladores do clima, ao provocarem um fluxo de umidade para o
interior dos continentes, fazendo com que essas áreas de floresta não sofram
variações extremas de temperatura e tenham umidade suficiente para promover a
vida. Um fluxo puramente físico de umidade do oceano para o continente, em
locais onde não há florestas, alcança poucas centenas de quilômetros.
Verifica-se, porém, que as chuvas sobre florestas nativas não dependem da
proximidade do oceano. Esta evidência aponta para a existência de uma poderosa
“bomba biótica de umidade” em lugares como, por exemplo, a bacia amazônica.
Devido à grande e densa área de folhas, as quais são evaporadores otimizados,
essa “bomba” consegue devolver rapidamente a água para o ar, mantendo ciclos de
evaporação e condensação que fazem a umidade chegar a milhares de quilômetros
no interior do continente.
A. D. Nobre. Almanaque Brasil Socioambiental. Instituto Socioambiental, 2008, p. 368-9 (com adaptações).
As florestas crescem onde chove, ou chove onde
crescem
as florestas? De acordo com o texto,
A onde chove, há floresta.
B onde a floresta cresce, chove.
C onde há oceano, há floresta.
D apesar da chuva, a floresta cresce.
E no interior do continente, só chove onde há
floresta.
Um grupo de ecólogos esperava encontrar aumento de
tamanho das acácias, árvores preferidas de grandes mamíferos herbívoros
africanos, como girafas e elefantes, já que a área estudada era cercada para
evitar a entrada desses herbívoros. Para espanto dos cientistas, as acácias
pareciam menos viçosas, o que os levou a compará-las com outras de duas áreas
de savana: uma área na qual os herbívoros circulam livremente e fazem podas
regulares nas acácias, e outra de onde eles foram retirados há 15 anos. O
esquema a seguir mostra os resultados observados nessas duas áreas.
De acordo com as informações acima,
A) a presença de populações de grandes mamíferos
herbívoros provoca o declínio das acácias.
B) os hábitos de alimentação constituem um padrão de
comportamento que os herbívoros aprendem pelo uso, mas que esquecem pelo
desuso.
C) as formigas da espécie 1 e as acácias mantêm uma
relação benéfica para ambas.
D) os besouros e as formigas da espécie 2 contribuem
para a sobrevivência das acácias.
E) a relação entre os animais herbívoros, as formigas
e as acácias é a mesma que ocorre entre qualquer predador e sua presa.
Um estudo recente feito no Pantanal dá uma boa
idéia de como o equilíbrio entre as espécies, na natureza, é um verdadeiro
quebra-cabeça. As peças do quebra-cabeça são o tucano-toco, a arara-azul e o
manduvi. O tucano-toco é o único pássaro que consegue abrir o fruto e engolir a
semente do manduvi, sendo, assim, o principal dispersor de suas sementes. O
manduvi, por sua vez, é uma das poucas árvores onde as araras-azuis fazem seus
ninhos.
Até aqui, tudo parece bem encaixado, mas... é
justamente o tucano-toco o maior predador de ovos de arara-azul — mais da
metade dos ovos das araras são predados pelos tucanos. Então, ficamos na
seguinte encruzilhada: se não há tucanos-toco, os manduvis se extinguem, pois
não há dispersão de suas sementes e não surgem novos manduvinhos, e isso afeta
as araras-azuis, que não têm onde fazer seus ninhos. Se, por outro lado, há
muitos tucanos-toco, eles dispersam as sementes dos manduvis, e as araras-azuis
têm muito lugar para fazer seus ninhos, mas seus ovos são muito predados.
Internet: (com
adaptações).
De acordo com a situação descrita,
A o manduvi depende diretamente tanto do tucano-toco
como da arara-azul para sua sobrevivência.
B o tucano-toco, depois de engolir sementes de
manduvi, digere-as e torna-as inviáveis.
C a conservação da arara-azul exige a redução da
população de manduvis e o aumento da população de tucanos-toco.
D a conservação das araras-azuis depende também da
conservação dos tucanos-toco, apesar de estes serem predadores daquelas.
E a derrubada de manduvis em decorrência do
desmatamento diminui a disponibilidade de locais para os tucanos fazerem seus
ninhos.
Usada para dar estabilidade aos navios, a água de
lastro acarreta grave problema ambiental: ela introduz indevidamente, no país,
espécies indesejáveis do ponto de vista ecológico e sanitário, a exemplo do
mexilhão dourado, molusco originário da China. Trazido para o Brasil pelos
navios mercantes, o mexilhão dourado foi encontrado na bacia Paraná-Paraguai em
1991.
A disseminação desse molusco e a ausência de
predadores para conter o crescimento da população de moluscos causaram vários
problemas, como o que ocorreu na hidrelétrica de Itaipu, onde o mexilhão
alterou a rotina de manutenção das turbinas, acarretando prejuízo de US$ 1
milhão por dia, devido à paralisação do sistema. Uma das estratégias utilizadas
para diminuir o problema é
acrescentar gás cloro à água, o que reduz em cerca
de 50% a taxa de reprodução da espécie.
GTÁGUAS, MPF, 4.ª CCR,
ano 1, n.º 2, maio/2007 (com adaptações).
De acordo com as informações acima, o despejo da
água de lastro:
A) é ambientalmente benéfico por contribuir para a
seleção natural das espécies e, conseqüentemente, para a evolução delas.
B) trouxe da China um molusco, que passou a compor a
flora aquática nativa do lago da hidrelétrica de Itaipu.
C) causou, na usina de Itaipu, por meio do
microrganismo invasor, uma redução do suprimento de água para as turbinas.
D) introduziu uma espécie exógena na bacia Paraná-
Paraguai, que se disseminou até ser controlada por seus predadores naturais.
E) motivou a utilização de um agente químico na água
como uma das estratégias para diminuir a reprodução do mexilhão dourado.
2009
A atmosfera terrestre é composta pelos gases
nitrogênio (N2) e oxigênio (O2), que somam cerca de 99%, e por gases traços, entre
eles o gás carbônico (CO2), vapor de água (H2O), metano (CH4), ozônio (O3) e o óxido nitroso
(N2O), que compõem o restante 1%
do ar que respiramos. Os gases traços, por serem constituídos por pelo menos
três átomos, conseguem absorver o calor irradiado pela Terra, aquecendo o
planeta. Esse fenômeno, que acontece há bilhões de anos, é chamado de efeito
estufa. A partir da Revolução Industrial (século XIX), a concentração de gases
traços na atmosfera, em particular o CO2, tem aumentado significativamente, o que resultou no aumento da
temperatura em escala global. Mais recentemente, outro fator tornou-se
diretamente envolvido no aumento da concentração de CO2 na atmosfera: o desmatamento.
BROWN, I. F.; ALECHANDRE, A. S. Conceitos básicos sobre clima,
carbono, florestas e comunidades. A.G. Moreira & S.
Schwartzman. As mudanças climáticas globais e os
ecossistemas brasileiros. Brasília:
Instituto de Pesquisa
Ambiental da Amazônia, 2000 (adaptado).
Considerando o texto, uma alternativa viável para combater o efeito
estufa é
A) reduzir o
calor irradiado pela Terra mediante a substituição da produção primária pela
industrialização refrigerada.
B) promover a
queima da biomassa vegetal, responsável pelo aumento do efeito estufa devido à
produção de CH4.
C) reduzir o
desmatamento, mantendo-se, assim, o potencial da vegetação em absorver o CO2 da atmosfera.
D) aumentar a
concentração atmosférica de H2O, molécula capaz de absorver grande quantidade de calor.
E) remover
moléculas orgânicas polares da atmosfera, diminuindo a capacidade delas de
reter calor.
O ciclo biogeoquímico do carbono compreende
diversos compartimentos, entre os quais a Terra, a atmosfera e os
oceanos, e diversos processos que permitem a transferência de compostos entre
esses reservatórios. Os estoques de carbono armazenados na forma de recursos
não renováveis, por exemplo, o petróleo, são limitados, sendo de grande
relevância que se perceba a importância da substituição de combustíveis fósseis
por combustíveis de fontes renováveis. A utilização de combustíveis fósseis
interfere no ciclo do carbono, pois provoca:
A) aumento da
porcentagem de carbono contido na Terra.
B) redução na
taxa de fotossíntese dos vegetais
superiores.
C) aumento da
produção de carboidratos de origem vegetal.
D) aumento na
quantidade de carbono presente na atmosfera.
E) redução da
quantidade global de carbono armazenado nos oceanos.
As mudanças climáticas e da vegetação ocorridas nos trópicos da América
do Sul têm sido bem documentadas por diversos autores, existindo um grande acúmulo
de evidências geológicas ou paleoclimatológicas que evidenciam essas mudanças
ocorridas durante o
Quaternário nessa região. Essas mudanças resultaram em restrição da
distribuição das florestas pluviais, com expansões concomitantes de habitats
não-florestais durante períodos áridos (glaciais), seguido da expansão das
florestas pluviais e restrição das áreas não-florestais durante períodos úmidos
(interglaciais).
Disponível em: http://zoo.bio.ufpr.br. Acesso em: 1 maio 2009.
Durante os períodos glaciais,
A) as áreas
não-florestais ficam restritas a refúgios ecológicos devido à baixa
adaptabilidade de espécies não-florestais a ambientes áridos.
B) grande parte
da diversidade de espécies vegetais é reduzida, uma vez que necessitam de
condições semelhantes a dos períodos interglaciais.
C) a vegetação
comum ao cerrado deve ter se limitado a uma pequena região do centro do Brasil,
da qual se expandiu até atingir a atual
distribuição.
D) plantas com
adaptações ao clima árido, como o desenvolvimento de estruturas que reduzem a
perda de água, devem apresentar maior área de distribuição.
E) florestas
tropicais como a amazônica apresentam distribuição geográfica mais ampla, uma
vez que são densas e diminuem a ação da radiação solar sobre o solo e reduzem
os efeitos da aridez.
Uma pesquisadora deseja reflorestar uma área de mata ciliar quase que
totalmente desmatada. Essa formação vegetal é um tipo de floresta muito comum
nas margens de rios dos cerrados no Brasil central e, em seu clímax, possui
vegetação arbórea perene e apresenta dossel fechado, com pouca incidência
luminosa no solo e nas plântulas. Sabe-se que a incidência de luz, a
disponibilidade de nutrientes e a umidade do solo são os principais fatores do
meio ambiente físico que influenciam no desenvolvimento da planta. Para testar
unicamente os efeitos da variação de luz, a pesquisadora analisou, em casas de
vegetação com condições controladas, o desenvolvimento de plantas de 10
espécies nativas da região desmatada sob quatro condições de luminosidade:
uma sob sol pleno e as demais em diferentes níveis de sombreamento. Para
cada tratamento experimental, a pesquisadora relatou se o desenvolvimento da
planta foi bom, razoável ou ruim, de acordo com critérios
específicos. Os resultados obtidos foram os seguintes:
Para o reflorestamento da região desmatada,
A) a espécie 8
é mais indicada que a 1, uma vez que aquela possui melhor adaptação a regiões
com maior incidência de luz.
B) recomenda-se
a utilização de espécies pioneiras, isto é, aquelas que suportam alta
incidência de luz, como as espécies 2, 3 e 5.
C) sugere-se o
uso de espécies exóticas, pois somente essas podem suportar a alta incidência
luminosa característica de regiões desmatadas.
D) espécies de
comunidade clímax, como as 4 e 7, são as mais indicadas, uma vez que possuem
boa capacidade de aclimatação a diferentes ambientes.
E) é
recomendado o uso de espécies com melhor desenvolvimento à sombra, como as
plantas das espécies 4, 6, 7, 9 e 10, pois essa floresta, mesmo no estágio de
degradação referido, possui dossel fechado, o que impede a entrada de luz.
O cultivo de camarões de água salgada vem se
desenvolvendo muito nos últimos anos na região Nordeste do Brasil e, em
algumas localidades, passou a ser a principal atividade econômica. Uma das
grandes preocupações dos impactos negativos dessa atividade está relacionada à
descarga, sem nenhum tipo de tratamento, dos efluentes dos viveiros diretamente
no ambiente marinho, em estuários ou em manguezais. Esses efluentes possuem
matéria orgânica particulada e dissolvida, amônia, nitrito, nitrato, fosfatos,
partículas de sólidos em suspensão e outras substâncias que podem ser
consideradas contaminantes potenciais.
CASTRO, C. B.; ARAGÃO, J. S.; COSTA-LOTUFO, L. V. Monitoramento da
toxicidade de efluentes de uma fazenda de cultivo de camarão marinho. Anais
do IX Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia, 2006 (adaptado).
Suponha que tenha sido construída uma fazenda de carcinicultura próximo
a um manguezal. Entre as perturbações ambientais causadas pela fazenda,
espera-se que:
A) a atividade
microbiana se torne responsável pela reciclagem do fósforo orgânico excedente
no ambiente marinho.
B) a relativa
instabilidade das condições marinhas torne as alterações de fatores
físico-químicos pouco críticas à vida no mar.
C) a amônia
excedente seja convertida em nitrito, por meio do processo de nitrificação, e
em nitrato, formado como produto intermediário desse processo.
D) os efluentes
promovam o crescimento excessivo de plantas aquáticas devido à alta diversidade
de espécies vegetais permanentes no manguezal.
E) o
impedimento da penetração da luz pelas partículas em suspensão venha a
comprometer a produtividade primária do ambiente marinho, que resulta da
atividade metabólica do fitoplâncton.
Gabarito
2007b-e-b-d
2008 e-b-b-c-d-e
2009 d-b-e-b e-