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4 de set. de 2014

Algumas prostitutas africanas são naturalmente resistentes ao HIV

Queridos aprendentes, tivemos uma aula sobre vírus e comentei sobre esse caso das prostitutas que não desenvolvem os sintomas da Aids, no entanto vale salientar que mesmo não apresentando sintomas, elas são portadoras do vírus e caso tenham relação sexual sem camisinha, ou amamentem, compartilhem seringas etc, transmitem o vírus.
Forte abraço!!
Katia Queiroz

Estudo com estas mulheres tem potencial para levar à criação de vacinas e géis antimicrobianos para impedir transmissão HIV.

Equipe de pesquisa liderada por Michel Roger, da University of Montreal Hospital Centre, no Canadá, constatou que as prostitutas resistentes ao HIV na África têm uma resposta inflamatória fraca em suas vaginas - uma surpresa para os pesquisadores, que estavam esperando o contrário, considerando a alta exposição das mulheres ao vírus.
"Nesta parte do mundo, as mulheres representam mais de 60% dos casos de HIV, e esta percentagem continua a aumentar. Estudar as mulheres que são naturalmente resistentes ao vírus permite aos pesquisadores identificar informações interessantes em termos de se desenvolver vacinas ou géis antimicrobianos com potencial para impedir a transmissão do HIV", disse Roger.
Roger vem trabalhando com mulheres de Benin e do Zimbábue ao longo dos últimos quinze anos, a fim de obter uma ideia melhor dos mecanismos imunológicos e moleculares envolvidos na transmissão do HIV. Estes países foram escolhidos, devido ao número elevado de mulheres infectadas e à existência de resistência natural em algumas delas. Os pesquisadores descobriram que, quando estas mulheres entram em contato com o vírus, as células do sistema imunitário na vagina produziu menos moléculas inflamatórias (citocinas e quimiocinas) do que as mesmas células em mulheres infectadas pelo HIV.
Estas moléculas influenciam na ativação e no recrutamento de "células de linfócitos-T", que normalmente atacam e destroem os vírus. No entanto, o HIV é esperto e usa, na verdade, a célula-T para invadir o corpo. "Menos células T significa menos células alvo disponíveis para o vírus usar", explicou Roger.
Curiosamente, os pesquisadores descobriram que a resposta imunitária foi muito diferente no sangue das mulheres em relação à resposta da membrana mucosa vaginal. Os resultados mostram que seria sem dúvida mais eficaz desenvolver vacinas que bloqueiam o vírus no ponto de entrada do corpo em vez de tentar combatê-lo quando já estiver estabelecido dentro do sistema do corpo. "A pesquisa sobre a vacinação contra a AIDS focou-se inteiramente na corrente sanguínea e esta abordagem foi uma falha. A nossa pesquisa mostra que a resposta imunitária é diferente no local da infecção, e que devemos observar os pontos de entrada para encontrar um meio de bloquear o vírus", disse Roger. Uma vacinação deste tipo poderia ser administrada por via nasal e imunizaria todas as membranas mucosas do corpo.
A pesquisa vai continuar, a fim de compreender melhor os mecanismos moleculares envolvidos na resposta imune vaginal. Os cientistas suspeitam que fatores genéticos possam estar em jogo, pois tem sido descoberto que irmãs que vivem em circunstâncias análogas têm o mesmo perfil de resistência ao HIV.

 http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/25279/ciencia-e-tecnologia/algumas-prostitutas-africanas-sao-naturalmente-resistentes-ao-hiv

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